Lembranças - Dramione escrita por Licia


Capítulo 15
Preconceitos


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas...
Espero que apreciem!!



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A castanha levantou os olhos para os amigos, eles olhavam-na curiosos como se esperassem que desmaiasse a qualquer momento. Não os culpava, sua face não deveria ser das melhores, pois provavelmente o desespero que tomara conta dela na noite que acabara de se recordar, estava presente ali também.

– Hermione, você está bem filha? – foi sua mãe que quebrou o silêncio. Parecia que seus amigos a olhavam daquela maneira, já fazia algum tempo, provavelmente desde que Harry perguntara se ela queria depor a favor de Draco. A castanha suspirou protelando a resposta, afinal o que responderia, obviamente a primeira palavra que provinha em sua cabeça era sim, mas ao mesmo tempo queria nunca ter que olhar para Draco Malfoy novamente, nunca mesmo e temia por coisas que ela detestava admitir.

– Sim mamãe, eu estou bem. Desculpem-me, Harry e Rony, me perdi na lembrança de quando Malfoy nos salvou. – Os amigos assentiram como se soubessem que ela deveria estar lá mesmo. Pensou se ambos também ficavam remoendo aquele episódio, tentando entender como e por que o sonserino fizera o que fizera. Ela pensara que sabia o porquê até que ele a quebrou de novo. No entanto aquilo já fora há algum tempo e definitivamente não queria cair na lembrança de quando encontrara Draco na batalha final, doía mais que qualquer outra, não só como uma ferida, mas seu orgulho doía em demasiado. Todavia nada daquilo importava agora, somente seus amigos, tinha que se concentrar neles e em contar logo a verdade. Sim, no começo, a castanha estava com medo de que a rejeitassem e não conversassem mais com ela, porém agora não podia mais protelar o assunto. Afinal hora ou outra alguém descobriria, já que estava de seis meses. Então contaria tudo de uma vez! Não é como se eles precisassem saber quem é o pai, embora soubesse que logo descobririam, todavia estava cansada de feitiços delusórios e esconder sobre seus filhos de tudo e todos. Aquilo estava a esgotando e assim contaria. Pigarreou se preparando para dar a resposta que o amigo veio procurar e então soltar toda a verdade.

– Acho que não é necessário que eu deponha a favor de Malfoy Harry, você e Ronald já vão fazê-lo e também, eu realmente não quero pisar na Inglaterra tão cedo. A não ser é claro, para ir a Toca. - ela emendou e os amigos a olharam mais uma vez curiosos.

– Por que não quer voltar à Inglaterra mione? – Rony olhou para ela em confusão. A castanha suspirou se preparando para reação exagerada do ruivo e incrédula de Harry.

– Eu estou grávida de gêmeos... – ela soltou logo de uma vez, e ao contrário de quando contara aos seus pais, sua voz não saiu sussurrante ou medrosa, mas casual e firme como se ela não estivesse dando espaço para que eles a ofendessem embora soubesse que talvez eles fizessem tal coisa.

– Você o que? – Rony quase gritou dando um pulo do sofá. Hermione continuou impassível, tinha certeza que ele agiria assim.

– Como assim, está grávida? – Harry tinha um vinco formado na testa e balançava a cabeça, incrédulo. Como ela conhecia aqueles dois! Sabia exatamente como eles iriam reagir. Hermione se preparou para continuar, no entanto antes se levantou e desfez o feitiço que escondia sua proeminente barriga. Nossa! Sentia-se verdadeiramente aliviada, contudo uma pontinha de medo ainda estava lá, afinal não sabia ao certo se os amigos aceitariam bem a parte dela não contar quem era o pai. Rony pareceu muito bravo quando viu sua barriga, Harry ainda tinha a incredulidade estampada em seus olhos.

– Sim grávida! Já estou com seis meses e logo eles nascerão... – Não foi possível terminar, pois um Rony muito nervoso a cortara rispidamente.

– Como você pode Hermione?! – Ronald olhara para ela ferido, já com as orelhas muito vermelhas.

– Sinto muito por ter escondido de vocês, mas eu só queria impedir essas reações e que ficassem especulando demais sobre como cheguei a esse estado e por isso já digo que tudo que precisão saber é o que estou contando agora e só.

– Eu não acredito– Ronald parecia atordoado. – Você mentiu para gente e escondeu algo assim! Me diz Hermione quem é o pai dessa criança?- O ruivo tinha as mãos em punho ao lado de seu corpo e uma face totalmente brava e descontrolada.

– Não acho que isso seja relevante agora. O que precisam saber é que eu os terei em três meses e gostaria muito que vocês estivessem presentes assim como Gina e todos os Weasley.

– Relevante? – o ruivo gritou, o pai de Hermione ficara de pé já se descontrolando com o ruivo por sua reação um tanto exagerada. – Acha que eu vou trazer minha família e minha irmã para ver uma vadia, que ficou grávida aos dezessete anos e não quer nem nos contar quem é o pai. – Hermione não se conteve e transpondo o pai, que parecia se preparar para dar um murro no ruivo, deu um tapa muito forte na face do amigo.

– Não ouse falar assim comigo Ronald, eu achei que sua reação seria ruim, mas vadia! Talvez eu esteja enganada sobre você e não possa realmente te chamar de amigo.

– Ótimo, por que eu digo o mesmo. Você mentiu e nos enganou e amigos Hermione não fazem isso. – O ruivo saiu da sala rapidamente dando as costas para ela. Hermione tinha lágrimas nos olhos, porém tratou de segura-las. Harry se levantou um tanto branco.

– Desculpe Hermione, mas Rony está certo sobre você mentir e enganar. Acho melhor eu voltar depois. Desculpe – ele emendou antes de sair tão rápido quanto Ronald. Hermione caiu no sofá, não achava que as coisas seriam tão ruins assim e os dois sairiam tão bravos e decepcionados.

– Filha, fique calma, eles só estão nervosos e logo passa. Não vê sua mãe, ela está louca com os nossos netos. – A castanha suspirou assentindo segurando as lágrimas. Estava tão sensível ultimamente que isso a irritava, porém como poderia não estar triste e magoada com a reação deles. Harry e Ronald eram como seus irmãos. Ela os amava tanto e não queria ter escondido nada deles, porém quem garantiria a ela que eles não teriam aquela reação. Deus! Quando eles descobrirem sobre Draco, então o que seria? Ronald nunca mais falaria com ela?

– Filha, seu pai tem razão. Embora ache exagero me comparar a Ronald, pois a reação dele foi no mínimo estranha. Logo tudo isso passa. Mas eu jamais gostei desse garoto ruivo, só para constar. – ela emendou enquanto passava os braços pela filha e puxava para um abraço e foi ai que ela começou a chorar de verdade.

– Bem acho que vou arranjar sorvete e bolo de chocolate. Você está com seis meses! Só faltam três e isso sim é motivo para comemorar. – A castanha soltou um riso esganiçado e tentou limpar as lágrimas. Sorvete e bolo eram realmente milagrosos para ela.

Era noite, quando Hermione já deitada em sua cama pensou se os amigos a odiariam por tempo o suficiente para que não pudesse ir passar o natal na Toca. Sentia enormes saudades da família Weasley que provavelmente já sabia de sua gravidez precoce. Ronald era sempre tão idiota. Ele nunca pensava direito para falar e isso a machucava demais. Se ele ao menos pudesse sentir uma centelha do que ela sentia pelo loiro talvez não a questionasse tanto pela gravidez tão cedo. Porque hoje depois de tanto tempo, ela sabia que tudo que fez foi porque o amava de verdade. Quer dizer, sofrera tanto, porém mesmo assim não deixava de desejar que ele estivesse ali com ela, curtindo aquele momento da sua vida, abraçando-a e beijando. Deus! Como ela sentia saudade. No entanto não podia se afundar naquilo, jamais o teria novamente. Aquilo era fato consumado e não poderia criar esperanças vãs. Suspirou virando-se na cama e ouvindo a porta ser aberta devagar.

– Minha filha, você esta acordada? – Sua mãe entreabriu a porta e olhou para ela. Estava escuro e duvidava que realmente, Jane pudesse enxergar se estava ou não dormindo.

– Sim Mamãe! Está tudo bem? Precisam de alguma coisa? – A castanha disse já fazendo menção de se levantar.

– Não filha! Pode ficar quietinha ai. – Sua mãe entrou fechando a porta e vindo se sentar em sua cama. – É só que eu sei que você disse para que não perguntássemos nada sobre seu relacionamento com Draco. – Hermione arregalou os olhos. O que sua mãe iria querer saber?!

– Mamãe, por favor!

– Não filha espera, deixe-me terminar sim. – A castanha suspirou e assentiu, apertando os olhos pela claridade do abajur recém-aceso por sua mãe. – Então Harry e Ronald vieram aqui e falaram sobre ele, e tem algo que eu fiquei curiosa. Por que se você disse para mim que vocês têm lados diferentes na guerra e que ele tem preconceito de sua origem trouxa, então por que seus amigos vão depor a favor dele e por que ele os salvou do que me pareceu uma morte eminente? Eu só queria entender. – Hermione suspirou se sentando e olhando para mãe. Nem ela entendia isso direito, como iria explicar para a mãe que ele a quebrara de novo e que falara coisas horríveis e escolhera o lado o qual sempre pertencera? Tudo que poderia fazer era mostrar a sua mãe sua lembrança da última vez que vira Draco.

– Mãe, eu realmente não tenho respostas concretas. Embora ache e acredite com todo meu coração que tudo que Draco faz é sempre muito calculado e sempre tem um interesse por trás. – a não ser nosso envolvimento físico, ela emendou mentalmente. Porque afinal não havia uma explicação plausível para Draco se envolver com ela naquela época. Estavam em guerra, eram de lados diferentes, e não tinha motivo para que ele a beijasse ou transassem. Para engana-la, no sexto ano, ele só precisou ganhar sua amizade que Hermione já se despusera a ajudar no concerto dos armários sumidouros e na casa dele, bem se tudo que ele queria era um álibi caso Voldemort perdesse, então por que ele a levou para um quarto e a protegeu? Deus! Ela tinha raiva dele, e o amava! Será que isso era possível? Ter sentimentos tão ambíguos sobre uma pessoa. – Ele não é uma pessoa má e nem um assassino. Acredito que seja lá qual foi a criação de Draco, ele não merece ser preso, pois nunca fez realmente nada de horrível e quando tentou não conseguiu. Como quando quis matar o nosso diretor, você entende?!

– Então se ele não é uma pessoa má, por que ele não esta aqui ou ao menos sabe das crianças? Hermione não faz sentido. - Sua mãe emendou.

– Faz todo sentido mãe! Todo sentindo do mundo e eu vou te mostrar. Draco é covarde, medroso e também muito preconceituoso. Foi criado assim. – ela se levantou abrindo o armário e retirando de lá uma penseira.

– O que é isso? – Jane questionou quando viu o objeto, metálico e redondo, flutuando até o meio do quarto.

– Um objeto para você rever suas lembranças de um modo extremamente nítido. – ela respondeu enquanto pegava sua varinha e colocava em sua têmpora direita retirando a exata lembrança que precisava. – Venha mamãe, vou te mostrar porque Draco não está aqui e porque não estamos e nunca estivemos juntos de verdade. – Sua mãe pegou sua mão hesitante e a seguiu para a penseira.

– Isso parece uma fruteira flutuante de metal. – Jane soltou quando estavam quase debruçadas sobre o objeto. Hermione não teve tempo de responder, pois já estava sendo tragada pela lembrança.

Quando ambas se materializaram no castelo de Hogwarts. Ela puxou a mãe para seguir a si mesma que parecia extremamente afobada no meio do caos que sua antiga escola virara com a eminente batalha contra o lado das trevas se aproximando.

– Onde estamos Hermione e porque parece que ninguém está nos vendo? – sua mãe perguntou, já ofegante pela corrida que faziam para conseguirem acompanhar seu eu da lembrança. Lembrava-se bem do por que estava ali. Ela e Ronald tinham acabado de sair da câmara secreta com alguns dentes de basilisco e se separaram para encontrar Harry.

– Mãe, isso é uma lembrança minha da última batalha da guerra que aconteceu em Hogwarts. Estamos na minha antiga escola e eu estou procurando Harry. – A castanha apontou para si mesma. A Hermione das lembranças estava suja, com roupas amassadas e ofegante. Ali fazia um mês que havia descoberto sua gravidez.

– Então, esse objeto permite que você praticamente reviva suas lembranças? – ela perguntou estupefata.

– Bem, não mãe. Permita que eu as reveja, mas não reviva, não a como mudar nada. Tudo que você vê é uma sombra da minha mente do que aconteceu. Por isso estamos seguindo a mim mesma.

– isso é incrível filha! - sua mãe exclamou apertando o passo e subindo a escada para alcançar a si mesma que virara o corredor da sala precisa.

– É sim. – A castanha disse baixo, temendo pelo momento que teria que reviver agora. Quando finalmente encontraram a Hermione da Lembrança, ela estava com a varinha em punho cercada por Grable e Goyle que tampavam a passagem do corredor.

– Filha, quem são eles? – sua mãe questionou sussurrante como se temesse que alguém ouvisse.

– Inimigos. Se concentre em prestar atenção. – Jane, que segurava o braço da filha, assentiu.

Batalha de Hogwarts - 1997

– Ora, ora se não é a sangue-ruim da Granger. Que pena nos encontrarmos aqui não! – Goyle falou desdenhoso.

– Pena para você, é claro! – Grable completou rindo em escarnio dela. Logo que parou a risada, ele não hesitou e lançou um cruciatos em direção a Hermione que se protegeu do feitiço com maestria. Porém outra maldição cruciatos vinha em sua direção, mandada por Goyle. Saíra da mira dela se abaixando quando percebeu que não daria tempo de esquivar. Sem dar chance que os outros dois se quer pensasse contra-atacou.

–Expeliarmos! – Porém o feitiço foi desfeito com facilidade por Grable. Droga! Hermione esbravejou mentalmente se defender contra aqueles dois não seria assim tão fácil quanto ela pensara afinal o nível de burrice deles tinha diminuído um pouco. Mas ela era esperta, e quando eles se prepararam para lançar um novo feitiço ela petrificou Goyle.

– Bombarda Maxima! – um feitiço voou ao seu lado acertando o recém-petrificado. Ela não ousou olhar para trás concentrada demais no duelo, porém não precisou.

– Draco o que pensa que está fazendo? – Grable o chamou alto enquanto olhava incrédulo para o amigo que era só migalha ao leu lado. Hermione ficou surpresa pela menção do loiro e sorriu. Draco prejudicando um de seus capangas por ela era novidade. Porém não se permitiu ter tantas esperanças afinal estavam no deserto corredor da sala Precisa, duvidava um pouco que ele fizesse tal coisa na frente de muita gente. Talvez estivesse sendo cruel ou muito desconfiada, todavia por mais que amasse o loiro e sempre quisesse esperar o melhor dele tudo que já ocorrera fizera com que ela percebesse certas coisas.

– Petrtrificus totallus! - Ela ouviu a voz de Draco soando atrás dela. – Bombarda Máxima. – ele concluiu usando o mesmo método para derrubar Grable e então ela finalmente se virou.

– Deveria ter mais cuidado Granger os comensais estão soltos por ai atacando Hogwarts. – O loiro parecia sério, suas mangas do habitual uniforme iam até o cotovelo e alguns botões estavam desabotoados. Tinha um ar cansado e parecia de alguma forma imensamente triste. Ela se lembrou de seu bebê na hora, precisava contar a ele.

– Draco, como você sabia que eu estava aqui?

– Não sabia... – ele suspirou parecendo realmente cansado.

– Como se safou de tudo na sua casa? – ele deu alguns passos parecendo fechar-se mais ainda em sua face séria. Hermione não pode deixar de indagar por que ele parecia assim tão intragável e cansado.

– Sabe Granger – ele ressaltou seu sobrenome não dando atenção para sua pergunta. Estranhou afinal ele não a chamava muito assim quando estavam sozinhos. A não ser quando ele disse todas aquelas coisa em seu dormitório ou na frente das pessoas. Foi à vez de ela suspirar, cansada de como Draco nunca era o mesmo perto dela, ele tinha tantas faces e tantas incertezas, e tinha seu filho e Deus! O que ela faria? Todavia o loiro cortou sua linha de raciocínio voltando a falar. - Se tem uma coisa que você estava totalmente certa naquela noite no banheiro, é que sou um Malfoy e fui moldado para ser perfeitamente um.

– Por que está dizendo isso? Já faz tanto tempo. Não importa mais, na verdade eu preciso te contar uma coisa. – A castanha disse se aproximando mais um pouco. Ela queria poder chegar perto, pegar em suas mãos, olhar em seus olhos acinzentados e dizer que estava grávida, porém algo a refreou. Draco balançava a cabeça devagar. O ar cansado que ele carregava antes havia quase que desaparecido tinha, agora um ar frio, a olhando com uma seriedade mórbida e esquisita. Não havia asco, nojo ou superioridade. No entanto ele tinha um porte aristocrático, algo fechado e totalmente impassível, aquilo a assustou e fez com que ficasse quieta em sua posição.

– Não a nada para dizer Granger. Eu sou um sangue puro vindo de uma linhagem milenar e você uma sangue-sujo, nascida trouxa, seja lá o nome que você quiser dar. É isso que somos e não há nada que mude isso. – Hermione fechou os olhos e balançou a cabeça cansada de tudo aquilo e de todas barreiras que ele sempre impunha. Sempre o preconceito. Tinha seu filho e ela tinha que falar , ela iria falar.

– Draco...- ele não a deixou terminar já emendando sua fala rapidamente como se não houvesse nada que quisesse realmente ouvir.

– Eu estou fadado e preso a isso: a um nome e a um legado. Você precisa sair do meu caminho, por que Granger – ele olhou em seus olhos forte e impenetrável - Eu jamais sujaria meu legado, meu nome, e envergonharia minha família por você. – Hermione endureceu a mandíbula e não pensou quando cruzou o mínimo espaço entre eles e lhe deu um tapa no rosto. Porém ao contraria da última vez que aquilo acontecera ele nem mexera face, seu rosto estava impassível. Olhou-o bem em seus olhos, mas não havia nada neles. Tudo parecia frio, nebuloso. Ela o odiou! Odiou por se aproximar dela, por fazer com que se apaixonasse, odiou por ama-lo por estar com raiva e ao mesmo tempo querer sacudi-lo e gritar que aquilo era tão idiota e aquele preconceito não traria nada de bom nele. Queria abraça-lo e dizer que o amava e nada que ele dissesse ou fizesse ia conseguir destruir seu sentimento, porque prometera a si mesma que iria até o fim. Tantas emoções adversas, paradoxais, mas ela não fez nada. Decidira ali rápido que Draco fizera a escolha dele e que não contaria sobre seu filho. Podia sim jogar em sua cara que ele já sujara o seu legado idiota e que estava grávida, porém não ia usar seu filho que ela já criara um amor imenso nesse pequeno um mês, como forma de atingir aquele doente.

– Você estava certo não merece nada vindo de mim Malfoy.- mas eu não vou deixar de te amar, ela emendou mentalmente.

– Se Voldemort ganhar hoje, fuja, eu jamais a machucaria. Então não me coloque em situações nas quais eu não terei escolha. – Draco disse já com as costas viradas saindo na direção oposta. Ela queria estupora-los por tais palavras. Queria chama-lo de covarde. Porém se reteve silenciosa. Por que, no final, talvez ela sempre soubesse que não importassem quais fossem suas experiências juntos e quais fossem suas palavras. Ele escolheria aquele lado, pois era cômodo e porque o loiro não era um grifinório atoa. Ela quis chorar mais não se permitiu e logo ouviu passos atrás dela, e assim se preparou para o que quer que fosse. Estava em guerra, precisava se concentrar nela.

– Hermione ainda bem que te achamos – era Harry seguido pelo ruivo que vinha atrás deles. Ela assentiu.

– E então, conseguiu descobrir algo da tal diadema – Ela perguntou seria, engolindo a amargura que se instalara em seu âmago há pouco.

– Sim e sei exatamente onde Voldemort escondeu-a. – Esperança! Ela gritou mentalmente e colocou-se a prestar atenção no amigo, escutando atentamente a história sobre onde ele escondera o livro do príncipe mestiço e onde provavelmente, Voldemort há anos atrás, havia escondido a diadema, e por um acaso ela estava bem no local. Sim tudo aquilo com Draco a machucara e ela estava tão decepcionada com ele e com ela. Tinha seu filho, porém precisava agora se concentrar em vencer aquela guerra, por que se por um acaso aquilo não ocorresse não sabia o que seria dela e do seu bebê. Draco escolhera seu lado e mais tarde quando as coisas pareciam não ter mais esperança e Harry parecia estar morto... Ele estava lá do lado o qual sempre pertencera e aquilo dilacerava Hermione, pois uma parte dela tinha esperança que pudesse fazer algo para que ele fosse diferente, para que quisesse ser diferente, mas tudo fora em vão e agora ela sabia disso mais que nunca.


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Notas finais do capítulo

Hey gente, cheguei em uma incógnita da história!!
Obrigada a todos que estão lendo e se preparem para o encontro dos dois, está muito perto....



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