Quando retornei dos mortos eu percebi que tinha passado mais de 1 ano desde que eu “morri”, eu voltei para minha casa e como eu não tinha mais a chave e então tive que pular o muro com grades. Tive o receio de que a minha Avó não estava mais na casa, entrei no quarto dela e vi o chão cheio de remédios antidepressivos.

Eu pensei: “Eu não devia deixar que me vissem vivo, iam acabar pensando que eu era um zumbi ou um fantasma.”

Foi aí que eu ouvi um barulho de chave abrindo a porta e então no desespero eu pensei que gostaria de ser invisível (já que toquei no assunto em pensar ser um fantasma), foi aí que eu senti algo dentro de mim, olhei para minhas mãos e vi que não conseguia vê-las e foi ai que percebi que comecei a sentir que já estava começando a ter os meus poderes. Nesse momento que alguém entrou na casa que vi que só era a minha mãe, resolvi aparecer e perguntar o que tinha acontecido.

Ela levou um susto quando eu falei: -Mãe, o que aconteceu?

Minha mãe respondeu: -Como que você está vivo? Você foi baleado na cabeça!

Então contei toda a história que eu passei até agora e então ela se acalmou um pouco, ela não entendia como isso é possível, e percebeu que eu mudei muito durante esse 1 ano que eu fiquei “morto”.

–Gabriel, sua avó morreu e sua irmã fugiu de casa grávida aos 17 anos.

Eu suspirei fundo e disse:

–Minha avó morreu depressiva?

Minha mãe acenou com a cabeça e perguntou se eu sentia algo depois de ter encontrado com as duas entidades mais conhecidas no Cristianismo.

Eu disse que não sentia nada, somente que devia seguir as palavras deles.

Ela concordou e disse que eu tinha um longo caminho pela frente de agora em diante, então ela decidiu que eu devia ir embora e que ela nunca ia contar sobre a nossa conversa.