Pov MaJo

– MaJo estamos chegando em casa. – Escuto a voz de Valéria um pouco distante e sinto cutucadas em minhas costas. – MaJo? MaJo? – Chama novamente e percebo que ela já estava ficando irritada, mas eu não queria levantar, estava num sono tão bom. – Maria Joaquina porra, acorda. – Dou um pulo quando ela grita a última parte, o que me fez bater com a cabeça no alto da minha cama (Que de alto não tem nada...).

– Poxa Valéria, cadê o carinho? – Perguntei fazendo beicinho enquanto passava a mão um pouco acima da testa, no lugar que doía.

– Ta na pu... – levei o dedo indicador até a sua boca, o que a fez se calar.

– Não xinga. – Falei ainda um pouco sonolenta e escutei ela falar. – mas porque me acordou mesmo?

– Já estamos perto de casa e ah, o motorista já deixou Margarida e Marce nas casas delas. – Ela fala e vai em direção da sala, enquanto eu me levanto indo na direção da sala, enquanto eu me levanto indo na direção do banheiro um pouco triste por não conseguir me despedir das meninas. Faço minha higiene matinal e depois tomo uma rápida ducha, já que não podemos abusar pra não acabar água do ônibus...

Termino meu banho e saiu com uma toalha ao redor do corpo, indo até minha cama de novo e pegando uma roupa que eu tinha deixado separada ontem quando estava arrumando minhas malas e as vestindo em seguida.

– Chegamos Mari. – Val grita da sala e eu corro para a primeira janela que eu vejo, dando de cara com minha linda casa, que eu não vejo há mais ou menos um mês. – Como é bom está de volta. – Ela diz perto de mim e eu só acento lhe puxando pela até a porta do ônibus, que logo é aberta por Joe, nosso motorista.

– Filha. – Escuto a voz chorosa da minha mãe. Corro em sua direção depois de soltar a mão de Valéria, que correu para sua casa, que era em frente a minha.

– Que saudades Mamis. – Falei com os olhos marejados enquanto sentia minha mãe me apertar em seus braços.

– Você não sabe o quanto faz falta nessa casa meu amor. – Ela diz me fazendo olhar em seus olhos. Lhe dou um pequeno sorriso e volto minha cabeça para o vão do seu pescoço, mas pequenas mãozinhas na minha perna esquerda me faz tirar a cabeça do meu pequeno “esconderijo” novamente e olhar para baixo, só para ver Julia sentada no chão e abraçanado a minha perna como se sua vida dependesse daquilo.

– Marii. – Ela fala dando um enorme sorriso, que faz meu coração saltar no peito.

– Oi minha bebê. – Minha mãe me solta do abraço, o que me fez me abaixar rapidamente e pegar Ju (Com dificuldade) no colo. – Que saudade de você. – Falei lhe dando vários beijos em suas bochechas gordinhas fazendo ela rir.

– Eu também estava com saudades Mari, e foi culpa da Mamis que não deixou ir nos shows com você. – Ela diz fazendo manha.

– É verdade amor, a culpa foi dessa morena chata. – Eu falei segurando o riso vendo minha mãe fazer uma falsa cara de indignação.

– Que calunia. – Minha mãe fala colocando a mão sobre o peito teatralmente. – Mas eu já não suporto ficar longe da Mari, imagina ficar longe de você também Julia.

– Tudo bem Mamis, eu não vou mais viajar com a Mari, vou sempre ficar com você. – Julia fala descendo do meu colo e indo abraçar nossa mãe, já que essa fazia uma expressão triste.

Depois da sessão “Drama”, eu voltei até o ônibus para pegar minhas malas pequenas e meu celular, já que as grandes o Joe já tinha levado para dentro da minha casa.

– Tchau Joe, até depois. – Eu falei abraçando o homem gordinho super simpático.

– Tchau Mari, se cuida. – Falou acendo e indo até a casa de Valéria para entregar suas malas.

Depois de fechar a porta da frente, chamei uma das empregadas que tínhamos em casa e pedi para ela me ajudar a carregar minhas malas até meu quarto.

–Obrigado Joana. – Falei sorrindo para a mulher de no máximo 31 anos.

– Por nada Mari, e é bom ter você de volta. – Ela diz acenando com a mão e começando a descer as escadas.

Decidi que não ia tirar as roupas das malas agora, porque ainda não tinha tomado café da manhã e o meu estômago já estava reclamando.

(...)

– Caramba, isso ta muito bom. – Eu falei enquanto comia o terceiro pedaço de bolo de chocolate que Lisa, uma das duas cozinheiras que a gente tinha fez especialmente pra mim.

– Deve está muito bom mesmo, pra você está devorando o bolo desse jeito. – Minha mãe fala risonha.

– Não me julgue ta bom? Porque nesse mês inteiro eu só pude comer em restaurantes e as comidas nem sempre eram boas.

– Me lembre de abastecer o ônibus com comidas que você e as meninas gostam e algumas coisas saudáveis quando vocês tiverem que voltar. – Minha mãe fala e eu só fiz um sinal de positivo, já que estava com a boca cheia por conta do quarto pedaço do bolo.

– Ah Mamis, eu me esqueci de perguntar. – Falei lembrando que não tinha visto meu pai ainda. – Cadê o Papis?

– Esqueceu que hoje ainda é terça Mari? – Ela perguntou e eu neguei. – Ele teve que resolver umas coisas lá na gravadora, mas me permitiu ficar em casa com Ju para lhe receber. – Falou e eu balancei a cabeça em concordando enquanto tomava o resto do meu suco de laranja.

– Lisa e Rose, o café estava divino. – Eu falei para as duas senhoras de meia idade que me lançaram sorrisos gentis. – Cadê a minha baixinha? – Perguntei para minha mãe enquanto levantava da cadeira com meu celular na mão.

– Sala. – Ela disse anotando algo num caderninho.

Sai da cozinha e fui até a sala, encontrando Ju deitadinha no nosso sofá de couro com um edredom florido lhe cobrindo até a cintura enquanto assistia uma séria pelo seu celular.

– Será que tem espaço pra mim? – Eu perguntei me aproximando dela, que rapidamente desviou a atenção do celular para me olhar.

– É claro que tem né Mari. – Ela falou como se fosse óbvio, levantando em seguida e apontando para o sofá, já que ela sabia que eu não gostava de ficar na ponta.

Deitei no sofá e esperei minha pequena deitar também para nos cobrir com o edredom.

Destravei a tela do meu celular e entrei no twitter, vendo que o nome “Fourth Harmony” estava nas principais tags. Franzi o cenho e cliquei no nome, vendo varias fotos minhas e das meninas saindo ônibus e entrando em nossas casas com nossas famílias. Bufei irritada. Qual é? Esses paparazzis não nos deixam nem quando estamos de folga. Eu sei que é o trabalho deles e tal, mas às vezes eles passam dos limites.

Deixei isso pra lá e fui nas notificações vendo que minha mãe tinha me mencionado em uma foto. Foto essa que mostrava eu e Ju no momento com a legenda “É bom ter meus bebês juntos novamente”.

– Mamiis. – Gritei emburrando quando escutei a risada de minha mãe atrás do sofá.

– Que foi? É a verdade. – Ela disse sorrindo.

– MARIAA JOAQUINAA. – Escuto a voz de uma Valéria afoita invadindo minha casa. – O Jaime... Ele... Ai meu pai vou morrer. – Olho pra Val confusa enquanto sentava no sofá e me perguntava o que tinha acontecido com o Palilo pra ela ta assim...