Lembranças - Dramione escrita por Licia


Capítulo 8
Meb. Raul Auvegner


Notas iniciais do capítulo

Oi povo...



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– Senhorita Granger, está me ouvindo? – Ela olhara confusa para o homem que parecia estar lhe mostrando a foto de alguma casa. Malditas lembranças que a perseguiam, provavelmente perdera metade do que o Senhor Borrie falara. Dando um sorriso sem graça, pediu desculpas pelo devaneio e que começasse novamente, pois não havia ouvido nada que ele dissera. Alexander a olhou estranho, provavelmente se perguntando o porquê dela estar tão distraída. Mas continuou:

– Essa é uma das casas mais próximas da saída do Forte Valois, na verdade a casa tem uma saída particular para o mundo trouxa. – Borrie lhe mostrou uma foto onde um pássaro passava em frente da casa toda hora. Era branca, com persianas verdes e tinha dois andares.

– Forte Valois? - Hermione perguntou, sem entender o que ele dizia.

– O bairro bruxo foi construído dentro do Antigo Forte da dinastia dos Valois, antigos reis Franceses... – Ele explicou para uma Hermione bastante curiosa. - Antigamente ele ficava um pouco afastado de Paris e servia como refúgio da família Real em casos de Guerra. Com o tempo o Ministério bruxo Francês o adquiriu e construiu o centro bruxo aqui. Ele é todo rodeado por muros de pedras muito altos e como Paris cresceu tanto que a cidade rodeou o forte, inventamos sempre que o local esta em reformas para virar um museu ou que um achado arqueológico muito importante está aqui. Assim, geralmente os trouxas não tentam entrar. – Então era assim que eles escondiam aquele bairro bem Paris. Hermione achou fascinante.

– Que interessante Senhor Borrie... É fascinante que o senhor saiba o que são reis e outras coisas do mundo trouxa. – Ele sorriu para ela.

– Sempre fui apaixonado por história, não importa se é trouxa ou bruxa e por favor, me chame de Alexander. - A castanha sorriu de volta e logo perguntou como era a disposição dos cômodos da casa.

– Bem, porque eu não a mostro para você? Parece ter gostado bastante dela... - Hermione assentiu gostando da ideia. Realmente achara a casa muito aconchegante a primeira vista. Logo se viu segurando a mão de Alexander e assim aparatando no local.

A casa ficava em uma rua bastante parecida com as outras que Hermione já havia estado, porém o que a compunha não eram lojas. Embora ela houvesse visto na esquina algo parecido com uma padaria, o local era composto em sua maioria por casas residenciais. A que ela gostara estava quase encostada no alto muro de pedra do forte Valois. Alexander rumou para a porta abrindo-a com o aceno da varinha.

Quando Hermione pôs os pés dentro do imóvel, simplesmente amou o hall de entrada em madeira e com um papel de parede branco gelo. O resto da casa, então, fora paixão à primeira vista. No hall havia duas portas de madeira grandes em cada lado, uma dando para uma biblioteca e a outra para a sala de visitas. A escada que ficava em frente à porta de entrada tinha ao seu lado um arco oval que dava para um corredor, nele vinham à cozinha grande e ampla e uma lavanderia ao fundo. No andar de cima os três quartos todos com banheiros grandes eram arejados e de um tamanho bom. Sem falar no jardim ao fundo que tinha uma portinhola de madeira que saía para mundo trouxa. Hermione achara-a perfeita.

– Então a casa é somente para você ou há mais alguém? – ele, finalmente, perguntou enquanto mostrava os quartos para Hermione.

– Há meus pais, são trouxas então não queria nada muito centralizada, mas também não queria nada muito longe, e meus pais adoram o mundo bruxo então sei que eles iriam gostar de morar aqui. – Não falara de seu bebê, pois não viu necessidade.

– Então quer ver outras casas? – Hermione ponderou. Nunca fora impulsiva e sempre pensara muito nas coisas que fazia. Draco fora uma exceção enorme. Ela não pensava direito quando estava com ele e desde então uma pequena impulsividade nascera em si, bem pequena é claro e achava que ali podia usá-la. Parecia uma ótima casa.

– Na verdade não, eu gostei bastante dessa! Podíamos conversar sobre o preço dela? – Ele assentira e logo aparataram de volta no escritório.

– Bem Senhorita Granger, a casa não esta disponível para aluguel, mas sim venda. Custando por volta de 50.000 galeões. Mas se você quiser eu converso com a dona para que vejamos a possiblidade do aluguel. – O Meu deus, Hermione pensou. 50.000 galeões eram por volta de 250.000 euros. Tudo bem que não era nada acérrimo e que a conta que seus pais fizeram para ela tinha o dobro disso. Mas sabia que tinha que ser cuidadosa, afinal o seu bebê estava vindo e isso ocasionaria gastos.

– Quais são as condições de pagamento Alexander? – Queria aquela casa.

– Você poderá dar 25000 galeões e pagar o restante em parcelas.

– Assim está ótimo. Ficarei com a casa!

Após assinar todos os papeis e aparatar de lá para cá para depositar a quantia na conta da dona que Hermione acabara por conhecer, ficara realmente feliz por ter adquirido uma casa. Sabia que seria aconchegante e maravilhoso morar em um lugar totalmente bruxo e tinha certeza que seus pais iriam adorar também, afinal quem perderia a chance de viver com magia o tempo inteiro? Agora, precisava comprar móveis e outras coisas, mas principalmente escrever para os amigos, já que não o fizera nenhuma vez naquele tempo enorme que passara, e com esse pensamento passara na livraria que vira perto do St. Maxine e comprara pergaminho e papel e por lá se sentara. Demorou mais ou menos uma hora inteira para escrever tudo que aconteceu aos amigos e a carta ficara enorme e assim, satisfeita com o resultado fora a um corujal que a atendente da livraria lhe indicara a localização e mandou a carta. Esperava que eles não estivessem tão bravos por não ter mandado tantas cartas quanto prometera, no entanto era bem provável que Harry estaria um pouco decepcionado e Ronald bravo, pela falta de consideração ou algo assim. Viu a coruja sumindo no horizonte, desceu de volta a rua e rumou para o St. Maxine precisava urgente fazer uma consulta e saber sobre sua gravidez. Já fora um tanto relapsa com o assunto.

Quando chegara ao hospital, fora primeiro procurar Adeline por todos os lugares para lhe contar que seu filho fora de grande ajuda e agradecer mais uma vez. Depois de perguntar a moça do balcão sobre a curandeira, finalmente a achara no terceiro andar, onde ficava sua sala. Agradecera pela ajuda mais uma vez e ela, muito amável, chamou Hermione para jantar a noite em sua casa. A castanha recusou, porém a insistência fora tanta que ficara com vergonha de não ir. Prometendo que apareceria ali no setor dela por volta das sete da noite para poderem aparatar juntas, saiu rumo ao quarto que acordara mais cedo.

Seus pais continuavam deitados em um sono profundo e tranquilo, quando chegou ao quarto. Queria poder achar Oliver Auvergner para saber o avanço do tratamento deles, porém estava com tanta fome que ela subira direto para o refeitório a fim de comer o quanto pudesse. Já estava na terceira sobremesa, quando viu Oliver vindo em sua direção, provavelmente para se sentar com ela.

– Posso me sentar? – O homem disse já tomando lugar na frente de Hermione. Ela sorriu saboreando sua tortinha de coco. – Então senhorita Granger como se sente?

Hermione empalideceu na hora, a última vez que alguém perguntara isso a ela a pessoa constatou que a castanha estava grávida. Será que todo mundo naquele local tinha essa percepção? Bem, talvez não, isso era só exagero dela. Meu Deus! Além de impulsiva virara uma paranoica? Resolveu responder logo.

– Estou ótima! – E com um apetite de cavalo acrescentou mentalmente. – Então como vai o tratamento dos meus pais?

– Bem, é cedo para dizer, já que esse é somente o primeiro dia de tratamento, mas parece estar tudo ocorrendo normalmente. – Hermione já lera sobre uma coisa ou outra daquele tratamento.

– Eu já li algo sobre o tratamento que desenvolveram aqui. É realmente maravilhoso. – Oliver sorriu levantando os olhos do seu prato e olhando para Hermione.

– Você parece bem interessada em medibruxaria senhorita Granger. Disse-me mais cedo sobre saber dos riscos e agora saber da pesquisa que desenvolvemos. Tem interesse em entrar para essa área?

– Na verdade tenho sim, vou tentar entrar para a instituição de Medibruxaria Vileardium este ano.

– Isso é ótimo! Formei-me aqui! – Hermione assentira sorrindo, ela imaginara mesmo. Assim que terminara a tortinha de coco se levantou querendo logo acabar com a ansiedade que a tomava quando pensava que iria saber sobre seu filho.

– Obrigada pela companhia, mas preciso resolver algumas coisas Senhor Auvergner, até mais... –Se despediram e sem protelar fora para recepção marcar uma consulta com um medibruxo. Queria poder esperar até que seus pais acordassem para ir com ela, mas já fora negligente demais e tinha medo de que algum problema ocorresse com seu filho por simples descuido dela. Quando pediu a francesa esbelta por uma consulta ela fora encaminhada imediatamente para o segundo andar.

Ao contrário do quinto andar que era composto por cores vivas e alegres, este era repleto de cores neutras em tons cinzas e marrons-ocre, também não havia hall de entrada, mas somente uma infinidade de salas espalhadas por um corredor extenso e largo. Nicole, a enfermeira que cuidara de seus pais, a acompanhava e levou-a até a ultima delas onde na porta havia uma placa em branco escrita MeB. Raul Auvergner, ele, com certeza, deveria ser parente de Oliver. Sem protelar a enfermeira batera na porta e Hermione ouviu um abafado entre vindo do consultório.

O ressinto não era composto por cores neutras, mas um laranja berrante pintava toda sua extensão, além das várias fotos na parede direita, das mais diversas mulheres que riam e acenavam acalentando seus filhos. A sala era composta também por uma maca mais ao fundo e uma mesa amarelo ouro a qual um senhor idoso estava sentado e quem ela supôs ser o medibruxo Raul Auvergner.

– Senhorita Granger sim! Sente-se. – O idoso falara apontando para cadeira em tons marrons. Hermione sorriu para ele e se sentou, estava bem nervosa – Então senhorita, como estão as coisas, porque decidiu vir me ver? – ele perguntara bondosamente a olhando de uma forma fraternal.

– Vim ver sobre a minha gravidez.

– Sim, claro... Essa é minha especialidade Senhorita. – ele disse consternado, ela realmente estava nervosa para falar o obvio, é claro que viera ver sobra à gravidez. – O que quero dizer é como está a gestação? Já consultou com algum outro medibruxo ou é sua primeira consulta?

– É a primeira, senhor Auvegner... – Ele escreveu algo no pergaminho aberto em sua frente.

– E então de quantos meses a Senhorita acha estar?

– De um mês e alguns dias acho eu.

–Então vamos verificar se tudo está na mais perfeita ordem certo e tudo mais sobre o bebê, Nicole irá te auxiliar sim! –A enfermeira a levou até o banheiro lhe dando um camisolão verde parecido com o usado em hospitais trouxas, se trocou e dirigiu-se para a maca. Hermione queria dizer que estava tudo bem, mas na verdade estava extremamente nervosa com aquela consulta. Não só porque ali seria a prova concreta de que uma vida está crescendo dentro de si, mas também porque lhe causava muito medo em pensar no fato de ser mãe. Ela queria poder ser tão boa quanto seus pais foram para ela e poder proteger seu bebê das coisas que ainda estavam por vir, do preconceito que ele sofreria dos avós paternos e até mesmo do pai por não ser puro-sangue. Aquilo encheu seus olhos de lágrima, porém as segurou vendo que o senhor se aproximar da maca e sorrir-lhe.

– Bem Senhorita Granger a medibruxaria desenvolveu vários feitiços que puderam nos garantir a segurança do feto e verificar sua saúde. Quero que entenda que nascida-trouxa ou não tem sangue mágico correndo em suas veias e se o pai dessa criança for também um bruxo – ele olhara inquisitivo para Hermione que confirmara o fato para o Medibruxo. – embora a anatomia e fisiologia sejam totalmente iguais a dos trouxas afinal somos todos seres humanos, a magia tem um diferencial no crescimento da criança sendo que diferentes coisas podem afetá-la, em detrimento do desenvolvimento dos não mágicos. Mas fique tranquila tudo ocorrera bem. Vou agora usar um feitiço que nos possibilitara ter uma nítida imagem do feto e após isso escutaremos seu batimento cardíaco, tudo bem? – Hermione assentira. O medibruxo colocara a varinha na região do seu ventre e proferira algumas palavras.

– Imaginem revelare – Hermione pode ver um brilho verde sair da varinha do medibruxo e adentrar seu ventre. Um frio incômodo se instalou ali e ela teve um pouco de medo, no entanto logo pode ver esse mesma fumaça verde sair do ventre e formar uma imagem lentamente, a enfermeira entregou ao médico um pergaminho muito branco de uma consistência que a castanha nunca tinha visto, ele foi colocado embaixo da imagem que se formara e com um toque simples da varinha no pergaminho a imagem pareceu ser sugada e fixada nele. O Medibruxo ao analisar a figura que a castanha não tinha nenhum acesso soltou um riso baixo.

– Meus parabéns senhorita Granger são gêmeos! Não podemos saber o sexo ainda, mas são dois com certeza. – Ele virara o pergaminho na direção de Hermione e ela soltara um riso e uma lágrima escorreu de seus olhos. Ao contrário dos ultrassons que já havia visto, os quais as imagens eram borradas e pouco nítidas aquela magia projetava algo bem nítido, embora todo em tom verde. A castanha pode ver seus dois bebês em uma única bolsa amniótica. Aquilo fez seu coração derreter e um sentimento forte e novo preenchê-la. Era lindo, era dela e faria qualquer coisa por eles.

– Bem, vamos agora verificar os batimentos. – ele apontara a varinha para o seu ventre novamente - Crescere sonum – a foz forte do medibruxo preencheu a sala e então ela pode ouvir nitidamente os batimentos fortes de seus filhos, o feitiço se parecia muito com aquele em que se colocava a varinha na garganta e o som da voz era amplificado. Aquilo a emocionou demais, o som forte dos batimentos preenchia seus ouvidos e fazia ter a certeza que seus filhos estavam ali, crescendo dentro dela. O medibruxo sorriu para ela dizendo que a consulta já estava terminada e que ela podia tirar aquela camisola verde horrível. Ela quis rir do humor daquele homem.

– Senhorita Granger fico feliz em informar que parece tudo na mais perfeita ordem, está realmente de um mês e alguns dias. Recomendo que se alimente bem, durma muito, evite, ao máximo, situações de estresse, angustia e tudo que possa causar algum estresse nos seus bebês. Quero que volte aqui daqui cinco semanas para uma nova consulta! Cuide-se e se divirta.

Não se estressar, comer bem, descansar e se divertir. Certo! Hermione imaginava essas coisas enquanto saia do consultório para voltar ao quarto dos pais. Até aquele momento ela não caíra a fixa, porém ali parada estática na porta ela pensou: São gêmeos. Um sorriso se abriu em seu rosto e mais lágrimas caíram. Eram duas crianças para amar e cuidar, duas crianças para estar sempre se preocupando, aquilo a preenchera de tal forma que pensara em jamais querer remoer traumas ou lembranças de um passado distante. Só queria fazer o melhor para que seus filhos fossem felizes e amados. Eram dois! Eram duas crianças de Draco e Hermione embora assustada e com medo, não queria deixar que nenhum desses sentimentos atrapalhasse a felicidade que a enchia e fazia querer explodir. Eram dois e tudo ficaria bem...


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro e obrigada por lerem!!!!!