Now What? escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 4
Capitulo 3 - Rotina


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores ~le eu desvia de uma faca. ~
Me perdoem pela demora, e por não ter respondido seus lindos, amorosos e cheio de duvidas comentários. Mas, ando meio sem tempo. As provas estão para começar... Mas, vamos ignorar esses fatores, o que importa é que estou aqui, certo?
Bem, este será um Pov. Katniss, que responderá algumas, não muitas, duvidas suas. Mas, ainda deixará outras em abertas. Alias, esse é o primeiro de muitos pov's Kat, pois, o ponto de vista da história variará a todo momento.
Devo dizer que mesmo que esse capitulo não esteja cheio de "Uhh, Ahhh", teremos um próximo capitulo super amorzinho, e se você prefere um pouquinho de drama, espere e verá.
Ah.. Devo dizer que amo vocês. São demais. Obrigada pelos comentários, favoritos, acompanhamentos. Please, não desistam de mim, mesmo que demore, as vezes, não desistirei.
Beijos,
Manu Schreave



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— Vamos lá, amorzinho, fica com a tia Vivian, Arthie! — imploro para o doce garotinho em meu colo pela milésima vez.

É, no mínimo, a terceira vez que tento deixar Arthur com Vivian, uma das pessoas mais doces que conheço e a melhor ‘babá’ do hospital. Como o andar de pediatria é o mesmo da creche, eu fiquei com ele na minha sala nas últimas duas vezes falhas, sem problema algum. Ele tem se comportado docemente, como sempre, mas tenho de acostuma-lo a ficar com Vivian, para não haver problemas nos próximos meses. Apesar de ser chato ficar andando de um lado ao outro tentando mantê-lo na creche, eu entendo. Quer dizer, Arthur está no auge de sua esperteza com seus seis meses, ele já reconhece rostos, então, quando vê alguém diferente, estranha totalmente, nem sei como ele se acostumou tão rápido a mim. Na realidade, sei sim. Isso acontece com todas as crianças, elas sempre gostam de mim e foi por retribuir o sentimento que escolhi ser pediatra. Vivian também conquista as crianças facilmente, mas Arthie está um pouco dengoso por causa dos dentes que em breve nascerão. Ele ainda não tem tido febre ou coisas assim, mas anda chorando e se irritando facilmente.

Minha atenção se volta para o elevador em busca de uma resposta para a paralisação das enfermeiras, e quando vejo rebeldes fios castanhos e olhos verdes tenho minha resposta.

— Boa tarde, Srta. Everdeen! — cumprimenta sorrindo largamente.

— Bom dia, Dr. Dell’Amore.

— Somos colegas de trabalho, tenho certeza que você não só pode, como deve me chamar de Ethan.

— Eu te chamaria de Ethan — Olho para ele com falso tedio. —, se me chamasse de Katniss.

— Katniss... Soa bem, eu aceito a proposta. — Abro a boca para responde-lo quando um cutucão chama minha atenção. Olho para quem me cutucou e lembro-me que há uma linda criança em meu colo. Como alguém pode se esquecer que há uma criança agarrada a si? Eis uma resposta que desconheço. Observo-o e me lembro de algo. E, se...

— Ethan, você poderia me fazer um favor? — questiono voltando a fitar aquelas orbes inquestionavelmente verdes.

— Até dois, se desejar.

— Poderia atender uma criança para mim?

— Ah, isso nem é um favor, Katniss. Quantas vezes você já não me substituiu, quando necessário? — Embora eu saiba que isso é verdade, também sei que faz parte do charme dele, aliás, faz parte dele em geral, de sua rotina. Sorrir, brincar, paquerar, conquistar, transar, ignorar. Uma rotina. Algo desse tipo nunca me aconteceu e eu pretendo nunca deixar acontecer, mas eu acho uma grande tolice e falta de valorização própria das enfermeiras que mesmo após milhares de foras e ilusões ainda se arrastam por ele. — Apenas me diga o horário e eu atenderei.

— Se for possível fazê-lo agora...

— Agora? Quem seria?

— Ah, seria o pequeno Arthur aqui. — Indico o garotinho aconchegado em meus braços quase adormecido.

— Um belo garotinho, o que ele é seu?

— Hum... É como um sobrinho para mim, mas, na realidade, é filho de um amigo de infância. — respondo simplesmente evitando dar detalhes.

— Dá para ver que você realmente nutre um carinho por ele. — Ele sorri levemente. — Acho que não tenho nenhuma consulta agora, se quiser, posso consulta-lo. — comenta e eu apenas assinto de forma preguiçosa observando Arthie. — Vamos lá para minha sala.

Sigo-o, mas antes aviso Catherine, a secretaria principal da área de pediatria, que estaremos ambos na sala de Ethan, caso sejamos necessários. Ao entrar em sua sala, quase igual à minha, entrego Arthie para ele. Que, tomando cuidado para não acorda-lo, começa todo o procedimento de pesagem, tomada de medidas, observação e tudo mais, enquanto questiona-me sobre alguns dados do pequeno.

— Você tá com o cartão de vacinas deles aqui, Katniss?

— Hum... Não, é necessário agora? Qualquer coisa, trago depois para você.

— Tudo bem, eu aceito depois. — Assente, sentando-se em sua cadeira do outro lado da mesa, após entregar-me o pequeno dorminhoco. — Bem, ele está ótimo ao que me parece, as medidas corretas e tudo mais. Ele está com sessenta e nove centímetros e oito quilos. Você sabe que em breve os dentinhos começarão a nascer, certo? — Assinto levemente. — Nem sei por que trouxe-o até mim, ambos de nós sabemos que você é mais competente que eu.

— Ah, eu precisava de uma segunda opinião. — conto meia verdade, sem negar sua afirmação, afinal, se ele diz que sou melhor em que faço, quem sou eu para negar? — Aliás, tem outra coisa, também. Hum... A amamentação dele foi cortada, queria sua opinião sobre como alimenta-lo.

— Você sabe que para mim a amamentação é algo que deveria ser levada até o primeiro ano, junto com outros tipos de alimentos, mas se ele não puder ser amamentado mesmo, acho que é um bom momento para introduzir os purês de legumes. Tente dar iogurtes, mas sem exageros. — Ele olha bem para mim e começa a rir, o que me irrita, não entendo. Está rindo de mim ou para mim?

— Posso saber o motivo dos risos?

— Me desculpe, é que... — Se engasga com os risos, mas aos poucos, respirando fundo, consegue se recompor. — É que é estranho estar falando isso com você, coisas como “Não exagere no iogurte”, quer dizer, na maioria das vezes, sou eu que vou na sua sala pedir ajuda... É estranho, entende? — Balanço a cabeça, entre um não e um sim, mas eu entendo.

— Tudo bem, acho que entendo, e como está tudo bem com o pequeno aqui, vou ver se consigo, finalmente, deixa-lo com Vivian. — Levanto-me para me retirar quando sou interrompida por sua voz rouca cortando o ar no silencio.

— Pode me responder mais algumas perguntas? — Viro a cabeça para ele, levemente, e concordo.

— Você está em algum relacionamento?

— C-Como? — gaguejo um pouco. Conheço a fama de Ethan e sei o que está por trás disto, mas relacionamento... Hum... Está aí algo longe de mim.

— Me desculpe estar perguntando assim, é que vi você alguns dias atrás andando com um homem — Será Peeta? —, ele tinha cabelos castanhos e olhos meio acinzentados... — Encolhe os ombros. — Desculpe-me pela intromissão. — pede e eu suspiro assentindo.

— Ele é meu irmão.

— Irmão? Não sabia que você tinha um irmão.

— Há oito meses eu também não sabia. — respondo apenas e saio da sala antes que ele faça mais perguntas que eu não quero responder.

Afinal, no momento, eu não quero responder nada, pergunta alguma. Nem mesmo o famoso “Tudo bem com você?”. Não quero ouvir perguntas, para não dizer mentiras. Olho para Arthie ressonando em meu ombro.

— Tudo bem, querido, estamos bem.

****

— Vamos lá, Peeta, atende! — murmuro como uma louca para o telefone. — Não, Arthur, não fica se mexendo assim, querido, você vai cair. — exclamo preocupada, mesmo que o pequeno esteja protegido pelo cinto da cadeirinha.

Que ódio, ódio, ódio! Por que Peeta tem telefone se ele não atende? Suspiro de raiva, decidindo deixar para lá. Estou no meio do supermercado e Peeta não atende a porcaria do telefone, e Arthur está adorando todas as coisas brilhantes e coloridas que há por aqui. Mas, graças à Deus, ele está na cadeirinha do carrinho, mesmo assim, é impossível não imagina-lo correndo por aí. E, este pensamento me faz sorrir. Como ele será? Quieto ou bagunceiro? Festeiro ou nerd? Será que eu estarei por perto?

Sou despertada com meu celular vibrando em minha mão e fazendo Demons soar pelo ar, e Arthur rir do barulho e brilho do telefone. Olho com esperança de ser Peeta, mas não, não é.

— Ei!

— Oi, Kat. Eu queria agradecer... — Gale cumprimenta.

— Pelo que, exatamente?

— Ah, você sabe... — começa, sem graça. — Meio que tudo. Madge ficou tão feliz com o chá de bebê, ela se sentiu apoiada, todos os medos dela foram pro espaço. Então, obrigada!

— Tudo bem, Gale, eu não fiz nada demais...

— Não, você fez algo realmente grande por nós. — me interrompe. — Obrigada! Pode sempre contar conosco. Aliás, Madge quer te pedir desculpas, mas prefere faze-lo pessoalmente.

— Pelo quê?

— Hum... — coça a garganta, tenso, envergonhado. — Pela forma que ela te tratou, e...

— Ah, Gale, eu nem liguei. Ela está gravida, acabou de me conhecer, estávamos morando na mesma casa. Eu entendo ela, serio. Ela estava insegura, somando aos hormônios da gravidez e ao fato de não ter certeza de como você aceitaria a paternidade, é completamente compreensivo, e bem... Ela não cortou meu pescoço enquanto eu dormia, então, tudo ótimo. — termino, olhando atentamente para Arthie, temendo que com uma piscada de olhos de minha parte, ele suma magicamente. Mas, me assusto ao ouvir choro do outro lado da linha.

— É por isso que eu te quero como madrinha... — a voz de Madge soa na linha, chorosa e me surpreendendo. Eu não sabia que ela estava na ligação. E, essa coisa de madrinha... É um pedido?

— Você quer que eu seja a madrinha do bebê? — vocalizo minha dúvida.

— Claro, nem que eu vá até os confins da terra acharei uma pessoa melhor que você, Kat. Você perdoa com facilidade, ama de todo coração, ajuda quem precisa, e, poxa, é pediatra. — exclama, já alegre novamente. Poxa, como lidar com essa bipolaridade? Misericórdia!

— Eu... Nem sei o que dizer, Madge. — Minha cabeça roda com a nova informação. Uou! — Não posso aceitar, Mad, é uma honra, mas eu realmente não posso aceitar.

— Tudo isso é porque eu não gostava de você, é? A pequena Kathleen não tem culpa. — Começa a chorar novamente, o que me assusta.

— Kathleen? É uma garotinha?

— Sim, fomos consultar ontem, e, de cara, nos apaixonamos pelo nome, e pela possibilidade de você ser a madrinha, por favor, Kat. — Dessa vez o pedido vem de Gale. Suspiro.

— Podem me dar um tempo ao menos? Sei que é algo incrível, uma honra, e vocês esperavam que eu aceitasse de cara, mas são tantas coisas... Eu preciso de um tempo.

Gale, que sabe de tudo, concorda, e antes de desligar, repete mais uma vez que não importa o que aconteça, sempre poderei contar com ele. E, eu sei que é verdade. Poderia contar com meia dúzia de pessoas, isso é ótimo, mas nenhuma delas poderão resolver meus problemas, e chorar mais será ainda pior.

Olho para Arthie, que mantém seus olhos brilhantes e curiosos olhando ao redor, mas sempre voltando em minha direção, como se buscasse segurança. Quem dera eu ter uma direção para olhar que me desse segurança.

— Mais um bebê, meu amor, quem sabe você e a Kat não sejam grandes amiguinhos. — Sorrio, com sua gargalhada em resposta, como se entendesse o que digo. — O que você acha que a tia deveria fazer? — Ele solta alguns sons, chiados apenas. Chiados que me fazem sorrir abertamente. — Você acha que a tia tem de pensar, meu bem, é? Eu também acho.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Pois é, não rola nadinha entre o Gale e a Kat.. Hahaha.. Mas, ainda temos umas duvidas em aberto. Podem expô-las para mim, se desejarem. Enfim, espero que tenham gostado. Até o próximo e os comentários ~ que eu tentarei responder, logo, logo.

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Beijos,
Manu Schreave