A New World: The fox nine tails escrita por Marceline Abadeer


Capítulo 2
Como usar uma maldita espada!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/623502/chapter/2

Acordei de manhã e tive minha rotina de sempre, fui para escola. Depois de voltar para casa com Nathaniel e dar sorrisos falsos almocei rapidamente e subi para o quarto ligando o computador que se encontrava em cima da minha escrivaninha.

Observando minha área de trabalho vi ali no canto, a raposa branca e em baixo “A New World”. Cliquei e novamente acordei em outro lugar que não era o meu quarto. Abri os olhos e me sentia muito enérgica. Observando o lugar lembrei-me que Guilherme me deixara ontem na casa dele. Meu avatar como o dele foi “desativado” e escorregou para o lado quando eu disse “Log out” e sai do jogo. Dormi no braço esquerdo do sofá branco por ter escorregado para o lado. O avatar de Guilherme que antes estava apoiado no ombro agora estava apoiado na minha bunda! Além de que parecia dormir muito bem ali!

Levantei-me dali deitando delicadamente o meu “mestre” tarado. Ele disse “Se eu não estiver aqui, cuide do meu avatar e não saia de casa”. Hm... Se o avatar dele está dormindo é porque ele não está online. Resolvi ver como era o resto da casa.

Andei um pouco e subi dois degraus de um chão feito de mármore branco. Ali era provavelmente a cozinha. Uma coisa que me chamou atenção em toda a casa era que tudo era preto ou branco, sem exceção. A cozinha não seria diferente. No centro uma mesa de mármore branco como o chão e seis cadeiras estofadas pretas. Uns dois metros atrás da mesa encontrava-se uma cozinha italiana completa. Aquele lugar me impressionava a cada passo.

Continuei andando até me deparar com uma grande escada branca que dava curvas e mais curvas subindo ao ponto deu mal ver o teto. Comecei a subi-la pensando onde ela daria. Provavelmente no quarto de Guilherme. Depois de uns minutos subindo olhei para a direita e me deparei com uma espécie de varanda enorme. A luz do Sol a iluminava e dali onde eu estava já se via uma vista linda de altas montanhas.

Andei pela varanda me apoiando na grande grade de mármore de uma cor que se aproximava a da areia de uma praia. Olhei para baixo e vi um lago com águas cristalinas. No centro havia uma casa em estilo de construção japonês antigo. Pelo lago havia várias “mini-ilhas” com uma cerejeira cada, que formavam um caminho até a grande casa.

– Gostou?

– AAAAH! – gritei por causa do susto.

Virei-me rapidamente e via Gui apoiado á abertura que dava até a varanda me olhando com um sorriso de canto.

– Gostou? - perguntou novamente.

– S-sim... – respondi um pouco atordoada com o susto e intrigada por não tê-lo ouvido subir a escada que soltava um eco pela casa por causa do som de meus passos.

– Vamos para lá agora.

– Onde?

– Para o Dojo, seu treinamento começa hoje.

– Treinamento?

– Te explico depois, vem. – ele me puxou pelo braço e sentou-me no corrimão junto com ele e fomos escorregando até lá em baixo. Como eu não caí é algo que eu ainda me pergunto.

Guilherme foi andando passando por vários corredores até um grande portão de ferro que se abriu quando nos aproximamos. O mesmo nos levava até a margem do lago. Lá de cima as distancias entre as “mini-ilhas” era bem menor, agora parecia pelo menos uns 10m de distancia umas das outras.

– Então... – começou Guilherme – Eu nunca atravessei.

– Como assim? - perguntei.

– Nunca consegui.

– Porque não foi nadando?

– É que... – ele corou encarando o chão – Eu não sei nadar...

Suspirei e disse o código do meu bando. Guilherme me deu a permissão em resposta e montou em cima de mim. Dei uma distancia de uns 4m da borda para pegar impulso e dei um salto caindo com as minhas quatro patas inteiras na “mini-ilha”. Eu estava chocada. Como isso é possível?! Ah... isso é um jogo.

Fui pulando de ilha em ilha até chegar no Dojo. Guilherme desceu de cima de mim e disse as palavras que trariam novamente a forma “humana”. Quase desabo no chão de tão cansada, mas por sorte(ou azar, ainda não sei) Guilherme estava lá para me segurar e me deitar na escada do Dojo. Ele se senta ao meu lado e põe-se a observar o lago.

– Por que... Por que sempre fico exausta quando me transformo? - pergunto.

– Antes vocês não ficavam assim, mas os criadores acharam melhor deixar assim.

– Quem são os criadores? E vocês quem?

– Os criadores do jogo são um japonês e um americano, por isso o jogo tem comandos em japonês e inglês. Quanto ao “vocês”, refiro-me a todas meio-animalzinho.

– Me sinto ofendida, mas tudo bem. Qual o objetivo nesse jogo?

– Bem, existem os mestres, que são todos os meninos desse jogo, somos treinados assim que entramos por avatares dos próprios criadores. Os mestres servem para treinar as meio-bichinhos para batalhas que nos fornecem itens e ienedolar, que é o dinheiro do jogo, conforme você passa de nível. O dinheiro do jogo pode ser trocado por dinheiro real já que quando você recebe o dinheiro o mesmo é vinculado a sua conta.

– Espera! Podemos ganhar dinheiro jogando?

– Sim, mas precisamos estar num nível elevado.

Isso é perfeito! Posso ganhar dinheiro no jogo e minha mãe não terá que trabalhar tanto! Perfeito! Simplesmente perfeito!

– Posso continuar? - pergunta Guilherme interrompendo meus pensamentos.

– Claro. – respondo.

– Continuando, eu como Mestre não tenho nenhum poder a não ser o que as armas que eu carrego trazem, no caso minha Demonic Sword, Espada Demoníaca. Para eu progredir no jogo eu preciso ir ao Pet Shop e comprar uma menina meio-qualquer coisa. Existem vários animais no jogo e a cada dia são configurados mais, mas a raça mais forte e mais cara até agora é a Raposa de Nove Caudas. A mais fraca são as Cachorrinhas que são criadas pelo jogo e são muito baratas.

– Quando você me comprou o homem disse que eu era muito difícil de treinar.

– Sim, você pode ser a pessoa mais dócil do mundo, mas aqui, o jogo te transforma e instintos te dominam tornando-a selvagem. Mas... Não se preocupe, eu estou aqui para doma-la. – ele sorri olhando pra mim.

– Você não vai me domar. – disse.

– Viu? Acabou de dar uma de revoltadinha, Revoltadinha. – ele sorri.

– Que seja! – me levantei, mas cai sentada na escada do Dojo, ainda estava fraca – Ai!

Guilherme ri ao ver a cena.

– Ajuda? - ele pergunta.

Mexi a cabeça em concordância um pouco irritada por ter de receber mais ajuda dele... Gui me ajuda a levantar e abre as portas do Dojo. Ele era mais ou menos como eu imaginava: o chão(como todo o Dojo) era feito de madeira e forrado com tatame; toda a parede era “feita” de enormes janelas que poderiam ser facilmente abertas e eu poderia passar tranquilamente; na parede que dava de frente para mim havia dois quadros de paisagens tranquilas, um de uma bela flor bem a esquerda e outro de uma cerejeira bem a esquerda; no centro havia três pergaminhos abertos e pendurados na parede com os dizeres em japonês: equilíbrio, paz e força; em baixo dos quadros e dos pergaminhos havias vários tipos de armas, entre kunais,katanas,facas, arcos, flechas... Até armas que eu desconhecia, mas nenhuma delas era de fogo.

– Ayame. – Guilherme me chama – Os sapatos.

Ele havia parado de me segurar e tirava os próprios sapatos e os colocava num canto. Fiz o mesmo e nos sentamos no centro do Dojo com as pernas cruzadas um de frente para outro.

– Bom, vamos começar. – disse Gui – Primeiramente vou te falar para o que exatamente será treinada. Lembra-se que eu expliquei lá fora porque eu precisava te comprar?

– Ah, sim. Eu deveria lutar em batalhas. – respondo.

– Exatamente, essas batalhas servem para eu e você passarmos de nível. Atualmente, eu estou no nível 10, que é o nível que eu preciso atingir para poder te comprar. Você está no nível 0, avançará apenas se lutar e vencer. Como você não sabe lutar, eu vou te ensinar. A batalha funciona assim: eu você lutaremos lado a lado igual aos nossos oponentes que serão outros jogadores. Terá um mestre, como eu, e uma meio-animalzinho, como você.

– Eu vou lutar contra a garota e você contra o garoto. Nós podemos interferir na luta um do outro?

– Ah... sim, se conseguirmos, é claro. A batalha é até a morte.

– Como assim? - quando ele disse isso fiquei um pouco assustada.

– Calma, aqui não podemos morrer de verdade. Quando morremos viramos um... pozinho e ressuscitamos em 5 segundos. Nesse meio tempo é declarada a vitória para quem sobreviveu e a luta acaba. Outra maneira da luta acabar é se um de nós desistir.

– Nossa... Quanta informação... Algo a mais que eu deva saber?

– Sim, as batalhas tem níveis, duplas como nós de mestre nível 10, animal nível 0 lutam na batalha de katanas.

– Mas eu não sei usar isso!

– Ah... – ele suspirou colocando suas mãos atrás da sua cabeça como se estivesse relaxando – Que bom que espadas, é o assunto que eu mais entendo. – sorri.

– Hm... – comecei a ficar impaciente – Não vai me ensinar, não?

– Ahn... Claro! – ele aponta para baixo do pergaminho mais á esquerda – Pega duas?

Relutante, fui pegar duas katanas que lá se encontravam, uma com o cabo azul e a outra com o cabo preto. Voltei entregando a ele a de cabo preto. Após Gui pegar a mesma, ele se levanta.

– Bom, - ele começa a dizer – a katana é a espada de um samurai. Ela originalmente é usada com você a segurando com as duas mãos juntas, mas existe tipos de luta que você pode usa-la com apenas uma mão. A arte de usar a essa espada chama-se kenjutsu, o kenjutsu clássico é com você a empunhando com as duas mãos, algumas das variações do kenjutsu com você usando apenas uma mão chamam-se Tenshin Shoden Katori, Shinto Ryu e o Niten Ichi Ryu. Mas nessas lutas você utiliza outra espada chamada wakizashi, que é originalmente usada pelos ninjas.

– Você é bem inteligênte... – comento.

– Isso te impressiona? – ele pergunta com um sorriso de canto.

– Bem... – sorrio – Não.

– Ah... Uma pena.

A verdade era que ele parecia um Wikipédia humano. E sim, isso me impressionava, muito.

– Até agora só tive aula de como ser uma boa Raposa de Nove Caudas e história sobre katanas e wakizshis. Me mostre como lutar Guilherme!

***

Depois de algumas horas treinando, aprendi com Guilherme como empunhar a maldita espada! O problema foi que ele disse que no dia seguinte treinaríamos a mesma coisa até que ficasse perfeito... Sensei(mestre, professor) maldito!

A variação do kenjutsu que comecei a aprender foi o Shinto Ryu era o que Gui mais dominava e era também o que ele achou que eu me daria melhor. Devo segurar a espada na mão direita e saber empunha-la corretamente. O modo de empunhar a espada no Shinto Ryu é com um pulo. Enquanto eu pulo devo retirar a katana da bainha de modo calmo e simétrico a empunhando para frente com precisão. Depois, faço um movimento para trás com a mesma deslizando minha mão esquerda pela parte cortante até o cabo segurando a katana com as duas mãos. Logo após fazer isso devo puxa-la com as duas mãos para frente empunhando a espada levemente para cima, mas reto.

Eu estava arfante e muito cansada depois do treino. Cai de joelhos no chão do tatame soltando a espada que rapidamente deslizou de minhas suadas.

– Cansou, é? – pergunta Guilherme que parecia que não havia feito nenhum esforço.

– Sim... – respondi, mas minha voz saiu um tanto rouca.

– Vamos parar por hoje, volta pra casa.

– Hai, sensei (Sim, mestre). Log aut.

Voltei a estar em frente ao computador, mas não me sentia exausta como no jogo. Minhas pernas estavam um pouco dormentes, por ficarem na mesma posição por muito tempo. Olhei em meu celular: “23:57”. Caraca! Preciso dormir! Amanhã tem aula. Deitei-me rapidamente depois de escovar os dentes e adormeci como um bebê.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem! ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A New World: The fox nine tails" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.