Be Alright escrita por Docin


Capítulo 13
Thirteen


Notas iniciais do capítulo

NOTAS FINAIS
NOTAS FINAIS
Boa leitura!



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Pov MaJo

Depois que o Jaime foi embora, resolvi descer logo para tomar café com meus pais, porque eu com certeza não iria conseguir dormir.

– Bom dia Filha. – Meus pais falaram assim que eu entrei na cozinha.

– Bom dia. – Dei um sorriso forçado, mas por sorte ninguém percebeu.

– Pretende fazer o que durante o dia? – Minha mãe pergunta enquanto me entrega um copo com suco.

– Acho que vou à casa da Margarida ou da Marce com a Valéria.

– Certo, só tomem cuidado para os paparazzi não seguirem vocês.

– Pode deixar Papis.

– Julia, termine seu café para irmos logo.

– Papis, será que a Mari não pode ir me deixar? – Minha irmã perguntou fazendo um biquinho fofo.

– Não Ju, alguém pode reconhece-la e acabar fazendo tumulto no seu colégio. – Meu pai falou calmamente e Julia fez uma carinha triste, mas assentiu.

– Desculpa baixinha.

– Tudo bem Mari, esse é o preço por ter irmã famosa. – Falou séria fazendo meus pais e eu rir.

– Vamos lá Ju. – Meu pai levantou e me deu um beijo na testa. – Tenha um bom dia.

– Obrigada Papis.

– Filha, eu irei pegar carona para a gravadora com seu pai, já que meu carro está no conserto okay? – Apenas assenti enquanto comia minha salada de frutas. – Nós chegaremos 18h – Repetiu o gesto do meu pai e começou a andar para fora da cozinha, mas parando e virando para mim novamente. – Se for almoçar com as meninas, ligue e avise Rose.

– Pode deixar Mamis. Tchau. – Continuei a comer sozinha e quando terminei subi para meu quarto, para tomar um banho e depois ligar para Valéria, já que eu estava com muita preguiça para ir a casa dela.

(...)

Sai do banheiro enrolada numa toalha e fui para meu closet, pegando uma calcinha e um sutiã os vestindo, e quando eu ia escolher uma roupa, a porta do meu quarto se abre com um estrondo, me fazendo pular de susto. Olhei para a porta com a mão no peito e claro, encontrando a Valéria com uma cara de assustada.

– Quem foi? – Me apontou o seu celular que mostrava o meu tweet sobre meu primeiro beijo.

– Poxa Val, você poderia bater na porta não é?

– Não muda a droga do assunto e me responde quem foi – Falou gritando mais ainda e eu só desejava não ficar surda.

– O Jaime. – Murmurei virando por meu closet para pegar uma roupa... Mentira, eu só não queria olha pra casa da Valéria.

– O que você disse?

– Que foi com o Jaime. – Murmurei de novo vestindo um short jeans desfiado, e eu sabia que nesse momento a Valéria queria me jogar varando á baixo.

– Maria Joaquina, eu vou te perguntar só mais uma vez, e para o seu bem, é bom você me responder direito e olhando nos meus olhos. - Respirei fundo e virei encarando Valéria, e eu via o quanto ela estava nervosa. – Com quem você deu seu primeiro be...

– Com o Jaime Val. – A interrompi antes que ela terminasse, afinal, eu ia falar pra ela e pra meninas de qualquer jeito.

Passou-se cinco minutos e Valéria continuava a me encara com os olhos levemente arregalados e com a boca abrindo e fechando, sem conseguir emitir nenhum som, mas isso não durou muito tempo, porque logo começou a gritar.

– Como assim você beijou o Jaime?

– Beijando oras. – Falei saindo do closet.

– Ta mas é que você não suportava ele

– As coisas mudam.

– E você pretendia me contar quando?

– Essa tarde, pra você e pras meninas. – Disse me sentando na cama. – E agora somos duas solitárias, porque eles foram pra Salvador.

– Verdade. – Falou se sentando na cama também e colocando a cabeça no meu ombro.

– Acho bom você me falar logo como ta a situação com o Paulo, se não eu vou explodir. – Disse me virando pra ela.

– Ah... Ele é um fofo sabe? E eu acho que a cada hora que passei com ele me apaixonei cada vez mais.

– Awn Val

– Esses meninos nos pegaram de jeito Mari

– Pegaram.

– Mas agora deixa eu ir buscar o carro pra irmos à da Margarida, lá eu conto mais.

– Ah, liga pra Marce e manda ela ir pra lá também. – Valéria só assentiu e saiu resmungando o quanto queria zuar o Jaime agora, o que só me fez rir.

(...)

–Valéria, por favor, dá pra ir mais devagar? – Pedi fincando as unhas no acento.

– Nem vem Mari, porque eu to no limite de velocidade. – Valéria apesar de ter 17 anos, já tinha carteira desde os 16, que foi quando ela ganhou o primeiro carro dos pais, mas claro que quando começamos a fazer sucesso e a ganhar mais dinheiro ela praticamente implorou aos pais para comprar um carro mais “potente”, já que quem toma conta do meu dinheiro e do dela são nossos pais por ainda sermos menor de idade.

– Tudo bem.

Um silêncio incomodo se instalou no carro pelo resto do caminho, mas eu pouco me importei, já que realmente estava um pouco chateada com a Valéria.

(...)

– Oi tia. – Falei um pouco mais animada quando a porta é aberta pela mãe de Margarida.

– Olá Mari e oi Valéria. – Falou simpática.

– Fala titia. – Valéria disse do meu lado fazendo Sra. Garcia rir.

– Vamos entrando, Margarida e Marce estão no andar de cima. – Entramos na casa.

– Girassol. – Val gritou no meio da sala e segundos depois Ally apareceu no topo da escada, mas logo desceu e já estava abraçando Val.

– Marii. – Margarida veio saltitando para perto de mim e segundos depois já estava se jogando nos meus braços. – Saudades e, aliás, precisamos conversar, vem. – Começou a me puxar para cama, sem me deixar pensar sobre.

– E você Val, não vem? – Perguntei já com o pé na escada.

– Vou resolver uns problemas aqui, daqui a pouco eu subo. – Falou e pegou o celular.

– Tenho medo. – Murmurei continuando o caminho enquanto Margarida me puxava.

Chegamos ao quarto bem decorado de Margarida e encontramos Marcelina jogada na cama de casal que estava no meio do quarto.

– Olha quem ta aqui. – A moreninha do meu lado falou chamando a atenção de Marce, essa que deu um pulo da cama e começou a dar pulinhos animados quando me viu.

– Maria. – Gritou enquanto me abraçava, mas rapidamente me soltou ganhando uma expressão séria. – Vamos conversar. – Margarida murmurou em concordância e logo estávamos ás três sentadas na cama de Margarida. – Nos conte que história é essa de primeiro beijo.

– Bom... Aconteceu. – Tentei parecer indiferente, mas meu sorriso bobo não ajudou em nada.

Levei as duas mãos até as orelhas protegendo-as dos gritos agudos das meninas do meu lado.

– Com quem foi, quando foi, onde foi e como foi? – Marce perguntou tudo de uma vez me deixando um pouco perdida.

– Calma Marce, respira. – Margarida falou rindo, mas eu sabia que ela estava tão ansiosa pelas respostas quanto Marcelina.

– Cala a boca Garcia, e responde logo isso Maria Joaquina.

– Ta suas intrometidas. – Ri um pouco. – Foi na terça se não me engano. – Fizeram gestos com as mãos para eu continuar. – Foi em frente à minha casa e não poderia ter sido melhor. – Soltei um suspiro, mas eu acho que elas queriam me bater por eu não ter dito com quem foi.

– Você esqueceu-se do principal Maria.

– Eu não esqueci. – Falei calma me segurando para não rir.

– Puta merda Maria Joaquina, fala logo. – Margarida falou nervosa.

– Foi com o Jaime.

– Palilo.

– Não Marce, Camil. – Falei irônica e elas começaram a pular na cama como duas malucas.

– Caralho Maria, o teu primeiro beijo foi com um Deus, o quão grande é a tua sorte? – Marcelina perguntou um pouco mais calma depois que pararam com o momento loucura.

– Eu tenho que concordar com a Marce Mari, mas nos conte cada detalhe.

Comecei a contar como tinha sido e aproveitei pra falar do dia no parque. Se elas piraram mais ainda? Óbvio.

– Ele é beija bem?

– Não é como se eu tivesse como comparar Marce, mas sim, e eu poderia beijar ele para sempre sem nem pensar duas vezes. – Soltei um suspiro apaixonado.

– Vocês são tão fofos. – Marcelina tinha um brilho nos olhos, o que me fez sorris. – Mas então, deu pra sentir a pressão lá de baixo Mari?

– Marcelina. – Margarida gritou repreendendo-a e eu só pude corar, lembrando de hoje cedo.

– Calado Margarida, deixa ela falar.

– Eu não vou falar disso Marcelina.

– Ahá, se ta corada assim é porque sentiu não é sua safada?

– Podemos descer agora? A Val já deve ter terminado. – Pedi torcendo para elas aceitarem, porque aquela conversa já estava me deixando constrangida.

– Concordo. Vamos.

(...)

Era 19h mais ou menos e continuávamos na casa da Margarida, já decidimos dormir todas aqui.

– Mari, teu celular ta piscando. – Valéria gritou da sala e eu deixei as meninas terminando o jantar e corri para a sala, a pegando meu celular da mão de Valéria e abrindo um gigante sorriso quando vi que era uma mensagem do Jaime.

[19:10] Jaime: Hey princesa, acabei de pousar em Espirito Santo, daqui a pouco vamos ter que pegar outro voo para finalmente chegarmos em Salvador. Preciso dizer o quanto estou exausto? Mas a saudade que eu já sinto de você ultrapassa qualquer coisa :c

[19:12]: Tadinho do meu bebê :/ E eu também já estou com uma tremenda saudade sua sabia?

[19:12] Jaime: Posso te ligar agora? Pra saudade diminuir um pouquinho sabe? >

[19:13]: Isso seria ótimo...

– Meninas, vou lá fora. – Falei e corri para fora quando vi que o celular vibrava com o nome do Jaime no visor.

Oi moça bonita. – Minhas pernas ficaram um pouco bambas só por escutar aquela voz rouca.

– Oi Jm. – Respondi sentando em um dos degraus que ficava em frente à porta de entrada.

Como você está?

– Bem, mas sabe, poderia está um pouco melhor se você estivesse aqui me dando um beijinho.

­- Só um?

– Ta bom, vários. – Senti minhas bochechas queimarem e não duvidaria se estivesse mais vermelha do que um tomate.

Bem melhor. – Soltei uma risadinha baixa. - Nem faz um dia que não nos vemos, mas já estou com uma puta saudades. – Suspiramos juntos e eu estava tão distraída com a respiração dele que até deixei passar o fato dele ter xingado.

– Quando vamos nos ver de novo? – Perguntei com medo da resposta, mas eu precisava saber, porque se não tinha certeza que não conseguiria dormi com essa dúvida matando.

Provavelmente no fim do campeonato. – Disse receosa e eu arregalei os olhos.

– Jai. – Choraminguei.

Nem está tão longe MaJo, só mais cinco jogos e pronto.

– Cinco? – Senti meus olhos marejarem e eu me surpreendi, não aceitando que estava quase chorando por causa disso.

Vai passar rápido tudo bem? Eu prometo. – Eu murmurei não acreditando muito naquilo, mas não queria continuar com aquele assunto, e parece que deu certo, porque Jaime quebrou totalmente aquele clima tenso. - Preciso de uma massagem. – Soltei uma risadinha passando a mão no rosto, sem deixar nenhum resquício de lágrimas.

– Vou te fazer uma massagem depois, tudo bem?

Você sabe fazer massagem? – Perguntou em um tom indignado, me fazendo rir e concordar com um som nasal. – Poderia ter dito isso quando eu estava ai MaJo. – Mais manhoso impossível.

– Prometo recompensar.

Tudo bem, mas agora eu tenho ir, meu voo está sendo chamado.

– Me manda mensagem quando chegar lá.

Pode deixar. Beijos e se cuidar pequena.

– Digo o mesmo. – Suspirei encerrando a chamada e colocando o iphone do meu lado levantando o olhar para o céu e vendo várias estrelas acompanhadas da lua que não estava completamente cheia, mas a vista não deixava de ser maravilhosa, e eu me perguntava se no lugar que o Jaime estava, daria para ele ver a mesma maravilha que eu.


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Notas finais do capítulo

Hi peoples
Desculpem pessoal, fiquei sem tempo de postar, desculpem mesmo
Talvez eu faça uma maratona hoje ainda de três caps, não sei ainda
Tchau seus lindos XD



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