O Amor e o Tempo escrita por kahak


Capítulo 22
Capítulo 6




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Capítulo 6

Anthony pov

Após um bom tempo eu resolvi voltar para casa, afinal passei boa parte da tarde fora. Ainda estava meio apreensivo, mas resolvi deixar as coisas irem acontecendo aos poucos e só depois que resolvêssemos o problema com os Volturi eu voltaria a me preocupar com isso.

Conforme ia me aproximando da casa, comecei a ouvir um burburinho tenso, já estava bem perto da entrada quando ouvi minha mãe dizer.

- Alice, por favor tente novamente.

Eu cheguei na hora em que Alice disse meio atordoada.

- Eu não consigo. Não consigo ver mais as decisões do Aro. Não sei explicar, mas é como se ele não existisse mais.

- E os outros Volturi? - perguntou Carlisle.

Alice parou por um instante e se concentrou.

- Não vejo quase nada. Deve ser porque eu não tenho uma espécie de vinculo com a mente deles, não consigo. É muito frustrante, me sinto cega.

- Sinto muito por isso Alice. Nós vamos dar um jeito - disse minha mãe indo abraçar Alice.

- Nós vamos ter que redobrar as atenção nas proximidades de Forks, vamos fazer rondas de manhã e a noite, para ter certeza de que eles não estão por perto, e se necessário nos mudaremos. - finalizou Carlisle e todos assentimos.

- Onde está a Sophia? - não me contive e acabei perguntando, o que despertou a atenção dos já desconfiados membros da minha família. Com certeza se pudesse já estaria todo corado.

Minha mãe reprimiu um sorriso antes de responder.

- Ela está lá em cima no quarto dela. Mas acredito que a essas horas ela já deve estar dormindo querido.

- Tudo bem mãe. - disse tentando não demonstrar o meu desapontamento por ela já estar dormindo.

Eu queria poder conversar com ela e saber como ela estava se sentindo com essa mudança, enfim, por tudo o que ela veio passando. Estava tentado a ir para o quarto dela e a observar dormindo, mas não queria dar explicação aos outros, então resolvi ir para o meu quarto, tentar me distrair.

Subi as escadas lentamente, já podendo escutar os seus batimentos, o quarto dela ficava de frente paro meu, permaneci alguns instantes parado em frente a sua porta, cheguei a por a mão na maçaneta, mas não consegui girar, então lentamente fui me afastando, até que ouvi a sua voz muito baixinha e embargada "por favor não vão embora", "não me abandonem também" eu senti um nó na garganta, e por um impulso entrei no seu quarto e parei do lado de sua cama, ela estava com uma expressão de dor no rosto, me ajoelhei e dei uma leve sacudida em seus ombros.

- Sophia. Sophia. - chamei por ela e lentamente ela foi abrindo os seus olhos.

- Está tudo bem. Eu estou aqui. Foi só um sonho.

Demorou um pouco até que ela conseguisse assimilar as coisas.

As lágrimas não sessavam, ela se sentou e puxou os cobertores para cobrir o rosto. Parecia um pouco envergonhada.

- Des-desculpe.

- Não precisa se desculpar, foi só um pesadelo.

Ela manteve o rosto coberto, ainda chorava. Me sentei ao seu lado e puxei as cobertas para poder vê- lá. Levei minha mão até seu rosto para secar suas lágrimas, sua pela era quente, não tão quente quanto a de um humano, e me deu uma espécie de corrente elétrica quando meus dedos alcançaram as suas bochechas. Com o meu toque, ela levantou a cabeça, e nossos olhares se encontraram, pudi ouvir o seu coração se acelerar, as batidas estavam muito mais rápidas do que o normal e seus olhos verdes ainda estavam marejados. Nenhum de nós conseguiu fazer alguma coisa além de não quebrar esse contato. Foi como se o mundo tivesse parado, com certeza essa cena ficaria para sempre nas minhas memórias, mesmo se ela não gostasse de mim da mesma maneira que eu gostava dela.

Mas tudo que é bom dura pouco. A nossa bolha foi quebrada por um Emmett pigarreando e soltando aquelas gargalhadas estilo Emmett. Me virei rapidamente para a porta onde toda a minha família estava parada com aquelas caras de "aaai que bonitinho". Não poderia ter sido menos constrangedor.

- É, ãh.. filho, nós só viemos ver porque a Sophia estava chorando, nós não, ãh ... - minha mãe que estava com um baita sorriso no rosto tentou justificar.

- ..queríamos atrapalhar os pombinhos.

- Emmett. - Rose o repreendeu e lhe deu uma cotovelada.

- Que foi que eu fiz ursinha. - disse Emmett enquanto esfregava as costelas.

- Como se tivesse machucado e .. - retrucou Rose.

- Sophia teve um pesadelo, e eu .. vim ver se estava tudo bem. - cortei Rosalie, antes que as coisas

ficassem ainda mais constrangedoras.

- Oh, tudo bem querida. - Esme entrou no quarto e foi para o lado de Sophia que agora estava com a cabeça baixa olhando para as mãos. Ela olhou rapidamente para Esme e assentiu.

Eu não sabia o que fazer, e não conseguia encará-la, muito embora eu achasse que ela também não conseguisse me encarar, achei melhor ir para o meu quarto e rezar para que todos me deixassem em paz, para eu poder pensar. Paz que durou pouco, ouvi alguém parar na frente da minha porta, eu sabia que minha mãe iria querer conversar comigo sobre o que tinha acontecido agora a pouco.

- Pode entrar mãe.

Ela abriu a porta de maneira hesitante, e se sentou ao meu lado no chão ao pé da cama.

- Desculpe, por termos, bem, te atrapalhado agora a pouco, não foi a nossa intensão. E eu sei que você quer ficar sozinho, mas eu queria ter uma breve palavrinha com você. - ela ficou alguns instantes em silêncio antes de voltar a falar. - Não fique se martirizando por pensar que você SABE o que ela pensa de você. De repente se você parar e prestar mais atenção, as coisas vão se ajeitar. E você vai ver que não é nenhum bicho de sete cabeças. Pense nisso. Eu te amo.

Ela me deu mais uma olhada antes de sair. Por que ela teve que falar tudo assim de forma tão vaga. Apesar de ver um certo sentido no que ela disse, a minha parte insegura sempre tentava tomar a minha mente, me impedindo de pensar claramente.


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