O Amor Aquece a Noite Fria escrita por Fofura


Capítulo 2
Scene


Notas iniciais do capítulo

Meus amores! Amei os reviews que recebi, muito obrigada! Me fez ter mais ânimo para continuar. Vocês são demais, muito obrigada mesmo.
Espero que gostem deste e que se divirtam como me diverti escrevendo ^^
Boa leitura!



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Chegamos ao local e encontramos Brass que nos esperava na entrada da casa.

— Que rapidez!

— Pois é, é bom quando não há trânsito.

— Com certeza! - Brass concordou.

Entramos na casa e começamos nosso trabalho.

Devo dizer que quando estava passando pelo que parecia ser um sofá, pois estava completamente destruído pelo fogo, minhas pernas bambearam. Por que? Ele passou por trás de mim e quando ele fez isso, apoiou as mãos em minha cintura.

— Cuidado onde pisa, esse lugar está caindo aos pedaços. - disse depois que passou por mim.

— Tudo bem. – tive que me segurar na parede para não cair.

Queria essas mãos na minha cintura de novo.

Griss... Venha cá, venha.

— Temos que coletar as evidências o mais rápido possível, não quero que o teto caia sobre nossas cabeças.

Dei uma risadinha que por sinal achei bem fofa.

— Nem eu.

Fui pegar o resto do tapete que estava no chão e subiu tanta poeira que tive uma crise de tosse. Ele foi correndo ver o que eu tinha.

— Ei. O que foi? Está tudo bem?

— Está, foi só... – tossi mais um pouco. — A poeira excessiva.

— Vá para o outro cômodo que tem menos poeira, eu cuido daqui.

Nossa! O que deu nele? Preocupação excessiva também é ruim?

— Não precisa, estou bem.

— Vai me desobedecer, Srta. Sidle? – me perguntou erguendo as sobrancelhas.

Também ergui as minhas.

— Não...

— Boa menina.

O olhei indignada, mas gostando da brincadeira.

Ele riu.

— Não achei graça! – cruzei os braços fingindo estar brava.

— Pois eu achei.

Olhei do mesmo jeito pra ele e ele sorriu.

— E se eu não o obedecesse? O que faria?

— Não sei. – riu.

Ri também e fui para o outro cômodo.

Depois de coletarmos tudo, levamos ao laboratório para análise.

Nos encontramos no corredor quando estava voltando da sala de evidências.

— Ei. Está melhor?

— Do quê? – não me lembrava.

— Da crise de tosse.

Ué!

— Ah! Estou sim, foi uma coisa momentânea.

— Que bom. – sorriu em alívio.

Confesso que achei estranho, ele nunca se preocupou tanto comigo como vem fazendo ultimamente. Só o que falta agora é eu espirrar e ele vir com lenço pra limpar meu nariz.

Depois que resolvemos o caso, já era de manhã, umas 10h30min. Fomos para a sala de descanso e ficamos esperando Cath e Warrick terminarem seus relatórios.

Ainda bem que hoje tenho o dia de folga!

O incrível é que Gil e eu temos folga no mesmo dia! Mas ele nunca a tira então...

— Pronto, terminamos. – disse Warrick.

— Até que enfim! – Greg brincou.

— Palhaço! – disse Catherine dando um tapinha na cabeça dele.

Rimos.

— Bom, estão dispensados! – Grissom enfim nos liberou.

— Ótimo! Preciso da minha cama!

— Somos dois, Cath! – Warrick concordou.

— Até à noite, chefe! – Greg se despediu de Grissom.

Mas por incrível que pareça, ele disse que tiraria a folga dele, e só o veriam no turno seguinte.

— Uau! Que mudança! Então até amanhã à noite.

— Até.

— Bom, até mais Gil! – Nick se despediu dele.

— Ah, Nick! Espera! Preciso de você. – o peguei pelo braço e o levei para fora do laboratório.

Fomos até o estacionamento, precisava dele pra ver o tinha acontecido com meu carro, ele entende dessas coisas.

— Foi só um probleminha no motor, maninha. Espere que dou um jeito.

Adoro quando ele me chama de “maninha”.

Ele mexeu em um monte de troços lá e concertou pra mim. Coitadinho! Ficou todo sujo.

— Obrigada, maninho! Desculpe, fiz você se sujar. – limpei o óleo do rosto dele e dei um beijo em sua bochecha.

— Não tem de quê. E não se preocupe, não foi nada. Aproveite sua folga! – me deu um beijo estralado na bochecha e foi pra casa.

Entrei em meu carro e fui pra casa também.

...

Cheguei e me joguei no sofá, estava cansada!

Resolvi dormir sem trocar de roupa mesmo. Fui para o quarto e me joguei na cama. Capotei.

Acordei 15h07min com a campainha tocando.

Levantei e fui atender. Era Larry, o entregador. Estava com um buquê de margaridas. Eu amo margaridas!

— Pra você, Srta. Sidle.

— Só Sara, Larry.

— Desculpe. – ele sempre esquece. _ São pra você, Sara. Pode assinar?

— Claro.

Assinei o papelzinho, agradeci e fechei a porta.

Quem será que me mandou esse lindo buquê?

Resolvi procurar um cartão, mas achei uma carta. Coloquei as margaridas num vaso de vidro com água e fui ler a carta.

“A previsão do tempo diz que hoje a noite vai fazer dez graus, e amanhã o dia todo vai ficar chuvoso, eu vi no jornal. ...”

Ué! Que bagaceira é essa?

“E eu estava pensando se você não fosse fazer nada... Será que você não queria vir aqui pra casa?”

Eita! Quem será? Usando a previsão do tempo, não é? Hmm.

Só pra deixar claro aqui que... fiz cara maliciosa, hehe.

“Eu alugava um filme bom pra gente assistir e aproveitava o barulho da chuva pra gente dormir.”

Ui! Eu amo isso! Frio, filminho, acompanhados de barulho e cheirinho de chuva! Quem escreveu isso me conhece muito bem.

“Faça do meu sorriso, seu sorriso. Do meu abraço, seu abrigo. Faça meu coração contente... Vem hoje, amanhã, fique aqui pra sempre!”

Jesus!!! Agora foi demais. Uma lágrima desobediente escorreu por meu rosto... Mas não foi só por causa das lindas palavras escritas, mas pelo nome minúsculo que vi no cantinho da folha no fim do texto. “Grissom”.

Ahhhhhh! Mentiiraaaa!

Não pode ser! Não! Não pode! Só posso estar ficando louca! Eu li errado, não é possível!

Grissom? Em que planeta Gil Grissom faria isso? Com certeza não seria em um chamado Terra!

Comecei a me exaltar um pouco e a falar em idiomas diferentes andando de um lado para o outro da sala de estar.

Não acredito! I don't believe! No puedo creer! Je ne peux pas le croire! Non ci credo! Ego non credere possint! Я не могу поверить!

Ok. Exagerei. Não sei falar russo!

A autora pesquisou no google tradutor, desculpem.

Eu estava chocada, nunca imaginaria que ELE, o tão famoso “homem de pedra”, escreveria uma coisa assim tão inesperada e de repente.

Isso explica o porquê de estar tão mudado?

Só posso estar ficando maluca!

Não foi o Grissom que escreveu isso! Cara, isso é alguma brincadeira? Ainda não estou acreditando.

É melhor ligar pra ter certeza de que não é nenhuma pegadinha que eu sei que Greg seria capaz de fazer.

Disquei o número dele, nervosa. Pensei em desligar no primeiro toque, mas para minha surpresa ele atendeu no mesmo.

Ele estava esperando eu ligar?

Ai, é claro que não, Sara! – respondi em pensamento minha própria pergunta.

— Oi. – ele atendeu.

Isso é alegria na voz dele?

Nossa, Sara! Pare de se iludir!

— Oi Griss... É ... Eu recebi uma carta... E ...- me enrolei toda pra falar. Merda! Por que tenho que ficar tão nervosa quando o assunto é meu supervisor? Que coisa!

— Ah! Você recebeu... e ... o que achou?

U - A - U ! Foi ele mesmo??

— É ... Foi você que... escreveu mesmo?

— Foi sim... Por quê?

— Ah, nada... É que... Bom, eu fiquei surpresa.

— Não esperava por isso, eu sei. Não ficou tão ruim. Você gostou do buquê?

— Não, não ficou ruim. E eu amei o buquê. Mas... Você falou sério?

— Muito, mas... Antes de dizer tudo o que eu quero, eu... preciso saber se... você aceita.

Ai meu Deus! Ele estava falando sério? Tenho um piripaque agora ou depois??... É melhor depois.

— É... Eu não sei, Griss...- eu estava receosa, insegura.

— Sah...- ain, ele abreviou meu nome! — Eu prometo que não vou te decepcionar, mas se você não quiser vir, eu... posso ir até aí, pelo menos pra dizer tudo... tudo o que sinto por você. Por telefone, apesar de ser mais fácil, não é apropriado e eu nem faria isso.

Meu Deus! Esse é mesmo Gil Grissom?? Alguém, por gentileza, pode me dar um beliscão?

— Griss... Está tudo bem com você?

Ouvi ele rir do outro lado da linha. Ai como eu queria ver aquele homem sorrindo de novo.

— É tão difícil de acreditar que estou falando sério?

— Claro.

Ora bolas!

— Por que?

— Ainda pergunta? Você me ignorou e me evitou todos esses anos, aí do nada fica carinhoso e preocupado no trabalho, jogando indiretas e olhares, e agora isso... Por que tudo isso? E só agora? – disse tudo de uma vez só.

Olha, esse homem é complicado demais, se um dia se apaixonarem por um homem assim, tenham paciência.

Olha só quem fala né, quem quase perdeu essa coisa rara nomeada como paciência.

— Honey, pode ter certeza que terá todas as suas respostas... Só... Me responda se... Aceita o meu convite.

Honey?? Meu Deus não me deixe acordar desse sonho, porque se eu acordar dou um murro na primeira pessoa que eu ver na minha frente. Eu preciso desse homem!!

— Aceito. – ouvi ele suspirar aliviado.

Ele realmente queria mudar, queria dizer tudo o que sente por mim, ele quer uma chance finalmente!

— Bom, que horas quer que eu vá?

— A hora que quiser, estamos de folga mesmo. Só acho que é melhor você vir antes do frio começar pra não pegar um resfriado.

Meu Deus! É preocupação demais! Mas vindo dele, amo isso!

— Não precisa se preocupar comigo, Griss.

— Sempre me preocupei com você, Sah. – Caaara! Ele abreviou meu nome de novo!

Dá pra imaginar minha reação? Deixe eu ver ... Imaginem um macaco faminto! E aí ele vê uma banana bem grande. A cara desse macaquinho seria “Nossa! Eu quero! Que delícia!”, foi tipo isso. Eu fiz a mesma cara, só que mordi o lábio sorrindo.

Nossa! Estou prevendo uma coisa... Vou fazer alguma trapalhada quando chegar lá. Até porque se não acontecer algo súbito comigo, tem algo errado, não sou eu.

Calma aí...

Só agora me toquei do exemplo que dei. “Macaco”, “banana bem grande”, “mordi o lábio sorrindo” ... É, não ficou legal. Desculpe. Ninguém aqui é malicioso né? Espero que não.

— Quer que eu vá te buscar? Seu carro já foi concertado?

— Não precisa. Já. Já foi concertado sim, foi só um probleminha no motor, Nick deu um jeitinho pra mim.

— Ah, que bom então.

— Pode ser às 17h00min? – ai, estava tão nervosa.

— Pode, claro. Estarei te esperando.

— Ok... Tchau... – disse “tchau”, mas fiquei esperando feito uma idiota.

— Tchau. – ele respondeu e demorou alguns segundos, mas desligou.

Eu fiquei ali olhando pro celular até cair a ficha. E quando caiu...

— Ahhhhhhhhh! – gritei pulando de alegria. — Eu não acreditooo! - parei de pular. — Mentira! Agora eu acredito... Ahhhhhhh! – comecei a pular de novo. — O amor da minha vida, aquele tapado do Gil, me chamou pra ir na casa dele assistir filme! Jesus, apaga a luz!

E quando eu gritei isso, o que aconteceu? Faltou energia. Pra quê que eu fui falar isso?!

— Pô Deus! Não era pra levar a sério. Como é que eu vou tomar banho? Gelado nem a pau!


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Notas finais do capítulo

E então? Deram risada? Digam que sim uheuehuh
O próximo capítulo não está nada pronto, não tenho nada, pode demorar um pouquinho, postei esse agora porque acabei de terminar de criar ^^
O romantismo irá rolar solto no próximo que é provável que seja o último. PROVÁVEL, não tenho certeza.
Bom, deixem seus reviewszinhos pra eu saber o que estão achando, se devo continuar ou não ^^
Até o próximo, meus amores.
Abraço de urso :3