Once Upon a Dream escrita por Bloody Demon


Capítulo 6
Under Water


Notas iniciais do capítulo

Novamente, desculpa a demora. Mas tenho provas daqui a uma semana e minha mãe não me deixava tocar o computador...



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Empurrei a pessoa para o lado, ela iria me sufocar se ficasse em cima de mim.

— Becky! — Levantou-se a garota que aparentava ter quinze anos.

— Jane? — perguntei. Jane era uma garota que havia estudado comigo na pré-escola, mas oque ela fazia ali?

— Sim, sou eu, Becky. Tenho tantas coisas maravilhosas pra contar.

Fitei-a. Não havíamos sido muito próximas, só amigas. Mas porque ela estava ali? Vi que não adiantava fazer perguntas a mim mesma, pois ela não seriam respondidas e levantei-me.

— Nossa, que amor! Precisava me derrubar no chão? — fiz uma pausa. — O que faz aqui?

— É uma longa história. Lembra-se da Wendy?

— Sim, sua... — eu ia dizer mãe, mas não falei pois meus pensamentos me distraíram mais uma vez. Wendy, era aquela garota que havia ido pra Terra do Nunca. Minha mãe me falava sobre ela. Quem será que minha mãe fora na vida dessa Wendy? Ela não poderia saber sobre essa história se não fosse alguém bem próximo.

— Mãe. — completou. — O que acha de sentarmos e conversarmos? Você está precisando de explicações...

— Sim, é verdade. Mas antes, onde está Andrew?

— Ele saiu com Peter.

— Por quanto tempo dormi?

— Como na terra do nunca é diferente, você dormiu por cinco dias. Quer dizer: cinco horas, aqui, mas no mundo dos humanos se passaram cinco dias.

— Meu Deus! Vou fazer algumas perguntas: quem era aquela sereia? Por que se formou uma tsunami? Como cheguei à Terra do Nunca?

— Primeiro, aquela sereia é Athena, futura rainha do mar da Terra do Nunca. Não sei por que se formou uma tsunami, talvez alguém tenha dito... — Ela me olhou, e eu fiz que sim com a cabeça. — E eu não sei como chegou á Terra do Nunca.

— Por que podemos falar Terra do Nunca, mas não podemos falar a palavra do final sozinha?

— Eu não sei de praticamente nada, Becky, aqui é muito confuso.

Vi Peter Pan e Andrew chegando e me direcionei a eles.

— Acho que devo fazer algumas perguntas a ele. — disse apontando para Peter Pan, mesmo estando bem próxima a ele.

— Faça. — Esbouçou um sorriso sapeca. — Depois sou eu.

— Como eu cheguei aqui? E por que você tem dezessete anos e não onze?

— Você chegou aqui, como sempre, com magia. Mesmo que não tenha percebido, mas você desejou encontrar sua mãe. A segunda pergunta é estranha, eu sempre tive dezessete anos.

— Então ela está aqui.

— Não. Mas algumas respostas estão. Vamos brincar?

— Mas eu...

— Você não está entendendo. Não vai ter outra oportunidade.

Olhei para ele e sorri, logo depois para Andrew, que observava atento. Toquei-o rapidamente e saí correndo, afirmando que era ele, que correu atrás de mim por algum tempo dentro da floresta, mas se distraiu correndo atrás de outros garotos. Sentei em uma pedra, esbaforida, então vi o céu. Todas as estrelas estavam lá, e me deu sono de tanto olhar para elas. Mas não podia, porque nem sequer sabia onde estava, além de não fazer ideia de como usar magia. Aliás, eu não sabia que tipo de magia existia ali, então não podia usá-la. Pensei em ir até o penhasco e pular, mas eu não queria morrer de jeito nenhum. Uma parte de mim estava extremamente feliz e a outra parte incrivelmente confusa.

Cansada, levantei-me e andei por um tempo, até encontrar um lago de águas cristalinas. Tirei minhas sapatilhas e mergulhei dentro d'água, observando a beleza do mesmo. Por mais que eu tivesse altura, o lago tinha quatro metros de profundidade, apesar de ser transparente. Então eu senti um calor atingir meus pés, e olhei para baixo, assustada. Mas nada tinha acontecido. Eu continuava sentindo o calor incomum atingir meus pés, por mais que os olhasse. Subi até a superfície para poder respirar e olhar novamente lá embaixo. Respirei ar suficiente para ficar dois minutos debaixo d'água, eu havia aprendido a fazer isso (ficar sem respirar por tanto tempo) de tanto enfiar minha cabeça dentro da água da pia de minha casa. Fui com tanta velocidade até o fundo que senti o calor descomunal em meu rosto, e caí.

Bati meu rosto no areia, arranhando-o um pouco. Por um momento, pensei em estar sonhando de novo, mas não estava. Olhei para cima e vi água, quando finalmente fiquei com falta de ar. Respirei, e não me afoguei. Era estranho, porém legal, mesmo não sabendo como sair dali. Deitei naquela areia, que não parecia nem um pouco molhada e apreciei a água, em vez das estrelas. Estranho, mas eu estava lidando com magia, então tinha de ser estranho.


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Notas finais do capítulo

A garota no gif é a Jane ;3



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