Whatever Happens escrita por Mia Castle


Capítulo 2
Os fantasmas da detetive.


Notas iniciais do capítulo

Voltei, dois capítulos para a história ficar mais clara, vou trabalhar um pouco no lado mais... sensível da Kate, nada muito exagerado claro, porque estamos falando da KATE, mas... quero mudar um pouco essa postura de detetive durona, e também, fazer o Castle ser o namorado/noivo/marido, mais fofo que existe.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624001/chapter/2

Kate acordou com a chuva fortíssima que caia do lado de fora, fitou por alguns segundos o lugar, a sala, fria e vazia, por um segundo desejou que Castle não fosse tão respeitador com isso e a levasse para o quarto no meio da noite. Suspirou e se levantou, entrou no quarto de Rick devagar e se dirigiu até o banheiro.

–Vai trabalhar mesmo com essa chuva? –Ele perguntou.

–Eu não tenho muita escolha Castle, eu preciso trabalhar, estamos em um caso a quase duas semanas, e sem resposta nenhuma. –Ela suspirou.

–Eu posso ir junto? As vezes eu posso ajudar com alguma coisa que deixou passar. –Pediu e entrou no banheiro junto com ela.

–Acho melhor não, acho que você tem que ficar aqui, e se recuperar do que aconteceu. –Disse sem fitá-lo.

Castle bufou alto e segurou a cintura da mulher a virando de frente para ele, segurou seu queixo fazendo ela encará-lo nos olhos. –O que está acontecendo com você? Cadê a minha Kate?

–Eu estou aqui... –Disse sentindo seus olhos marejarem.

–Não Beckett, você não está, quando eu desapareci eu deixei aqui a minha Kate, e quando eu voltei, ela já não tava mais. Eu conversei com o Esposito e o Ryan, e eles disseram, que você passou todos os sessenta dias dentro daquela delegacia, dia e noite, você não parou um segundo. Por quê agora você se afastou assim? –Disse sério.

Kate não sabia o que dizer, podia contar a verdade e dizer que tudo aquilo era medo, receio, desespero pelo que aconteceu, mas porque ela faria isso? O que diria? “Poxa querido, eu simplesmente não posso seguir a minha vida com isso, eu tenho medo, eu KATE BECKETT tenho medo do que vai acontecer.” Não, não era isso, suspirou e se soltou dos braços de Rick e saiu correndo do quarto, ela andava tão rápido que nem sequer ouviu a voz de Martha gritar para ela levar o guarda chuva, saiu do apartamento e sumiu pelas ruas de Nova York.

–Mamãe, a Kate ela... –Castle suspirou e fitou a porta.

–Ela saiu... aceita um café? –Sorriu reconfortante, o homem suspirou e caminhou até sua mãe, se sentou em frente a mulher e a fitou.

–Eu não sei mais o que fazer. –Confessou e apoiou a cabeça nas mãos.

–Querido, você é muito mais inteligente do que isso. –Ela sorriu. –Foram dois meses Richard, dois meses, Alexis arrumou o seu quarto todos os dias, trocou suas roupas de cama, abriu as janelas, tirou a poeira, todos os dias, porque ela tinha esperança de que você fosse entrar por aquela porta, e que dissesse que era uma brincadeira, ela iria te perdoar, ela só queria que você voltasse. E a Kate, a casa dela foi à delegacia, durante dois meses, ela não saia de lá, não comia, não dormia, ela andava com o notebook debaixo do braço, com o seu caso aberto, esperando que a qualquer segundo alguém entrasse com uma notícia sua. Ela espalhou fotos suas pela internet, passou dois dias em uma ronda pelas ruas de Nova York, mesmo quando sabia que já não te encontraria, ela chorou ajoelhada aos pés de um dos detetives que disse ter uma notícia sua, ela não desistiu por um segundo Rick. E eu, eu passei dois meses observando o comportamento dela, e ela sofreu tanto, que eu tive vontade de colocá-la no meu colo, e dar o pouco de carinho que ela tava precisando. Querido, Kate perdeu a mãe em um assassinato, e já passou por tanta coisa que muita gente por ai não agüentaria nem por dois dias. Mas isso querido, foi mais do que ela estava esperando, muito mais. Então, para um pouquinho de criar situações que não existem, e pensa, que a sua Kate, pode estar se negando a acreditar que você voltou, e que o primeiro passo, quem precisa dar é você. –A mulher fitou o filho a sua frente, a expressão dele de clareza a fez sorrir e então ela se retirou.

–Que droga Kate. –Suspirou e se levantou, pegou seu telefone discando os números dela, ouviu o toque familiar e fitou o aparelho em cima do sofá, quase gritou de raiva. Uma, duas, três horas se passaram e nada da mulher voltar, Rick já estava quase indo atrás dela, mas ele sabia que seria estupidez, ele nem ao menos sabia onde ela poderia ter ido. Quando ele conseguiu relaxar por um pouco que fosse, escutou a porta se abrir, e ele viu Kate entrar pela porta, completamente encharcada, ele riu um pouco com a lembrança de alguns anos atrás, Kate encharcada em sua porta não era novidade, pelo menos naquela época, não era uma Kate cheia de medo com a de hoje.

–Oi. –Ela disse baixo.

–Você gosta de aparecer toda molhada na minha porta não é? –Ele riu e se aproximou, passou as costas da mão pelo rosto dela, secando de leve.

–É, da primeira vez funcionou. –Ela riu sem vontade.

–Preciso que entenda, que não precisa sair no meio de uma chuva como essa, se molhar desse jeito para me dizer o que precisa. A gente pode conversar normalmente. –Ele disse e entrelaçou seus dedos nos de Kate e a guiou até o quarto.

–Me desculpa. –Disse.

–Tudo bem, já foi. –Disse e entrou em seu quarto trancando a porta e caminhou junto com ela ate o banheiro.

–É sério, eu fui infantil. –Ela suspirou e levantou os braços para que ele tirasse a camisa que ela usava.

–Vamos ter muito tempo para conversar sobre isso amor, agora só vamos curtir um pouquinho a nossa presença. –Disse e terminou de tirar as roupas que ela usava, tirou as suas em seguida e ligou o chuveiro enchendo a banheira, se sentou na borda da mesma e puxou a mulher para o seu colo. –Seis anos Kate, seis anos, muitos assassinatos, quase que eu te perco em uma explosão, quantas vezes escapou de um tiro? Quase morremos congelados, você levou um tiro no coração, apareceu na minha porta encharcada, ficou presa em uma bomba, e você acha mesmo que a nossa história acaba assim? Eu voltei Kate, e eu não vou embora tão cedo. –Disse e beijou a mulher, receoso pela reação dela, que logo correspondeu ao beijo com voracidade, como se aquilo fosse o que estava faltando desde o início, e no fundo, ele acreditava que era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, está ai. Por favor, me digam o que estão achando.
Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Whatever Happens" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.