My Memory escrita por Escritora Fantasma


Capítulo 11
Passeio - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi oi lindos da minha vida... Bom ai esta mais um cap... Espero que gostem e me deixem saber disso uai... Leiam as notas...
Go...



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"Não... Droga apenas concorde em não ser estranho sobre isso ok?"
"Bem, primeiro precisamos discutir sobre o que não seria ser estranho" - ele disse com uma sobrancelha arqueada.
"É só não ser um idiota" - ele me encarou enquanto estávamos parados em um farol e do nada o imbecil começou a rir da minha cara. Oh Deus eu já posso mata-lo?
"Você costumava me amar Beatrice Prior. E você não pode suportar isso"
"Ah cale a boca" - eu respirei profundamente e incrivelmente ele se calou - "se lembre o que combinamos" - eu disse quando ele virou a esquina do prédio de Mary Siervo.
"Que eu não serei um idiota?" - ele disse desligando o carro.
"Não isso, a outra coisa. Sobre Sutter e Aimee"
"Eles não são nós." - ele disse e uma pontada de descontentamento passou por sua voz.
"O que foi?" - eu perguntei um pouco interessada.
"Não é nada... É que eu apenas acho que gostaria de ter algo de Sutter em mim"
"Hm... Ok então" - eu disse saindo do carro.
Você é o mais distante possível de Sutter Kelly. Não se iluda.
Por mais que eu quisesse dizer isso, eu mordi a língua. Eu não tenho dúvida de que Peter queria que ele fosse mais parecido com seu próprio passado. Apesar de seus problemas disciplinares, Sutter era um menino de ouro, e em todos os sentidos da palavra. Popular, amável, engraçado, estou certa de que Peter iria querer trocar seu comportamento geralmente desagradável. É apenas humano que ele gostaria de mudar suas características mais fracas.
E se Peter fosse mais como Sutter você não o resistiria, minha mente acusou. Mas da onde diabos isso surgiu?
"E você?" - disse Peter me tirando do torpor em que eu estava.
"Hã?"
"Você não gostaria de se parecer com Aimee?" - ele perguntou me olhando de lado enquanto me indicava para andar em direção ao prédio.
Bem você poderia ser como Aimee, minha mente novamente se pronunciou. Mas era só o que me faltava. Sacudi minha cabeça.
"Não. Eu não quero ser como Aimee Finicky. Eu não queria ser alguém covarde, de vontade fraca, uma menina boba apaixonada. Eu gosto da minha força. Eu gosto do meu fogo. E, tudo bem, eu até gosto das minhas qualidades mais desagradáveis. Pelo menos as pessoas não andam em cima de mim como se eu fosse um capacho."
"Hm... Ok então" - ele repetiu a frase que eu havia lhe dito a pouco, mas seu tom parecia mais decepcionado que qualquer outra coisa.
"Vamos logo" - eu disse quando nenhum de nós dois apertou o botão do elevador, o apertando em seguida.
"Ei, eu não esperava ve-los novamente. Pelo menos não juntos" - disse Mary assim que nos viu a porta de seu escritório - "entrem e sentem-se por favor. O que os trouxe aqui? Vocês aceitam um chá?"
Eu e Peter trocamos um olhar, e acredito que ele pensou o mesmo que eu: Nada de chá da amizade.
"Não" - dissemos ao mesmo tempo.
"Hm... Bom... Então vocês devem estar aqui para saber mais sobre suas identidades anteriores certo?"
"Sim, na verdade eu gostaria de saber se você tem algum contato da minha antiga família" - eu disse e a ultima palavra pareceu estranha na minha língua.
"Bem... Eu também... Eu acho" - disse Peter incerto.
"Correto, bom normalmente nós arquivamos dados como endereços e nomes para referencias caso seja necessário. No entanto nós não temos números telefônicos, pois não era um hábito de uso naquela época dentro da cidade"
"Entendo. Você pode nos fornecer esses arquivos?" - perguntou Peter ansioso.
"Claro que sim, deixe-me pegar para vocês" - disse ela saindo da sala e entrando por uma porta no fundo do seu escritório.
"O que você vai fazer com esses dados?" - perguntei.
"Bom, o óbvio Careta, vou ir até lá e perguntar porque raios eles me deixaram jogar toda minha vida pelo ralo?!"
"E se eles não estiverem lá?" - repentinamente uma espécie de medo tomou conta de mim, mas eu não sabia do que se tratava.
"Alguém deve te reconhecer. Você é famosa ao final das contas"
Eu revirei aos olhos para o que ele disse e não pude revidar, porque Mary havia acabado de retornar da sala onde estava com duas pastas. E uma dúvida apareceu em minha mente.
"Por que você não nos entregou isso junto com nossos depoimentos?"
"Bom... Vim electivam"
"O que?" - Peter perguntou antes que eu pudesse.
"Poder de escolha. Eu acho importante dar a opção de vocês escolherem se querem ou não saber sobre seu passado"
"Engraçado você dizer isso depois de mandar uma pasta cheia de informações sobre meu passado para minha casa" - eu disse amarga e me levantei bruscamente assustando os dois - "Bom agora que já temos o que queremos podemos ir. Ficar bem" - disse enquanto pegava a pasta com a etiqueta de Aimee e saia batendo a porta, enquanto apertava freneticamente o botão do elevador pude ouvir Peter pedindo desculpas e saindo em seguida.
"Você enlouqueceu?" - ele perguntou me encarando. Eu não respondi. O elevador chegou e eu entrei respirando fundo, não queria fazer um escândalo ali.
Sai do prédio rápido indo em direção aonde o carro estava.
"Ei espere Careta" - dizia Peter atrás de mim. Assim que ele abriu o carro eu entrei e quando ele entrou e me encarou como se eu fosse um ET eu pirei.
"É tudo sua culpa, seu filho de uma puta. Por sua causa eu escolhi apagar minha memória, por sua causa..." - Eu estava histérica e ele simplesmente me olhou e ligou o carro - "Se não fosse seu maldito problema com bebida e se você malditamente não tivesse se apaixonado por mim eu não teria minha vida desmoronando sobre a minha cabeça"
"O que aconteceu com o nós não somos Aimee e Sutter? Pare de me acusar por algo que foi SUA decisão porra" - ele disse sério enquanto dirigia pelas ruas de Chicago e sem me encarar.
"Cala a boca Peter" - ele ficou quieto e eu passei as mãos sobre o meu rosto e foi só ai que percebi que havia começado a chover intensamente sobre a cidade. Mas esse dia poderia melhorar?
Depois de algum tempo em silêncio e passado meu ataque Peter se pronunciou.
"Você pode pelo amor de Deus, me explicar o que foi aquilo?"
"Eu... Só... Merda... Você imagina o quão frustrante é saber que sua vida não passou de uma mentira?"
"Careta..."
"E ter isso jogado na sua cara de uma hora para outra? Eu acreditava que tinha o controle sobre minha vida, mas... Droga, era tudo uma grande mentira"
"Careta, você não precisa procurar saber do seu passado se você não quiser" - ele disse condescendente o que me fez o encarar com uma sobrancelha arqueada - "eu poderia não procurar também, mas eu sinto que preciso, pra poder entender um monte de coisa sobre mim"
"Certo... Mas agora que eu comecei com isso eu tenho de ir até o fim"
"Então pare de enlouquecer sobre isso"
"Eu não posso..."
"Por que?"
"Minha mente não deixa... Por causa da divergência..."
"O que sua divergência tem a ver com isso?" - ele disse me olhando de lado.
"Deixa pra lá... Não é importante" - Peter freou bruscamente e eu o encarei brava - "Mas o que..."
"Porra Careta, se estou perguntando é porque quero saber e porque é importante" - disse me encarando com seus olhos maiores que o normal, a chuva caia lá fora e eu tive uma sensação de dejavu, mas não completamente. Dessa vez ele não estava me expulsando do carro, na verdade seus olhos me convenciam, me convidavam para estar com ele. E eu cedi.
"Eu tenho sonhos"
"Todos temos, seja mais específica" - ele disse firme.
"Sonhos do passado... É como se um filme sobre o passado passasse pela minha mente a cada vez que eu fecho meus olhos pra dormir"
"Eu estou nesses sonhos?" - ele perguntou, seus olhos tão curiosos tentavam invadir meus pensamentos.
"Peter... Não..." - eu tentava encontrar uma forma de mentir para ele, mas droga, seu olhar era pior do que o soro da verdade e me impediam de mentir.
"Não minta pra mim Beatrice" - ele disse segurando meus ombros, me encarando brilhantemente e era a primeira vez que eu ouvia meu nome dos seus lábios, eu não podia admitir aquilo, era perigoso demais - "Responde porra" - minha visão embassou e eu assenti, fechando fortemente meus olhos para expulsar as lágrimas dali.
Logo o inesperado aconteceu, senti os lábios de Peter furiosamente sobre os meus.


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Notas finais do capítulo

Eiiii... Não me matem ok?!... Bom o que acharam do cap? Qual será a reação da Tris ein?
Estou com uma ideia, quero colocar um bônus com Pov de algum outro personagem para progredir com a estoria, maaaaaaas quero a sugestão de vocês...
Fico no aguardo... Comentem, eu respondo rapidinho e amo conversar...
Beijinhos...



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