Além do seu Olhar escrita por Miimi Hye da Lua, Incrível


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Ontem eu machuquei meu joelho e rasguei duas calças, tenso. Oeeeeeee, terráqueos, como 'cêis' tão? Eu estou com o joelho doendo muito haha. Eu faltei na escola, e minha mãe brigou comigo hihi ^^... Então, o capítulo 15 (esse) é o show, e tipo assim: ele está enorme. Tem alguns momentos Leonetta, mas ainda não é o beijo. Desculpem-me. Mas eu espero que gostem.



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— Bem, nos vemos depois, então? — perguntou León, quando chegamos em frente o Studio.

— Claro — respondi.

— Até mais, Vilu — sorriu pra mim e se afastou. Dei uma olhada em volta e encontrei minhas amigas na praça, por sorte, olhando para o lado oposto em que León e eu estávamos.

— A música está pronta — falei assim que me aproximei de onde elas estavam.

Elas viraram assustadas para mim, mas logo abriram um sorriso.

Uhuuuuuul — gritaram juntas, jogando os braços para o alto.

— Finalmente — falei em tom cansado, me sentando ao lado delas.

Elas me olharam de um jeito "fofo”, fazendo uma cara de quem quer alguma coisa. Estreitei meus olhos e abri um sorriso sórdido.

— Querem ver a letra antes da apresentação, não é?

— Sim — concordaram. — E como você é uma amiga muito legal, vai cantar para nós, certo? — completou Fran, esperançosa.

— Errado.

— O que? Por quê? — indagou Cami.

— Eu não posso cantar.

— Como não? — perguntou Fran, estranhando.

Expliquei o motivo. Elas concordaram e também falaram para eu não forçar a voz. Até pareceriam o Vargas.

— Mas... — comecei, fazendo ar de mistério.

— Mas o que? — insistiu Cami, para eu concluir a frase.

— Mas vocês podem ler a letra, só que não posso mostrar a melodia, e nem o ritmo.

— Tá, tá. Mostra logo a letra, então — Fran pediu, aliás, mandou animada.

Tirei a folha em que estava o resultado do meu trabalho. Elas pegaram com o maior cuidado e leram. Engoli em seco quando Cami levantou rapidamente os olhos e me fitou, mas logo voltou a ler. Havia escrito essa música para León, por causa de seu jeito que deixa confusa, porém, que também me encanta. E coincidentemente, Cami gosta do León.

— Então — começou Fran —, você quer gostar, ou, aliás, você gosta de um garoto, mas esse garoto não quer que você goste dele da maneira que você gosta?

— É — afirmei.

— Resumindo, você está apaixonada — falou Cami.

— O que? Não, eu... — elas me olharam desconfiadas. — Eu escrevi essa música no eu lírico — menti.

— Mas você nos disse que escrevia as músicas com os seus sentimentos, lembra?

Merda! Bem feito, Violetta, pensei.

— Ah, tá legal.

— Violetta tá apaixonada, Violetta tá apaixonada — Fran começou a anunciar para todos. Revirei os olhos, se eu falasse alguma coisa, ou reclamasse, ela me irritaria mais ainda.

Hum — falou Cami maliciosa. — Quem é o boy magia que conquistou seu coração? Tomás?

Respire fundo, Violetta, respire fundo.

Concentrei-me para não fazer nenhuma expressão que me entregasse, ou entregasse minha farsa.

— Talvez — falei não demonstrando emoção alguma. Fran me olhou desconfiada, mas Cami sorriu, como se eu realmente estivesse apaixonada por Tomás.

+++

— Acho melhor você desistir do León, Cami — sussurrei. Essa foi a primeira coisa que falei às meninas, naquela manhã ensolarada de quinta-feira.

Estávamos no Zoom, ouvindo uma palestra de Marotti, o representante do You Mix aqui no Studio, e Pablo. León estava atrasado, então retiro o que disse sobre ele ser pontual ontem.

— Por que tenho que desistir do amor da minha vida? — indagou Camila.

Confesso que fiquei com vontade de revirar os olhos com essa pergunta, mas senti pena por minha amiga estar se iludindo com algo que não vai acontecer.

— León gosta da Ludmila — revelei.

Camila engasgou com a saliva e me olhou perplexa e confusa. Na verdade, também me senti assim quando León disse que gostava da "diva super nova Ludmila".

— Ele gosta da Ludmila? — sussurrou de volta, como se não entendesse, e a verdade é que nem eu entendo. — Qual o problema dele?

— Não sei, também — respondi.

— León que te disse isso? — indagou Fran. Assenti, olhando para ela.

— Eu não vou desistir dele, eu vou fazer León gostar de mim, eu posso fazer isso.

— Boa sorte — desejou Fran, sarcástica.

— Camila — chamou Pablo. Cami olhou assustada para Pablo, como se fosse uma criminosa pega no flagra. — Pode procurar o León pra mim? Ele está demorando.

— Claro — falou. — Eu vou conquistar o León, começando por agora — sussurrou para nós.

Ela afastou-se da gente e foi até a porta, quando abriu a mesma um cara alto, de cabelos lisos cor chocolate, ou seja, León, colidiu com ela. Cami passou os braços ao redor de León e ele, para não deixá-la cair, passou os braços por sua cintura.

Achei a atitude de Cami um tanto exagerada, concretizei esse meu pensamento ao lembrar-se do que ela falou há um minuto, praticamente: "Eu vou conquistar o León, começando por agora".

Todos que estavam no Zoom, e tinham olhos, olhavam a cena e eu, com minhas sobrancelhas franzidas, também observava aquela baixaria. Não demorou mais do que três segundos e León firmou Cami. Acho que nem uma troca de olhares rolou. Se bem que seus rostos estavam um pouco próximos.

Logo, Pablo retomou a explicação, junto com Marotti. Eles falaram do show, a ordem das apresentações, e então o ensaio começou.

Os meninos da banda arrumaram rapidamente os instrumentos e começaram a cantar. Num momento, León olhou para onde eu estava e um sorriso bobo escapou de seus lábios enquanto cantava, mas eu não tenho certeza se era realmente pra mim porque Ludmila estava na minha frente.

Tomás subiu no palco, pegou o violão, começou a tocar e cantar. Depois de alguns versos, tive certeza de que ele escreveu para mim essa música, além do fato de que ele estava cantando olhando em meus olhos. A música era simplesmente fofa. E romântica. Um sorriso bobo escapou involuntariamente da minha boca, a letra estava mexendo comigo. Nossos olhares se cruzaram, porém, em certo momento, eu não queria que fosse Tomás em cima daquele palco, cantando para mim, e sim o garoto de olhos verdes.

Tomás continuou no palco, Ludmila, Naty e Marco subiram e cantaram Tienes El Talento. Meu coração acelerou quando a música terminou. Havia avisado para Pablo que não poderia cantar se quisesse estar boa na sexta, ele concordou, mas acho que não avisou a Marotti, por isso o mesmo me chamou.

— Vilu, sua vez.

Estremeci. Fui relutante até Marotti, explicar minha situação. Ele sorriu pra mim e me deu um empurrãozinho até o palco, sem me dar chance de explicar algo.

Que droga, pensei.

Suspirei. Subi as escadas e olhei pra Fran ou Leon em busca de ajuda, mas encontrei os dois conversando. Tomás estava atrás de mim, e sorria.

— Tomás, eu não posso cantar — revelei rapidamente.

— Por quê? — perguntou preocupado.

— Eu estou com... — Parei de falar quando vi Ludmila, com um olhar e um sorriso maldoso pra mim.

— Continua, Vilu, está com... — disse em um tom maléfico. Não respondi. — É tão difícil responder? Porque não pode cantar, Viluzinha?

— Para de me chamar assim! — falei elevando minha voz.

— Ela não te deve satisfações, Ludmila — defendeu-me Tomás.

— Claro que deve! Todos cataram, porque somente ela tem tratamento exclusivo? — perguntou se fingindo de doida.

— Olha quem vem me falar de tratamento exclusivo! A "rainha" do Studio — disse eu, irônica.

— Tome cuidado com o que fala, sua... — vociferou Ludmila, com olhos flamejantes pra cima de mim.

— Sua o que? — desafiou Tomás, avançando na direção de Ludmila.

Neste momento, León interferiu nessa pequena confusão.

— Ei, ei. Vamos nos acalmar, sim? — falou León, parando Tomás.

— Vai cuidar da sua vida, Vargas! — gritou Tomás, tirando o braço de León.

— Para de se achar o machão, Heredia — sorriu. — Não sabe bater em homens e vem bater em mulheres?

Em um movimento rápido, Tomás deu um soco em León, que perdeu um pouco do equilíbrio e abaixou a cabeça. Quando ele levantou a mesma, vi que seu nariz sangrava. Tomás o acertou em cheio. Eu estava assustada, León é muito mais forte que Tomás — nisso Vargas realmente tem razão —, e, pelo que eu conheço os garotos, eles nunca deixam as coisas sem uma possível volta. Mas então algo me surpreendeu: León olhou pra mim, nossos olhares se encontraram e simplesmente vi um garoto vulnerável. Vargas encarou Tomás, porém nada fez.

— Tomás, pra minha sala. Agora! — gritou Pablo, fazendo-me voltar a não tão doce realidade. — Francesca! Por favor, leve Leon para limpar esse nariz.

— Desculpe, Pablo. Mas não gosto de ver sangue, eu tenho enjoo e às vezes desmaio — disse Fran. Quando León se virou, ela deu uma piscadinha pra mim e eu entendi seu joguinho.

Talvez com Camila eu possa esconder meus sentimentos, mas de Fran é impossível. Acho incrível a quão observadora e inteligente aquela italiana de olhos claros é. Fran me surpreende cada vez mais.

— Okay. Violetta, você o leva. Volto daqui a pouco — disse Pablo, saindo do Zoom.

Fui até onde León estava e o chamei.

— Pra onde está me levando? — perguntou León.

— Enfermaria.

— Aqui tem uma?

— Por incrível que pareça, sim.

Guiei ele até a enfermaria, que ficava nos fundos do Studio, mas que só era usada para emergências, por exemplo:

☛ Se você torcer o pé ou a mão;

☛ Estiver com dor de cabeça, ou...

☛ Se alguém der um soco no seu nariz e ele começar a sangrar pra caramba.

Abri a porta para ele. Pedi licença, mas não tinha ninguém lá e virei o motivo da risada de León.

— Acho que a moça da enfermaria não está hoje — falei.

— A enfermeira? — perguntou.

— É — concordei, deixando escapar uma risada.

León correu até a pia, estranhei, mas logo vi uma cachoeira de sangue escorrer de sua mão e nariz. Corri para ajudá-lo. Esperei ele lavar seu rosto. Depois mandei Vargas sentar-se na maca que havia na sala. Ele obedeceu e aguardou minha próxima ordem. Peguei uma toalha pequena, molhei uma ponta e limpei onde o resto de sangue seco que tinha ficado no seu rosto.

— Isso já está virando rotina — brincou León, lembrando do acontecido na minha casa, quando ele caiu da árvore. — Você quer ser minha enfermeira particular?

— Eu ainda não sou? — indaguei incrédula. — Pensei que fosse a muito tempo.

— Acho que só precisa do título — falou. — E de um curso de primeiros socorros — completou depois de uma pequena pausa.

Procurei algodão naqueles armários brancos, tudo era horripilantemente branco nesse local. Achei uma caixa e abri. Falei para León colocar no nariz e esperar um pouco.

Sentei ao seu lado. Ficamos em silêncio, ele olhando para o teto, porque eu havia mandado ficar assim, e eu olhando para aquelas prateleiras de medicamentos.

— Obrigada por não continuar a briga. — quebrei o silêncio.

Han... De nada — respondeu.

Depois de alguns segundos eu decidi perguntar:

— Por que você não revidou, León?

Ele respirou fundo e eu o olhei, porém ele continuou fitando o teto.

— Ah — começou —, eu não sei. Eu te olhei e... Sabe? Minha raiva se foi. — Ele olhou para mim. — Eu te olhei e vi que estava assustada, então percebi que não tinha motivos para brigar com ele.

Sorri.

— Se bem que eu ia desconfigurar aquele rostinho bonitinho dele — brincou. Claro, até parece que o palhaço do León ia deixar isso quieto.

— Tenho certeza de que ia.

— Droga, Vilu! — Reclamou uns dez segundos depois. — O algodão não está estancando o sangramento.

— Vou pegar álcool.

Por sorte, achei uma garrafa cheia, destapei e entreguei a León.

Ele tirou o algodão e respirou fundo. Como resultado, uma boa tosse ecoou e eu caí na risada. León mostrou a língua pra mim, mas também riu um pouco.

León! — gritei. O mesmo me olhou assustado. — Você está derramando sangue no álcool novinho.

Aiii, caramba!

A cor do líquido passou de transparente pra rosa. Sim, rosa. Achei isso muito estranho. Pelos meus cálculos químicos, o produto deveria ficar vermelho.

— Me dá mais algodão, alguma hora vai ter que parar. — Fiz o que me pediu.

Ele ficou com um algodão enorme enfiado no nariz e com a cabeça para cima, aliás, como ele estava antes da minha ideia brilhante do álcool.

— Acho que o Robin vai precisar de uma transfusão de sangue — concluí, ele riu um pouco.

— Ei — chamou León, alguns segundos depois. Aproximei-me um pouco dele, que segurou minha mão e a levou aos seus lábios, dando um beijo — Obrigado, enfermeira particular.

— De nada, paciente particular.

Camila entrou desesperada pela porta, que estava fechada dois segundos atrás. Puxei minha mão, assustada. Respirei fundo para não ficar com aquela cara de "estou fazendo coisa errada e escondida".

— Quem é? — perguntou León que nem um bobo, ainda olhando para o teto.

— Oi, León, é a Cami — disse ela. Vargas abaixou a cabeça. — Eu vim ver se a Vilu precisava de ajuda.

— Ajuda pra estancar sangue de nariz? — indagou León, confuso, e deixando Cami sem graça e vermelha.

Lancei um olhar discreto pra ele dizendo: "ela tá preocupada com você, seu idiota, e só tá usando isso como desculpa".

— Ah... Bem, porque... — tentou consertar — Sabia que a Vilu é boa pra estancar sangramentos? — completou, estragando tudo.

— Então, Cami, o ensaio vai continuar? — intervi.

— Sim, precisamos ensaiar On Beat.

— Já estamos indo, okay? — falou León. — Acho que já está parando.

— Claro, então vou lá avisar que vocês já vão — disse Cami, saindo da mesma forma que entrou: como um vulto.

— Cara, que susto — falou León, quando Cami saiu da sala.

— Nossa, você é péssimo em dar desculpas.

— Aquilo não foi uma desculpa e tenho certeza de que você não é muito melhor. E a propósito, eu fui pego desprevenido e às cegas.

— Tá legal — disse eu, dando uns tapinhas no seu ombro. — Vamos, moço.

— Vamos, moça.

Voltamos ao Zoom, León levou um estoque de algodão, caso voltasse a sangrar.

Quando entramos, Diego correu até León e perguntou se ele estava bem. Dei uma geral no espaço e notei que Tomás não estava mais lá.

— Cadê o Tomás? Ainda não voltou? — perguntei.

— Não, e nem Pablo — respondeu Broduey.

— Lion! — gritou Ludmila indo até León. — Você está bem? Fiquei preocupada.

— Ah, sim, não foi nada demais — falou, dando de ombros. — Violetta cuidou bem de mim.

Sabe aqueles momentos em que você quer virar um avestruz e enfiar sua cabeça debaixo da terra pra ninguém ver sua cara? Então você sabe como me senti naquela hora.

Estavam todos me olhando. E ficamos assim até Pablo entrar no Zoom com Marotti, assustando todos.

— Então, León, está bem? — perguntou Pablo, preocupado.

León assentiu, disse que não foi nada demais e que estava pronto para voltar a ensaiar. Pablo elogiou sua atitude, de não revidar em Tomás e tentar parar a briga.

— O que aconteceu com Tomás? — indagou Marco.

— Tomás não participará do show e foi suspenso do Studio por três dias.

— Mas nós temos um trabalho da Angie para apresentar na segunda, e ele é a dupla de Violetta — explicou Francesca.

— Bem, então ele ficará sem nota e, Vilu — falou Pablo, dirigindo-se a mim —, tem permissão para escolher outra pessoa, se quiser.

O rosto de León se iluminou automaticamente e um sorriso bobo brincou no canto de seus lábios depois que Diego lhe sussurrou algo.

— Claro. Obrigada, Pablo — agradeci.

— Então, estou animado ver como ficou On Beat. Tenho certeza de que está incrível.

Subimos no palco. Ludmila me fuzilava profundamente, mas eu ignorei. Os baldes e baquetas estavam no canto, provavelmente eles pegaram enquanto León e eu estávamos na enfermaria.

Nos arrumamos, a melodia iniciou e começamos a dançar e a cantar.

Pablo ficou maravilhado com cada acorde e cada verso que compunha a letra, falou que nós formamos um belo grupo, e que juntos somos mais.

Ensaiamos On Beat umas 4 vezes, dividimos, com a ajuda de Pablo e Marotti, as partes que cada um cantará. O nariz de León sangrou um pouco entre a primeira e a segunda vez que dançamos, mas logo ele deu um jeito. Eu não pude cantar, então só dancei, mas ganhei uma parte mesmo assim. E Ludmila ficou me fuzilando.

+++

— Vilu, e aquela música? Descobrí? — perguntou Fran, quando estávamos saindo do Studio.

— Puxa! — Exclamei. — Eu me esqueci completamente dela.

— Então não terminou? — fiz um sinal negativo com a cabeça.

— Depois do show e do trabalho de Angie, eu termino ela.

— Certo.

Ficamos conversando sobre várias coisas, a deixei na frente de sua casa e segui pra minha.

+++

O que um show não faz com a pessoa?

Fui dormir tarde conversando com a galera do Studio e acordei cedo, e o mais incrível é que acordei SEM SONO.

Tomei um banho bem quente e coloquei uma roupa nova que ganhei de Angie. Desci animada e encontrei meu pai e Jade abraçados no sofá assistindo um programa de viagem.

Fui até a cozinha, dei um Oizinho para Olga, peguei uma maçã e fui para o Studio.

Entrei no Zoom. Apenas León, Diego e Fran haviam chegado. Juntei-me a eles e ficamos conversando, rindo. O resto do pessoal não demorou muito pra chegar.

Pablo, Angie e Marotti entraram muito animados.

— Pessoal, temos uma surpresa — anunciou Angie, com um sorriso de orelha a orelha.

— Quem fala? — perguntou Pablo, entre eles.

— Pode falar — respondeu Marotti.

— Tudo bem — concordou. — Então, gente, ontem o Marotti ligou para alguns contatos dele e adivinhem: nós vamos fazer o show em um teatro.

Aplaudimos e gritamos, felizes e animados.

— Eu não poderei ir agora, mas 16h eu estarei lá. Marotti vai acompanhar vocês até o teatro.

— Olha, o ônibus já está lá fora, então o que estamos esperando, turma? — disse Marotti, muito mais que empolgado.

Eu pensei que todos sairiam correndo, derrubando os outros, atropelando pessoas no caminho, mas apenas Maxi, Andrés e Broduey fizeram isso. Diego e León caminhavam na maior calma e tranquilidade, apesar de estarem bem animados.

Sentei com Fran, Diego sentou com León, Camila ficou com Maxi e Andrés sentou com Broduey. Óbvio, Naty ficou com Ludmila.

Estava ouvindo Chasing the Sun, do The Wanted, no fone de ouvido junto com Fran, quando duas barras de chocolate voaram para meu colo. Fran e eu demos um grito escroto e logo ouvimos dois garotos, no assento da frente, rindo da gente.

León e Diego ajoelharam no assento, ficando de frente pra nós.

— Espero que gostem de chocolate — falou Diego, dando uma piscadinha. — Ah, e a ideia de jogar as barras em vocês foi do León — denunciou rindo, e levando um soco fraco de León.

— Obrigada, León, pelo ataque cardíaco — disse Fran, irônica.

Vish, quase deixei Diego viúvo — brincou Vargas.

Fran e Diego o metralharam com os olhos.

O ônibus deu uma freiada violenta, jogando León e Diego para trás.

— Ai minhas costas — reclamou León, gemendo.

— Pelo menos com você foi as costas, comigo foi o crânio — disse Diego.

Fran e eu rimos dos dois patetas que entraram nas nossas vidas.

— Isso que dá não usar o cinto, as crianças pequenas se machucam — falei.

— Eu te falei, Di — León falou, fazendo uma voz de bebê.

— A culpa não é minha, Le — respondeu Diego, também com uma voz de bebê.

— Ai, meu Deus — clamei.

Chegamos ao teatro e UAU! Era incrível, grande, maravilhoso e lindo.

— Pessoal, tem um buffet de comida lá trás. Daqui a dez minutos começamos a ensaiar. O show será transmitido ao vivo e começará às 17h — avisou Marotti.

Tinha uma equipe montando vários equipamentos e câmeras, além do pessoal fazendo ajustes na iluminação e testando o som.

Fui para o buffet ao lado de Fran e Cami. Comi dois pães de queijo e bebi chocolate quente.

Os instrumentos musicais estavam em uma sala ao lado e havia muitos deles. Os meninos escolheram os seus e foram para o palco, eles ajudaram Andrés com a bateria e logo Queen Of the Dance Floor entoava pelo grande teatro.

No lugar de Entre tu y yo de Tomás, Pablo pediu para Fran cantar minha música em italiano, En Mi Mundo. Os olhos dela irradiaram a pura alegria.

Cami e Maxi entraram como substitutos de Tomás em Tienes El Talento, quando a música estava acabando, León e Fran me perguntaram se eu estava legal, se ainda estava sentindo alguma dor na garganta. Respondi que não, eles em encorajaram e eu segui firme até o palco.

Peguei o microfone de Cami, eu tremia um pouco, não cantava há três dias, meu coração começou a bater mais forte quando vi León no canto do palco. Ele sorriu e fez um aceno com a cabeça.

O que ele vai pensar da música? Essa pergunta assombrava minha mente.

A melodia começou a soar dos altos falantes, respirei fundo e cantei Como Quieres em público pela primeira vez.

+++

— Certo, pessoal, é hora do show — disse Pablo para os meninos.

León e Diego pareciam que iam desmaiar a qualquer momento, além de parecerem dois fantasmas. Os meninos falavam palavras que os encorajassem, mas não parecia adiantar.

— Calma, Le — disse Cami, se jogando nos braços de León. — Vai dar tudo certo.

Ele retribuiu o abraço, que durou uns quatro segundos.

Se eu fico contando os segundos que León abraça as outras meninas? Não, que isso? Tudo bem, eu fico.

— Ai, Lion, você vai arrasar, tenho certeza — disse Ludmila, dando um beijo na bochecha dele.

Revirei os olhos e continuei comendo meu quarto pão de queijo do dia.

— Não vai falar com León? — perguntou Fran, sentando-se ao meu lado. — Pensei que fossem amigos.

— E somos — afirmei. — Mas isso — me referi à cena de Cami e Ludmila — está mais para as admiradoras dele.

— Então, você também deveria estar lá — brincou.

— Ah, claro — debochei. — Eu não gosto dele.

— E quem disse em gostar do León?

— Você, oras — respondi, ficando nervosa. A italiana espertinha riu.

Fran fez um sinal positivo com os polegares e sorriu pra frente.

— Ele está te olhando, talvez esperando você o encorajar.

— Que dó, ele pensa que eu vou ficar o bajulando, igual Cami e Ludmila.

— Ele está entrando no palco, Vilu — avisou.

Não aguentei e levantei minha cabeça, León estava realmente me olhando, mas não me sobrou tempo de sorrir ou fazer outra coisa porque Maxi o empurrou para o palco e ele sumiu.

— Eu avisei — Fran esfregou na minha cara.

Um sentimento horrível se apossou de mim. Droga, por que eu fiz isso? León é tão bom e fofo comigo.

Levantei e fui falar com a moça responsável pelo nosso figurino. Pois é, Marotti planejou tudo perfeitamente.

— Sou Violetta Castillo, vou cantar como Como Quieres.

— Você é a garota que os produtores do You Mix vieram ver exclusivamente? — perguntou ela entusiasmada. Concordei.

— Tenho algo especial pra você — um sorriso brotou em seus lábios. — Vamos — me chamou para o camarim.

Ela tirou um vestido rosa incrível de um saco preto que estava no canto do recinto.

— Olha, ele é bem fácil de tirar, até porque eu sei que você vai dançar a última música e tem que se trocar rapidamente.

— Obrigada.

Me troquei. Ela fez uma maquiagem bem trabalhada em mim, colocou uns enfeites no meu rosto, soltou meu cabelo e prendeu algumas tiras rosa no meio dele.

— Pronto. Você está linda.

Agradeci mais uma vez e saí da sala. A moça trabalhava bem rápido, porque Fran ainda estava na metade de sua apresentação.

— Nossa, que linda — elogiou Cami, se aproximando de mim.

— Obrigada.

— Você viu como León está? Meu Deus! Tem como ele ficar mais perfeito do que isso?

— Não, não vi — neguei. — Como ele está?

— Acho melhor você mesmo ver.

Ela me girou na direção de León e... Nosssssssssa! Tenho que concordar com Cami.

Uau! — deixei escapar.

— Pois é. Essa moça é milagreira, porque até Broduey está bonitinho.

Desviar os olhos dele parecia uma tarefa impossível de ser feita; León vestia uma camisa social azul clara, um colete cinza aberto estava por cima, usava uma calça jeans e um tênis preto, o cabelo estava arrumado em um topete não muito grande.

Seus olhos desviaram de Pablo e Marotti, com quem ele e Maxi conversavam, e encontraram-se com os meus. Meu coração gelou, ou acelerou, não sei.

— Ele tá olhando pra cá. Disfarça, Vilu, disfarça — pediu Cami, assustada.

Mas eu não conseguia, por mais que tentasse, não conseguia. Um diminuto sorriso brincou nos lábios vermelhos de León, evidenciando suas covinhas. Sorri também.

— Do que adiantaria, Cami? — perguntei, por fim, desprendendo-me do incrível olhar de León Vargas. — Ele já nos viu o admirando — falei, e sorri de canto, indo até Diego, que observava a apresentação de Francesca.

— De repente, me encontro apaixonado pelo idioma italiano — disse Diego, assim que parei ao sei lado.

— Você está apaixonado por Fran, isso sim.

— E você pelo meu melhor amigo.

— Ai, meu Deus. Outro que insiste nisso — brinquei. — Fran me disse algo parecido.

— Oras, e é a verdade — reafirmou.

— Não, não é, Diego.

— Posso ver em seus olhos, Vilu — falou alguns segundos depois.

Fran acabou de cantar e correu até nós. A cortina se fechou e algumas pessoas montaram um novo cenário para Tienes El Talento.

— Uau, Fran! — disse Diego, a abraçando. — Você foi demais.

— Concordo com ele, amiga. Você arrasou.

— Obrigada, gente — agradeceu tímida.

Pelo outro lado, Maxi, Cami, Marco, Naty e Ludmila entraram no palco. Maxi estava com um violão e Marco uma guitarra. As meninas estavam com microfones de cabeça, afinal: elas iam dançar.

Senti algo batendo em meu ombro e virei, curiosa. Vi León me chamando com a mão.

— Vou beber água — falei para Fran, Diego e Broduey, que estavam assistindo concentrados na apresentação.

Fui até o bebedouro e León me seguiu.

— Nossa! — Exclamou. — Tenho que confessar uma coisa: você está linda — elogiou, assim como Cami. Porém, há uma grande diferença entre receber o elogio de um garoto e o elogio de uma amiga.

E a diferença é que: no elogio do garoto você cora.

— Obrigada — agradeci, sentindo minhas mãos começarem a suar. — Disse isso para Ludmila também? — provoquei.

— O que isso tem a ver? — indagou confuso.

— Nada, estou apenas perguntando — falei não demonstrando interesse.

— Não falei, se quer saber.

— Ah — murmurei. — E quando pretende pedi-la em namoro? Afinal, ela gosta de você e você gosta dela.

— Ainda não havia pensado nisso, estamos na fase de nos conhecer ainda, entende? — respondeu, olhando bem fundo nos meus olhos.

— Já fez doces na cozinha dela? — perguntei.

Minha consciência dizia: cuidado, Violetta, terreno perigoso.

— Não, mas já nos beijamos — respondeu, deixando a mandíbula rígida.

— Ah — murmurei novamente. Comecei a me afastar devagarzinho dele. — E veio fazer o que aqui, León? — indaguei com o pouco de voz que me restava.

— Eu quase ia me esquecendo. Gostaria de ser minha dupla no trabalho de Angie? — convidou.

— Tá, pode ser, estamos sozinhos mesmo — dei de ombros e comecei a andar para longe dele.

— Mais uma coisa — falou, segurando meu pulso e me fazendo parar.

Uma onda de adrenalina correu por meu sangue ao sentir seu toque suave. Ele parou na minha frente, levantei o olhar para fitá-lo. O que ele está fazendo?, pensei. Então se inclinou e me deu um beijo rápido na bochecha, depois bateu de leve com o dedo indicador na ponta do meu nariz e falou:

— Deixe aqueles produtores impressionados, Vilu.

E saiu por algum canto do teatro.

Fiquei parada que nem uma bobona.

— Puxa vida! — disse a moça que havia me arrumado. Tomei um susto, não tinha a visto. — Ele é bem fofo... E lindo — completou.

— É — concordei.

— Você gosta dele? — perguntou.

— Eu não sei — respondi, finalmente a olhando.

Observei bem a moça, tinha no máximo 30 anos, seus olhos eram castanhos claros e seu cabelo castanho escuro, sua pele era morena. Ela é linda, concluí.

— Minha amiga gosta dele e ele gosta daquela loira que está no palco — disse eu.

Vish! — falou avaliando minha situação. — Ele não me pareceu gostar dela.

— Por quê?

— Não sei — ela respondeu. — Digamos que ele não parava de te olhar.

— Isso é dele mesmo — ri, lembrando-me de quando eu o segui.

— León é o nome dele, certo?

— Sim.

— Quem dera se eu tivesse um León desses na minha vida, Violetta — falou, suspirando. — Tão fofo e atencioso.

— Ele é demais, né? — falei me perdendo junto com ela. Ela concordou. — Ei, você não me disse seu nome.

— Ah, bem, meu nome é Michele.

— É um lindo nome, Michele — afirmei.

— Obrigada — sorriu. — Bem, eu tenho que arrumar o resto do pessoal enquanto você canta. Até mais, Violetta. Foi um prazer.

— O prazer é todo meu.

— Vilu, sua vez — falou Pablo, alguns segundos depois.

Entrei no palco, ninguém tinha me dado microfone, mas quando entrei vi um num suporte de diamante, que combinava perfeitamente com meu vestido.

Uma fumaça artificial tomou conta do palco e deu um efeito incrível. O diamante se acendeu numa cor violeta e então a cortina se abriu e a melodia começou.

Cantei com meu coração, coloquei todos os meus sentimentos enquanto cantava.

Avistei quatro meninos em cima das cadeiras da plateia do teatro. León, Diego, Maxi e Broduey. Eles vestiam outras roupas, a do On Beat, concluí. Eles ergueram um cartaz brilhante na minha direção e começaram a pular. O cartaz dizia:

"Violetta, nós te amamos"

Sorri, pelo jeito havia arrumando os fãs mais doidos de todos os tempos.

A cortina se fechou e eu saí correndo do palco para poder me trocar. Fui para o camarim, Fran me seguiu e me ajudou a me trocar. Ela tirou as lantejoulas do meu rosto, mas deixou as fitinhas no meu cabelo. Coloquei meu tênis e logo estávamos correndo para o palco.

Um pessoal ainda montava o cenário incrível de On Beat, mas todos já estavam nas posições. Peguei o microfone e fui o meu lugar.

León conversava animadamente com Ludmila, o que me irritou demais.

— Trinta segundos — avisou Marotti.

Os trinta segundos mais rápidos da minha vida. Logo estávamos dançando e cantando On Beat.

+++

— Foi incrível, pessoal — parabenizou Pablo. — Tenho certeza de que os produtores amaram. O show teve muitos acessos e comentários positivos, possivelmente ganharemos alguns patrocinadores.

Entramos no ônibus, cantamos On Beat na maior voz.

O motorista nos deixou no Studio e, como já era de noite, fomos para casa. Maxi disse que acompanharia Naty, Camila foi sozinha pra casa, mas esperando que León se oferecesse para levá-la, todavia isso não aconteceu. Diego acompanhou Fran. Alguém da família de Ludmila a veio buscar, e os meninos foram sozinhos, assim como eu.

Estava virando uma esquina quando encontrei León parado no muro de uma casa.

Sorri e falei para ele escutar.

— Ai, Senhor, lá vem.

— Calma, só quero acompanhar a próxima estrela do You Mix até a casa dela — explicou sorridente.

— Por quê? Ludmila foi de carro e você ficou sem companhia?

Ele olhou pro céu, levantou os braços e gritou:

Ahhhhhh! Que saco! Para de falar da Ludmila!

— Por que eu deveria parar?

— Porque isso está me irritando — respondeu.

— Agora que eu continuo mesmo — dei uma risada maléfica.

— Ah, Tchau — disse León, indo na direção oposta.

— Tchau, ué?! — falei não me importando com sua decisão.

— Voltei — falou um minuto depois, chegando ao meu lado. — Então, precisamos falar sobre o trabalho.

— Podemos ensaiar na minha casa — sugeri. Meu pai não me deixaria ir à casa de León, e também não estava a fim de me arrumar e sair.

— Claro. Que horas? — perguntou.

— Depois do almoço, e, por favor, não apareça às 9h30 no meu quarto. Eu quero acordar bem tarde amanhã.

— Tudo bem — assentiu, rindo.

— Então, acho que até amanhã. — disse eu, quando chegamos em frente minha casa.

No caminho, viemos conversando sobre o show, ele disse que foi um momento incrível pra vida dele e que agradeceu pelo teatro não estar lotado.

— Até amanhã, Violetta — respondeu, com as mãos no bolso de sua calça.

León deu um sorriso tímido, retribuí olhando para o chão. Ele virou e foi embora, fiquei o observando dobrar a esquina, e quando o fez, entrei na minha casa.

+++

Quando finamente acordei, era praticamente 12h30. Me arrumei, desci, almocei com meu pai e Jade e fiquei no sofá, assistindo. Não avisei a meu pai que León viria, talvez, quando León chegasse, o deixasse ficar e não o expulsaria. Mas pelo jeito, a sorte sorriu para mim e meu pai falou.

— Filha, hoje eu vou visitar uns parentes de Jade. Volto à noite.

— Tá bom, pai — concordei, fingindo estar triste. Mas de triste eu não tinha nada.

Quando eles saíram, eu liguei a TV e estava passando um dos meus filmes preferidos: High School Musical 2. Aumentei o volume e comecei a dançar e a cantar Work This Out.

Estava bem distraída quando a campainha tocou, e a consequência foi um belo susto. Desliguei a TV e corri pra porta.

— Bem vindo a minha casa, Sr. Vargas — brinquei.

— Obrigado, Srta. Castillo — fez uma continência a mim. — É uma honra voltar aqui.

Ele entrou na minha casa, respirou fundo e falou:

— Que cheiro bom.

— Sou eu — respondi rindo.

— Okay, então — disse León, também rindo. — Estava cantando e dançando High School Musical 2, Violetta?

— O que? — perguntei sem graça. — Como sabe?

— Eu ouvi, — respondeu com um sorriso, mostrando suas covinhas —, e com essa música, Work This Out, é impossível ficar parado.

Hum — murmurei maliciosa — então você também gosta de High School Musical?

— Claro — falou. — Eu me sentia o Troy quando assistia, e também porque eu jogava basquete na época, e foi com High School Musical que eu me apaixonei por música.

— Uau! Que história emocionante.

— Tirando o fato que eu deixei meu cabelo parecido com o Troy — disse baixinho, mas devido o silêncio que reinava no meu lar, eu escutei.

— É sério? — perguntei. Ele assentiu. — Quero ver uma foto, depois.

— Desculpa, mas não será possível. Eu não tenho fotos minhas antigas.

— Como não?

— Meu pai não é um cara de guardar recordações e lembranças minhas — pelo seu tom de voz, ele parecia triste. — Então, você já tinha escolhido alguma música com Tomás? — indagou, desviando do assunto.

— Bem, não. Nós íamos nos encontrar hoje, devido a semana corrida que tivemos.

— Entendo. Gosta de música eletrônica?

— Sim, amo, na verdade — disse eu.

— Ótimo, porque eu trouxe várias — falou, dando um sorriso torto.

Sentamos no banco do meu piano, ele ligou seu notebook e abriu a pasta que tinha vários vídeos de músicas. Se não estivemos fazendo "trabalho", isso daria uma boa balada.

— Ei, eu sei que não tem nada a ver com o assunto, mas, qual é sua parte favorita do High School Musical 2? — perguntei para León.

— Hum... — pensou — aquela que eles estão fazendo um picnic no campo de golfe — León se colocou de pé — aí o Troy pergunta se a Gabrella quer dançar — ele pegou minha mão e me colocou de pé — então os dois saem dançando.

Em um movimento rápido, León me girou e colou nossos corpos e começamos a dançar de um jeito muito estranho e desorganizado, mas o bom disso de tudo é que rimos muito. Ele se atrapalhou uma vez e quase caiu, na outra vez León caiu mesmo.

Sentamos no banco de novo, ainda rindo e sem fôlego.

— E a sua? — perguntou.

— O final, quando ela chega de surpresa, no show — suspirei. — Ah, é muito linda aquela parte — ele sorriu.

— Então, gostou de alguma música?

— Olha, eu gostei de todas, você tem bom gosto.

— Obrigado, mas, e aí? Qual cantamos?

— Pode escolher.

— Não, escolha você — falou.

— Escolhe você, León. Pra mim, tanto faz.

— Eu não vou escolher, Vilu.

— Tá — suspirei irritada. — Então vamos cantar Paradise.

— Okay — concordou.

Ensaiamos, brincamos, ensaiamos mais um pouco e assistimos High School Musical 2. León sabia cantar todas as músicas, todas mesmo, e perfeitamente. Em You Are The Music In Me, fizemos o dueto e ficou tão... Incrível aquele momento.

De noite, meu estômago começou a falar em uma linguagem anormal. León ligou para Diego e Fran e os convidou para uma pizzaria, eles aceitaram e nós fomos.

Minha noite de sábado foi incrível com eles. As melhores pessoas do meu universo.


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Notas finais do capítulo

Tenho uma notícia que pode animá-las, falei com a Incrível e estamos pensando em fazer uma mini maratona, começando por este capítulo, assim, aceleramos um pouco a fic. O que vocês acham? Bem, desculpe o capítulo grande de novo kkk e até mais.
Comentem e favoritem, okay?
#Miimi



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