Play! escrita por Cactus Stories
Notas iniciais do capítulo
Voltei! Estava assistindo um anime novo (que eu vou citar nesse texto) quando lembrei que ainda não tinha postado o capítulo de hoje, então, aqui vai, e com trilha sonora e tudo.
Esse capítulo pode ficar meio tenso, mas acho que vocês vão gostar.
Essa parte se passa uns dois meses depois de o Dake, a Rebecca e a Lilly entrarem na escola.
(Trilha Sonora: I Bet My Life - Imagine Dragons)
.P.O.V. Liliana.
Estava me preparando para ir embora da escola, quando ouvi alguém me chamando, me virei e dei de cara com o Nath, andando na minha direção, sorri para ele, que logo chegou até onde eu estava, ele respirou fundo e começou.
– Lilly, então, se você não estiver muito ocupada amanhã, você quer vir almoçar na minha casa? - perguntou, sorrindo.
– Ah, claro. - respondi, animada. - Amanhã, então, eu vou com você almoçar na sua casa?
O sorriso dele aumentou e ele assentiu com cabeça, eu me despedi e saí correndo para casa, nem parecia que já havia passado dois meses desde que eu tinha concordado em morar com a July, nós dividíamos tarefas, jogávamos jogos, assistíamos animes, tudo juntas! E, acabo de me lembrar, hoje era meu dia de lavar a louça, cheguei em casa e a July já estava lá, jogando Assassin's Creed, enquanto comia miojo com ovo mexido. Cumprimentei minha amiga e fui para a cozinha, peguei meu pato de comida e sentei do lado dela no sofá.
Assim que eu terminei, fui para a cozinha e lavei a louça, quando voltei, ela tinha parado de jogar, eu me sentei com ela, que virou para mim, animada.
– E aí, o que você estava conversando tanto com o Nathaniel agora à pouco?
– Ah, isso, ele me chamou para almoçar na casa dele amanhã, não é legal? - sorri, animada.
– Ahn, bem, super legal e tals ele ter te convidado para almoçar com ele, mas, na casa dele? Tipo, com os pais dele? E com a AMBRE?!
– Oh, não tinha parado para pensar nisso... - comentei pensativa. - Bem, ele me disse uma vez que ela era diferente perto dos pais...
– Falsaaaaa. - ela cantarolou. - Bem, mas, seu príncipe encantado, mais conhecido como Nathaniel, vai estar lá, para te proteger da bruxa má, vulgo Ambre.
– Ele não é meu príncipe encantado! - exclamei, irritada. - Mas a Ambre pode muito bem ser a bruxa má!
Começamos a rir e eu fui terminar minha parte das tarefas, estava passando roupa enquanto a July varria a casa, depois, ela dobrou as roupas que ainda precisavam ser passadas e pendurou nos armários as roupas passadas, depois de todas as tarefas, sentamos no sofá e ficamos um tempo brincando com nossos bichos de estimação. Quando nos demos conta, já estava na hora do jantas, eu fiz sanduíches e nós comemos, a July tentou me ensinar a jogar Assassin's Creed, mas deu meio errado, eu era péssima com todos aqueles comandos.
Fui para o banheiro, tomei um banho, coloquei meu pijama e fui dormir, eu estava cansada ao extremo, hoje era um dos poucos dias em que eu tinha folga, exceto fins de semana, amanhã eu também teria folga, afinal, o pessoal está fazendo uma greve perto do lugar onde eu trabalho como garçonete, o que está fazendo com que eu tire folga até a greve acabar.
No dia seguinte...
Estava esperando o Nathaniel do lado de fora do Grêmio, ele levou alguns minutos para arrumar toda a papelada e sair, trancando a porta, depois, guardou a chave na sala dos professores e chamou a Ambre. O percurso até a casa do Nathaniel era longo, então, iríamos de metrô, nós andamos até a estação mais próxima da escola, conseguimos pegar o metrô assim que entramos na estação, nós pegamos três lugares vagos e nos sentamos, com o Nathaniel entre mim e a Ambre, eu tinha um exemplar do mangá Shigatsu wa Kimi no Uso na minha mochila, então, comecei a ler, era muito bom, por sinal.
A Ambre ficou calada o caminho todo, eu fiquei lendo, e o Nathaniel ficou tentando puxar assunto, ele perguntou como estava o Risca de Carvão, perguntou se eu já tinha me adaptado a cidade, se já tinha arranjado emprego, essas coisas. Eu respondi tudo com "sim", "hmm han" e "claro", porque estava meio distraída lendo, mesmo assim, ele pareceu não se importar, terminei o mangá na hora em que saímos do metrô, descemos e fomos para a casa deles.
Assim que entramos, uma mulher loira e um homem moreno nos cumprimentaram, eles fizeram algumas perguntas para mim, e eu senti que estava num interrogatório.
– Que atraso foi esse, Nathaniel? - perguntou o moreno, fazendo o Nath ficar tenso na hora.
– Mãe, pai, vocês estão assustando a Lilly. - o Nathaniel comentou, enquanto nos sentávamos a mesa.
– Eu pedi comida japonesa, sabe comer com hashis, querida? - perguntou a mão do Nath.
– Sei, sim. - sorri. - Obrigada.
Ambre riu baixinho, como se duvidasse, ela me achava uma completa desastrada, mas, bem, eu iria provar o contrário, a comida chegou e eu comi em silêncio, até que, de repente, o pai do Nathaniel, pediu para ele subir. Eles subiram as escadas, e eu comecei a me preocupar, estava começando a estranhar a demora deles.
– Ahn, com licença, aonde fica o banheiro, por favor? - perguntei, tímida.
– A última porta do corredor do segundo andar. - a mulher falou.
Eu agradeci e fui para onde ela tinha mandado, afinal, eu realmente estava com vontade de usar o banheiro. Assim que saí, ouvi um barulho estranho vindo de uma das portas do corredor, estava aberta por uma fresta, e, de lá, eu pude ver o que estava acontecendo lá dentro.
O pai do Nathaniel estava com uma cara irritada, se aproximou do Nath e deu um soco em seu ombro, acho que aquele não era o primeiro golpe que ele aplicava, porque o Nathaniel caiu de joelhos no chão, arfando, ele tremia um pouco, o que me preocupou, eu fiquei aterrorizada, mas, resolvi descer bem rápido para não desconfiarem de que eu tinha visto.
O pai do Nath desceu logo depois, avisando que eles teriam que sair, a Ambre pediu para ir junto e eles disseram que o Nath me levaria para casa, eu assenti com a cabeça e fui chamá-lo receosa, os pais dele já tinham saído, estávamos só nós dois, eu inha que perguntar o que tinha acontecido.
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