Drawing My Destiny escrita por Tsuki Yoru


Capítulo 8
Memories


Notas iniciais do capítulo

A história já está em sua reta final espero que vocês gostem! Boa leitura pra vocês!



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Já havia se passado mais três dias sobrando apenas um para conseguir salvar Kou, ou morrer junto a ele. A casa está um lixo, havia tentado me matar por algumas vezes, mas Kou havia me impedido de alguma maneira em todas as tentativas, estávamos brigando muito ultimamente. Eu queria morrer e ele queria que eu vivesse, ele não queria viver e é por isso que eu queria morrer. Estava desenhando muito ultimamente e escrevendo todo o roteiro da história, da nossa história, Kou estava por todo o mangá e eu não tive medo de me incluir naquilo, não queria inventar outra personagem, eu queria estar ali com ele pra sempre. Eu havia colocado tudo que eu havia passado com Kou até agora, não sabia como aquilo ia terminar, talvez outra pessoa pudesse fazer aquilo por mim, mas havia deixado um bilhete no final daquele rascunho. Termine a história da maneira que nossas vidas terminarem.

Não sabia se precisaria de alguém para poder terminar aquilo, talvez eu e Kou ainda sobreviveríamos a tudo isso, mas sinceramente eu achava impossível, meu coração pesava e doía, sabia que aquilo não ia acontecer, no final eu acabaria morta e eu tinha quase certeza disso. Respirei fundo e coloquei tudo num envelope, iria entregar tudo a Touma, não sei se ele saberia o que fazer, mas aquilo me pareceu muito apropriado, eu confiava nele. Escrevi seu nome no envelope e deixei em cima da minha cama, eu estava com algo fixo na cabeça, e precisava dar um jeito de cumprir. Deixei algo a meu pai também, mas não sabia se ele iria dar alguma importância.

Kou não estava lá, ele estava um pouco cansado ultimamente, andava dizendo que parecia estar perdendo a força e isso pra mim queria dizer que ele estava com um contador em cima da cabeça.

Decidi ir até o hospital em que Kou estava, olhei pelo lado de fora o seu corpo imóvel, sua família ao seu lado, eu queria sentir ele de um jeito ou de outro e não me importava mais como seria. Corri até um parque próximo, lá havia uma ponte bem alta onde dava para se ver uma escultura longínqua. Não havia muitas pessoas por lá, estava chovendo e bastante frio.

Eu subi no parapeito da ponte, ela não era muito íngreme e isso fez com que eu conseguisse me equilibrar sem muito esforço, sabia que tinha que ser rápida, por mais que não houvesse muitas pessoas por lá, alguém me veria de algum jeito. Eu pensei em minha mãe e nisso eu já estava chorando, eu pensei em meu pai e como ele havia mudado comigo, eu pensei no meu futuro e vi como ele sempre esteve obscurecido, pensei em Toumma e como ele agiria quando soubesse o que eu havia feito e pensei em Kou e como ele sempre esteve conectado comigo, me lembrei de quando éramos mais novos e quando fomos separados, me lembro que ele foi embora sem se despedir e me lembro do dia em que literalmente o apaguei de minha memória. Dizem que quando estamos prestes a morrer nossa vida se passa diante de nossa mente, eles estão certos, minha vida estava bem ali diante de meus olhos e então eu pulei e a sensação parecia agradável, era libertadora até que algo me segurou.

—  Não vou deixar você morrer assim! – aquela voz era familiar, estava ali em minhas quase últimas lembranças. Toumma parecia desesperado e com uma força absurda.

Eu vi Kou atrás dele, ele parecia estar desaparecendo.

—  Me solta! – eu gritei. Kou estava olhando para as próprias mãos quando ele sorriu e olhou pra mim sumindo completamente. –

— Me largaaaa!!!! – berrei desta vez, Toumma perdeu as forças, mas de uma maneira surpreendente ele a retomou. Me puxou num solavanco pra cima e me abraçou.
            – Kou reviveu! – por um segundo eu perdi o ar, eu perdi os sentidos e tudo mudou. Toumma estava me prendendo em seus braços e eu senti quando as lágrimas dele tocaram meu rosto. Tentei me desvencilhar de seus braços apertados, mas ele não se mexeu nenhum segundo.  – Eu amo você Futaba! – meu rosto queimou.

Ele me largou e esfregou os olhos marejados.

— Desculpa dizer isso, mas eu não poderia permitir que você fosse embora assim. – tentei dizer algo, mas ele me interrompeu. – Vá atrás dele, ele precisará de você quando acordar.
            – Como você sabia que ele...?
           – Ele foi até mim, dizendo bobagens de como ele não se lembraria de você... eu o interrompi e falei: Eu amo aquela garota, eu a amo desde quando vi ela pela primeira vez no fundamental, eu faria de tudo pra estar ao lado dela em vida! Para de ser covarde e viva por ela!
Obrigada Toumma! – eu o abracei novamente e me levantei esperando ele dizer algo, mas ele apenas sorriu e beijou no rosto.

Então eu corri como se tudo aquilo que tinha acabado de viver tivesse sido apenas um sonho, corri como se não dependesse de ar pra continuar viva, corri mais do que minhas pernas podiam suportar, atravessei guardas e gritos, tudo por ele. Abri a porta de seu quarto, sua família se assustou quando me viu, mas não liguei, ele estava lá de olhos abertos me encarando, então o abracei chorando como nunca chorei antes. Quando me afastei não conseguia dizer mais nada, mas ele disse:

—  Quem é você?

E aquilo doeu mais do que a sensação de morte. Mas mesmo assim eu o beijei e ele não hesitou!


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Notas finais do capítulo

Me digam o que estão achando!



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