Play! escrita por Cactus Stories


Capítulo 32
Voltando para casa.




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.P.O.V. July.

Chegou o dia de voltarmos para casa, e, assim que acordamos, a Lilly chegou com mais uma surpresa (bem, ela não chegou, já que tinha dormido aqui), ela perguntou se, quando fosse estudar em Sweet Amoris, pudesse morar comigo, ela disse que arranjaria um emprego e me ajudaria a pagar as despesas, além de ajudar com as tarefas, claro que eu aceitei, afinal, seria bom ter uma amiga por perto.

Ela disse que ligaria para mim na véspera de ir para lá, e eu concordei, fomos, ela se despediu e foi embora com o Rick, que disse que preferia alugar uma quitinete do que ter de morar com duas otakus loucas, eu ri do comentário e eles se foram. Começamos a arrumar nossas coisas para voltar para casa, entramos todos na van, nas duplas que tínhamos formado, eu me sentei ao lado do Nath e começamos a conversar.

– Ahn, Nath, o que você achou da Lilly? - perguntei, meio, assim, como quem não quer nada.

– Ela é uma boa companhia, gosto de conversar com ela. - ele sorriu, olhando pela janela. - Fico feliz de saber que ela vai estudar em Sweet Amoris.

– Eu também... - murmurei. - Ela vai morar comigo, vai ser incrível, nós vamos nos divertir muito, vamos almoçar juntas, jantar juntas, assistir TV juntas, estudar juntas, ouvir músicas juntas, ela sempre foi quase uma irmã pra mim, eu adoro ela.

– Parece legal...

Ficamos em silêncio até o final da viagem, aquilo estava sendo meio complicado, ele dava sinais explícitos de que gostava dela, mas também parecia que ele só se divertia estando com ela, nada mais. Eu resolvi não pressioná-lo, até porque parecia que a Lilly sabia mais dele do que eu, mesmo eu estudando com ele há dois anos e ela conhecendo ele somente há três dias. Chegamos cada um na sua casa e nos despedimos, logo as aulas estariam voltando.

Dois dias antes da volta às aulas...

– Sério? Você chega hoje à noite? - sorri, mesmo sabendo que a Lilly não me veria, por estarmos conversando pelo telefone.

– Siiiim!! - ela gritou, animada. - Tem algum problema se eu levar o Risca de Carvão? Ele não persegue bichos menor do que ele, nem maiores, ele fica quietinho no canto dele, por favooooor!

– Claro que ele pode vir, você sabe que eu amo aquele gato! Desde que ele não se meta com a Kally e o Loki tenha que vir defender minha cacatua, tudo ok!

– Sabia que você deixaria! - ela bateu palmas, do outro lado da linha. - Quando eu chegar, vamos madrugar vendo uma maratona de My Little Monster, que tal?

– Perfeito! Mas, bem, tenho que desligar, estou arrumando tudo pra quando você chegar.

– Tudo bem, eu também tenho que desligar, vou terminar de empacotar tudo, e pegar minha surpresa pra você, beijos, tchau!

– Que surpresa? - perguntei, mas ela desligou. - Affff...

Terminei de arrumar tudo para a volta às aulas e a chegada da Lilly, quando decidi fazer algo interessante até ela chegar, o que só seria no dia seguinte. Tomei um banho, me troquei e saí, estava andando meio sem rumo, mas resolvi entrar em uma doceria, estava com vontade de comer algo doce, e aquele era o lugar perfeito (não diga -.-).

Um letreiro neon brilhava, alternando as cores da placa "Tokyo Candy", entrei, olhando para os enfeites de docinhos em todas as prateleiras, me sentei em um dos bancos cor-de-rosa que estavam ali, me apoiando na bancada azul ciano, a atendente tinha cabelo roxo, com as pontas cor-de-rosa, combinando com o lugar, seu cabelo estava preso em uma maria-chiquinha, mas, um dos lados era longo, o outro era curto. Ela tinha olhos amarelos, e estava servindo um garoto em um dos cantos do salão, ele estava acompanhado de mais alguém, mas, na hora em que eu vi os cabelos dele, fui até lá.

– Alexy! - me joguei no pescoço do meu MAG preferido, que me abraçou de volta. - Que saudades que eu tava de você, seu fofo!

– Saudades de você também, diva! - ele gritou.

– Nossa, fui #ignorado. - resmungou Armin, indignado.

– Aaah, não fica assim não, Gamer. - sorri. - Eu abraço você também! - dei um abraço apertado nele, que ficou sem reação.

Nesse momento não importava o que ele tinha feito na viagem, eu não dava a mínima, eu estava com saudades, só nos falávamos pela internet, o que era meio chato, então, resolvi aproveitar. Nos separamos e eu me sentei com eles, animada.

– E então, como está a família? - perguntei. - O Rocket está bem? E os pais de vocês? Pararam em casa?

– A família está bem, obrigado, o Rocket está ótimo, nossos pais tiraram férias também, mas voltaram ao trabalho ontem. - sorriu Alexy, enquanto Armin boiava com a velocidade das minhas perguntas. - Pronto, tudo resolvido.

Sorri e me virei para a garçonete, que tinha aparecido para anotar meu pedido, pedi um donut de chocolate com morango, ela sorriu, me disse que meu pedido chegaria logo, e eu me virei para os gêmeos, que também esperavam seus pedidos. O estranho foi que todos os pedidos chegaram juntos, como se eu tivesse pedido ao mesmo tempo que eles, coisa que não aconteceu.

Conversamos mais um tempo, até que eu lembrei que tinha que voltar para casa, já que a Lilly chegaria hoje à noite. Me despedi dos dois e saí correndo para casa, oque foi um golpe de sorte, porque, cinco minutos depois de eu chegar em casa e tomar um banho, o interfone tocou, eu atendi e pedi para a Lilly entrar, animada. Ela entrou e nós nos abraçamos, pulando e gritando feito loucas, desde pequenas nós tínhamos esse sonho, morar juntas e fazer tudo juntas.

O Risca de Carvão começou a se adaptar com o ambiente, e com os companheiros dele, eu mostrei para a Lilly onde era o quarto dela e mostrei o meu, disse que ela podia decorar o dela do jeito que quisesse, já que a casa era minha, de qualquer jeito. Bem, dos meus pais, mas eles nem moram aqui, no momento estão no Ártico, fazendo novas pesquisas.

Fizemos uma super maratona de My Little Monster, um anime em que nós éramos viciadas, e fomos dormir, o dia seguinte seria o último de férias, e eu teria que mostrar a cidade inteira para ela. Ia ser divertido, de qualquer jeito, mas eu estava ansiosa pelo começo das aulas.


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