Adotada escrita por Marrychan


Capítulo 15
Capítulo 15 - Não confie assim em Direções Falsas


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas como estão? Ai esta mais um capítulo~ espero que gostem. Acho que vão ter uma surpresa em tanto - acho.



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O frio em minhas pernas me incomodava um pouco, o pijama não foi feito para sair no final da tarde com a brisa batendo no corpo que ainda estava com sinais de febre, normalmente uma pessoa ficaria dentro de casa e descansaria, mas sentia que se não fizesse aquilo, não faria nunca mais. Enquanto corria com os pés descalços minha visão se embaçava um pouco, eu parei no meio do caminho e respirei fundo tentando me recuperar.

– Não agora Momo, não desista agora...

Eu mesmo me forçava a continuar a andar, fora quando me vi na frente da escola, eu olhei um pouco e respirei fundo e adentrei na escola e fui direto à sala do Grêmio e assim que entrava dei de cara com Nathaniel, vi o rosto dele se ruborizar por inteiro, pelo menos quando a visão se focava eu conseguia vê-lo de uma forma mais nítida.

– Momo? O que esta fazendo aqui? Vestida desse jeito ainda... – Eu olhei minha roupa um pouco, o pijama não tinha nada de mais, era um shorts e uma blusa branca, era até que simples, eu balancei a cabeça me concentrando, agora não era hora de me importar com essas coisas.

– Não ligue para isso, por favor... – Murmurava enquanto distanciava meu olhar do dele – Eu preciso da sua ajuda, você normalmente tem o endereço dos alunos, não? Pelo menos a maioria deles, acredito.

– Bem, sim... As papeladas dos alunos normalmente ficam comigo, mas não estão agora, estão na sala de professores. Eu posso lhe ajudar se quiser qual aluno que procura?

– Ah... – Não era realmente uma boa opção falar quem eu estava procurando, eu acabei dando alguns passos para trás e balançando a cabeça de forma negativa – Tudo bem, eu acho sozinha, obrigada.

Quando eu me virei para sair o senti segurar em meu braço, meu olhar desviou para de encontro com o dele, ele parecia aflito com algo, eu olhei para a mão dele e ele logo me soltou.

– Desculpe, eu não vou lhe fazer nenhum mal. Queria me desculpar pelo que eu fiz na praia, e na sua casa, da forma que eu a tratei.

– Nathaniel, eu não sou o tipo de pessoa que sente mágoa de algo. Mesmo que tenha feito aquilo, independente dos seus motivos, não acho que isso devia ser resolvido com violência. Desculpe, eu estou com um pouco de pressa, eu tenho que ir.

– Espera. – Ele me chama e respirava fundo – Eu resolvi as coisas com a Melody, a gente vai tentar começar de novo, eu não sei como vai ser, mas eu vou tentar. Ela não vai mais lhe incomodar, certo? E você esta procurando pelo Castiel, certo? - Eu o olhei surpresa e ele se afastou e pegou um papel e escreveu algo e me deu em minha mão, era o endereço dele – O que eu sinto por você não mudou, mas eu não devo interromper o que você escolher, e não quer dizer que eu tenha desistido, então, vai.

Eu olhei um pouco o papel e fiquei com o rosto um pouco sem jeito, e assim me aproximei um pouco dele e depositei um beijo sobre o rosto dele e abri um sorriso me afastando.

– Obrigada.

Eu não tinha tempo a perder, meus passos rumaram até o endereço que foi escrito, meu corpo se sentia ainda mais pesado e minha visão se tornava ainda mais difícil em focar em algo, agora mal sabia se estava seguindo o caminho certo, mas estava indo em frente. Não sabia quanto tempo havia andado, mas finalmente havia chegado, eu olhei bem várias vezes para ver se eu estava certa, era um apartamento, olhei o número que era o apartamento e fui até a ele, nessa hora mal sabia como havia chegado ali, mas de alguma forma minha força de vontade ainda não havia me abandonado, eu respirei fundo e olhei para a porta algumas vezes verificando se realmente aquela era a porta certa, foram pelo menos três tentativas até eu acertar a campainha e tocar. Uma, duas, quantas vezes havia tocado? Não sabia, mas achava que havia ido ao lugar errado, foi quando eu ouvi o barulho de chave abrindo a porta, e assim que via abrir a porta senti meu coração parar, eu não conseguia diferenciar mais o rosto de quem era minha visão toda ficou embaçada.

– Eu....

Não agora, eu precisava ficar mais um pouco em pé! Eu senti minhas forças falharem e tudo ficar preto novamente, aquela dor agoniante invadia meu peito novamente, eu não podia parar ali, mas completamente minhas forças foram embora aquele momento, por quê agora? Quando eu voltava novamente a mim sentia meu corpo doer um pouco, principalmente minha cabeça, eu me levantei e olhei para os lados, aquela não era minha casa na certa, quando olhei para o lado vi o semblante de alguém de cabelos albinos.

– Lysandre...? – Murmurava enquanto me levantava com a mão na cabeça – O que aconteceu?

– Bem, eu estava no banho e não tinha ouvido a campainha, ela continuou tocando e fui ver quem era e vi você, e você desmaiou na minha frente logo depois, seu corpo estava ardendo em febre, você é louca de sair de casa dessa forma sabia? O que veio fazer aqui?

– Eu? – Eu olhei o papel um pouco e mostrei uma feição confusa – Eu não me lembro, na verdade, eu sinto que era algo importante, mas eu me esqueci... Eu nem me lembro como eu consegui vir até aqui, na verdade.

– Ah... Talvez isso deva ser da pancada que você levou. – Ele apontava para minha cabeça que estava um pouco enfaixada – Você bateu com bastante força, talvez deva ser do impacto. Eu vou ligar para seu irmão vir lhe buscar.

– Irmão? Eu tenho um irmão? – Ele me olhou surpreso e suspirou um pouco fundo – Ah, sim, Kentin, não se lembra dele?

– Não, apesar de eu saber que aqui não é minha casa, eu não me lembro como chegar até a minha verdadeira casa.

– Acho que a pancada foi mais forte que imaginei, acho melhor leva-la ao médico primeiro, e depois ligar para o Kentin.

– Certo.

Lysandre ligou para o que parecia ser irmão dele, que não demorou a vir nos buscar, a todo o momento Lysandre ficou do meu lado, mas algo dentro de mim dizia que eu não devia estar aqui. Não demoramos em chegar ao hospital que era examinada de várias formas e não entendia bem o porquê daquilo exatamente, apesar de ter perdido pelo que parecia a memoria, a ausência delas não me incomodava, era outra coisa.

– Ela se lembrou do meu nome quando ela acordou, então não achei que fosse tão grave. – Lysandre explicava para o Doutor em minha frente que me olhava preocupado – Ela estava ardendo em febre e depois bateu com a cabeça, acha que isso possa ter causado isso?

– Bem, não sei se a febre influenciou nisso, mas a pancada na cabeça deve ter sido grande parte disso, ela deve lembrar-se de algumas coisas sem saber o porquê agora, provavelmente, como seu nome.

– O nome dele simplesmente surgiu em minha cabeça. – Explicava – Eu sei que devia estar fazendo algo importante, mas não me lembro do que exatamente.

– Oh, bem, acho melhor esperar os responsáveis dela chegarem para explicar o caso certo, mas não é nada grave, acredito.

Quando eu dei por mim, vi um garoto de cabelos castanhos entrar no quarto um tanto afobado, e logo atrás duas pessoas mais velhas que julgava ser os pais dele, ele me olhou diretamente nos olhos e me abraçou com força.

– Momo!

– Momo...? – Murmurava em um tom baixo pensativa, meu coração apertou um pouco, por alguma razão o ouvir falar aquele nome me trazia certa alegria – Esse deve ser meu nome...não?

– Ahm? – Aquele garoto me olhava confuso, parecendo não entender a situação em que estava ali – Isso é algum tipo de brincadeira?

– Não é brincadeira. – Lysandre dizia enquanto parecia preocupado – Ela estava com febre e veio até minha casa e desmaiou infelizmente ela bateu a cabeça com força e bem, isso provavelmente causou a amnesia dela. Ela parece não se lembrar de muita coisa, acho que ela não lembra nem de você Kentin.

– Você deve ser meu irmão. – Falava enquanto colocava a mão em minha cabeça pensativa – Não, não era você que eu queria ver, essa sensação de inquietação ainda permanece.

– Alguém para ver? – Ele me olhava surpreso – Você se lembra de algo de que aconteceu hoje? – Eu maneava a cabeça de forma negativa, ele se aproximou e me abraçou mais forte – Desculpa Momo, em lhe deixar sozinha.

– Tudo bem?

– Vocês devem ser os pais dela, certo? Venha, vou lhe explicar a situação.

Até o que eu ouvi, o médico disse que aquilo era temporário provavelmente, ele deu alguns remédios para tomar e recomendou descanso, e levar a lugares que me lembrariam de algo durante a semana, pelo menos a única coisa que ele disse que uma hora ou outra minhas memórias voltariam em algum momento. Lysandre foi embora com o irmão dele e eu embora com aquele garoto que pelo menos dizia ser meu irmão, eu achava um pouco estranho apenas, nem mesmo os pais deles, eu não era nem um pouco parecida com eles, imaginava se eu tinha pintado o cabelo em algum momento de rosa, bem se eu fiz eu tinha bastante coragem. Quando chegamos ao que parecia ser minha casa eu me sentia um pouco mais confortável, Kentin me acompanhou ao que era meu quarto, eu observava em volta um tanto inquieta, aquela sensação, anda não havia saído.

– Você vai ficar bem? – Eu afirmava com a cabeça com um sorriso.

– Kentin, certo? Obrigada, eu me sinto realmente bem aqui, mas, eu precisava fazer alguma coisa importante, mas eu não me lembro do que.

– Bem, creio que logo você lembra, descanse, tome um banho e vá dormir você já estava com febre, creio que vai estar melhor amanhã para a escola.

– Escola...? Certo.

Ele me deixou sozinha ali no quarto que começava a observar melhor a minha volta, como se algo ali me fizesse me lembrar de algo, enquanto olhava achava um caderno de desenho tinha algumas coisas desenhadas ali, mas nada que chamava minha atenção, pelo que parecia eu desenhava. Eu mexi mais um pouco e acabei achando o que parecia ser meu celular, havia algumas chamadas ali, com alguém com o nome “Castiel”, eu olhei confusa, aquele nome, parecia me significar algo.

– Castiel...? – Quando murmurei aquele nome vi o celular tocando que acabei assustando e atendendo na pressa – A..Alô?

– Moranguinho? Como esta? Abaixou sua febre? – Aquela voz não me parecia ser familiar, mas de alguma forma aquela inquietação que eu sentia era quase como se fosse embora – Moranguinho?

– A..ah..s..sim... – Dizia um pouco pensativa, porque ele me chamava de Moranguinho?

– Fico feliz com isso, Kamui veio para casa com uma cara não lá muito boa, pensei que tivesse acontecido algo. – Eles vieram na minha casa hoje? – Aconteceu algo entre vocês?

– Ah... – Mesmo se eu quisesse dizer a ele se algo aconteceu, eu não saberia dizer – Castiel, certo? Eu sei que vai parecer estranho, mas eu fui ao hospital hoje por causa da minha febre.

– Hospital? E você ainda me diz que você estava bem? – Ele parecia com a voz irritado agora.

– Espera, deixa eu acabar de explicar, eu antes disso acordei na casa do Lysandre, ele disse que eu tinha ido a casa dele e desmaiado na porta do apartamento dele.

– Aquele cara fez algo com você? – Ele realmente não tinha paciência de esperar eu acabar de explicar.

– Não, pelo menos não que eu me lembre de algo assim. Mas acabando de explicar, eu não sei por que fui a casa dele, na verdade eu não sei de muita coisa agora, apesar do seu numero estar anotado pelo que parece ser meu celular, eu não me lembro de você, na verdade eu não me lembrava nem do meu próprio irmão, então...

– Você esta com amnesia?

– Pelo que parece sim, mas, você, Castiel, eu acho estranho, eu sinto que tinha algo para fazer que era importante, eu não me lembro do que, a sensação disso continuou até você me ligar, você sabe o que eu deveria fazer? Porque só você causou isso?

Ele ficou em silêncio na outra linha, ele pareceu pensativo de algo, mas não respondeu de imediato, pensei que até a linha tinha caído.

– Isso só você pode responder, não? Tem que se lembrar primeiro, Momo.


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Notas finais do capítulo

Sabem quando dizem para não confiar em uma voz tão mansa assim? Então. XD Enfim - espero que tenha curtido, amanhã tem mais um capítulo, espero que tenham curtido. Até a próxima~



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