A Mentirosa escrita por dudabischoff


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

OI, GENTE! Então, postei quinta o Prólogo da fic e hoje temos o quê? Isso mesmo o 1 cap., palmas pra mim!
É isso, morecas e morecos.
Lembre que você também pode acompanhar a fic no Wattpad com o nome de The Liar, ok? Ok.



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Romeu e Julieta. Onde estava aquele bendito livro? Três corredores haviam sido revistados, só restava mais um e lá já começava a categoria ação. Convenhamos que a maior ação da história é a morte do casal, que por acaso é infundada e irritante.

E assim estava eu, excomungando o livro, William Shakespeare e todos os seus descendentes, quando o vento frio entrou na biblioteca, como se ele mesmo reclamasse da chuva que caía e quisesse um abrigo. Então escutei o familiar barulho de sapatos castigando o chão de madeira e senti o leve aroma de camomila e café.

– Olá - disse-me uma voz doce e sedutora. Virei a cabeça, fingindo não ligar, para contemplar uma linda garota loira de olhos verdes e um incansável sorriso. Os sapatos que faziam tanto barulho eram pretos de bico arredondado e pareciam feitos de pelúcia. Ela usava um vestido vermelho e grosso com decote quadrado e mangas longas.

– Oi - respondi, voltando minha atenção aos livros. - Veio fiscalizar meu progresso? Juro que estou procurando o livro.

– Que livro? - indagou com um charmoso franzir de sobrancelhas.

– O que usaremos no nosso trabalho para Inglês.

Ela riu baixo e tocou meu ombro.

– Eu peguei os três exemplares para nós. Estão no meu quarto.

Senti uma leve pontada de raiva.

– Sabe, eu passei as últimas duas horas aqui.

– Sinto muito. Será que eu poderia me redimir de alguma maneira? Em algum lugar com café, talvez...

Tentei conter o sorriso sem muito sucesso.

–Está me chamando pra sair, Brooke?

– Não, Jamie. - Ela disse. - Estou dando uma deixa para que você me convide.

– Ah! Claro, claro. - Limpei a garganta e fiz minha melhor cara de ator mexicano. -Quer sair comigo? Em algum lugar com café, talvez...

Brooke jogou o cabelo para trás continuando nossa encenação.

– Obviamente.

__________________________

Brooke adorava mesmo café. Ela já havia pedido três cappuccinos e estava prestes a pedir um café com leite e morango quando eu a impedi.

– Ei, vai com calma aí. Assim você não dorme hoje nem com dose cavalar de calmantes.

– Ah, eu não pretendo dormir hoje.

Oh, meu Deus. Tentei esconder meu sorriso enquanto ela ria descontroladamente.

– Não pense besteiras. É que eu tenho pesadelos.

– Oh. - Suspirei. - Nunca tive pesadelos.

– Mesmo? - uma pontada de inveja passou por seu rosto.

Assenti enquanto terminava meu café. Esse era um fato estranho sobre mim: eu nunca havia tido um pesadelo na minha vida, e isso provavelmente se devia ao fato de eu nunca ter me apaixonado por Brooke Adrians na minha vida.

– Mesmo. Nem quando vejo filmes de terror e, acredite, eu sou expert nesse assunto.

– Tá brincando! Eu amo filmes de terror e nunca tenho ninguém pra ver comigo. - Ela suspirou e tirou uma mecha de cabelo dos olhos, como se ela realmente chorasse por isso todas as noites.

Um silêncio desconfortável se fez.

– Nossa, você é mesmo terrível nisso - ela disse entre risos.

– Nisso o quê?

– Flertar. Acabei de dar uma deixa pra você me convidar pra ir ao cinema.

Ela tinha feito isso?

– Você fez isso? - perguntei de cenho franzido.

– Sim... sabe: "nunca tenho ninguém pra ir comigo" significa alguma coisa.

Obviamente. Significava que ela não tinha ninguém que fosse com ela ao cinema, não que ela queria minha companhia.

Mas uma coisa que eu aprendi aí e usei pro resto de minha relação com Brooke foi: ela sempre estava certa, e eu sempre estava errado.

– Certo... você, hum, quer ir ao cinema comigo?

– Claro - ela falou simplesmente, como se aquilo não significasse ficar duas horas ao lado de um ser sobre-humano. Então lebrei que aquilo iria acontecer apenas comigo. Brooke só iria sair com mais um cara da faculdade e assisti-lo fazer tudo o que ela quisesse. Não que eu tenha reclamado, claro.

– Legal. Te pego amanhã? Às 19:00?

– Perfeito. O que vamos olhar? Tem aquele filme do cara com a serra elétrica...

– Você quer que eu leve você para ver o Massacre da Serra Elétrica? - perguntei cético.

– Essa era a ideia.

– Brooke, você tem muito a aprender.

– Sejamos francos, esse é um dos melhores.

– E quanto a Sexta-Feira 13?

Ela torceu o nariz.

– Não gosto do Jason.

– Você tem mesmo muito a aprender. Só falta me dizer que Chuck, o Boneco Assassino te assuta.

– Não, definitivamente não. Para falar a verdade, eu achava que isso nem era um filme de terror.

– Só por que em O Filho do Chuck ele se masturba? Ora, bonecos também têm pênis.

Brooke desatou a rir da minha piada sem graça e eu podia jurar, naquele exato momento, que era o melhor som que eu já havia escutado.

E talvez eu ainda possa.


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Notas finais do capítulo

oioi de novo. E aí, gostaram? Tomara que sim! Comentem.
Beijos. Adoro vcs