Hell on us escrita por Sami


Capítulo 47
Um dia de surpresas


Notas iniciais do capítulo

Oie gente voltei e como hoje é o ÚLTIMO EPISÓDIO DESSA TEMPORADA DE TWD eu tive que postar esse capítulo justo hoje. Bom eu nem preciso dizer o quanto estou ansiosa para esse episódio porque além de morte teremos a chegada do Negan!!!! E já tocando nesse assunto vão se preparando porque a chegada dele aqui na fic está bem próxima também hehehe.

E já falando nele gente vejam esse vídeo aqui https://youtu.be/2mInQ7MB07s eu não sei quem faz mas ele meio que serviu de inspiração para escrever o capítulo em que o Negan aparece aqui na história.

Bom, se mais boa leitura.



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Ayla ainda não havia voltado com Abraham e acho que depois de quase quinze minutos esperando era óbvio que eu e David já estávamos pensando que alguma coisa ruim havia acontecido. Eu já estava inquieto, diferente de David que parecia tranquilo por Ayla ter saído e não ter voltado ainda.

— Ela está demorando muito. — Falei quase que para mim mesmo, não havia percebido que ele havia conseguido ouvir aquilo.

— Ela vai voltar. — Ele falou sem me olhar lançando um olhar rápido para o salvador que continuava amarrado. — Não precisa se preocupar, Ayla sabe se cuidar.

Disso eu já sabia e tinha total certeza, Ayla sabia se cuidar muito bem e isso ficou bem óbvio para mim quando um dos membros de terminus pegou ela e minha irmã. Havia ficado preocupado com elas duas; mais por Judith por ela ser apenas um bebê, mas assim que vi as duas bem e o melhor de tudo: vivas, eu soube na hora que Ayla era muito mais esperta do que parecia e sabia muito bem cuidar de si.

E mesmo estando sozinha com um completo desconhecido como aquele morador de terminus ela ainda protegeu minha irmã e cuidou dela.

Eu estava em dívida com ela e tinha que procurar alguma forma de recompensá-la por isso.

— Voltaram! — David imediatamente se endireitou caminhando em direção de Abraham e Ayla que caminhavam um ao lado do outro, era um pouco engraçado como ela ficava super baixa ao lado de Abraham; que parecia ser ainda maior por causa dos músculos.

— Então essa merda toda é verdade? — O ruivo nos olhou curioso. — Cadê o desgraçado?

David deu alguns passos para o lado mostrando o salvador amarrado a uma árvore, Abraham encarou o homem (ainda sem nome) por um longo tempo como se estivesse pensando em alguma coisa.

— Me expliquem isso de novo, porque exatamente vocês querem levá-lo para Alexandria? — Ele agora nos olhava como se estivesse espantado.

— Ele pode contar alguma coisa que não sabemos sobre Negan e seus homens, estamos praticamente em guerra não estamos? — David também o olhou. — Ele pode ser útil.

Abraham pareceu que estava prestes a concordar quando o estranho começou a rir como se alguém tivesse acabado de contar alguma piada, olhamos todos para ele sem entender muito bem o que ele estava fazendo e foi então que ele começou a rir um pouco mais alto que antes. David e Abraham deram alguns passos para frente na tentativa de tentar intimidá-lo de alguma forma e também para ver se ele iria parar de rir daquele jeito, porém isso apenas fez com que ele risse mais.

— Vocês são muito, mas muito idiotas mesmo. — Ele abaixou sua cabeça por alguns segundos olhando para o chão coberto por folhas secas. — Vocês vão acabar se ferrando legal se não me soltar, estão brincando com a pouca sorte que vocês têm. Não se pode brincar com essas coisas e deveriam saber disso!

— Somos todos Negan! — Ele então começou a gritar. — Eu sou Negan! Eu sou Negan!

Abraham caminhou até o salvador que continuava gritando a mesma coisa de antes "Eu sou Negan" e então com o punho fechado deu apenas um único soco em seu rosto fazendo-o desmaiar logo em seguida. O ruivo nos olhou outra vez parecendo ter ficado irritado com aquilo e lentamente sorriu como se quisesse mostrar que fez aquilo apenas para se divertir, olhei à minha volta querendo garantir que aquela gritaria toda daquele homem não atraiu errantes para nós e por sorte não havia (por enquanto) nenhum sr aproximando. Mas ainda sim tínhamos que nos manter em alerta a qualquer movimento suspeito.

— Se vamos mesmo levar esse pedaço de bosta para Alexandria vamos ter que vigiá-lo. — O ruivo começou a dizer num tom firme. — Assim que Rick chegar vamos avisá-lo e ver o que ele vai querer fazer.

Enquanto David e Abraham conversavam sobre o que iriam fazer com o salvador olhei para onde Ayla estava, encontrada numa árvore ela olhava atenta para o salvador amarrado e agora desacordado; parecia estar pensando em alguma coisa e estava distraída, nem percebeu quando eu comecei a me aproximar dela.

— Ei. — Chamei. Ayla deu um pequeno pulo de susto me olhando por poucos segundos e logo voltou sua atenção para o salvador. — O que foi?

Ela mordeu o lábio antes de responder.

— Já teve aquela sensação de que tudo isso vai dar uma bela merda? — Ela voltou a me olhar; parecia um pouco preocupada com alguma coisa. — Eu não sei porque mas, sinto que vai dar merda. Tudo isso que a gente está fazendo, vai dar merda, Carl. Uma merda bem grande.

Eu neguei.

— Vai ficar tudo bem Ayla. — Falei a olhando com a mesma atenção com que ela olhava para o salvador. — Esse não é primeiro grupo com quem lutamos, já fizemos isso antes e esses "salvadores" é apenas mais um que vamos derrotar.

— Maggie também está preocupada com isso, —Ela fez uma pausa parecendo ter ignorado o que eu havia dito. — Ela acha que aquela invasão dos errantes pode ter relação com eles. Na verdade ela acha que vamos ser atacados mais cedo ou mais tarde.

Ok, isso já me preocupou um pouco.

— Como assim? — Perguntei.

Ayla suspirou.

— Ela me disse que tudo isso que fizemos até agora de matar vários salvadores vai ter um preço. — Seu olhar se voltou para o desconhecido. — E pensando melhor nisso, ela pode até ter razão.

Eu me aproximei um pouco mais dela.

— Você também acha que isso pode mesmo acontecer. — Acho que ter dito aquilo como uma afirmativa em vez de uma pergunta pareceu deixá-la um pouco inquieta. Porém eu queria saber se ela também pensava o mesmo que Maggie.

— Eu não contei isso porque não achei que fosse mesmo possível, mas agora com tudo isso acontecendo e com uma parte do meu pesadelo que se tornou realidade eu realmente acho que isso pode acabar acontecendo. — Ela coçou a cabeça, como assim pesadelo? — No dia que eu levei o tiro no ombro eu tive um pesadelo muito estranho e uma parte desse pesadelo acabou acontecendo mesmo e bem, não descarto a possibilidade desse ataque também acontecer.

— Me conta como foi ele. — Falei já um pouco curioso com aquilo, já fazia um bom tempo desde que Ayla havia lavado o tiro e saber que ela não havia me contado isso...não, espera, eu lembro de quando a acordei e ela havia se assustado; ela estava estranha desde que acordou e não havia passado na minha cabeça que aquilo era por causa do pesadelo que ela teve.

— No pesadelo você levava um tiro no olho, exatamente como aconteceu naquele dia — Ela pareceu ficar ainda mais culpada que antes. — e nesse mesmo sonho David era morto, bem na minha frente.

Eu senti meus olhos se arregalando um pouco com aquilo, Ayla havia sonhado com o tiro no meu rosto? E por que ela não me contou sobre isso?

— Espera, você sonhou com isso? —Eu não conseguia acreditar que ela meio que teve visão do futuro. — E por que não me contou isso?

— Não é óbvio? Na minha cabeça isso jamais fosse acontecer, era só um pesadelo. — Ela coçou a cabeça uma segunda vez. — Eu não pensei que fosse mesmo acontecer e olha só, aconteceu. E agora com tudo isso que está acontecendo e encontros com alguns salvadores eu também com medo de que a outra parte do meu pesadelo se torne realidade.

Eu demorei um pouco para responder, não queria simplesmente dizer a primeira coisa que veio na minha cabeça porque isso poderia deixá-la até um pouco mais preocupada do que já parecia estar, Ayla já parecia preocupada o suficiente comigo por ter atirado no meu olho e eu não queria nem pensar em como ela ficaria se David fosse morto. Claro que isso não iria acontecer, mas num mundo como aquele de agora todo cuidado era pouco.

— Ayla, vai ficar tudo bem. — Falei mais tentar deixá-la mais tranquila. — Se tem uma coisa que nosso grupo é bom é como esse tipo de coisa, já enfrentamos grupos piores do que os salvadores e se isso acontecer vamos estar preparados. E esse seu sonho aí não vai se tornar real, bom, pelo menos o restante dele.

Eu tentei rir, mas quando a vi fazer uma cara de que não gostou da piadinha sem graça que eu fiz sobre o sonho imediatamente me calei.

— Ei pombinhos. Vamos logo! — A voz grossa e autoritária de Abraham fez nós dois olhar para onde David e ele estavam e surpreendentemente o ruivo que mais parecia um guarda roupa de tão grande que era já estava carregando o salvador como se ele não fosse nem um pouco pesado.

Ignorei quando ele disse pombinhos e ignorei também o olhar que David nos lançou quando ouviu isso também.

 

[...]

POV Ayla

 

Quando chegamos em Alexandria tentamos ao máximo não dar alerta sobre o salvador que estávamos carregando, claro que foi impossível fugir do olhar atento e esperto de Michonne e ela acabou descobrindo sobre isso e acabou nos ajudando a levá-lo até uma casa que estivesse vazia e longe das outras casas que já estivessem sendo habitadas. David acabou se oferecendo para vigiar o homem e Abraham disse que faria turno com ele até que Rick chegasse e resolvesse o que iria fazer com ele.

Fora esse encontro inesperado com dois salvadores o restante do dia foi até que calmo, não toquei mais no assunto de mais cedo quando eu finalmente contei para Carl sobre o sonho que tive quase um mês atrás e nem mesmo ele tocou nesse assunto. O que eu achei bom porque eu não estava nem um pouco afim de falar sobre isso novamente e fiquei feliz em ver que ele havia entendido isso.

— Posso te perguntar uma coisa? — Carl perguntou se erguendo um pouco da cama e me olhando, estava deitada ao seu lado olhando para o teto enquanto ele me olhava com um olhar até que curioso demais.

— Pode. — Falei sem o olhar.

— Nós somos namorados? — Assim que ele perguntou isso eu o olhei realmente surpresa com aquela pergunta, estudei o rosto de Carl por um tempo e ele parecia estar mesmo curioso sobre isso.

Me perguntei o motivo que o levou a perguntar isso.

— Eu nunca pensei nisso, — Dei de ombros. — Quero dizer, nunca pensei nesse assunto. Mas, porque você quer saber disso?

Vi Carl se erguer mais um pouco e então ele pegou a mesma foto que ele tinha guardada em seu criado mudo, eu gostava daquela foto. Era a primeira foto que eu tinha com Carl.

Ele ficou olhando para a foto sem dizer nada,

— Quer ser minha namorada? — Ele perguntou me olhando completamente sem jeito; o que me fez ficar também sem jeito.

Eu confesso que aquilo me deixou sem palavras, nunca esperei que Carl fosse me dizer uma coisa dessa e agora olha só; ele estava pedindo para que eu fosse sua namorada. Será que as surpresas daquele dia não haviam acabado? Continuei olhando-o sem conseguir pensar direito, na verdade eu nem sabia como reagir com aquela pergunta; Carl sempre conseguia me surpreender quando eu menos esperava.

— Tem certeza disso? Às vezes eu sou muito chata e convencida demais. — Brinquei. — Você pode acabar mudando de ideia.

Ele riu me dando um leve tapa em meu braço.

— Sem graça. — Ele riu brevemente me olhando, Carl ainda estava segurando a nossa fotografia, era estranho pensar nisso mas, acho que nós dois formaríamos uma família até que bonitinha.

Pensar naquilo me fez rir, era a primeira vez que aquele tipo de coisa passava pela minha cabeça, desde que eu e Carl começamos a ter esse tipo de amizade pensar em namorar ou alguma coisa que tivesse relação com isso foi com toda certeza a última coisa que passou pela minha cabeça. Não por eu não querer pensar nisso, mas vivendo num mundo como aquele não tínhamos mais tempo para pensar em algo como o futuro. Até porque o que realmente parecia importar era o agora.

— E então? —Carl perguntou outra vez chamando minha atenção. — Você não me respondeu.

— Eu pensei que já fôssemos. — O olhei com sinceridade, não havia mentido quando disse aquilo, afinal, passávamos um tempo juntos e além do mais, até onde eu sei amigos não se beijam. Só namorados. — Mas se você quer uma resposta melhor, sim Carl Grimes, eu quero ser a sua namorada.

Tirei seu chapéu deixando-o de lado e então me aproximei para beijá-lo, ao notar o que eu estava fazendo Carl também começou a se aproximar e quando estávamos com nossos rostos perto o suficiente para que o outro sentisse a respiração do outro ouvimos um barulho que na nos fez se afastar e olhar para a porta. Ficamos em silêncio por alguns segundos e então o som se repetiu uma segunda vez, na mesma hora nos levantamos da cama e pegando sua arma com rapidez Carl começou a caminhar na minha frente até chegar na porta do quarto.

Saímos de dentro do quarto em silêncio, sem que eu percebesse ele já estava com sua arma apontada pra frente completamente pronta para ser usada caso fosse necessário. Porque o som que ouvimos foi algo parecido com uma batida forte e isso era de deixar qualquer um já desconfiado do que poderia estar acontecendo.

Vi um homem caminhar até os primeiros degraus da escada e então ele logo se sentou ficando de costas para nós dois; acho que ele nem notou que não estava sozinho ali, continuamos nos aproximando do invasor até que Carl destravou sua arma até que ela estivesse bem próxima da cabeça do desconhecido.

— O que você está fazendo aqui? —Ele perguntou num tom firme e autoritário. — Quem é você?

O homem ergueu o rosto, porém ele não nos olhou, apenas se levantou do chão erguendo as duas mãos até sua cabeça.

— Eu sou apenas um homem que está esperando seus pais se trocar para que possamos conversar melhor. Nada além disso. — Seu tom era absolutamente calmo, porém não foi bem isso que me deixou surpresa naquele momento, acho que a parte em que ele disse "estou esperando seus pais se trocar" foi o que chamou a minha atenção.

O homem começou a se virar e então pude ver seu rosto melhor, ele parecia até um pouco novo, se não fosse pela imensa barba que cobria boa parte de seu rosto acho que diminuiria alguns anos. Ele também tinha um cabelo que batia na altura de seus ombros e ele usava uma touca marrom que cobria uma parte de seu cabelo.

Ele até que era bonito. Olhando-o melhor, ele não parecia ser nem um pouco perigoso, mas em tempos como aqueles em que estávamos vivendo desconfiar de alguém era algo realmente necessário. Porém ele parecia ser alguém de bem, Carl estava apontando uma arma para ele e tudo o que aquele desconhecido havia feito foi apenas erguer suas mãos. Nada mais que isso.

Quando Carl estava começando a abaixar sua arma ouvimos a porta do quarto de Rick se abrir e então ele saiu terminando de vestir a calça, ele estava sem camisa e Michonne apareceu logo em seguida usando apenas uma camisa masculina. Eu olhei para os dois ficando ainda mais surpresa em ver aquilo, Rick e Michonne juntos? 

Eu juntei meus lábios tentando segurar a louca vontade que eu sentia que abrir um enorme sorriso ali mesmo, não vou mentir imaginava mesmo que Rick e Michonne acabariam tendo alguma coisa, mas não imaginei que iríamos descobrir dessa forma.

As surpresas realmente não haviam acabado naquele dia, pensei comigo mesma. Quando Rick iria começar a dizer alguma coisa a porta da casa foi aberta de uma só vez fazendo com que todos olhassem para a mesma direção, Daryl, David e Abraham adentraram a casa com um olhar bastante preocupado. Daryl foi o primeiro a subir alguns degraus e parar assim que viu o desconhecido parado próximo de Carl ele pareceu hesitar por um breve momento.

— Rick... — Ele olhou para o pai de Carl. — Temos um problema!

 

...

 

Eu sinceramente não sabia como engolir todas aquelas informações, primeiro que o salvador que havíamos encontrado mais cedo havia conseguido escapar. A segunda coisa era que Rick e Michonne estavam mesmo juntos meio que descobrimos isso de um jeito nem um pouco convencional e terceiro era que aquele homem que havia entrado em casa era membro de outra comunidade chamada Hilltop. Ah e o nome dele era Jesus.

Na verdade o nome dele era Paul Rovia, Jesus era apenas como as pessoas costumavam chamá-lo. Bom, foi isso o que ele havia nos dito.

Daryl e Rick pareciam desconfiar bastantes do Jesus, apesar dele ter se mostrado uma pessoa de bem nenhum dos dois pareciam estar realmente a vontade com ele dentro da casa. De certa forma eu até que entendia o motivo para tanta desconfiança assim, se fosse eu nessa mesma situação com certeza não iria me sentir a vontade com um homem que além de invadir sua casa no meio da noite lhe diz que vem de uma comunidade bem maior do que Alexandria. Ouvir isso logo de cara foi uma surpresa da qual ninguém ali dentro parecia estar preparado para ouvir, porém depois que ele começou a falar um pouco mais sobre Hilltop e saber que havia mais sobreviventes naquele fim de mundo era uma das melhores notícias que já havíamos tido.

Jesus contava mais sobre sua comunidade respondendo todas as perguntas que Rick lhe fazia, era realmente incrível como ele se mostrava completamente tranquilo enquanto recebia diversos olhares (desconfiados) de todos que estavam ali dentro. Até Carl o olhava como se ele fosse perigoso ou alguma coisa assim; pelo menos até o momento Jesus não se mostrou ser uma ameaça para nós, mas isso não significava que não deveríamos ficar atentos com ele. Enquanto eles conversavam na cozinha, Carl e eu ficamos na sala prestando o mínimo de atenção possível naquela conversa, era muito curioso como Jesus não parecia nem um pouco intimidado ou desconfortável naquela situação; Rick, Daryl, Michonne, Abraham e Maggie (ela chegou depois) todos o olhando enquanto falava. Na verdade todos desconfiados enquanto ele falava.

Na conversa Jesus mencionou muita coisa, tudo o que eu consegui captar com mais clareza foi que ele queria que Alexandria e Hilltop se unissem para se ajudarem, isso me pareceu uma boa ideia já que éramos mais fortes quando nos uníamos com outras pessoas. Ele pareceu não perceber; parecia animado quando falava sobre o lugar em que morava e quando tocou no assunto Negan e seus salvadores todos na cozinha reagiu imediatamente. Eu levei um susto quando ouvi a cadeira em que Daryl estava sentado ser arrastada por ele mesmo e olhei diretamente para ele, Daryl já estava de pé na frente da mesa diante de Jesus que parecia não ter entendido muito bem o que havia acontecido.

— Parece que não somos os únicos que está enfrentando problemas com os salvadores. — Qual sussurrou baixo para que apenas eu conseguisse escutá-lo.

O olhei e concordei, enquanto Rick contava sobre o que já havia acontecido com alguns encontros que tivemos com os salvadores Jesus parecia cada vez mais surpreso e ao ouvir que já havíamos matado alguns deles ele pareceu se espantar mais.

— O que achou dele? — Perguntei apontando com a cabeça para onde Jesus estava, Carl seguiu meu olhar o olhando por um pouco mais de tempo e então voltou seu olhar para mim. — Eu gostei dele, parece ser um homem legal. E tem um cabelo bonito também.

Carl franziu a testa e riu baixo.

— Ele até pode parecer ser um homem legal, mas acho que se chamar de Jesus já é um pouco demais não acha não?

Eu dei de ombros.

— Ele disse que as pessoas do Hilltop que o chama assim. — Falei. — Eu até entendo o motivo disso. — Fiz uma rápida pausa olhando outra vez para Carl. — Até parece um pouco, acho que é a barba.

Carl riu outra vez.

— Mas se tirar a touca ele vai ficar bem mais parecido. — Falou e eu concordei. — E o que você acha disso tudo?

— Isso tudo o que? — Perguntei por não entender muito bem a pergunta que Carl me fez.

Ele deu de ombros.

— Isso, esse tal Jesus e Hilltop — Ele respirou fundo. — Acho que já tivemos muitas surpresas para um dia só não acha?

Eu parei um minuto para pensar no dia que tivemos, encontramos dois salvadores e matamos um para levar o outro e ver se ele contaria mais sobre o grupo dele e por azar ou sei lá ele acabou escapando. E agora esse homem, Paul aparece dizendo sobre um outro lugar chamado Hilltop e diz que gostaria que Alexandria e ela se juntassem. Não ia mencionar sobre Rick e Michonne.
Realmente, aquele era um dia cheio de surpresas.

— Bom, pense pelo lado bom disso. — Me virei ficando de frente para ele. — De todas essas surpresas de hoje só uma foi ruim. Acho que estamos melhorando nesse lance de ter um dia bom.

— Otimista como sempre. — Ele encostou a cabeça no sofá olhando agora para o teto da sala.

— Alguém precisa ser não é? — Sorri voltando minha atenção outra vez para a conversa que acontecia na cozinha.

Eu não sei bem o que acabou ficando resolvido nisso tudo, mas entendi uma coisa: Jesus queria que conhecêssemos Hilltop no dia seguinte.


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