I'm a mess escrita por Novaes


Capítulo 10
When will you come home, baby?


Notas iniciais do capítulo

Meus amores! Eu sei que demorei - mais ou menos - mas aqui estou eu com mais um capítulo especial, sei que prometi que esse seria grande, mas decidi mais uma vez dividi-lo, quero fazer um POV só de Tony no próximo capítulo, e não sei se vai ser grande ou não, mas já tenho ideia do que vou fazer.
Vocês gostaram da participação de Happy nesse capítulo? Ah, vamos ver muito Happy nessa história ainda. Só pra constar. Estou tendo já leve ideias para o romance de Elena, então não sei. Acho que estou descartando o Caps porque vocês acham que vai ser meio óbvio, ou sei lá. Enfim, estou vendo isso ainda, então discussão ainda aberta, deixando claro aqui.
E claro que eu tirei meu dia - noite para escrever para vocês, meus amores. E amanhã provavelmente irei atualizar a outra fic e voltar para cá - espero que dê tempo. Enfim, quero saber do que vocês tão achando até agora.
Eu já citei que estava M O R R E N D O de saudades? Pronto, muitas saudades de todos vocês. Meus amores, meus presentes, meus anjos. Af, não sei viver sem vocês!
Agradecimentos - Marcia Bito, Galadriel Lovegood, Mandy Chase, Princesa Mestiça, Valarie Lockwood



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P.O.V Elena

Mesmo sabendo que não dá para confiar mais em ninguém, acabei indo porque sabia muito bem que esse cara não faria nada comigo, pelo menos não ele. Ele sempre teve uma grande queda por mim, sei que teve. Mas honestamente, a maioria dos homens que conheço teve ou tem uma queda por mim, principalmente naquela época, os homens sempre querem uma única coisa de uma mulher e isso é sexo, mas nunca se passou de nada mais que isso para mim. Não conseguia sentir nada, e ainda não consigo. E apesar de tudo, minha cama nunca esteve vazia. Eu não sei, acho que as pessoas gostam de coisas/pessoas que não podem ter, acontece que sou uma pessoa de momento, uma hora quero algo. Outra... Não sei. Não confio em nenhum ser humano, sei os quão malvados eles conseguem ser. Nunca irei dizer que odeio os homens tanto quanto odeio mulheres, sei o quanto ambos podem ser perigosos e acabar com sua vida se deixar. Nunca consegui confiar em ninguém desde pequena, e como poderia? Eu era espancada praticamente todos os dias. Com medo de morrer, até que aquele dia finalmente chegou, a agonia, a dor, mas era tudo tão passageiro, sei que era instantâneo, mesmo sabendo que instantâneo não existe, nada é instantâneo, a dor que você sente, mesmo que por segundos, é a pior dor de toda a vida. Quando seu pulmão está esmagado e você procura o ar, mas nada vem. E você fica lutando, e lutando. Mas cada vez fica difícil de ficar acordada. É realmente uma agonia indescritível.

Enquanto eu andava com aquele homem, e aquela garota, e os seus braços pesando no meu ombro, Tony veio à tona em meus pensamentos.

Ele simplesmente não pode chegar e tentar mudar toda minha história, e falar que o que eu tive de suportar eu não precisaria, porque ele deveria ter sido meu maldito pai e isso tudo seria diferente, eu não seria tão ferrada e perturbada como sou hoje, e o pior de tudo foi ele dizer que não estava pronto para ser pai, e até parece que eu estava pronta para ser filha de alguém, e se eu pudesse escolher, escolheria nunca ter nascido.

Quem diria que isso tudo iria acontecer comigo, e a vida de alguma forma ter me pregado mais essa. Tony Stark, vulgo Homem de Ferro, tenho sua genética. Não consigo aceitar, ou ao menos acreditar.

– Está tudo bem, querida? – Perguntou Connor enquanto olhava para mim ainda andando, minha cabeça estava a mil e eu escutei sua voz e o olhei, fazendo a melhor cara.

– Como nunca estive antes – Respondi e ele sorriu ainda andando, e então eu me soltei dele, e ele saiu correndo pela rua e a namorada rindo atrás. Totalmente chapados, e eu fingia estar me divertindo com aquilo tudo. Como sempre fiz.

– Vamos, Elena – Ele gritou ainda correndo e parando na frente de uma porta de um apartamento e eu logo dei uma apressada no meu passo e logo parei naquela porta e subi. Não tinha elevador, era apenas um prédio jogado em um subúrbio de New York. Subi a escada, e eles me esperavam na porta. – Bem vinda à ala dos desajustados – Ele falou abrindo a porta. Devo admitir que já fiquei em lugares piores, mas o apartamento estava devastado, não tem um espaço muito amplo, vi 2 cômodos, bagunçados. Roupas no chão, bebidas jogadas. Cigarros, pó, tudo jogado no chão e alguns lençóis, camisinhas.

– Você pode ficar ali, sinta-se em casa, mas eu não preciso dizer isso. Ninguém vai acreditar que você está aqui – Ele falou apontando para o quarto e parecia animado.

– Escute, ninguém precisa saber agora que eu estou aqui – Eu falei e ele me olhou confuso.

– Você está fugindo de novo ou alguma coisa? – Ele perguntou entre risos.

– Apenas diga depois – Eu falei entrando no quarto enquanto ele começou a se agarrar com a sua namorada na parede. Espero que não tenha que escutar isso a noite toda, preciso de dinheiro para comprar um telefone pré-pago ligar para o Jimmy, avisar que não estou morta e contar que vou dar um jeito de chegar ao bar e esquecer esse lugar aqui, essa história e o tal do sequestro que ficaria somente comigo, não iria contar a ninguém até descobrir de fato a verdade. Talvez Tony devesse ter contato à verdade primeiro antes dessa noticia que não foi tão incrível quanto ele queria parecer que fosse.

A verdade é que não conheço ninguém, nunca confiei em ninguém, nem um momento da minha vida, mas ainda consigo descobrir a verdade, só que longe de Tony e longe dessa loucura. A verdade é que não quero ficar de nenhum jeito perto dessa loucura que eu sei que é a vida de Tony, ser homem de ferro não é fácil, ele já me contou toda sua história, apesar de que eu tenha excluído boa parte da minha, contei o que importa, o que ele precisaria saber. O menos que todos sabem, ou pelo menos, boa parte das pessoas.

Quando notei que a festa no outro quarto já começou, eu saí. Peguei um casaco provavelmente da namorada que estava no chão, vi que Connor deixou sua carteira no chão e eu tinha absoluta certeza que ele não iria notar, então a peguei e vi algumas notas dentro, peguei o suficiente para tomar um café e comprar algum celular pré-pago, então desci e fui resolver logo esse problema. Assim que consegui o celular, segui para uma lanchonete barata, pois já era noite, e então pedi apenas café e liguei o celular digitando o número de Jimmy com um pouco de esperança que não tenha mudado nesses meses e então apertei o botão ligar.

No segundo toque ele atendeu, o que eu estranhei porque geralmente as pessoas tem que insistir na ligação para ele finalmente atender.

– Alô? – Sua voz era de preocupação. Hesitei em falar. Fechei os olhos e finalmente consegui.

– Hey, Jimmy – Eu sussurrei.

– Elena? Oh, meu Deus! Elena! Você está viva... O que diabos aconteceu? – Ele estava feliz e preocupado, percebi pela sua voz. Jimmy não era meu pai, pelo menos não biológico, mas o velho cuidou de mim como uma dele, a antiga mulher dele, da época do seu primeiro casamento tinha o deixado com um garotinho pequeno, e então ele cuidou desse seu filho como nenhuma mãe teria cuidado tão bem, se casou de novo, sempre foi dono do bar, e tem uma família enorme, que vai de irmãos, primos, e etc... Depois do pequeno... Não sei, incidente seria a palavra certa para o que aconteceu comigo? Enfim, incidente que aconteceu, eu apareci no bar dele mais uma vez – apesar de que ele já me pegou no colo ainda bebê – e ele me acolheu como ninguém fez. Mas sempre me mantive neutra, mesmo sabendo que eles me amam. Eles são minha família, devo admitir e ser coração mole uma vez.

– Uma longa viagem, Jimmy – Falei. Eu sei que estava sorrindo por saber que aquele velho estava bem.

– E quando você vem para casa? Que viagem longa, foi a mais demorada. Você está bem? – Ele me perguntou.

– Não se preocupe, seu velho. Pode acabar tendo um ataque e Janice odiaria saber que isso iria ser minha culpa – Eu brinquei e ele riu.

– Essa é minha garota – Ele murmurou. – Janice, baby, venha aqui! Olhe quem ligou, Elena... Eu disse que ligaria... Bobby mandou oi... Oh, o bar todo sente sua falta. De mim até os velhos mais bêbados sentem sua falta – Ele falou e eu tive que conter um sorriso, apesar de que ele não iria ver. Pude escutar a voz de todos no fundo, principalmente a de Janice que acredite ou não, ela tem apenas 27 anos. – Quando você vai voltar para casa, baby? – Ele perguntou. Sua voz soava um pouco desesperada. Por isso, que nunca ficava tanto tempo na sua casa, que era no caso o bar dele, não queria que ele se acostumasse com minha presença.

– Em breve, Jimmy. Em breve – Sussurrei, e pude ouvir um “okay” um tanto triste e ele começou a falar do bar, tentando me deixar atualizada para quando voltasse, eu escutava tudo com muita atenção, apesar da minha mente ainda rodeada de mil pensamentos fora isso. – Escute, Jimmy. Preciso ir, vejo você em breve – Falei desligando. Tive uma leve impressão que um cara estava tirando fotos minhas. Ele vestia um terno, não sei por que, mas Tony veio nos meus pensamentos, não os terroristas, mas Tony, será que ele mandou esse cara procurar por mim? Será que ele está me procurando?

Quando o cara virou de lado, eu joguei estrategicamente uma nota de 10 dólares na mesa e saí pela porta de trás, praticamente correndo.

– Senhorita! – Ele gritava. – Srta. Stark! Eu preciso falar com você... Tony, ele... – O homem gritava e foi a ultima coisa que escutei antes de virar o beco e sumir até chegar no apartamento, não queria entrar agora, mas sei que de uma coisa eu estava certa. Tony estava realmente me procurando, esse cara deveria ser, oras, não sei, seu guarda pessoal. Mas eu não sei se o Homem de Ferro precisa disso, me desliguei desses pensamentos e subi, esperando que o casal tenha acabado sua pequena festinha e que não comece outra nem tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Eu amo vocês!
E ah, quero pedir desculpas pela demora para responder vocês, não é que eu não goste de responder, eu amo que me mandem comentários, aliás, me mandem sempre por favor, nunca parem de mandar comentários, é que eu ando tão sem tempo que tenho que ter meu tempo livre para responder ou para escrever. Então to tentando fazer os dois juntos sabe? Eu amo vocês demais, e não quero que parem de escrever.