O Amor Aquece a Noite Fria escrita por Fofura


Capítulo 3
Movie


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores! Obrigada a quem tirou um pouquinho do seu tempo para me dizer o que está achando, e obrigada também aos que estão acompanhando sem comentar :/ :D
Vocês tem muita sorte, o capítulo ficou grande e resolvi dividi-lo. Este é o penúltimo.
Enjoy :3



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Uma hora e meia depois a droga da energia volta. UMA HORA E MEIA SEM ENERGIA! SEM TOMAR BANHO! SEM FAZER, desculpe a palavra, PORRA NENHUMA.

Eu estava totalmente atrasada. E ESTRESSADA.

O que em nome de Deus dava pra eu fazer em meia hora? Chegar no banheiro, SÓ!

Ai que raiva!

Corri para o banheiro e é claaaro que eu não tomei um banho de gato, né? Eu não ia na casa do Grissom sem tomar banho direito nem ferrando, pra não dizer outra coisa.

Talvez uns 15 minutos depois, não sei ao certo, eu saí. Acho que é por isso que a conta de água vem um absurdo. Tenho que pensar mais no planeta né? É.

Fui me vestir, mas antes passei creme hidratante no corpo, como sempre faço, deixa minha pele mais macia e cheirosa.

Coloquei uma calça de moletom cinza, uma blusa cinza com mangas pretas do AC DC, um moletom cinza (Meu Deus, tudo cinza!) bem quentinho, conjunto da calça, e um all star preto.

Peguei meu celular e as chaves do carro, segui meu rumo.

No meio do caminho começou a chover, nada muito forte, mas o bastante pra acabar com meu cabelo.

— Ainda bem que estou de carro, não vou me molhar tanto quando chegar lá.

Já disse que eu falo demais?

Não sei pra quê fui falar. Já chegando perto da casa dele tinha UM MONTE de carros parados lá na frente, muitos mesmo, parecia um pedágio.

Tive que parar bem longe da casa dele, o que foi péssimo por que eu teria que correr na chuva até a porta.

Eu e essa minha vida, misericórdia!

Criei coragem e sai correndo até a casa dele. Corri uns seis carros, atravessei a rua e cheguei na porta. Meu moletom, meu sapato e a calça do joelho pra baixo estavam encharcados. Só depois de chegar na porta eu lembrei que meu moletom tinha touca e que poderia ter evitado de molhar meu cabelo. Ai como sou burra! Grrrrr! Tomara que ele tenha secador!

Quando estava chegando na porta não vi os dois degraus que ali tinha e o que aconteceu? Tropecei neles.

Sim, neles! Porque se já não bastava tropeçar no primeiro, assim que tropecei nele já tropecei no outro e caí.

Não basta ser Sara Sidle, tem que tropeçar em dois degraus seguidos.

Eu bati meus cambitos, gente! Meus cambitinhos!

Mano, que dor! Por mais que eu estivesse com a calça, doeu.

Ainda bem que o Gil não viu isso. Eu disse que ia fazer alguma trapalhada, eu disse que se não acontece algo súbito comigo não seria eu, dito e feito.

Agora sei o porquê de tantos carros. Tinha uma festa na casa vizinha, com certeza era de criança, pois o barulho é infernal.

Acho que por isso bati e chamei umas cem vezes e ele não atendeu. Resolvi ligar. Ele atendeu no segundo toque.

— Sara. Oi.

— Oi. Estou morrendo de frio aqui fora.

— Ai meu Deus! – ele desligou na minha cara, mas por um bom motivo.

Em segundos vejo a porta sendo aberta e ele me mandando entrar.

— Me desculpa. - me deu um beijo na bochecha, ai! Quase que eu viro o rosto, e ele queria que eu virasse, vi isso nos olhos dele. — Essa festa aí do lado está me dando nos nervos. Me desculpa mesmo, nem ouvi você bater ou chamar.

— Tudo bem. Ia me molhar de qualquer jeito. Parece que essa rua virou uma concessionária, tive que ir pro final da fila.

Ele riu.

— Deixe-me te ajudar.

Ele me ajudou a tirar o moletom molhado.

Por sorte a blusa de baixo estava intacta.

— AC DC! Gostei.

— Obrigada. – sorri tímida.

— Quer tomar um banho quente?

— Não, eu já tomei. Não quero incomodar. – fui dar um passo para trás, mas escorreguei. Típico de ser eu.

Se ele não tivesse um bom reflexo eu teria caído.

— Opa! – aqueles braços fortes me segurando me deixou doidinha.

Impressão minha ou ele se aproximou dos meus lábios querendo tocá-los? Desviei, mas sendo discreta. Me recompus.

— Foi mal. Sou uma desastrada.

— Tenho que concordar. – arregalei os olhos, mas não era mentira. — No bom sentido. – sorriu. — Mas não foi culpa sua, o chão ficou molhado.

— É...

— Tem certeza que não quer tomar um banho?

— Tenho...

— Mas será melhor pra você. Duvido que queira ficar com a roupa molhada a noite toda. Não será incômodo algum.

— Mas mesmo assim, não tenho outra roupa, só em casa.

— Tem uma calça sua aqui.

— Aqui?

— Lembra no dia de chuva há dois meses? Estávamos numa cena do crime afastada da cidade e nos molhamos. Trocamos pelas roupas reservas e ficamos no carro até a tempestade passar pra depois voltar. Você esqueceu a calça molhada no meu carro e só levou as blusas. Eu lavei e esqueci de te devolver.

— Nossa! Tinha esquecido completamente. Que cabeça dura! Pelo menos meu esquecimento ajudou em alguma coisa. – sorri nervosa.

Ele também sorriu.

— E o meu também.

Sorri novamente.

— É por aqui. - ele me conduziu até o quarto dele. Muito organizado. — Ali é a suíte. Fique à vontade, vou pegar uma tolha pra você.

Ele disse “fique à vontade”, mas eu não me mexi.

Ele foi até o guarda roupa, abriu a porta de cima e pegou uma tolha branca. Abriu a parte de baixo e pegou minha calça.

Ele guardou minha calça junto com as dele?

Ele pegou uma meia numa gaveta também.

— Aqui. – estendeu à mim.

— Obrigada. Ãhn... E quanto a blusa? Será que aguento só com essa?

— Acho que não. Por mais forte que você seja, o frio será mais. – sorriu.

— E agora? – fiz uma careta.

— Pode usar uma minha.

Ergui as sobrancelhas.

Eu? Usando uma blusa do Grissom? Com o cheirinho dele?

Oh meu Deus!

— Vai ficar enorme. – ri.

— Verdade. – riu também.

— Bom, com licença. - entrei no banheiro depressa.

Que banheiro lindo!

Tomei um banho quente rapidinho. Amei aquele chuveiro! E o Griss tinha secador! Sequei o cabelo e saí.

Ele estava na cozinha.

Vi um corredor e presumi que no final dele seria a lavanderia. Fui até lá e acertei, ia abrir a porta de vidro para pôr a toalha no varal, mas fui surpreendida por um boxer marrom super fofo que latia pra mim.

Grissom deve ter ouvido os latidos e por isso foi até lá.

— Não sabia que tinha um cachorro.

— Pois é, poucos sabem disso. Deixa que eu coloco lá.

Entreguei a toalha para ele.

Ele abriu a porta devagar para o cão não passar, entrou e pendurou a toalha.

— Qual o nome dele?

— Hank.

— Hank?

Por que ele colocou o nome daquele paramédico enganador nesse pobre cãozinho?

— É.

Ele não disse mais nada e eu também nem perguntei o porquê do nome.

— Ele quer conhecer você.

Me ajoelhei no chão com as mãos na coxa.

— Pode solta-lo.

Ele abriu a porta e Hank pulou no meu colo.

— Oi. – comecei a acariciar a cabecinha dele e ele me cheirava toda.

Em segundos ele começou a lamber meu rosto.

Eu comecei a rir.

Amo cachorros e o Hank é um fofo!

Gil sorria o tempo todo.

— Ele gostou de você!

— Também gostei de você, fofinho!

— Vem Hank. Pra cama.

Gil o chamou, mas ele não queria sair de perto de mim. Que lindo!

— Agora! – deu uma ordem muito fofa e o cão obedeceu, indo para sua cama, triste.

— Volto pra brincar com você depois, fofinho.

Ele se animou e demos risada.

— Se voltar a brincar com ele, não vai querer mais te largar.

Sorri.

Meu Deus, ele estava muito perto de mim.

Resolvi fazer um elogio.

— Ficou bonito com barba.

— Eu não era? – ele resolveu brincar e chegou mais perto de mim.

— Você sempre foi, mas... É que... Eu gostei.

Ele sorriu.

Ai que sorriso LINDOO!

— Obrigado. Você sempre foi bonita também, sabia?

Acho que virei um tomate.

Ele acariciou uma das bochechas rosadas pela timidez e ia se aproximando do meu rosto, no mesmo instante em que recuei Hank pulou na porta de vidro nos assustando.

Ainda bem porque aí ele não reparou que eu recuei do beijo.

Devem estar se perguntando o porquê de eu recuar sempre que ele tenta me dar um beijo sendo que é o mais desejo. Também estou me perguntando isso, queria saber explicar.

— Acho que ele está com ciúmes de você.

— Eu acho que é de você.

— Mas ele acabou de me conhecer. – sorri.

— Por isso. Ele adorou conhecê-la. Acho que ele não vai querer dividir.

O que ele quis dizer com isso?

Ora, Sara! Você entendeu!

Andando pelo corredor ele fez uma observação.

— Ficou grande mesmo. – sorriu.

— É. Cabe duas de mim nessa blusa.

Ele riu.

Fui para a sala de estar e ele pra cozinha.

Segundos depois ele voltava com duas xícaras na mão.

— Fiz chá de hortelã pra mim e camomila pra você, sei que gosta.

— Obrigada. – peguei a xícara. — Como sabe?

— Ouvi você dizendo e tomando na sala de descanso outro dia.

— Muito observador.

Ele sorriu.

— Reparou que parece que já somos mais “íntimos”? – chegou perto de mim outra vez.

— Só parece. – toquei a ponta do nariz dele com o indicador.

Colocou a xícara na mesinha de centro.

— Vou buscar os edredons. Pode deitar se quiser. Quer que eu puxe?

— Não, pode deixar, eu puxo.

— Ok. Sinta-se à vontade.

Sumiu corredor adentro.

Puxei o sofá para ficar maior e sentei. Gente! Aquele sofá é delicioso! Me encostei e estiquei os pés.

Fico pensando em como seria se eu morasse com ele. Acham que estou sendo muito precipitada?

Ele é tão cavalheiro, tão atencioso, tão lindo! Não conhecia esse lado cuidadoso dele. Estou adorando essa mudança.

Estava ansiosa para ouvir o que ele tinha a me dizer, mas é melhor assistirmos o filme primeiro.

Ele voltou com dois edredons bem grossos, devem ser bem quentinhos, ainda mais quando se está abraçada a alguém que você ama.

Ai Sara! Meu Deus! Calma!

— Que filme escolheu? – perguntei.

Ele estava com duas capas de filme na mão. Sentou-se ao meu lado.

— Estou em dúvida entre esses dois. Qual prefere? Resolvi escolher dois de comédia, pra não ficar um clima tenso.

— Gosto de comédias. Deixe-me ver. – peguei os filmes.

Um era Intocáveis. É um filme francês de comédia dramática.

— Philippe, um refinado multimilionário tetraplégico francês, precisa de um auxiliar de enfermagem para o auxiliar nas suas atividades rotineiras. O contratado é Driss, um senegalês radicado nos subúrbios de Paris, que acaba de cumprir uma pena de seis meses de prisão e que não tem qualquer formação para o cargo, porém Driss de uma forma um tanto "errada" faz Phillippe ter prazer pela vida novamente. - terminei de ler a sinopse e gostei. — Uau! Já gostei desse. Vamos assisti-lo.

— Tinha a leve impressão de que ia escolher esse.

— Sério? Por quê?

— Não sei por que. – sorriu.

Ele colocou o filme e enquanto assistíamos dávamos muitas risadas, o Driss é muito engraçado.

Mais ou menos no meio do filme, o frio já estava de congelar o cérebro, e eu estava tremendo.

— Está com frio?

— Uhum.

— Vem cá?

Ele está me chamando pra deitar com ele? Alguém me segura que eu voooou!

— Sério?

— É, vai ficar mais quentinha.

Não tem como resistir a um pedido desse.

Fui devagarzinho pra perto dele, ele passou o braço direito pela minha cintura e eu encostei metade das costas no peito dele. Ele encostou a cabeça na minha e continuamos assistindo.

Eu paralisei ali com ele, não mexi um músculo. Acho que até prendi a respiração.

Ele tem um cheiro tão bom.

Um sentimento de segurança me invadiu. É bom estar com ele!

— Relaxa. - ele sussurrou.

Meu Deus! Ele sussurrou!

Ele quer me matar? Assim eu fico mole!

Mas eu relaxei mesmo. Encostei mais ainda minha cabeça em seu pescoço e apoiei minha mão na dele que estava na minha cintura.

Resolvi dizer logo o que estava preso na minha garganta desde que cheguei ali.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam desse? Querem o último? Já está digitadinho ;)
Me digam, please ^^Aguardo os reviews ansiosamente :3
Abraço de urso :3