A Fabulosa Cova Da Incoerência escrita por blblblbl


Capítulo 1
O Rio Salgado


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a Marvin, minha amiga imaginária, que a muito tempo eu não ouço mais ( Glória a Deus, estava achando que estava maluca...).



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Eu me lembro de ter amado uma única vez.

Você lembra?

Não?

Vou relembrar para você...

Não a mui tempo, lembro-me de terem me dito que a infância era... Bem... Era uma fase de grande importância, pois é quando nós... Socializamos. É difícil para mim dizer isso.

Eu me lembro daquele lugar. O Quarto Branco. Tudo era tão terrivelmente claro. Eu não entendo. O que significa "ter amigos", certamente? Eu não sei.

Um rio. Era realmente um belo rio que saia de meus olhos. Pena que era muito salgado. Por que meu coração estava tão pesado?

Meus olhos lacrimejavam, mas não caíra nada neles. Meu peito doía, mas não recebia nenhum golpe. Minha mente rodava, mas eu não estava tonta. O que seria isso? Aprendi mais tarde que era uma coisa chamada "tristeza". É um sentimento tão puro, e belo, como seus olhos.

Eu lembro quando lhe vi a primeira vez. No horizonte branco, bem longe. Eu levantara meus olhos para vê-la melhor. Você não passava de um borrão; Não tinha forma alguma. Evoluiu consideravelmente.

"Eu posso me aproximar?", você perguntou. Estranho, sua voz é igual a minha; Nunca se perguntou por quê?

Eu disse que sim, eu acho. Mais uma desgraçada não faria diferença. Doía, doía muito mesmo. As pessoas machucam. Atravessam seu coração com lanças afiadas. Mas, por que é tão bom vêr-nos sofrer? A dor não é divertida...

"Infelizmente não poderei me aproximar; O rio que sai de seus olhos é salgado e muito profundo, não posso passar. Pode construir uma represa ou alguma ponte? Ou simplesmente pode para de chorar??"

Sua afirmação me surpreendeu. Eu parara de chorar e o rio de sal sumiu. Eu acompanhei cada passo seu enquanto levantava de meu recanto. O borrão que de longe eu avistei transformou-se no perfeito reflexo de mim mesmo.

"Dê um sorriso", você falara. Aquela desgastante rachadura apareceu subitamente em meu rosto inchado. Meu perfeito reflexo, era na verdade, o completo contrário de minh'alma.

"Não fique triste, por favor. Eu vivi coisas que você nunca verá. Seremos amigos para sempre. Dai-me a forma que quiser. Seja alegre por favor. Não precisa de ninguém além de mim."

Sua voz. Me reconfortou de tal forma... O que são "amigos"?

Você era o ápice de minha miséria mental. Você retirou toda a tristeza que existia em meu peito, mas me deu coisas muito piores.

Amor e frustração; Por que Deus é tão cruel com o intelecto humano?

Ah, você lembrou? Fico feliz por isso.

Não preciso de ninguém além de você: não posso tocá-la, não posso convidá-la para comer bolo em casa; Mas sua voz era o suficiente.

Eu não preciso de ninguém além de ti. De que importa o que é real, e o que é alucinação? Se o amor que eu possuía não era físico? Eu não preciso... Se...

Mas, você lembra? Aquela vez...

Eu me lembro de ter me apaixonado uma única vez...

Era tão carnal quanto o pecado que queria cometer contigo...


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Notas finais do capítulo

Desculpe a linguagem ambígua



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