Once Upon a Dream escrita por Bloody Demon


Capítulo 7
Our Ends Are Beginnings




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Cansada de ficar ali, procurei um jeito para sair. Ao tocar na água, fui literalmente puxada para cima. Então nadei até a superfície. Saí de lá correndo, eu não estava ali para me divertir. Pensei o quanto sentia falta de minha mãe, e corri até chegar a um penhasco. O mesmo de quando chegamos à Terra do Nunca. Olhei para baixo, e vi novamente nuvens. Um céu. Dessa vez, eu estava bem na ponta, e corria risco de cair. Eu realmente estava curiosa para saber o que era aquilo. E as respostas apareceram na minha frente. Ou melhor, atrás de mim.

— Onde você estava?

Eu olhei para trás. Peter.

— O que é isso? — perguntei, ignorando a pergunta dele. Quando estou curiosa possa parecer ignorante.

— Isso? É um ótimo atalho para Londres.

— Eu sempre quis conhecer Londres! — exclamei.

— Então por que não vai? — perguntou, confuso.

— Se me der a honra e me garantir que não vou morrer.

Ele confirmou com a cabeça.

Virei-me novamente para o penhasco, e fiquei de novo na ponta. Deixei me corpo agir por si mesmo e cair. Numa fração de segundos vi a água vir violentamente até mim, mas na verdade eu quem estava indo até ela. Levei um tapa da água, infelizmente, mas aquilo não iria "afundar" minha felicidade. Vi sereias, peixes, tubarões e o tempo parecia estar mudando. De repente, caí novamente, mas desta vez eu vi carros e pessoas, e um chão que parecia ser duro, e com certeza era. Fechei os olhos fazendo força, mas Peter havia me prometido que eu não ia morrer. Ou não?

Parei no ar. Por mais que estivesse de olhos fechados, percebi isso. Então os abri devagar e vi o chão apenas dois centímetros de distância de mim. Olhei para os lados, tentando fazer com que me rosto não batesse no chão, e vi que as pessoas não podiam me ver. Me mexi, vagarosamente, e continuei flutuando. Tirei impulso não sei de onde, mas voei rapidamente por tudo e por todos, me desviando para não bater em nada. Finalmente podia fazer tudo aquilo que sempre quis fazer, voar como um passarinho, morcego, Peter Pan ou seja lá o que for.

Subi e voei pelas nuvens, ziguezagueei, dei giros, estava feliz. Aquilo era uma coisa que eu queria realizar, eu escolhia se estava tristes pela ida da minha mãe ou feliz por aquilo. Escolhi ficar feliz. Posso parecer uma pessoa perversa em relação a todos, e até mesmo à minha mãe. Mas eu a amo, como deveria demonstrar.

Parei numa janela aberta e vi um garotinho rezando. Aquilo era tão incrível. Mas ele olhou para mim, assustado. E eu saí dali voando rapidamente. Não sei por quê, apenas meus impulsos. Pensei em ir a Berlim, onde eu morava, para ver como tudo estava. Mas desisti da ideia, nem sabia como chegar lá. Parei num meio-fio e observei as pessoas que por ali passavam. Um vento frio bateu em meu rosto, fazendo-me fechar os olhos. Parece que até eles estavam com frio.

Em vez de voar, andei pelo meio-fio por alguns minutos, cantando uma música um tanto calma. Cheguei à uma loja de doces e balas, atravessei a rua e entrei nela, acenando para a moça que atendia. Infelizmente, ela não conseguiu me ver. Peguei um saco de doces que estava lá amostra e sai andando. Quando já estava na calçada, ouvi um grito horrorizado. Quase me engasguei com as balas que tinha colocado na boca, por certo ela tinha visto o pacote sair voando.

Cantando de boca cheia, pensei em como seria ter uma vida normal. Felizmente minha resposta mental foi 'muito tédio.'.


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