24 Horas escrita por Marimachan


Capítulo 2
2° Dia - Proteção


Notas iniciais do capítulo

Yooooo! E aí, pessoas? Fiquei mt feliz com todos os comentários, viu? Mt obrigada! *u*
E só pra constar, eu levei um baita susto com esse capítulo. Tava quase terminando de escrever qd a energia acabou. Pensa no desespero! Sorte que meu word é lindo e salvou. Se não teria q escrever td de novo. -_-
Enfim, boa leitura! ;)



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― Puxe um pouco mais para cima! ― O homem gritava para o companheiro que se encontrava no último degrau da escada, tentando acertar a faixa da barraca que havia caído.

― Se eu puxar ficará muito perto da tocha. Não acho que seja seguro!

― É só amarrar direito. Puxa logo! ― Respondera o mesmo homem, já perdendo a paciência.

Com muita relutância o outro obedeceu e puxou o pano personalizado para cima. Observou as chamas da grande tocha à sua direita por um instante e novamente relutou.

― Tem certeza disso, cara?

― Para de enrolar! Estamos perdendo tempo!

Ignorando totalmente seu mal pressentimento e o fogo queimando ao seu lado, começou a amarrar o tecido.

―X―X―X―X―X―

Enquanto o festival seguia animado para uns, para Nami não era bem aquela palavra que O definia.

Era por volta das dez da noite. Já haviam se passado três horas desde o momento em que a ruiva se amaldiçoara pela primeira vez por ter aceitado se meter naquela situação com seu capitão. Os Mugiwaras haviam permanecido todos juntos desde então. Não queriam perder um único segundo das 24 horas que se seguiam.

Luffy já havia perdido as contas de quantas vezes havia sido esmurrado, assim como Zoro e Usopp também. Sanji ora cantava Nami ora xingava o capitão, enquanto Robin, Brook e Franky apenas acompanhavam aquilo de camarote, curiosos para onde tudo aquilo os levaria. Chopper tinha seus momentos de risos, mas também tinha seus momentos de preocupação, este último toda vez que Nami resolvia descontar sua frustração em um dos garotos. Luffy tinha realmente sorte de ser de borracha, se não nem o médico daria conta dele.

Naquele exato momento, os tripulantes andavam pelas ruas das cidades, observando a movimentação. Luffy tinha um pedaço de carne assada em uma das mãos, enquanto na outra ― a mão presa à Nami ― carregava seu bastão de madeira. Nami havia desistido de se lamentar e tentava manter uma conversa normal com Robin, o que era cortado toda vez que era puxada ― sem permissão ― para algum lugar pelo borrachudo.

― Ohooooo! Eu quero ir! ― E mais uma vez a navegadora sentira seu braço sendo puxado com força. Acontece que o moreninho tinha acabado de ver mais de perto a montanha russa.

― Eu já disse pra você parar de me puxar desse jeito! IDIOTA! ― Gritou pela centésima vez naquelas três horas. E mais um soco fora desferido na cabeça do mais novo.

― Desculpa... Eu esqueço. ― Pediu fazendo bico enquanto passava a mão no local ferido, enquanto os outros alcançavam os dois e voltavam a rir. Já estavam quase sem voz de tantas gargalhadas até ali.

― Pois então não esqueça! E eu não vou nisso aí com você!

― Vamos sim, Namiii. Vai ser divertido!

― Não!

― Namiii.

― Não.

― Vamoooos.

― Não...

― Por favooor... ― Pediu manhoso, enquanto ela o puxava para longe do brinquedo.

― (...)

― Nami. Nami, me responde. Nami. Me responde, vamos lá, por favor. ― Balançava o braço da garota numa tentativa inútil de chamar atenção, o que era ignorado pela navegadora. ― Namiiiiiiiiiiiiiiii.

― CALA A BOCA POR UM MINUTO, LUFFY. ― Gritou perdendo a paciência, o que aparentemente havia dado resultado.

Ou não.

― Namiiii. Vamos lá... ― Um minuto depois ele repetia.

― Aaaargh! Então vamos de uma vez! ― Puxou-o à força, de forma irritada, de volta para a entrada do brinquedo.

― Yahuuu! ― Agora era ele quem a puxava de forma desajeitada.

Dez minutos depois...

― Eu não acredito nisso! Você não me avisou que iríamos tomar um banho em alta velocidade! ― A ruiva bronqueava o capitão após saírem da montanha russa, enquanto este apenas ria.

Ambos estavam completamente encharcados. O que a garota não sabia ao decidir aceitar andar no brinquedo, era que o mesmo tinha várias surpresas nos túneis pelos quais passava o carrinho. Uma delas era uma caixa d’água derramada aleatoriamente nos carrinhos que passavam. No final de tudo, havia uma espécie de secador gigante exatamente para secar as roupas daqueles que tiveram a má sorte de levar o banho. Acontece que esse mesmo secador tinha dado defeito exatamente na hora em que Luffy e Nami iriam passar por ele. Resultado: os dois ficariam encharcados pela noite toda, já que não podiam retirar as fantasias antes das 24 horas.

― Meu Deus. Estão parecendo dois pintos molhados. ― Zoro comentou rindo.

― E CALE A BOCA VOCÊ TAMBÉM! ― Bradou a ruiva para o espadachim.

― Nami-swan! Você está tão sexy toda molhada! - Coraçõezinhos surgiam nos olhos do cozinheiro.

― Olhe pelo lado bom, ao menos você está realizando os sonhos do ero-cook. ― Provocou mais uma vez, dessa vez fazendo Robin dar sua risadinha abafada.

Por um momento Nami pensou em socar o de cabelo verde, mas encontrou forma melhor de devolver a provocação.

― E onde vocês estavam mais cedo, eim? ― Insinuou sapeca para a arqueóloga e o espadachim.

― Isso é um festival, estávamos andando, oras. ― Respondeu o mesmo tentando disfarçar o desconcerto.

― Sei... ― Sorriu maliciosa, enquanto via o tom vermelho surgir na face do moreno e Robin rindo baixo da reação do mesmo. Para sorte de ambos, Sanji estava distraído com outra garota e não prestou atenção na conversa. ― Luffy. Vamos para o navio tentarmos secar essas roupas. Não vou ficar molhada a noite toda. ― Puxou o moreninho pela rua, ignorando todas as reclamações do mesmo, que queria ir comprar algodão doce com Chopper e Robin.

Andaram alguns metros depois de avisarem que voltavam dali a pouco, quando um barulho ensurdecedor fora ouvido e Nami avistara uma tora de madeira consideravelmente grossa vindo em sua direção. Não dava tempo dos dois desviarem juntos, já que estavam presos às algemas e o pedaço de madeira estava prestes a acertar a navegadora, que pôde apenas gritar e tentar proteger o rosto, esperando ser acertada.

A dor, no entanto, não veio. Ao invés disso, o que ela sentiu foi alguém abraçando com força. Automaticamente a ruiva abriu os olhos e pôde enxergar quem o fazia. Era Luffy, que estava por cima dela, a abraçando com intenção de protegê-la do acidente, fazendo com que a tora caísse em cima dele, ao invés de sua navegadora.

― Você tá bem? ― Perguntou com a expressão preocupada, enquanto a ajudava a se levantar.

Talvez pelo susto, Nami conseguira apenas confirmar com a cabeça. A explosão na barraca chamara a atenção de todos que por ali andavam e vários murmúrios eram ouvidos. Fora um susto e tanto. Os Mugiwaras vinham correndo.

― Oe! Vocês estão bem? ― Franky perguntara enquanto corria ao lado dos outros.

― O que aconteceu? ― Dessa vez fora Usopp.

― Nami-swan?! O que esse idiota fez dessa vez? Você está bem, mellorine?!

― E-eu estou bem. Estamos bem, pessoal. Não se preocupem. ― Ela sorriu, começando a se recuperar do susto, quando de repente se lembrou de que Luffy havia levado o impacto. Irou-se rapidamente para o moreninho. ― Você está bem? ― Perguntou alarmada. ― Você que levou todo o impacto.

― Shishishishi. Não esquenta. Eu to bem. Usei Haki, não me machuquei. ― Respondeu sorrindo abertamente, enquanto um suspiro de alívio deixava a garganta da garota.

― Mas como foi que aconteceu? ― Chopper questionara, ainda preocupado.

― Oe! Espero que estejam todos bem. ― Os dois homens, donos da barraca, se aproximaram.

― O que causou essa explosão? ― Robin se pronunciara.

― A faixa. A faixa de anúncio estava muito perto da tocha decorativa. Pegou fogo e caiu na botija de gás. Aí explodiu tudo. ― Um deles explicou desconcertado.

― Eu te disse que não daria certo, não disse?! ― O Outro retrucou.

― Desculpe. Não queria causar esse alvoroço. ― Pediu o primeiro, sem jeito.

― Tudo bem, ninguém se machucou. É o que importa. ― Usopp tentou amenizar o desconcerto do mais velho.

― Mas tomem mais cuidado da próxima vez! ― Sanji ralhou para logo depois virar-se para seu capitão. ― E você! Isso é tudo culpa sua, seu borrachudo idiota!

― Eeem?! Minha culpa por quê?!

― Se você não tivesse obrigado a Nami-san a ir naquela montanha russa, não estariam molhados e não precisariam voltar mais cedo para o navio e a Nami-san não teria corido esse perigo! Seu idiota! ― Adiantou-se para desferir um chute bem dado no garoto, mas fora impedido por Nami que entrara na frente ― para a surpresa de todos.

― Já chega, Sanji-kun. Foi um acidente e eu estou bem. Não precisa disso. ― Pediu sorrindo, já recuperada do susto. Virou-se para o moreninho. ― Luffy, o que me diz de comprarmos um sorvete enquanto voltamos para o navio? ― Ela pôde ver as grandes órbitas negras se iluminarem e brilharem com força.

― Com quantas bolas eu quiser? ― Perguntou animado, o que a fez rir.

Luffy tinha aquele jeito único de ser, o qual o fazia um garoto tão encantador. Uma pequena criança faminta, mas que quando se tratava de seus companheiros, nunca pensaria duas vezes em arriscar sua própria vida. Ela já havia perdido a conta de quantas vezes aquele idiota havia pulado em sua frente para protegê-la ou ficado furioso com alguém por ter machucado um de seus nakamas.

Talvez fosse por isso, por conta daquele capitão idiota, que ela fizesse parte de um bando pirata tão maluco. E talvez, só daquela vez, ele merecesse um prêmio por ser a criatura mais idiotamente fascinante que já conhecera.

― Com quantas bolas você quiser. ― Um grito eufórico veio do moreninho e então ele já saiu correndo em busca do sorvete, puxando a navegadora que voltava a gritar com o mesmo por ter o feito.

Afinal de contas... Ainda eram Luffy e Nami.


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