Play! escrita por Cactus Stories


Capítulo 35
Almoço em família, isso te diz algo?


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Estava assistindo um anime novo (que eu vou citar nesse texto) quando lembrei que ainda não tinha postado o capítulo de hoje, então, aqui vai, e com trilha sonora e tudo.

Esse capítulo pode ficar meio tenso, mas acho que vocês vão gostar.

Essa parte se passa uns dois meses depois de o Dake, a Rebecca e a Lilly entrarem na escola.



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(Trilha Sonora: I Bet My Life - Imagine Dragons)

.P.O.V. Liliana.

Estava me preparando para ir embora da escola, quando ouvi alguém me chamando, me virei e dei de cara com o Nath, andando na minha direção, sorri para ele, que logo chegou até onde eu estava, ele respirou fundo e começou.

– Lilly, então, se você não estiver muito ocupada amanhã, você quer vir almoçar na minha casa? - perguntou, sorrindo.

– Ah, claro. - respondi, animada. - Amanhã, então, eu vou com você almoçar na sua casa?

O sorriso dele aumentou e ele assentiu com cabeça, eu me despedi e saí correndo para casa, nem parecia que já havia passado dois meses desde que eu tinha concordado em morar com a July, nós dividíamos tarefas, jogávamos jogos, assistíamos animes, tudo juntas! E, acabo de me lembrar, hoje era meu dia de lavar a louça, cheguei em casa e a July já estava lá, jogando Assassin's Creed, enquanto comia miojo com ovo mexido. Cumprimentei minha amiga e fui para a cozinha, peguei meu pato de comida e sentei do lado dela no sofá.

Assim que eu terminei, fui para a cozinha e lavei a louça, quando voltei, ela tinha parado de jogar, eu me sentei com ela, que virou para mim, animada.

– E aí, o que você estava conversando tanto com o Nathaniel agora à pouco?

– Ah, isso, ele me chamou para almoçar na casa dele amanhã, não é legal? - sorri, animada.

– Ahn, bem, super legal e tals ele ter te convidado para almoçar com ele, mas, na casa dele? Tipo, com os pais dele? E com a AMBRE?!

– Oh, não tinha parado para pensar nisso... - comentei pensativa. - Bem, ele me disse uma vez que ela era diferente perto dos pais...

– Falsaaaaa. - ela cantarolou. - Bem, mas, seu príncipe encantado, mais conhecido como Nathaniel, vai estar lá, para te proteger da bruxa má, vulgo Ambre.

– Ele não é meu príncipe encantado! - exclamei, irritada. - Mas a Ambre pode muito bem ser a bruxa má!

Começamos a rir e eu fui terminar minha parte das tarefas, estava passando roupa enquanto a July varria a casa, depois, ela dobrou as roupas que ainda precisavam ser passadas e pendurou nos armários as roupas passadas, depois de todas as tarefas, sentamos no sofá e ficamos um tempo brincando com nossos bichos de estimação. Quando nos demos conta, já estava na hora do jantas, eu fiz sanduíches e nós comemos, a July tentou me ensinar a jogar Assassin's Creed, mas deu meio errado, eu era péssima com todos aqueles comandos.

Fui para o banheiro, tomei um banho, coloquei meu pijama e fui dormir, eu estava cansada ao extremo, hoje era um dos poucos dias em que eu tinha folga, exceto fins de semana, amanhã eu também teria folga, afinal, o pessoal está fazendo uma greve perto do lugar onde eu trabalho como garçonete, o que está fazendo com que eu tire folga até a greve acabar.

No dia seguinte...

Estava esperando o Nathaniel do lado de fora do Grêmio, ele levou alguns minutos para arrumar toda a papelada e sair, trancando a porta, depois, guardou a chave na sala dos professores e chamou a Ambre. O percurso até a casa do Nathaniel era longo, então, iríamos de metrô, nós andamos até a estação mais próxima da escola, conseguimos pegar o metrô assim que entramos na estação, nós pegamos três lugares vagos e nos sentamos, com o Nathaniel entre mim e a Ambre, eu tinha um exemplar do mangá Shigatsu wa Kimi no Uso na minha mochila, então, comecei a ler, era muito bom, por sinal.

A Ambre ficou calada o caminho todo, eu fiquei lendo, e o Nathaniel ficou tentando puxar assunto, ele perguntou como estava o Risca de Carvão, perguntou se eu já tinha me adaptado a cidade, se já tinha arranjado emprego, essas coisas. Eu respondi tudo com "sim", "hmm han" e "claro", porque estava meio distraída lendo, mesmo assim, ele pareceu não se importar, terminei o mangá na hora em que saímos do metrô, descemos e fomos para a casa deles.

Assim que entramos, uma mulher loira e um homem moreno nos cumprimentaram, eles fizeram algumas perguntas para mim, e eu senti que estava num interrogatório.

– Que atraso foi esse, Nathaniel? - perguntou o moreno, fazendo o Nath ficar tenso na hora.

– Mãe, pai, vocês estão assustando a Lilly. - o Nathaniel comentou, enquanto nos sentávamos a mesa.

– Eu pedi comida japonesa, sabe comer com hashis, querida? - perguntou a mão do Nath.

– Sei, sim. - sorri. - Obrigada.

Ambre riu baixinho, como se duvidasse, ela me achava uma completa desastrada, mas, bem, eu iria provar o contrário, a comida chegou e eu comi em silêncio, até que, de repente, o pai do Nathaniel, pediu para ele subir. Eles subiram as escadas, e eu comecei a me preocupar, estava começando a estranhar a demora deles.

– Ahn, com licença, aonde fica o banheiro, por favor? - perguntei, tímida.

– A última porta do corredor do segundo andar. - a mulher falou.

Eu agradeci e fui para onde ela tinha mandado, afinal, eu realmente estava com vontade de usar o banheiro. Assim que saí, ouvi um barulho estranho vindo de uma das portas do corredor, estava aberta por uma fresta, e, de lá, eu pude ver o que estava acontecendo lá dentro.

O pai do Nathaniel estava com uma cara irritada, se aproximou do Nath e deu um soco em seu ombro, acho que aquele não era o primeiro golpe que ele aplicava, porque o Nathaniel caiu de joelhos no chão, arfando, ele tremia um pouco, o que me preocupou, eu fiquei aterrorizada, mas, resolvi descer bem rápido para não desconfiarem de que eu tinha visto.

O pai do Nath desceu logo depois, avisando que eles teriam que sair, a Ambre pediu para ir junto e eles disseram que o Nath me levaria para casa, eu assenti com a cabeça e fui chamá-lo receosa, os pais dele já tinham saído, estávamos só nós dois, eu inha que perguntar o que tinha acontecido.


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