Hell on us escrita por Sami


Capítulo 55
Um novo aliado


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas leitoras lindas que sempre estão comentando, mais um capítulo de Hell on Us para vocês porque vocês merecem!

Boa leitura.



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POV Ayla

[...]

Ninguém disse uma só palavra durante um bom tempo, Rick olhou para todo mundo ali presente como se pedisse mentalmente para que não fizessemos nada sem antes ouvir o que Dwight tinha a dizer a nós. Eu não estava gostando nem um pouco daquilo, aquele cretino era um dos Salvadores, não tinha como confiar nele.

Não podíamos confiar nele.

— Rick que merda significa isso? — Abraham perguntou num tom firme sem tirar os olhos de Dwight e mantendo sua arma apontada para o Salvador.  — O que esse desgraçado está fazendo aqui?

Rick respirou fundo agora olhando para Abraham que não parecia nem um pouco feliz com aquela visita nada agradável. 

— Ele quer nos ajudar. — O pai de Carl respondeu tentando ao máximo parecer o mais calmo possível. 

— Ele veio me procurar uns dois dias atrás, — Jesus também se manifestou dando dois passos para frente ficando ao lado de Rick. — Tanto nós de Hilltop quanto Dwight estamos cansados de viver recebendo ordens de Negan e acredito que vocês também não querem continuar recebendo ordens. 

Abraham não se moveu.

— Dwight deu a ideia de fazermos um tipo de plano para atacar Os Salvadores, ele conhece Negan melhor que todos nós aqui e servirá de grande ajuda. — Jesus continuava falando no mesmo tom calmo de sempre, ele sequer parecia incomodado em ter Daryl e Abraham prontos para atirar a qualquer momento. — Se unirmos forças poderemos finalmente colocar um ponto final nisso, sem mais Negan. Sem Salvadores. 

Abraham lentamente abaixou sua arma, porém seu semblante não mudou; ele continuava bravo por estarmos com um Salvador bem na nossa casa. 

— Não acredito que vocês vão mesmo confiar nele! — O grandão apontou para Dwight com raiva. — Ele estava lá quando Glenn e David foram mortos! Esse filho da puta é um dos homens de Negan, o que acham que vai acontecer quando dermos o primeiro passo nesse ataque? Ele vai sair correndo para contar pro chefe dele!

Dwight olhou para todo mundo ali na sala, até mesmo para mim e Carl um pouco antes de começar a falar.

— Eu sei que sou a penúltima pessoa que todos vocês querem ver por aqui, mas posso garantir a todo mundo aqui que eu quero ver aquele cretino morto tanto quanto todos vocês aqui dentro! 

— Acha mesmo que vamos acreditar numa única palavra que você diz? — Sasha se colocou de pé também. — Você mata pessoas a mando daquele louco e acha mesmo que vamos acreditar em você? 

Carl se levantou segurando meu braço para que eu fizesse o mesmo, ele fez um gesto para que saíssemos dali, mas eu soltei sua mão. Não iria sair dali, eu queria saber até onde tudo aquilo iria. 

— Olha aqui eu já estou cheio das ordens dele, boa parte de Hilltop está cheia também mas com Gregory no comando ninguém quer tomar uma atitude. — Dwight deu alguns passos para frente. — Mas vocês não tem medo e é por isso que eu vim aqui, droga! Negan tomou coisas de mim também ele... Aquele maníaco tirou a minha própria esposa de mim, não acham que eu faria de tudo para acabar com ele? 

Silêncio. 

— Negan pegou a minha esposa e se eu não fizer tudo no que ele manda é ela quem sofre as consequências! — Dwight deu outro passo. — Vocês acham mesmo que eu me arriscaria tanto vindo aqui sozinho só para estragar o plano de vocês? Não são apenas vocês e Hilltop que tem o que perder se não obedecerem Negan!

Novamente não houve nenhuma resposta.

— Quando Negan escolhe uma esposa não se pode mais voltar atrás e sabe o que acontece com aqueles que são pegos com alguma de suas esposas? — Ele apontou para o próprio rosto mostrando a parte queimada. — É isso o que acontece. Ele me castigou e desde então eu venho seguindo suas ordens como um cachorrinho, eu fiz milhares de coisas das quais me arrependo.

Ele suspirou.

— Mas eu posso e quero ajudar todo mundo aqui a dar um fim no reinado de terror que ele prega por aí. — Dwight fez uma curta pausa. — Eu posso fazer isso se vocês confiarem em mim.

***

— O que você acha de tudo isso? — Depois de quase meia hora sem dizemos uma única palavra desde que viemos para o quarto, Carl finalmente quebrou o silêncio formado entre nós dois.

— Quer que eu seja honesta? — Perguntei erguendo meu rosto o olhando, Carl estava sentado de frente para minha cama enquanto olhava para o próprio reflexo no espelho que eu mantinha no meu quarto. Ele parecia estar concentrado demais naquilo e apenas balançou a cabeça positivamente.

— Eu não confio nele e nem em nada do que ele disse. — Respondi. — Não podemos confiar nele quando ele é um Salvador.

Carl me olhou.

— Aquilo que aconteceu com o rosto dele, eu vi Negan fazer a mesma coisa com outro capanga dele. — Carl me surpreendeu ao dizer aquilo. — Negan usou um ferro para queimar o rosto dele, o cara chegou até a desmaiar quando foi castigado.

Eu não sabia se ficava mais assustada por saber daquilo ou se me assustava com a tranquilidade que Carl dizia aquilo sem ao menos pareceu incomodado com a lembrança. Só se imaginar aquela cena eu já sentia um desconforto enorme, imagina se eu assistisse aquilo?

— Então você confia nele? — Perguntei curiosa.

— Não. — Ele respondeu de imediato. — mas se ele quer nos ajudar com isso o mínimo que podemos fazer é aceitar essa ajuda.

— Sabe que se o Dwight estiver tramando para depois nos entregar ao Negan, o mínimo que pode acontecer com todo mundo aqui é ter sua cabeça amassada por um taco de baseball não é?

Carl apenas assentiu.

— Estaremos prontos para isso. — Respondeu de forma um pouco convencida.

Eu me levantei da cama.

— Desculpa dizer isso, mas, você disse a mesma coisa dois dias antes de nos encontrarmos pela primeira vez com Negan.

Carl me encarou em silêncio durante um tempo, ele não parecia ter gostado de ter escutado aquilo, mas eu não podia fazer nada. Iria dizer aquelas mesmas palavras uma hora ou outra e que não eram mentira, lembro-me do momento exato que Carl disse as mesmas palavras e isso resultou em morte para o nosso lado.

— O que você quer dizer com isso? — Ele colocou o espelho na cômoda ao seu lado.

— Eu quero dizer que dá primeira vez que você me disse que estaríamos prontos para Os Salvadores não foi isso o que aconteceu. — Eu precisei respirar fundo para não continuar aquilo, porque iria parecer que eu estava jogando aquilo na cara dele e não era isso o que eu queria.

— Dessa vez vai ser diferente, vamos ter um plano, Ayla. — Sua resposta saiu num tom mais ríspido. — Se for preciso vamos começar uma guerra para matá-lo.

O olhei por um tempo sem dizer uma só palavra, já havia visto esse mesmo filme e me lembrava muito bem de como ele terminou. Eu queria ver Negan morto tanto quanto qualquer um ali em Alexandria, não só por ele ter matado David, alguém como ele precisava ser parado imediatamente.
Mas todos nós já havíamos visto o que acontece com aqueles que tentam lutar contra ele; pagamos o preço.

Era disso que eu tinha medo.

***
...Alguns dias depois...

 

— Dois dias? Tem certeza disso? — Perguntei olhando para Rick um pouco surpresa com sua decisão. — Não acha que é muito tempo?

Rick me olhou sem dizer uma única palavra por alguns minutos, por eu ser bem mais baixa que ele sempre que ele me olhava Rick precisava inclinar sua cabeça e isso era um pouco estranho; pelo menos eu achava isso.

— Vamos precisar fazer isso uma hora ou outra, Ayla. — Rick respondera lançando-me um olhar mais tranquilo. — Não podemos mais adiar isso, Jesus já nos espera em Hilltop.

Balancei a cabeça.

— Eu sei disso, mas... Disse que Negan iria vir fazer outra coleta em breve, e se aquele maluco vier quando vocês não estiverem aqui? — Somente quando eu parei de falar pude perceber o quanto minha voz saiu nervosa, Rick iria para Hilltop dar início ao plano de ataque contra Os Salvadores e para que isso acontecesse a viagem até a comunidade liderada por Gregory era necessária.

— Daryl e Abraham irão ficar, Aaron e Eric vão ajudar Padre Gabriel a tomar conta do lugar. — Explicou no mesmo tom. — Não estamos levando muita gente para não levantar suspeitas, quanto menos pessoas souber o motivo real da nossa busca por mais mantimentos melhor será.

Bufei.

— Ok eu entendi, mas se caso Negan vier aqui e vocês ainda não terem retornado o que devemos fazer exatamente? — Fiz outra pergunta, queria garantir que nesses dois dias que Rick e outros estariam fora tudo ficaria bem.

— Só entreguem a parte dele e mais nada. — Rick pegou Judith do berço caminhando até a porta do quarto onde eu estava parada. — Não precisa se preocupar, Ayla. Vamos voltar logo.

Ele tocara meu ombro segundos antes de sair do quarto de Judith, continuei parada no mesmo lugar apenas pensando no que tudo aquilo daria. No momento estávamos todos (mesmo que alguns não soubesse disso ainda) praticamente machando para uma guerra, aqueles que tinham mais experiências com armas passaram a ensinar os que ainda não sabiam atirar direito usando a desculpa de turnos dobrados para conseguir convencer a todos. Rick, Jesus e Dwight estavam criando um exército e poucas pessoas tinham conhecimento disso.

Pessoas costumavam morrer em guerras e eu não duvidaria de que seria diferente naquela guerra que iríamos começar.

— Eu nem preciso ler a sua mente para saber no que está pensando. — Eu estava com meus pensamentos tão distantes que sequer havia notado a aproximação dele, quando me dei conta Carl já estava praticamente ao meu lado, com suas costas apoiadas na parede ao lado da porta do quarto.

— Se já sabe então com toda certeza sabe muito bem a minha opinião sobre tudo isso, certo? — O olhei. — Não gosto do rumo que isso está levando e não gosto de esconder dos outros que formamos uma aliança doentia com um membro dos Salvadores. Pior ainda, estamos escondendo deles o que estamos fazendo!

— Você sabe muito bem o motivo de poucas pessoas estarem por dentro disso.

Concordei.

— Quanto menos pessoas souber sobre isso menos risco corremos de sermos descobertos por Negan. — Respondi repetindo o que Rick havia dito antes, voltei a olhar para a parede. — Eu só quero que tudo isso acabe logo.

Carl segurou a minha mão.

— E vai, tudo vai ficar bem. — Disse tentando me confortar, o que não adiantou de nada.

Ao ouvir aquelas palavras soltei minha mão dele me afastando um pouco de Carl, fechei meus olhos me sentindo completamente incomodada com aquelas palavras que por mais que não tenha sido a intenção dele, soaram como uma mentira deslavada na minha mente. Mas eu não iria dizer aquilo para ele.

— O que foi? — Ele perguntou assim que comecei a andar, ele era esperto, não seria uma surpresa se ele não percebesse como fiquei quando ouvi aquilo dele. — Ayla o que foi?

Eu parei de andar ficando mais um tempo de costas para ele até que comecei, lentamente a me virar até ficar de cara com ele.

— Carl, por favor, pare de sempre dizer isso.

Carl me olhou sem entender.

— O que...?

Fechei meus olhos outra vez.

— Para de sempre dizer que vai ficar tudo bem, quando você sabe que não vai ficar tudo bem! — Respondi de forma ignorante. — Você me disse a mesma coisa antes e veja só o que aconteceu até agora: Glenn foi morto pelo Negan, David foi morto pelo Negan, estamos recebendo ordens daquele babaca psicótico e agora estamos querendo fazer uma guerra contra ele!

Dei um passo para frente.

— Não vai ficar tudo bem e você sabe disso! Pessoas vão morrer e tudo isso vai resultar numa grande e fedida merda. — Abri meus braços. — Olha só como estamos hoje, com medo daquele puto aparecer aqui a qualquer momento exigindo sua parte. Então pare de dizer que vai ficar tudo bem porque isso é mentira e você sabe disso!

— Espera, o que você quer que eu te diga? — Carl rapidamente passou para seu modo grosseiro. — Só estou tentando aliviar um pouco toda essa tensão que estamos vivendo ultimamente, principalmente por sua causa!

Sabe aquele momento que você sem perceber solta uma risada carregada de puro deboche e descaso? Eu fiz exatamente isso. 

— Eu agradeço o que você está tentando fazer mas isso não está funcionando. — Fechei minhas mãos formando punhos com ambas, eu não sabia o que raios havia me dado na cabeça que me fez começar aquela quase discussão.

Não vou mentir em dizer que me arrependia que ter dito tudo aquilo, eu estava cansada de todos sempre me dizendo que iria tudo ficar bem. Não, não iria ficar nada bem. Falar que tudo ficaria bem era uma mentira e quanto mais ficássemos repetindo isso mais começaríamos a acreditar nessa mentira. E eu não queria acreditar nisso. 

Iríamos todos morrer numa porcaria de guerra para acabar com um homem doente que trata um objeto melhor que do trata pessoas e que matou o meu melhor amigo que se tornou minha única família no meio de toda aquela merda. Eu estava cansada de ouvir aquela frase: "vai ficar tudo bem. " as coisas não iriam ficar bem, jamais ficariam e ninguém ali parecia entender isso. 

— E você acha que ficar me enchendo desculpas vai trazer meu outro olho de volta? — Perguntou num tom irônico. — Para de pedir desculpas quando você sabe que isso não vai adiantar de nada.

Assim que ele disse aquilo eu o olhei e ele também me olhou, erguemos nossos rostos ao mesmo tempo encarando o outro em silêncio por um bom tempo. Eu não me surpreendi por Carl ter jogado na minha cara que o tiro havia sido minha culpa, eu mesma já sabia disso e estava mesmo me perguntando se chegaria um dia em que ele faria isso e bem, esse dia finalmente chegou.

Carl continuou em silêncio enquanto me olhava, ele respirou fundo algumas vezes levando uma das mãos até seu rosto limpando a testa. Ele deu um passo para frente e eu dei um para trás recuando. Dei as costas para Carl e então o deixei sozinho. 

***

Com a ida do pequeno grupo que Rick montara para ir junto com ele até Hilltop e já que eu não iria junto, ficou decidido que eu e Judith ficaria com Carol durante esses dois dias. Desde que Rick ficou sabendo que eu não iria junto ele estranhou essa decisão, não costumava ficar de fora desse tipo de coisa mas ele não perguntou o motivo disso.

— Tem certeza que está tudo bem ficar com ela, Ayla? — Rick perguntou a mesma coisa pela quarta ou quinta vez antes de me entregar Judith. — Sabe que cuidar de um bebê é muita responsabilidade não é?

Ele estava preocupado, eu entendia muito bem isso. Afinal, Judith ficaria comigo por dois dias, dois dias que poderiam acontecer de tudo; ainda mais nos dias que estamos enfrentando ultimamente. Qualquer um na mesma posição que ele (de um pai e ao mesmo tempo um líder) ficaria preocupado em deixar a filha pequena sob os cuidados de uma menina de dezessete anos.

— Rick, — O olhei. — Carol vai estar comigo durante esses dois dias, pode ficar tranquilo.

Ele olhou para a filha em seu colo que brincava distraída demais com o botão de sua roupa.

— Rick vai ficar tudo bem, prometo que não vou deixar nada acontecer com a Judith enquanto você estiver fora. — Continuei. — Ela vai ficar bem.

— Eu sei que vai cuidar bem dela. Disso eu nunca vou duvidar. — Ele voltou seu olhar na minha direção. — Sabe que tem um lugar sobrando na van, se quiser ir junto é só dizer.

Balancei a cabeça.

— Eu sei que tem, mas quero ficar longe da estrada por um tempo. — Confessei. — Quero dar um tempo nessas viagens muito longas e também, vou ficar ajudando o pessoal aqui.

Rick deu um meio sorriso, com certeza ele já deduziu o porquê de eu não querer ir junto, isso não era surpresa pra ninguém ali. Desde o primeiro encontro com os Salvadores venho evitando isso, além disso, eu passei a gostar mais de ajudar em Alexandria.

— Ayla, sobre isso eu queria dizer que... — Rick estava prestes a continuar aquela frase mas antes mesmo que ele pudesse terminá-la levantei a mão num sinal que ele parasse antes mesmo de continuar. Eu já sabia o que ele iria dizer.

— Não precisa dizer isso Rick. — O interrompi. — De verdade mesmo, quanto menos eu penso sobre isso fica mais fácil esquecer o que aconteceu e fica até mais fácil superar. Não quero se preocupe com isso.

Rick pousou sua mão sobre meu ombro dando um leve aperto nele, como ele sempre fazia. Desde aquele dia Rick não havia falado comigo sobre isso e não era por falta de tentativa, eu não gostava de me lembrar de tudo aquilo. Ele havia deixado Carl de olho em mim nos primeiros dias depois da morte dele, CA não soube como disfarçar que estava de olho em mim e acabei descobrindo isso no mesmo dia. Depois disso Rick vinha tentando conversar comigo sobre isso, acho que ele estava com medo de que eu ficasse diferente por ter visto o que vi, mas ver pessoas morrer não era nenhuma novidade mais.

Ele estava preocupado com isso, mas ele não precisava. Rick já tinha muito com o que se preocupar e não queria ser mais uma dessas suas preocupações.

— Tudo bem. — Rick sorriu novamente balançando sua cabeça, seu rosto já adquirindo uma expressão mais tranquila. — Nos vemos em dois dias.

Ele se despediu de Judith dando um demorado abraço na filha e antes de me entregá-la fez o mesmo comigo também me abraçando. Não muito longe dali era possível ver o pequeno grupo que iria com ele até Hilltop se preparar para partir; inclusive Jesus que havia chegado um dia atrás para levá-los até sua comunidade.

— Tome cuidado, vocês duas. — Disse uma última vez.

— Sim senhor. — Assenti.

Rick fez um aceno tão rápido com sua cabeça que eu quase não notei, ele se afastou de nós duas caminhando até onde o grupo estava e então entrou na van. Depois de alguns segundos vi Michonne e Carl caminharem juntos até o veículo que usariam para ir até Hilltop, Carl olhou na minha direção segundos antes de começar a vir até nós.

— Vim me despedir da Judith. — Disse num tom baixo. — Posso?

Entreguei Judith para ele e deixei que ele se despedisse da irmã, desde a nossa 'briga' Carl e eu não estávamos nos falando e era bem provável que não voltaríamos a nos falar tão cedo assim. Me senti uma criança de novo agindo daquele jeito, mas eu nem estava ligando muito para isso.

Judith voltou ao meu colo e como se estivesse esperando alguma outra coisa, Carl ficou parado na nossa frente nos olhando sem dizer nada. Eu o encarei esperando ele dizer alguma coisa; se é que ele tinha algo a dizer, mas nada aconteceu.

— Tchau. — Ele disse um pouco antes de dar as costas para mim e voltar a andar voltando para a van.

— Tchau. — Respondi num tom seco, eu não queria que tivesse saído daquela forma seca mas foi algo do qual eu não consegui evitar. Eu não estava brava com ele por ter dito aquilo mais cedo, só estava dando um gelo nele mesmo e pelo que pude perceber ele também estava me dando um gelo. — Nos vemos em dois dias, babaca.


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Notas finais do capítulo

Carl e Ayla tiveram sua primeira "briga", se é que podemos chamar isso de briga né gente.

O plano contra Negan está começando com a ajuda de Dwight e sobre ele, vocês acham mesmo que ele quer ajudar ou só está fazendo isso pra depois trair o povo??? Hehe

Comentem e me digam o que acham!



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