Drawing My Destiny escrita por Tsuki Yoru


Capítulo 2
I Need




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Minha cabeça doía e minha visão estava embaçada, o que havia acontecido afinal? Aquele garoto... ele estava aqui!

Levantei rapidamente forçando minha visão para poder olhar em volta e confirmar que aquilo tudo foi apenas um sonho.

– Você faz caretas terríveis enquanto dorme! – congelei instantaneamente, fechei os olhos tentando negar aquele fato, aquele garoto realmente estava ali. O meu desenho havia realmente ganhado vida.

– Quem é você? – me virei para vê-lo e ele estava terrivelmente próximo a mim, me afastei assustada.

– Eu? Pensei que você soubesse. Sei que tenho uma vida, longa relativamente, acho que 20 anos... Meu nome? Kou... – ele parecia tão assustado quanto eu, porém ele mantinha seu corpo regular, sem sinais aparentes, mas seus olhos, aquele labirinto escuro era tão fácil de desvendar.

Tentei me acalmar um pouco, ter duas pessoas entrando em paranoia não seria muito bom, além disso ele parecia triste e desorientado, me olhava quase em desespero parecia querer que eu tivesse alguma resposta, mas eu apenas havia o desenhado, não sabia sua verdadeira história. O que eu faria? O que eu podia fazer afinal? Não tinha muita fé, mas acreditava em algo maior do que nós, fechei meus olhos e pedi com todas as minhas forças para que algo ou alguém pudesse me ajudar, aquilo realmente estava me dando medo.

Quando abri meus olhos, Kou estava a milímetros de mim tão perto que podia sentir sua respiração em meu rosto, tentei me afastar, mas meu corpo não permitiu. Fiquei ali o encarando, por que? Era tão bonito, parecia que o conhecia há anos, cada detalhe seu... era como se... me fizesse formigar!

– Seria ridículo se falasse que estou com medo? – ele tentou disfarçar o medo com um sorriso, mas isso só piorou.

– Não, eu também estou... sei lá, com medo. – peguei meu lápis e desenhei uma borboleta, o mais perfeito que podia, se fosse eu... Ele seria apenas um desenho, mas se não fosse... Kou seria algo mais, algo que nem eu nem ele sabíamos o que, porém iria ajuda-lo.

Ele percebeu de imediato o que iria fazer e parecia apreensivo, esperei alguns minutos, talvez horas, não parei pra contar pra falar a verdade, mas nada aconteceu. Suspirei fundo, aquilo era o que pensava que era? Alivio?

Pera aí... Eu, não poderia, estar me envolvendo com alguém, algo, uma pessoa.... DESENHO!!! Que tinha sido eu mesma que fiz.

Levantei indo de um lado para o outro eu o toquei, parecia carne e pele, porém era descolorida como um fantasma.

– Se você me colorisse? Será que?

Peguei os lápis de cor, e fiquei batucando na mesa, como iria fazer isso? Pintaria diretamente? Ou desenharia outro? Se desenhasse será que surgiria outro? ESTAVA FICANDO LOUCA!!

Um barulho repentino na porta me assustou, porém não deu tempo de uma reação imediata.

Me sentei correndo e meu pai adentrou a porta rapidamente.

– Iremos fazer uma viagem em família, você com certeza não vai querer ir, por que das últimas vezes em que lhe chamei, você recusou. – ele olhou pra mim e eu de repente fique aflita o que ele diria daquele garoto desconhecido no meu quarto. – Mas o que...?

– Pai eu posso explicar... Eu acho!

– Olho esse quarto! Me admira que ainda não tenha juntado ratos e baratas! Futaba, é assim que você vive? Deve ser por isso que não gosta que nós entramos aqui.

Estava boquiaberta, olhei para Kou e ele parecia não entender nada. Meu pai falou por mais uma meia hora, sobre como sou irresponsável que precisava procurar um psiquiatra e aqueles papos idiotas de pai.

Ele saiu e eu cai de imediato ao chão.

– Eu sou um fantasma é isso?

Aquele garoto... Aquele lindo garoto, ele havia morrido? Aquele clarão... era um raio? Por que sentia esse pesar tão grande em mim?

– Não me sinto morto, me sinto como se estivesse longe de mim... Como se não conseguisse voltar pra dentro de mim.

– Por que eu? – perguntei despretensiosa.

– Por que você é a pessoa mais linda que eu já vi! E eu preciso da sua ajuda! Estou preso a você, por algum motivo! Não sei se estou doente, em coma, ou morto.... Mas meus instintos estão me levando a você então por favor... ME AJUDE! – seus olhos se encheram d’água, e eu não tive reação a não ser abraça-lo, meu deus, o que me ligava tanto a esse garoto? Por que?

Estava tão próxima dele, fechei os olhos, senti o cheiro de seu cabelo e pude ver os cabelinhos que enrolados da sua nuca, era uma sensação tão agradável, que não consegui para de sorrir.

– Eu irei te ajudar, eu prometo. – ele se afastou e me olhou de um jeito tão estranho, se aproximou de novo, colocou suas mãos na minha nuca e posou sua cabeça na minha testa fechando os olhos.

Meu coração acelerou, não importa o quão longe tenha que ir, vou ajuda-lo de qualquer maneira. Por que... eu estava conectada a ele de alguma maneira.


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