Drawing My Destiny escrita por Tsuki Yoru


Capítulo 5
Broken Heart




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Eu me sentei na poltrona diante da cama de Kou, sem ligar muito pra quem pudesse entrar, porém com medo de quem entrasse me visse naquele estado, estava deitada sobre o peito do cara que eu amava, mas não podia toca-lo, beijá-lo... Ri de mim mesma, que coisa trivial era aquela que eu queria. Eu nunca ia poder tê-lo afinal.

A porta se abriu e uma garota de cabelos pretos, curtos, vestindo um agasalho que a deixava menor do que já era, ela olhou diretamente pra mim e seu semblante de choro se fechou numa cara horrível de raiva.

– Quem é você?

– Eu sou uma velha amiga do Kou, fiquei sabendo do incidente que ele teve e resolvi fazer uma visita. – eu não sabia improvisar bem, mas alguns minutos naquele quarto, me fizeram uma bela atriz. Tive que pensar em muitas possibilidades.

– Não é horário de visita! – ela cruzou os braços com raiva.

– Eu só passei pra dar um oi a ele. – já estava de saída, mas o meu extinto feminino se aflorou, eu não sabia que eu tinha isso ainda. Uma raiva incontrolável me consumiu e eu retornei. – Se não é horário de visita o que faz aqui?

– Simples... – sabem aquele momento, em que tudo já se acabou, mas há algo que lhe chama para mais? Um exemplo? Quando se está de dieta e de repente aparecem um milhão de convites para ir na pizzaria e você simplesmente desiste e no dia seguinte se arrepende! Se eu tivesse mudado o rumo dos meus passos, não teria voltado para provocar aquela idiota e não teria escutado a pior notícia que eu já pude ouvir! – Eu sou a namorada dele!

Eu vi o gosto de vitória saindo de seus olhos e naquele sorrisinho ridículo que ela tinha, olhei para Kou que parecia não entender muito bem o que estava acontecendo. Mais eu liguei novamente meus instintos femininos, e a raiva dele invadiu meu corpo. Sai andando de volta ao quarto em que estava, estava com tanta raiva!

Touma levantou com tudo, o peguei pela mão e sai correndo para longe de tudo aquilo, passei pelo espírito de Kou, e disse: “ Por favor me de um tempo” ... Foi a coisa mais estúpida que eu podia ter dito, mas o que podia fazer? Eu tinha acabado de ter o coração partido!

Touma chamou um táxi, a chuva não parava de cair, olhei pra trás e vi Kou parado na porta do hospital, meu peito quis explodir naquele momento, mas eu realmente precisava daquilo, de um tempo pra mim. Havia tanta coisa acontecendo na minha vida, e ainda havia isso... Aquela garota! Touma me levou a um café na estação de trem, era lindo, porém cheio de casais coisa que eu não precisava no momento.

– Sabe, eu não quis ser idiota com você, por isso não perguntei nada...

– Eu vi o Kou, ele está naquele hospital! – ele arregalou os olhos parecendo não acreditar.

– Você está bem? – apenas balancei a cabeça, sinceramente, não queria mais abrir a boca pra mais nada, a não ser o café. Ele colocou a mão sobre a minha e sorriu, parecia que ele havia entendido tudo o que estava acontecendo.

Quando voltei pra casa me assustei ao perceber que ele não estava lá, eu tinha sido uma idiota... Com tantas e tantas coisas para se pensar eu estava com uma crise de ciúmes com uma pessoa que nem era minha afinal! Subi as escadas, só queria me enfiar embaixo das cobertas e tentar fingir que minha vida não está um desastre!

– Eu sinto muito! – dei um pulo da cama ao ouvir sua voz. – Eu nem me lembrava dela, acho que ela não era uma garota muito importante pra mim. – eu tentei falar, mas ele me interrompeu – Quero que saiba, que esses dias, você tem sido meu porto seguro, é clichê eu sei, mas é verdade, porém há uma coisa que quero te falar há muito tempo... Eu te amo, e preciso de você!

Levantei as pressas, sorrindo... olhei ao redor e não o vi, quando de repente um barulho se fez na cozinha. Levantei correndo e o vi, tentando pegar uma caneca.

– Quero saber quem inventou que fantasmas não poderiam tocar nas coisas?

Cruzei os braços, me beliscando disfarçadamente, rezando mentalmente para que aquilo não fosse só mais um sonho!

– Me desculpe se te magoei, mas eu realmente não me lembro daquela garota! – balancei a cabeça, eu realmente não sabia o que dizer. – Eu vou sumir por uns dias, mas por favor não se esqueça de mim, eu volto se você assim desejar.

– O que? Não! Por favor! – sei que estava sendo idiota, mas não conseguia realmente me controlar. Ele se aproximou de mim, pude sentir de uma maneira ilógica, seu corpo junto ao meu. Kou estava mais frio que o normal, mesmo assim, sua proximidade me reconfortou. Ele me abraçou, segurou minha nuca, e sussurrou em meu ouvido.

– Não é por causa disso. Eu vi meus pais, eu preciso de um tempo pra ir vê-los, pra me encontrar! Eu te amo.

Senti suas lágrimas em meu ombro, me belisquei de novo, não estava sonhando. Eu realmente queria que aquilo fosse um sonho, pois por mais que ele dissesse que me ama, seus olhos não pareciam querer se concentrar em mim.

– Eu também... te amo!

Eu o abracei, eu não saberia o que podia fazer, se eu surtasse de novo, e não o tivesse do meu lado, o que eu faria?

Enquanto revirava meu pulso, vendo as cicatrizes que havia deixado em mim mesma, percebi que eu nunca tive ninguém que me servisse de apoio depois de minha mãe. E se Kou fosse embora, não saberia se tentaria aquilo de novo! Quer saber, eu até tinha vontade, de sumir... mas naquele momento, eu só queria sentir a presença dele. Pelo menos por mais um minuto!


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