As Terras de Nobirth escrita por Tachibana Aoi, Florilégio


Capítulo 3
Pt1 - o mundo invertido


Notas iniciais do capítulo

Bonjour ~~
Olar novamente pessoas s2 dessa vez eu voltei com a história (a primeira parte do primeiro capítulo e tal). Eu vou postar assim porque senão demorarei uma eternidade até concluir o que quero e já colho vossas opiniões.
(eu sempre penso em coisas pra escrever aqui mas nunca lembro) (socorro como eu sou esquecida) (AH essa música é linda https://www.youtube.com/watch?v=ZjoJ-tZiRr8) (boa leitura *u*)



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Aaron abriu seus olhos. Por mais tensa que a situação anterior tivesse sido, o chão lhe parecia confortável de tão tranquilo que era enquanto o mundo estava em guerra. Coisa muito estranha e rara de se estar e ser.

Seus joelhos estavam todos ralados e algumas partes de seu corpo também, como marcas de um arrasto longo por um solo com um relevo não tão agradável assim. Ademais, sentia algo molhado, grudento, pastoso e gelado em seu cabelo, e num segundo, algo duro bateu em sua cabeça e um bafo enorme rodeou justamente seu nariz. Uma criatura bípede estava tentando mordê-lo e talvez achasse que estava comendo capim negro. Ela saiu correndo quando viu o despertar do rapaz.

Ele lembrava de todo o ocorrido, desde quando os soldados o acharam e o deixaram “inconsciente” — abria um olho ali, outro acolá, via as estalactites do porão do navio no qual fora transportado e aproveitava para dormir. E assim como espiava durante a viagem, se assegurou de observar os arredores antes de se mexer. Se alguém estivesse lá, o bote seria imediato.

Não conseguia enxergar muito bem. Tudo o que mais via era o chão vermelho escuro e uma neblina lilás por perto e carmim por longe, que tinha um cheiro doce e aparentava ser tóxico. Bem à linha do horizonte, estava quase negra; era medonha. Apoiou suas mãos no chão, sentindo dor ao mover seu corpo, e se levantou brandamente, devagar. Pressionou o chão à frente para confirmar se não era filigrana frágil, e andou, confirmando uma apoteose da ilusão naquele lugar.

Precisou caminhar pouco para desencontrar a primeira impressão do vazio. E o que viu não era tão habitual assim. Pinheiros de tronco também vermelho escuros estavam enraizados no céu! — cujos topos existiam de cabeça para baixo, mas as folhas nem nenhum elemento era afetado pela gravidade. No início, temeu que em alguma hora tudo fosse cair, não obstante logo se acostumou. E olhou para cima, e riu, e viu água como num lago ou aquário vidrado de acrílico. Aquele mundo era completamente invertido.

E não parou de achar novos aspectos na paisagem. Também viu corpos mortos pendurados nas árvores, alguns inteiros e outros pelas metades; não sentira o cheiro de sangue por causa da neblina? Não lhe embrulhou o estômago pois essa situação era costumeira na época atual. Com os mortos havia mochilas amarelas e manchadas, todas iguais, como se fossem distribuídas num batalhão.

Aquilo despertou sua curiosidade, mas não seria tolo a ponto de correr diretamente ao seu alvo em território desconhecido. Se fosse pra morrer, que tivesse se averiguado antes.

Olhou bastante acerca de uma árvore, se escondeu atrás dela e jogou algumas pedras para longe e esperou. Não demorou muito para que algumas aves saíssem do “céu” — atravessando a água como se ela fosse invisível — e procurassem pelo barulho. Eram grandes e grandes e coloridas com cores vivas, de bicos grandes e afiados que cortariam qualquer um com uma facilidade colossal. Explicava tamanha quantidade de derrotados. Elas se olhavam, procuravam por algo, mordiam as penas umas das outras e quando percebiam que não havia nada a se fazer ali, foram embora.

Aaron queria saber cada vez mais. Tinha pouquíssimo medo — tinha —, porém a adrenalina era maior. Assim que teve uma brecha e tudo estava previamente seguro, se espreitou sem fazer barulho e se agarrou ao tronco da árvore mais próxima do solo.

Conseguiu pegar a mochila quando alcançou a copa da árvore, e reconheceu alguns rostos nos cadáveres pendurados; eram todos do último batalhão do Sul. Fechou os olhos por um momento, porque por mais que já soubesse o destino de todos, aquela era a certeza de que seu clã fora completamente exterminado e que ele teria de migrar para lares novos.

Respirou fundo e engoliu a tristeza. Não adiantava chorar pelo leite derramado.

Logo abriu os bolsos largos para ver o que tinha lá dentro. Encontrou coisas diversas como seringas, mapas, tinta, facões e um mini pacote de sobrevivência. Também achou uma carta escrita a runas limpas e claras, de cor azul.

“Caro senhor(a);

Fora enviado às Terras de Vagssyl sob comando do imperador Netch. As únicas ordens que ele transmite, é que não saias dos solos do local até que encontres informações plausíveis e de utilidade ou interesse para ele. Caso contrário, será exterminado.

Havhil, A Feiticeira.”

Netch, então. Se ele não veio aqui é porque não pode. Ele me mandou a liberdade em forma de ordem!


E logo quando seu momento de alegria veio, algo caiu no chão e chamou a atenção das aves. Uma delas repousou os pés justamente na árvore em que Aaron estava, e lhe achou facilmente com aqueles olhos exageradamente enormes. Ele olhou para ela, ela olhou para ele; presa e predador se encaravam de frente.


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Notas finais do capítulo

SHADOW OF THE COLOSSUS TANANANAAAAA q *le toca o som de koh ohtani* *intensifies*



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