POV Bernardo

A festa estava no auge, bombando. Todo mundo muito louco. Várias gatas com biquíni minúsculos na beira da piscina, meu Deus. Uma pegação fora do normal. Mas quem eu realmente queria que estivesse ali não estava, Anna Júlia não tinha vindo, tirando isso estava tudo uma maravilha a festa estava ótima. Théo e Edu se aproximam de mim, e Edu diz:

– Que tal fazermos uma aposta?

– Que tipo de aposta? - Pergunto curioso.

– E quem perder? - Diz Théo meio apreensivo.

– Paga em dinheiro. - Diz Edu.

– Eu topo! - Digo.

– Eu também! - Diz Théo engolindo seco.

Sorrimos um para o outro e cada um vai em uma direção. Olho em volta a procura de uma gata e de repente meus olhos param em uma garota, acho que era até alucinação minha. A garota era a cara da Anna Júlia. Me aproximo um pouco dela e fico a observando, ela se aparecia muito com a Anna Júlia. Cabelos louros na altura dos ombros, corpo bem feito, pele clarinha, olhos verdes, mas não tão vibrantes quanto os da Jú. Aproximo - me dela, e coloco uma das minhas mãos nos cabelos dela e a puxo para perto de mim, digo bem baixinho no ouvido dela:

– Posso te dar um beijo?

– Claro! - Ela diz com a voz rouca.

Aproximo meu rosto do dela e a beijo. Um beijo longo e profundo. Ela tinha o vejo bom. Depois do beijo fico alguns minutos com ela mais saio de perto dela rápido. Tinha que ficar com outras, precisava ganhar aquela aposta.

***

– Ferrou! Os pais do Bernardo e da Bia chegaram. - Gritou o Edu que vinha correndo da garagem.

Realmente estava tudo ferrado, perdido. Meus pais não podiam ter escolhido uma outra hora voltrar para casa? Talvez mais tarde não era nem 19:00hrs, ou então amanhã seria até melhor. Mais não eles tinha que voltar hoje bem naquela hora para estragar a minha festa. Meus pais chegaram por trás de mim, eu dei um pulo de tão assustado que fiquei. Olhei em volta a procurar da Bia, mas ela tinha sumido.

– Você pode me explicar o que é isso Bernardo? - Pergunta minha mãe seria.

– Uma festa! - Digo.

– Que é uma festa eu estou vendo! - Diz minha mãe. - Onde está sua irmã?

– Não sei...

– Polo menos isso! A Beatriz tem um pouco mais de...

Se você iria dizer juízo mamãe acho melhor parar por aqui. Meu pai tinha acabado de chegar puxando a Bia por um braço e o Théo pelo outro. O idiota estava pegando minha irmã, com tantas outras na festa ele tinha que ficar justamente com a Bia.

– Sua filha estava bem ali atrás daquela parede. - Diz meu pai apontando para parede. - Na maior safadeza com esse moleque aqui.

Meu pai estava muito bravo. Eu também ficaria se tivesse a visto o palhaço do Théo pegando ela, mas eu não tive tempo tava fazendo coisa melhor agarrando todas gatinhas da festa.

– Peço por gentileza que se retirem da minha casa, por favor! - Diz minha mãe.

Todos abaixam a cabeça e saem resmungando baixinho alguma coisa que eu não consegui ouvi. Eu a Bia fazemos o mesmo, mas antes mesmo de podermos entrar em casa escuto meu pai dizer:

– Onde vocês pensam que vão? Podem voltar aqui, eu quero voltar aqui daqui a pouco e encontrar tudo aqui limpinho, brilhando.

– E depois quero os dois em seus quartos, sem televisão, celular, Internet e sem sair de casa. Só do colégio para casa de casa para o colégio. - Diz minha mãe.

– Melhor dizendo vocês estão de castigo por uma semana. - Completa meu pai.

– Mas pai... - Eu e Bia falamos em uníssono.

– Se reclamar eu aumento para duas semana. - Diz minha mãe.

Meus pais sorriem e saem nos deixando sozinhos com todas aquela bagunça que aquele povo tinha feito. A Bia minha olha, um olhar nada animador por sinal. Mais o que poderíamos fazer, sem reclamar começamos a limpar toda aquela bagunça.