Laços do Passado escrita por Amy Mills


Capítulo 61
Perdão em familia


Notas iniciais do capítulo

Oioiiiii. Obrigada pelas mensagens e comentários. Tô amando tudo, infelizmente não tenho tempo pra responder todas. Mas as leio com muito carinho tá? Bjusss.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/622550/chapter/61

Regina entra em sua casa e imediatamente sente a presença de Zelena. Ela sobe as escadas as pressas e entra em quase todos os quartos. Quando entra no ultimo quarto ela encontra a ruiva segurando um ursinho de pelúcia olhando pra o quarto que Regina ainda não tinha visto.

Zelena— Eu preparei esse quarto pra Lana. Eu não podia ir embora e não deixar um presente pra minha sobrinha( coloca o ursinho no berço.

Regina— Minha irmã( chora)

Zelena se emociona e as duas se abraçam.

Regina— Zelena me perdoa.

A ruiva apenas chora abraçada a irmã.

No haras Cora e Amy estão confabulando na cripta de Regina.

Cora— Espero que elas se acertem.

Amy— Vão se acertar sim( fascinada olhando pra um globo de localização)

Cora— Eu dei a sua mãe esse globo quando ela tinha a sua idade( olha pra o objeto mágico)

Amy— Ele é incrível. É assim que funciona? Só espetar o dedo e pensar na pessoa?

Cora— Na verdade não. Exige-se mais de uma bruxa comum, magia e alguns ingredientes, mas sendo uma Mills, ainda mais guardiã( sorri pra neta) o sangue é suficiente. O sangue encontra qualquer Mills em qualquer lugar.

Amy sorri encarando o objeto.

Cora enxuga o dedo da neta com um lenço.

Cora— Cuidado com o seu sangue, ele é muito precioso.

Amy sorri.

Cora— Você ainda tem aquele lenço?

Amy— Que lenço?

Cora encara Amy e ergue uma sobrancelha.

Amy expõe o lenço pra avó.

Cora— Você não se separa dele não é?

Amy— Você sabia!

Cora— Que você carregava pra cima e pra baixo o lenço da Regina? Sim eu sabia.

Amy— Então por que queimou a camisa do meu pai e não o lenço?

Cora— A camisa do seu pai continha o sangue da Regina. Como eu acabei de dizer o sangue das Mills é muito precioso e se torna perigoso se cair em mãos erradas.

Amy— E o lenço?

Cora— Você precisava de uma lembrança da sua mãe. Sem o meu coração eu não me importava muito, mas esse lenço parecia te acalmar e eu não aguentava suas queixas diárias.

Amy sorri e a encara.

Cora— Eram muitas queixas.

Amy— Diversas, mas você merecia.

Cora— Ainda mereço!

Amy— Não merece. Não mais. Você está se esforçando, eu vejo isso. Quando a minha mãe ligou procurando noticias do paradeiro da irmã, a senhora logo se prontificou em usarmos o globo, demonstrando que quer a união das filhas.

Cora— Eu quero a união das duas sim. Elas não puderam crescer juntas e sei que a minha chegada abalou a relação delas. Nada mais justo que fosse eu a dar uma mãozinha na reconciliação.

Amy— Tá vendo? Você quer mudar vó.

Cora a encara e sorri.

Amy— O que foi?

Cora— É a primeira vez que você me chama assim( sorri largamente)

Amy— Eu não poderia te chamar de outra coisa.

As duas se abraçam.

Na mansão.

Regina— Por favor, me perdoa.

Zelena— Regina, do que está falando?

A ruiva se afasta e percebe Regina se tremendo.

Zelena— O que está sentindo?(preocupada)

Regina— Não vai embora, por favor não vai embora antes de me perdoar.

Zelena a ajuda a se sentar e fica ajoelhada de frente a irmã.

Regina—Por favor, me escuta.

Zelena— Se acalma( enxuga as lágrimas da irmã que não cessam)

Regina— Me perdoa por ter te culpado por trazer a nossa mãe. Eu enlouqueci quando eu a vi.

Zelena— Eu sei disso.

Regina— Quando eu a vi tudo voltou, todos os sofrimentos e todos os momentos de angustia que ela causou( chora)

Zelena—Eu sinto muito Regina.

Regina— Não sinta. Eu sei de tudo, agora eu sei por que a trouxe.

Zelena— Quem te contou?

Regina— Eu precisei de um puxão de orelha da minha própria filha pra que eu enxergasse que tudo que você fez por mim  e (soluça)...E eu estraguei tudo!

Zelena— Não estragou nada.

Regina— Eu estraguei sim. Você a trouxe pra salvar a minha vida e eu te culpando e te condenando esse tempo todo, quando na verdade você estava sendo a minha heroína.

Zelena— Ela era a única opção.

Regina— Me perdoa Zelena. Você me pediu perdão, mas eu quem devia me ajoelhar e te pedir perdão.

Zelena— Esquece isso.

Regina— Não. Não vou esquecer. Eu te ameacei com aquela história da Rebecca por que eu estava desesperada e não queria admitir. Eu senti o meu peito doer só de imaginar você longe de mim.

Regina puxa a irmã e abraça.

Regina— Me perdoa Zelena. Por favor, me perdoa!

Zelena— Eu te perdoo Regina, é claro que te perdoo.

As duas continuam abraçadas emocionadas.

Zelena— Está tudo bem( alisa as costas da irmã acalmando-a)

Regina se afasta, encara Zelena e com lágrimas nos olhos abre o coração.

Regina— Por favor, eu te peço, não vai embora! Eu te imploro.

Zelena— Regina, eu...

Regina— Não vai embora Zelena.

Zelena— Eu não vou me afastar de você.

Regina a abraça com força.

Regina— Promete! Me promete que não vai embora.

Zelena— Eu prometo!

Regina respira mais aliviada.

Regina— Eu te amo( sussurra)

Zelena— Eu também te amo.

Longe dali Henry vai acordando com muita dificuldade.

Emma— Bom dia( fala alto dentro do quarto)

Henry— Será que dá pra falar mais baixo?

Emma— Tá incomodando a minha voz?(bate com um taco na porta do guarda roupa de Henry)

Henry tapa os ouvidos.

Emma— Tire essa roupa vomitada, tome um banho e desça. Precisamos conversar.

Na mansão Mills.

Regina— O quarto é perfeito Zelena( andando pelo quarto e  observa cada detalhe)

Zelena— Uma princesa merece o melhor.

Regina— É a cara da Lana. Minha filha vai adorar o quartinho novo dela. Quando você montou tudo isso?

Zelena— Eu levei semanas já que sem a magia tudo fica mais complicado.

Regina— Eu sei como é. Eu quem decorei o do Henry sem magia também.

Zelena— Ah eu sei doutora Mills.

Regina— Doutora Mill?(confusa) Ah não, você mexeu nas gavetas do meu escritório?( entende as palavras de Zelena)

Zelena— Eu estava procurando envelopes e achei um certo diploma.

Regina— Você estava bisbilhotando Zelena.

Zelena— Estava sim.

Regina— Eu sabia (sorrindo)

Zelena— Não acredito que você é arquiteta Regina.

Regina— Eu sou sim arquiteta.

Zelena— Mas quando você fez esse curso?

Regina— Fiz o curso em Boston alguns anos antes de adotar o Henry. Quando ele estava com poucos meses eu terminei o doutorado.

Zelena— Quando você vai parar de me surpreender?

Regina— Espero que nunca.

Zelena—Doutora Regina, agora eu entendo todos aqueles projetos na prefeitura. Foi tudo você quem desenhou!

Regina— Cada um deles. Eu adoro desenhar.

Zelena— Você é uma mulher admirável doutora Regina.

Regina— Muito obrigada, o curso foi maravilhoso, aqui era enfadonho, eu não passaria a minha vida toda sem fazer nada aqui.

Zelena— Você quem projetou essa mansão?

Regina— Cada detalhe. Eu tenho orgulho dela.

Zelena— Foi um trabalho incrível.

Regina— Obrigada.

Regina abraça a irmã outra vez.

Regina— Estou muito feliz por você ficar.

Zelena— Eu também estou por não precisar ir.

As duas vão saindo do quarto abraçadas.

Regina— Então? Vamos dar a boa notícia pra o resto da família?

Zelena— Vamos sim. Que tal ligarmos da cozinha? Eu tô morrendo de fome.

Regina— Eu também estou( sorri)

Zelena— Ei, como soube que eu ainda estava aqui?

Regina— Acredite ou não foi a nossa mãe.

Zelena— Como ela sabia?

Regina— Descobriremos depois.

As duas seguem pra cozinha.

Algum tempo depois na sala de Emma.

Henry— Será que dá pra parar de gritar? Minha cabeça tá explodindo( com as mãos na cabeça)

Emma— Não vou para de gritar Henry( fala nervosa) Você foi imprudente.

Henry— Para com isso mãe.

Emma— Não fala como se você não tivesse culpa. Se eu não tivesse te encontrado e interrompido o que eu tenho certeza que ia acontecer, você estaria acordando na cama daquela garota oferecida agora.

Henry— Olha mãe, com todo respeito, isso não é da sua conta.

Emma— É sim da minha conta. Você é um adolescente e enquanto viver sob o meu teto vai ter que aguentar os meus sermões.

Henry— Vou deixar de ficar debaixo do seu teto.

Emma— É mesmo? E como vai se sustentar? Você não trabalha e não tem condição nenhuma pra se sustentar.

Henry— Eu dou um jeito.

Emma respira fundo.

Emma— Olha Henry, eu sei que você tá sofrendo, tá? Eu te entendo. Mas você precisa colocar sua cabeça no lugar. O mundo não vai se acabar se você não namorar mais a Grace.

Henry parece refletir.

Emma— Sei que a Grace foi muito importante pra você e que uma separação dói muito, mas você precisa tentar se erguer pra poder superar isso.

Henry— Me desculpa mãe. Me desculpa mesmo! Eu nem sei por que saí pra beber.

Emma— Eu culpo o pirata.

Henry— Não o culpe mãe. O Hook só queria me distrair, por isso  entramos no bar. Beber foi ideia minha. Só minha!

Emma— Talvez.

Henry— Pra falar a verdade eu nem lembro de ter saído com a Mily da boate.

Emma— O Hook chegou aqui e me contou que você deu um soco no Enzo e...

Henry— O quê?(espantado)

Emma— O Hook conversou com ele e o Enzo sabe que você não estava em sã consciência.

Henry— E depois?

Emma— Resgatei você da casa da Mily(faz voz infantil)

Henry— Como sabia onde a Mily mora?

Emma— Desde que a sua mãe disse que eu não prestava atenção em você o suficiente. Na mesma época que eu peguei você no sofá da sua casa com essa mesma garota.

Henry— Ai que vergonha.

Emma— Vergonha foi quando eu arrastei você da casa dela pela orelha.

Henry— Você não fez isso.

Emma— Fiz sim.

Henry— Nunca mais eu vou colocar os pés na rua.

Emma— Como se você tivesse essa opção.

Henry— O que quer dizer?

Emma— Como é aquela frase que a Regina adora?(pesando um pouco) Ah, já sei: Você está de castigo.

Henry— Você não...

Emma— Eu sim Henry. Seus privilégios sumiram e se prepara pra o tsunami Regina.

Henry— Não mãe. Por favor, não conta pra ela. Eu prometo não repetir esse erro (junta as mãos)

Emma— Que bom que prometeu isso, mas eu vou contar pra ela sim e nada que eu faça ou diga vai se comparar ao que ela vai fazer com você quando descobrir que o pequeno príncipe quase...

Henry— Eu já entendi.

Emma— Eu fiz uma besteira e vou usar esse meu heroísmo pra limpar um pouco a minha barra.

Henry— Você está usando o seu próprio filho pra ficar de bem com a minha mãe?

Emma— Acho que ela ainda assim não vai me perdoar pelo  que eu fiz, mas eu vou tentar compensar.

Henry— Mas...

Emma— Mas nada Henry. Você vai ficar aqui até segunda ordem.

Henry— E eu não vou a escola hoje? Que ótimo.

Emma— Só hoje, por causa da sua ressaca, mas eu tenho um trabalho pra você.

Ruby— Bom dia(entra na casa de Emma com uma enorme caixa)

Emma— Oi loba, chegou bem na hora.

Ruby— Oi pequeno príncipe( faz piada)

Emma pega uma caixa das mãos de Ruby e entrega a Henry.

Henry- O que é tudo isso?

Emma- Isso é a cereja do bolo.

Ruby- Olha Henry, como você sabe, eu já tive muita diversão na minha vida e mesmo que eu me divertisse muito a noite, pela manhã a minha vó me obrigava a repassar toda a contabilidade da lanchonete.

Emma- E a Ruby havia me dito como era divertido trabalhar com números no meio de uma ressaca.

Henry- Ah não.

Emma- Divirta-se( sorri)

Ruby coloca a outra caixa em cima da mesa.

Henry- Com certeza nós vamos nos divertir bastante Ruby.

Ruby— Nós?

Henry— Você não vai ficar?

Ruby— Não mesmo!(sorrindo). Tenho que ir verificar como está a reforma da minha futura casa.

Henry— Que ótimo.

Emma— Eu nem quero ver o castigo que a Regina vai te dar.

Ruby ri.

As duas saem.

Emma— Vamos Ruby, preciso falar com seu noivo.

Ruby— Não. Você vai falar com o seu noivo.

Emma— Mas...

Ruby— Mas nada Emma. O Hook teve a sua parcela de culpa, mas ele não obrigou o Henry a beber. Essa decisão foi do seu filho.

Emma— Ele é um menino Ruby.

Ruby— É e aparentemente puxou mais a mãe que pudéssemos imaginar.

Emma estreita os olhos.

Ruby— Você e o Bealfire deixaram ótimos genes pra o Henry. Agora não reclame.

Emma— É. Parece que tem razão.

Ruby— É claro que tenho e sabe o que é pior? Mesmo sem ter o mesmo sangue, ele é impetuoso como a Regina.

Emma— Nem me fala.

Ruby— Quando pretende contar pra rainha?

Emma— Eu sinceramente não sei. A Regina acabou de ter um bebê, está com problemas com a irmã, com a mãe louca dentro da própria casa. Eu não queria acrescentar esse problema agora.

Ruby— Sem contar que ela vai surtar, literalmente, quando descobrir que o pequeno príncipe quer ir pra Nova York.

Emma— Nem fala em voz alta.

O celular de Ruby toca.

Ruby— Oi Amy.

Emma faz gesto de beijo.

Ruby— A Emma tá mandando um beijo...Outro( fala pra Emma) Nossa que alívio. Ah, é claro. Tô indo agora! Tá bom. Tchau( desliga)

Emma— Tá tudo bem?

Ruby— A Zelena vai ficar.

Emma— Ah que ótimo...Espera, eu fiquei feliz por que a bruxa má do oeste vai ficar?( faz uma careta)

As duas riem.

Emma- Me diz uma coisa, tudo certo pra o casamento?

Ruby— Tudo certíssimo. Em menos de um mês eu serei uma senhora casada.

Emma— Quem diria?

Ruby—Pois é. Emma, o Graham está na delegacia e vai cuidar muito bem da cidade. Então, vamos( vai entrando no carro)

Emma— Pra onde?(entra no carro)

Ruby— Eu vou pra o haras e no caminho eu te deixo no navio de um certo pirata.

Emma— Ele merece um castigo( cruza os braços)

Ruby— Sei que vai pensar numa ótima forma de castiga-lo, mas não deixe ele pensar que você o ama mais ou menos por causa das atitudes dele.

Emma pensa um pouco.

Ruby— Então?

Emma— Vamos(sorri)

As duas seguem.

Um tempo depois no navio Emma encontra Hook.

Hook—Bom dia love( sorri)

Emma— Bom dia.

Hook— Leu o bilhete que eu deixei né?

Emma— Li sim.

Hook— Achei que deixar ele colado no pote de biscoito não teria erro.

Os dois se sentam.

Emma— Por que veio dormir aqui?

Hook— Eu não queria encarar você depois daquela situação de ontem.

Emma— Então será assim? Sempre que houver um problema você vai fugir?

Hook— Eu não fugi. Eu só me afastei pra você se acalmar um pouco.

Emma— Olha Hook, quando eu te chamei pra morar comigo foi pra valer. Eu fiquei nervosa ontem por que Henry é meu filho e ele é meu primeiro amor. Ele é a minha vida.

Hook— Eu sei Emma e eu sinto muito por ter quase estragado a vida dele.

Emma— Eu sei que sente e que jamais faria nada pra prejudicá-lo, mas você foi muito imprudente.

Hook— Fui sim. O problema é que eu nunca me preocupei nem comigo mesmo. É complicado saber que de uma hora pra outra eu sou responsável por duas vidas. Ainda estou tentando não tropeçar.

Emma— Eu sei e peço desculpa por ter gritado com você ontem.

Hook— Não. Você estava no seu direito!

Emma— Não, não estava. Hoje a Ruby me disse algo que mexeu comigo.

Hook— E o que foi?

Emma— Ela disse que o Henry é impetuoso como a Regina.

Hook—É verdade.

Emma— Ela também disse que o Henry herdou essa rebeldia dos pais biológicos.

Hook— E isso te ofendeu?

Emma— Não, mas isso me fez refletir, por que eu percebi que ontem eu surtei por que eu não sabia como agir. A Regina saberia exatamente como agir ontem e no momento do surto eu explodi em você.

Hook— Mas você tinha razão Emma. Eu levei seu filho pra um bar.

Emma— Eu sei e me dá vontade de te dar um soco por isso, mas eu percebi que talvez eu faria o mesmo que você fez. Eu não sei ainda ser uma boa mãe.

Hook— Você é uma ótima mãe Emma.

Emma— Não. Eu sou uma ótima tia ou amiga. Regina é uma ótima mãe. Eu ainda estou aprendendo entende? Se eu que sou mãe ainda estou aprendendo a cuidar de um adolescente, imagina você que era pirata até pouco tempo.

Hook— Eu quero aprender também.

Emma— Eu sei e você não poderá aprender, se em cada vez que você errar eu te condene. O que eu quero dizer é que você estava errado, mas eu também errei.

Hook— Obrigado.

Emma— Não precisa agradecer.

Hook— Preciso sim. Só uma grande mulher como você pode reconhecer um erro.

Emma sorri.

Os dois se abraçam e se beijam.

Emma— Vamos pra casa.

Hook sorri.

Emma— Pra nossa casa.

Os dois saem dali sorridentes e de mãos dadas.

No haras Amy está do lado de fora tomando banho de sol com a irmã, enquanto Robin ensina Roland a usar o arco e flecha bem pequeno.

Robin— Vamos lá Roland?

Roland— Vamos.

Robin ajuda Roland a mirar.

Robin— Agora!

Roland solta a flecha e a flecha cai bem pertinho.

Roland— Eu errei?(faz bico)

Amy sorri.

Robin— Não errou filho. Só precisa praticar.

Amy— Isso mesmo Roland, eu também tive que aprender.

Roland— Mas a sua flecha vai longe Memy.

Robin— Mas a Memy treinou muito, igual ao papai.

Roland— Então eu quero treinar muito.

Robin— Esse é meu garoto.

Os dois recomeçam.

Amy— Pai, eu vou entrar o sol tá ficando forte pra Lana.

Robin— Tudo bem filha, daqui a pouco eu entro também.

A garota sobe as escadas e entra no quarto da mãe, coloca a menina na cama e vai pra seu próprio quarto.

A avó para na porta do quarto.

Amy— Oi

Cora— Estou impressionada. Também sente a minha presença.

Amy se vira e sorri pra avó.

Cora— É, o sangue não engana.

Amy— Engraçado sentirmos a presença uma da outra sem magia.

Cora— Isso vai além de magia Amy, é uma espécie de conexão entre nós.

Amy— Que ótimo.

Cora— Tem alguma noticia da sua mãe?

Amy— Ela chega daqui a pouco com a tia Zelena e com a Rebecca.

Cora— Que ótimo. Estou feliz que elas tenham se acertado.

Amy— Eu também, eu sei que a minha mãe estava muito triste.

Cora— É sim, mas o orgulho não deixou que ela agisse com o coração.

Amy— Que coisa mais besta essa história de orgulho.

Cora— Eu também acho, mas...

Um pequeno aparelho começa a fazer barulho no quarto e Cora se aproxima.

Cora— O que é essa coisa?

Amy— Se chama babá eletrônica(achando graça)

Cora— E pra que serve exatamente? Vigia o bebê?

Amy— Quase isso. São dois aparelhinhos que transmite simultaneamente o barulho que estiver perto do outro par(aponta pra o aparelho)

Cora— E o outro fica perto da Lana?

Amy— Sim. Se ela fizer barulho lá, eu vou ouvir aqui.

Cora— Que engenhoso. Esse reino aqui me espanta.

Amy— Eu sei, e esse treco engenhoso tá mostrando que a Lana acordou outra vez.

Cora— Ela tá muito inquieta.

Amy— Muito, deve ser fome. Eu vou lá pegar ela.

Ruby- Oi( chega ao quarto)

Amy— Oi Ruby

As duas amigas se abraçam.

Ruby— Então? Vamos dar uma volta pra conversar?

A babá eletrônica começa a transmitir choro.

Amy— Espera que eu vou ver a Lana.

Cora— Não. Pode ir! Eu fico com ela.

Amy— Tem certeza?

Cora— Absoluta.

As duas amigas saem e Cora segue pra o quarto de Regina.

Cora pega a menina e começa a balançar ela devagar.

Cora— Calma Lana. Mamãe daqui a pouco chega.

Um tempo depois Regina e Zelena chegam e entram na casa.

Regina— Está tudo muito quieto.

Zelena— Pra onde será que foram?

As duas sobem as escadas e quando passam pelo quarto de Amy, escuta a voz de Cora pela babá eletrônica e resolvem ouvir.

Cora— Lana, eu sei que você é muito novinha pra entender, mas eu quero que você saiba que eu te amo muito viu?

A menina se acalma mais um pouco.

Cora— Você é tão linda minha querida. Parece muito com a sua mãe, mas os olhos são da sua tia. Quando a sua mãe nasceu, eu não a deixava sozinha com mais ninguém sabia? Eu não confiava em mais ninguém pra cuidar dela. Infelizmente com a sua tia eu não pude fazer o mesmo. Ela foi cuidada por pessoas que pra mim pareciam estranhas, mas ao menos a mulher que tentou ser mãe dela fez o que pôde. Vou te contar um segredo! A Zelena sempre foi mais sapeca.

Regina e Zelena se olham e escutam tudo com atenção.

Cora— Eu acompanhei cada passou que aquela ruivinha deu. A sua tia parecia querer sempre aprontar. Começou a usar magia bem cedo, sumia rapidamente, já a sua mãe só conseguiu se teletransportar depois dos 4 anos, e mesmo assim quando sumia a roupa dela ficava no mesmo lugar( dá uma risada) As vezes eu estava sozinha de repente ela surgia na fumacinha roxa sem a roupa.

Regina e Zelena acham graça.

Cora— A Zelena sempre foi muito precoce. Quando comecei a ensinar magia a ela, ela já praticava sozinha. Nem precisava de professora. Era uma ruivinha linda, com grandes olhos verdes e curiosos. Sempre querendo aprender mais e mais. Quando as duas foram crescendo eu fui percebendo que elas eram parecidas em alguns pontos, mas muitos diferente em outros. Zelena era muito aventureira, se arriscava. Regina era doce, cautelosa e muito amorosa. O pai a mimava quando podia, mas eu o reprendia sempre. Eu queria que ela fosse forte. Eu sabia que se ela continuasse daquele jeito alguém poderia ataca-la. Eu tentei proteger ela das outras pessoas, mas não soube proteger ela de mim.

Regina engole seco.

Cora— Minhas filhas se tornaram grandes mulheres e infelizmente eu não posso dizer que as boas qualidades que elas desenvolveram foram por minha causa. Elas cresceram separadas e eu jamais conseguirei me perdoar. Fiz a mesma coisa com a Amy. Eu a tirei dos braços da minha filha, acreditando que eu estava fazendo o melhor pra ela, mas hoje eu vejo o quanto eu estava errada. Eu não fui feliz e não tinha qualquer conhecimento do que fazia as minhas filhas felizes. Minhas filhas, por mais que eu tentasse interferir,  tomaram caminhos totalmente diferentes do que eu sempre imaginei e hoje eu vejo elas com as famílias formadas e felizes e me pergunto por que perdi tão tempo as afastando de mim. Elas cresceram e se tornaram grandes mães protetoras. Graças a Deus elas descobriram que o amor é maior que tudo nesse mundo. Eu tenho hoje netos lindos, Zelena tem a Rebecca e Regina tem quatro filhos dá pra acreditar? O que eu quero dizer é que eu me arrependo por tudo que eu fiz e vou tentar reparar todos os meus erros. Eu amo demais as minhas filhas, um dia eu vou conseguir o perdão delas e poder abraça-las( emocionada)

Regina e Zelena se olham também emocionadas.

A menina boceja e aperta a mão da avó.

Cora— Essa deve ter sido a pior história pra dormir de todos os tempos não é meu amor? Olha, eu só queria que você soubesse que não cometerei mais esse erro. Eu não vou errar com você. Você é um dos amores da minha vida ouviu? Eu te amo muito e estarei sempre ao seu lado. Farei o possível e o impossível pra que seja feliz. Eu te prometo te proteger e te dar todo amor que existir dentro de mim.

A menina dorme.

Cora— Dorme Lana, dorme tranquila meu amor, por que eu sempre te protegerei com a minha vida( beija a testa da neta e a coloca na cama de Regina).

Quando Cora se vira vê Zelena e Regina entrando no quarto.

Cora— Regina, eu só estava olhando a sua filha(enxuga as lágrimas), eu só...

Regina e Zelena abraçam a mãe num abraço forte pegando Cora completamente de surpresa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, que família mais lindaaaaa! Não esqueçam de deixar as suas opiniões, são muito importantes. Bjusss