Bad Romance (Black Iron) escrita por Bruna


Capítulo 22
Bad Romance


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, nem sei o que falar direito, é o último capítulo!
Amo essa fanfic com todo o meu coração e todos vocês que estão lendo, todos os que me acompanharam, mesmo não comentando, e todos aqueles que um dia lerão até o último capítulo! Mesmo amando a fic, sei que chegou a hora do seu final, espero que tenham gostado tanto quanto eu.
OBRIGADA! Acho que isso resume bastante, muito obrigada gente, a todos que incentivaram, a todos os favoritos, comentários, acompanhamentos, recomendações, visualizações, tudo isso é muito importante para mim! Mesmo com o fim da fic, ainda estarei de olho nela e em vocês, sempre respondendo.
Tenho sim intenção de continuar escrevendo fanfics, não sei se sobre esse casal, sem ser a Casada com Tony Stark, que continuarei sim. Sintam-se à vontade de mandar MPs, responderei todos.
Acho que é isso, obrigada mais uma vez, tomara que gostem desse último capítulo e desculpe por qualquer coisa!
Até, para aqueles que continuarão me acompanhando kkkkk
Beijos s2



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Eu quero o seu amor

E eu quero a sua vingança

Você e eu poderíamos escrever um romance ruim

(Bad Romance - Lady Gaga)

Não importava o quanto Tony acelerava o carro, a velocidade nunca era o suficiente. Nós dois estávamos beirando ao delírio, um sentimento de necessidade me preenchia, seguia desde a minha cabeça e pela minha corrente sanguínea percorria todo o meu corpo. Não era preciso ter algum poder maior para saber que o moreno ao meu lado estava da mesma forma.

E novamente a tentativa de acelerar o carro é inútil, logo Stark é obrigado a parar o carro em um sinal vermelho. Seguro a gargalhada que tenho vontade de dar, a cara de poucos amigos de Tony é hilária. Mexer com ele não seria o mais esperto a fazer, mas eu adorava o perigo.

Sutilmente eu tirei o sinto de segurança, visando fazer o mínimo de barulho possível, delicadamente debrucei meu corpo para o lado, fazendo o meu rosto ficar a centímetros de distância do rosto de Stark. Dou um beijo demorado em seu pescoço, o que faz o mesmo fechar os olhos e suspirar.

– Natasha... – Sua voz sai em uma mistura de desejo e repressão.

Volto para o meu lugar rindo.

– Você ainda vai me matar. – Avisa.

Volto meu olhar para frente e vejo que o sinal já abriu, o carro arranca rápido, o que faz meu corpo bater de encontro ao banco. Um sorriso ainda brinca em meus lábios. Com a velocidade suicida de Tony, chegamos finalmente ao nosso destino.

Mal o carro para e já abro a porta, no momento em que sinto meus pés tocarem o chão, corro. Corro o mais rápido que posso com aquele salto. Chego dentro de casa e encaro a escada, frustrada, tiro os saltos e os jogo em qualquer lugar. Subo alguns degraus, mas não tão rápido, logo sinto ele puxar meus braço, em seguida sinto minhas costas baterem com força na parede.

– Onde a mocinha pensa que vai? – Sussurra perto do meu ouvido.

– Fugir do lobo mal. – Respondo no mesmo tom.

– Deveria correr mais rápido então. – Tony beija meu pescoço me fazendo arfar.

Escondo qualquer vestígio disso e apenas olho com a maior cara de inocente que consigo fazer.

– Obrigada pela dica.

Puxo o braço esquerdo de Stark, que está apoiado na parede ao lado do meu rosto, para o lado direito. Empurro com força por cima de mim e logo saio correndo e rindo. Tudo foi muito rápido, fazendo ele se desequilibrar e quase cair da escada.

E pensar que eu poderia ter perdido tudo isso, que nunca viveria da forma como eu estou vivendo agora. Volto um pouco atrás em minhas lembranças, mais especificamente, no dia em que selei meu destino.

“Depois de pensar em tudo, tudo que aconteceu e o que ia acontecer, eu não tinha dúvidas. Com Tony ainda parado segurando a porta do táxi, falo as três palavras que nunca haviam saído da minha boca naquele contexto, ou com aquele sentido. Eu te amo. E apenas essas palavras selaram completamente o meu futuro. A cara de Tony era de completa surpresa, ele estava chocado, eu podia ver pelos seus olhos. Eu acho que ele também não era muito de dizer essas palavras, e foi o bastante para ele largar a porta do táxi e chegar próximo de mim. Ficamos nos encarando por um tempo indeterminado, eu já sentia todo o meu corpo tremer. Até que pude ouvir aquelas palavras dele também, e em seguida sentir seus lábios colados aos meus.”

Também lembro todas as perguntas que faziam para nós dois, das caras de dúvida, espanto, surpresa e choque. Era até cômico isso. Mas depois de tantas dúvidas e tempo, eles aceitaram, não que fossemos nos importar se eles dariam suas bênçãos, era de Natasha Romanoff e Tony Stark que estávamos falando, todavia, era importante que eles estivessem ao nosso lado.

E não houve um dia nesses trezentos e sessenta e cinco dias que eu me arrependesse, nem por um minuto, nem por um segundo, nem por todos os nossos erros ou todas as consequências.

Corro pelo corredor até parar na frente da porta do nosso quarto, abro-a rápido, entretanto não consigo fecha-la a tempo, Stark entra e a fecha atrás dele. Sorrio maliciosamente, com passos lentos ele vai chegando cada vez mais perto de mim, a cada passo que ele dá em minha direção, eu dou um para trás. Até finalmente sentir a parede.

– Não tem mais para onde fugir ruivinha. – Avisa chegando cada vez mais perto, até estar com seu rosto colado ao meu, cada mão de um lado do meu corpo, me cercando.

– E quem disse que eu quero continuar fugindo? – Sussurro em seu ouvido, o que parece despertar algo em Tony, ou melhor, soltar algo que estava sendo trancafiado a muito custo.

Seu beijo não é nada calmo ou delicado, mas não precisávamos daquilo, nunca precisamos. Suas mãos trocam a parede pela minha cintura, onde se afundam forte, o que com certeza irá deixar uma marca.

Em meio a esse beijo, lembro todas as vezes em que gritámos um com o outro até nossas gargantas doerem e logo depois estarmos nos beijando.

Para muitos o nosso relacionamento não seria classificado como saudável. Brigas quase diárias, trabalhos suicidas e todos aqueles sentimentos que nenhum dos dois tinha a mínima vontade de guardar, raiva, ira, amor, ódio, alegria, necessidade, desejo... Eu e Tony tínhamos personalidades extremamente fortes, não tínhamos medo nenhum e, para muitos, nenhum pouco de senso.

Em minuto poderíamos estar tentando nos matar, em outro, nos beijando e quase nos matando.

Mas tudo aquilo era um sonho para mim, nos não éramos falsos um com o outro, sentíamos tudo o eu queríamos sem medo das consequências.

Eu queria tudo o que a vida tinha para oferecer, eu queria tudo o que Tony tinha para me oferecer. Seja o seu ódio ou o seu amor, sua vingança ou o seu carinho.

Eu nunca mais havia tido pesadelos, ou surtos, eu, por incrível que pareça, tinha me tornado mais forte. Ele havia feito isso. Não só pelo fato de eu não estar sozinha e sim pelo fato que ele consciente e inconscientemente havia me transformado, pra melhor, muito melhor.

E nós tínhamos tudo, desde as brigas e beijos, aos tiros e caos e também muito amor. Depois de entrarmos de cabeça mesmo nessa relação, nós havíamos jogando o carinho um pouco para escanteio, afinal, era eu e Tony que estávamos em uma relação, não qualquer outra pessoa normal. Mesmo assim, ainda tínhamos esses momentos também. Já que nenhum dos dois gostava muito de rotina.

Meus pulmões já reclamavam e gritavam por ar. Tony nos separou só para me segurar de um jeito nada delicado e me jogar na cama. Sorri maliciosa enquanto ele vinha para cima de mim novamente.

E mesmo depois de todo esse, tempo, de todas as perguntas, minha resposta era sim, eu queria tudo isso.

Nós não dizíamos eu te amo com frequência, quase nenhuma vez, nós não pensávamos em casar, nem levar nosso relacionamento para algum outro nível. Muito menos em montar uma família ou largar nossos “empregos”. Nós não pensávamos nem um pouco no futuro, e por que pensaríamos?

Se amanhã ou depois nós nos separamos, por escolha ou não, do que importava para a gente agora?

E talvez seja isso que fez durar tanto tempo.

Sim, eu quero essa incerteza, eu quero esse perigo, eu quero esse martírio.

Eu quero esse romance ruim. Todas as partes dele, das mais deliciosas e confortáveis, as mais horríveis e doloridas.

– Vai me matar seu Lobo? – Perguntei inocente ficando por cima de Tony.

– Muito melhor. – Sorrio malicioso, logo depois empurrou meu corpo, ficando com o dele sobre mim, então, finalmente, colocando nossos lábios.

Sim, eu quero todo esse romance ruim.


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