Bad Romance (Black Iron) escrita por Bruna


Capítulo 16
Say something


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, mais um capítulo para vocês e tenho alguns avisos.
1º - A música do capítulo eu amooo, eu coloquei o link do cover dela porque é simplesmente perfeito e se encaixa muito bem com o cpítulo... Mas sintam-se a vontade para escutar outras versões da música ;)
2º - Postei uma nova fanfic! COM O SHIPPER NATxTONY! Não, ainda não é os ones, desculpinha gente, essa fanfic eu já estou há um tempo para fazer, mas prometo que estou já providenciando os ones!
Essa é uma fanfic mais descontraída, viajada (auhsh) e mais divertida, tomara que gostem também :D Vou deixar o link aqui para vocês: https://fanfiction.com.br/historia/640366/Casada_com_Tony_Stark/
Vou tentar postar normal as duas, mais de uma vez por semana, ou pelo menos uma. Época de prova X(
Sem mais delongas, desculpe qualquer erro e tomara que gostem do capítulo *0*
Beijos s2
LEIAM AS NOTAS INICIAIS POR FAVOR!



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E estou me sentindo tão pequeno

Isso estava na minha cabeça

Eu não sei nada

E eu vou tropeçar e cair

Eu ainda estou aprendendo a amar

Apenas começando a engatinhar

Diga alguma coisa, estou desistindo de você

Lamento que eu não possa te alcançar

Eu te seguiria para qualquer lugar

Diga alguma coisa, estou desistindo de você

(Say Something )

P.O.V Tony Stark

Entrei naquele quarto e como o esperado ela estava lá. Deitada no chão, magra, pálida e cheia de hematomas. Aquela cena me deu uma dor enorme no coração, fui até o seu lado e notei que ela estava inconsciente. Com cuidado peguei-a no colo e sai dali. Vários carros da SHIELD estavam do lado de fora da pequena base da HYDRA que nós conseguimos rastrear devido às inúmeras pesquisas suspeitas feitas em rede aberta. Larguei-a em um dos carros com outros dois agentes, eu queria poder levar ela em segurança até a SHIELD, mas tinha que terminar outros assuntos.

Localizei meu alvo e cheguei a ele em poucos segundos. Kyle estava algemado e sendo vigiado por dois agentes, peguei ele e o levei para sala ao lado, jogando Kyle com força contra a parede. Uma raiva enorme cresceu dentro de mim, o homem que estava em minha frente quase havia tirado a coisa mais importante da minha vida.

– Nervosinho é? – Atravessei a sala e o peguei pelo pescoço com força. – Só porque eu quase matei a sua namoradinha é? – Sua voz saiu fraca devido à força com que eu apertava seu pescoço.

Soquei seu rosto, fazendo sangue jorrar, dei outro soco, dessa vez no estômago. Eu não ligava para o fato de estar de armadura.

– Que pena que essa sua força tão grande... Não pode salva-la... – Ele se intercalava em falar e respirar fundo. - A ordem para mata-la já foi dada... É só uma questão de tempo...

Novamente soquei seu rosto e o joguei no chão com força.

– Não adianta me matar... Você não vai salva-la...

. . .

Já fazia quatro dias eu havíamos ido à sede da HYDRA e salvado a Natasha. E nesses quatro dias eu mal conseguia dormir, não parava de pensar nela, em como eu queria que ela acordasse. Eu estive tão preocupado nessas últimas semanas, preocupado com a segurança dela, com a vida dela... Eu queria poder vê-la e não perder mais um segundo sem ela, queria tanto poder sentir seus lábios novamente.

A única coisa que eu fazia agora era esperar.

Esses quatro dias me fizeram pensar, pensar se era o certo fazer isso.

Eu não era uma pessoa muito boa com relacionamentos, sempre acabava machucando alguém, eu não podia deixar que a Natasha, depois de tudo o que ela passou, se machucasse mais ainda.

E o único modo para isso era mantendo ela afastada.

“Nós” nunca daria certo.

Passei esses quatro dias me convencendo que poderíamos sim ficar juntos.

Passei esses quatro dias me convencendo que não poderíamos ficar juntos.

Passei esses quatro dias confuso, até eu acordar nesse quarto dia, e finalmente entender que eu amava Natasha Romanoff, como nunca amei ninguém, e é por isso, que eu preciso ficar longe dela.

Quando pensei que ela podia estar morta, eu quase morri, não podia pensar em viver em um mundo no qual ela não existisse, mas eu não sei se ela pensa exatamente como eu, não sei se ela aceitaria os riscos.

Eu precisava deixa-la ir, mesmo que eu me machucasse. Melhor o meu coração partido do que o dela.

Mas talvez se ela disser alguma coisa, nós pudéssemos tentar. Se ela quiser tanto quanto eu, e estiver pronta para os riscos, talvez nós pudéssemos fazer dar certo.

. . .

P.O.V Natasha Romanoff

Acordo, abro meus olhos e noto que estou deitada em uma maca, em uma sala de hospital. Olho para o lado e vejo meu braço conectado ao soro. Sinto uma dor em meus músculos e minha cabeça, mas nada comparada a dor que senti quando me injetaram aquele soro.

Vou aos poucos recuperando um pouco de força até conseguir me sentar, quando já estou ajeitada a porta se abre e um médico entra.

– Bom dia, agente Romanoff. – Ele fala enquanto verifica as máquinas.

– Bom dia... Há quanto tempo eu estou dormindo? – Minha voz saia sonolenta e rouca.

– Há quatro dias. Seus sinais vitais estão muito bem, o que injetaram em você foi forte, mas o soro que tem em você é mais forte, creio que em poucas semanas você já estará muito melhor. – Ele me estende dois comprimidos e um copo com água. – Desde que não faça nada que use de muita força e, é claro, tome os remédios.

Pego os comprimidos e o copo de água agradecendo.

– Já tem gente querendo ver você, irei chama-lo.

– Obrigada.

O doutor sai e quem entra em seguida é Tony.

Sinto meu coração dar um pulo. Achei que não iria vê-lo de novo.

– Oi. – Ele fala.

– Oi.

Stark parece cansado, com olheiras em baixo dos olhos e alguns arranhões no rosto.

– Tudo bem? – Tony me pergunta.

– Tudo, eu acho... E com você?

– Tudo bem. – Ele parecia meio distante e receoso, e eu não entendia o por quê, não poderia ser pela nossa briga, já havíamos meio que resolvido.

Mesmo assim, um pequeno sorriso ainda estava em meus lábios, eu estava com Tony novamente, isso era tão bom.

– Disseram que vão liberar você daqui uns dias, eu venho ver você dai, vou indo para deixar você descansar. – Assinto com a cabeça enquanto meu sorriso vai diminuindo.

Quanto Tony saia da sala já não existia mais nenhum vestígio daquele sorriso. Stark estava tão sério, distante e até formal. Por que justo agora? Eu não queria que ele fosse embora, eu queria poder abraça-lo, pedir desculpas e até beijá-lo...

Mas ele parecia pensar diferente.

Depois disso o médico voltou e fez mais algumas observações, e foi assim por cinco dias, eu já estava enjoada de ficar deitada naquele hospital. E o fato de Tony não vir mais me ver e estar tão estranho não melhorava nada.

Depois desses dias eu já havia perdido a coragem de disser tudo aquilo, depois de pensar tanto até fiquei em dúvida.

Talvez essa experiência de quase morte tivesse bagunçado meus sentimentos e ideias, agora eu já não sabia de mais nada.

. . .

Finalmente no sexto dia fui liberada, me entregaram uma calça jeans e uma blusa preta de manga curta, junto com uma bota para vestir. Tomei um banho rápido no chuveiro de lá, depois do banho me olhei no espelho. Eu estava realmente horrível, arranhões pelo rosto e corpo, eu estava extremamente magra e pálida. Tentei dar uma ajeitada no cabelo e logo em seguida sai.

Também deixaram a minha bolsa, com meu celular, documentos e dinheiro no quarto, pego a bolsa e vou em direção à saída.

Quando abro a porta do quarto dou de cara com Tony.

– Ah... Oi. – Falo fechando a porta atrás de mim.

– Oi, vim ver se está tudo bem com você, vai sair hoje né?

– Sim.

Como da outra vez Tony está sério e formal, como se nós não passássemos de agentes desconhecidos designados para a mesma missão, um mero relacionamento de trabalho. Aquilo magoava, mas ao mesmo tempo era bom ver Stark.

– Então...

– Então...

Estou com todas as palavras presas na minha garganta, um discurso que eu já havia feito faz tempo.

Mesmo estando confusa, eu sentia que precisa ficar ao seu lado, eu tinha que pedir desculpas, eu tinha que dizer que ele era importante para mim, mas eu não conseguia, eu era nova nesse quesito de gostar e relacionamentos.

Eu precisava que ele dissesse alguma coisa, eu precisava saber que ele queria.

Todavia, ele não dizia nada.

Eu estava começando a desistir, não tinha mais o que eu falar.

Diga alguma coisa!

– Eu estou bem ocupado, só passei aqui para ver se estava tudo bem, então... Até logo.

– Até logo. – Sussurro enquanto vejo Stark se afastar pelo corredor.

Queria tanto gritar para ele ficar, mas eu estava tão confusa.

Eu poderia ser dele se ele quisesse, ele só precisava dizer alguma coisa!

Porém ele não disse nada e eu também não, talvez não fosse para ser.

Quando ele some do meu campo de visão uma lágrima escorre pelo meu rosto, seguida de algumas outras.

Era tão complicado, eu não tinha forças para lutar e isso era duro demais para mim.

E nesse momento eu soube que estava apaixonada por Tony, eu amava Tony Stark.

Porém, eu tinha medo. Ele foi à única pessoa que eu amei assim e agora parecia que eu estava dizendo adeus, desistindo...

Eu só queria que ele tivesse dito alguma coisa.


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