Meant to be escrita por lgbellamyt


Capítulo 4
A proposta.


Notas iniciais do capítulo

O capítulo é narrado pela Olivia. Link das músicas que tocam. https://www.youtube.com/watch?v=NE5yhDv4fLQ e https://www.youtube.com/watch?v=lkhXkn_Iwpg



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Era de manhã e dia dos namorados e eu estava longe de Hank Voight e isso era definitivamente horrível! Era como se ele estivesse em mim a todo o instante. As roupas deles estavam no meu armário, o perfume dele estava na pia do meu banheiro, a bota dele estava perto do meu salto alto e até uma das armas favoritas dele estava perto do meu distintivo. Ele estava comigo sempre mesmo não estando lá e eu tinha muita, muita fé que ele iria conseguir vim me ver. Eu levantei da cama, tomei um banho, passei o perfume de Voight, peguei meu distintivo e decidi que hoje a arma dele estaria na minha cintura, eu estava dependente de uma dose de Hank no meu dia. Acordei Noah, dei seu banho, o alimentei, o vesti, peguei uma fruta e sai com ele em direção a sua escolinha, o deixando lá, fui direto para a unidade de svu.
Entrando pude ver todos com flores, os sorrisos bobos no rosto. Era incrível como um dia no ano podia fazer todos agirem como idiotas em conjunto. Meu celular tocou: Hank Voight.
'Bom dia, sargento Voight.'
'Bom dia, Olivia Benson.'
Eu soltei um sorriso bobo.
'Liv, preciso conversar com você.'
'Más notícias?'
'Sim...' Hank disse um tanto quanto descontente.
Eu respirei fundo antes de responder. 'Tá, manda.'
'Não vou poder ir para NY hoje.'
'Sério? Só porque eu comprei uma lingerie maravilhosa?' Eu decidi provocar ao invés de mostrar que no fundo eu estava com raiva. Mesmo que eu entendesse as exigência do trabalho dele.
'Não me provoque, Olivia.' A voz rouca dele entrou nos meus ouvidos seguido de um suspiro, e isso foi o bastante para fazer todos os meus pelos arrepiarem.
'Ela é vermelha, tão bonita...' Continuei provocando.
'Você quer que eu perca o meu emprego, Olivia Benson?'
'Por quê? Eu não fiz nada...'
'Você sabe que não pode falar sobre calcinhas vermelhas comigo. Principalmente VOCÊ usando calcinha vermelha.'
'Também tem um sutiã preto com rendas vermelhas...'
'Olivia...'
'Ok, parei. Mas realmente não tem como você vim?' Eu ri.
'Não Liv... Me desculpa. Você sabe que eu iria se pudesse...'
'Tudo bem, eu entendo.'
'Você também não poderia vir, não é?'
'Não, estou no meio de um caso...'
'Então, feliz dia dos namorados, Olivia Benson.'
'Feliz dia dos namorados, Henry Voight.'
'Preciso desligar, Liv.'
'Tudo bem...'
'Amo você e me desculpe.'
'Eu também te amo e cala a boca.'
Ele soltou uma risada quase inaudível, eu dei um sorriso meio triste com o fato e desliguei o celular.

Sai da minha sala e parei no meio do caminho entre a mesa de Finn e Amanda.
'Finn?'
'Sim, sargento?' Ele levantou a cabeça pra me olhar.
'Você pode segurar as pontas para mim? Por dois dias?'
'Claro, Liv! Precisamos ainda dos resultados dos exames e precisamos desarquivar alguns processos do caso... Dá tempo.'
'Tudo bem, qualquer coisa, não importa o que, me ligue, ok?'
'Relaxa, Liv. Pode ir. Até daqui a dois dias.'
Ele sorriu e eu sorri de volta.
'Obrigada!'
Sai da unidade direto, fui pegar Noah na creche e fui para o meu apartamento fazer a minha mala e a do meu filho. Depois disso, fomos para o aeroporto e partimos em direção à Chicago, precisava ver aquele homem. Depois de uma hora e meia de vôo, chegamos e eu estava gelada e com o meu coração acelerado, era engraçado porque eu me sentia uma adolescente ou como se tivesse indo para Chicago pela primeira vez. Peguei as chaves que eu tenho do apartamento de Voight e deixei a minha mala e a de Noah. O apartamento estava arrumado e com o perfume de Hank no ar e isso me fazia gelar ainda mais! Pegamos um carro em uma concessionária de carros de aluguel e fomos para o distrito 21.

Chegando lá saí do carro, tirei Noah da cadeirinha e o segurei no meu colo, peguei minha bolsa e fechei a porta.
'Boa tarde!' Disse para a sargento Platt.
'Boa tarde, Olivia. Que surpresa, Hank não falou que você iria vir e ainda mais com um bebê tão fofo no colo!' Ela falou olhando para o meu filho que sorriu para a mulher a fazendo se derreter.
'É uma surpresa, Noah pediu para vir.' Eu menti e ela aparentemente caiu.
'Ok, vamos permitir essa criança fofa ver o Hank.'
'Como se diz, filho?' Falei para Noah rezando para que ele a agradecesse.
'Bigado!'
Eu agradeci aos céus em um sussurro e ela sorriu.
'Podem ir. Até mais, menino lindo!'
Entramos e todos no escritório falaram comigo e com o Noah e que o mesmo se soltou do meu colo quando viu a porta do escritório aberta e Hank gritando com alguém no telefone.
'Papa!'
Ele gritou em direção à Hank andando e caindo ao mesmo tempo fazendo todos soltarem uma risada com a cena.
'Ei garotão, o que você faz aqui?' Ele disse segurando Noah no colo e de costas para a porta da qual eu estava encostada.
'Ah, você sabe... Ele queria te ver e eu não vou ser uma má mãe.' Eu dei uma piscadela pra ele e sorri cínica.
'Só o Noah queria me ver?' Ele fingiu-se de ofendido.
'Sim, só ele.' Dei de ombros.
'Ok.'
Ele me puxou pela cintura com o braço que estava livre e me beijou e nossas bocas não se separaram por nada, tentando cessar nem que seja um pouco a saudade e só nos separamos quando ouvimos gritos dos detetives que estavam fora da sala.
'Ei, olhem a criança!' Olinsky começou a brincadeira.
'Calma, Hank, ela não vai sair voando, pode soltar!' Erin disse fazendo Jay gargalhar alto.
'Arrumem um quarto!' Antônio alfinetou, por fim.
'Ei, calem a boca, eu sou o chefe aqui! Posso prender vocês!'
'Eita, mexeu com a namorada e ele ficou irritado.' A voz de Erin soou um tanto quanto zombeteira.
'Se eu não tivesse com o Noah no colo eu mataria cada um de vocês.'
'Uhhhh.'
'Deixe eles pra lá e me beija, Henry Voight.'
'Você que manda, sargento!'
Eu entrelacei os meus braços no pescoço dele e continuamos o nosso beijo até sermos interrompidos pela falta de ar e por causa de Noah que chamava Hank.
'Papá! Papá!'
Ele colocou as mãozinhas no rosto e mandou um beijo para Hank que soltou uma risada.
'Ei, você quer uma beijo também?'
Ele deu um beijo no rosto de Noah que soltou uma risada gostosa e fez Hank sorrir.
'Eu amo esse menino.' Confessou.
'Tenho certeza que ele te ama também, sargento.'
'Sabe, eu não amo só esse menino, amo a mãe dele também.'
'Ah é?'
'Uhum.'
'Será que ela me ama também?'
'Não sei, pergunta pra ela.'
'Olivia Benson, você me ama?'
'Não.' Eu respondi rápido demais tentando ser convicente. Ele olhou para mim e riu.
'Do que você está rindo, idiota?'
'Se não me amasse não deixaria a sua unidade no meio da manhã para pegar um avião e vir para Chicago.'
'Já disse, fiz pelo Noah.'
'Ele nem sabe falar direito, Olivia.'
'Mas sabe o que quer, tem que ver.'
'Aham. Vamos almoçar?'
Eu assenti com a cabeça.
'Eu perguntei para o Noah.'
'Que filho da...' Ele não me deixou completar a frase.
'Você está xingando perto de uma criança que está aprendendo a falar, Olivia?'
Eu o fitava e ele riu de mim.
'Vamos?'
'Está perguntando para mim ou para Noah?'
'Para você.'
Ok, então vamos.'
'Ok, vou fazer apenas umas ligações para irmos. Ah, o que você pensa em jantarmos juntos? Só eu e você?'
'E o Noah?'
'Pode deixar que eu cuido disso. Vamos jantar?'
'Tá...'
'Ok, me dê 5 minutos.'
Ele me devolveu Noah e saiu da sala segurando o celular e uns 10 minutos depois, voltou.
'Você não tinha dito 5 minutos?'
'Vai valer a pena, prometo.'
'É melhor mesmo porque eu deixei tudo em Manhattan para vir aqui.'
'Eu sei, sargento. Agora cala a boca e vamos almoçar.'
Ele colocou a mão nas minhas costas e levou minha bolsa enquanto eu segurava Noah no colo. Nós nós dirigimos para o carro e Voight nos levou para um restaurante perto de seu apartamento.
'Não trouxe nada além de sua bolsa, sargento?'
'Sim, eu trouxe.'
'E onde estão as coisas?'
'No seu apartamento.' Eu balancei os ombros e o encarei como se fosse óbvio.
'O que?'
'Ué, acha que eu brinco em serviço?' Eu lancei o olhar mais safado que eu podia dar em um local público.
'Desculpe, esqueci que você é uma ótima detetive.'
'Uma ótima detetive que tem a chave do seu apartamento.'
Ele encarou os meus seios antes de me corrigir.
'Uma ótima detetive, que tem a chave do meu apartamento e que é muito gostosa.'
'MUITO gostosa!' Eu soltei uma risada e ele sorriu.
'Vamos?'
'Sim.'
Ele saiu do carro, abriu a porta e segurou Noah no colo. Eu sai do carro e nós fomos almoçar. Nosso almoço foi incrível. Conversamos, rimos e Hank brincava e sorria a cada risada que Noah soltava. Quando terminamos de comer, nós fomos para o apartamento de Hank que pediu para que eu colocasse uma roupa mais elegante porque o mesmo me levaria a um restaurante refinado na cidade para comemorar o dia dos namorados antes de eu voltar para Manhattan. Ele teve que sair mais cedo devido à uma emergência no distrito mas deixou o endereço do restaurante marcado no gps do carro dele. Eram 21 horas e eu e Noah estávamos prontos, Erin tocou a campainha e eu expliquei todos os horários do meu filho e tudo mais, coisas de mãe.
'Ele vai dormir logo, o dia foi cansativo.' Eu disse enquanto entregava Noah para ela. 'Tem certeza que não estou incomodando?'
'Claro que não, Liv. E nós ficaremos bem, não é pequeno homem?' Ela sorriu para Noah que sorriu de volta pra ela. 'Toca aqui.' Ela juntou a sua mão fechada na mão dele e quando as mãos se tocaram ela abriu-a no ar e fez um barulho com a boca como se fosse de uma bomba estourando.
Eu sorri e me despedi.

Eu vestia um vestido vermelho justo e que ficava na altura do joelho que tinha um imenso decote nos seios, eu usava um batom vermelho também coisa que eu amava usar -mas nem sempre a ocasião era apropriada- e um par de salto alto preto. Eu peguei o elevador e fui para o carro e dirigi até aonde o gps indicava. Chegando no restaurante, estava tudo escuro mas tinha uma música baixa tocando e um caminho de velas e pétalas no chão. Quanto mais eu andava pelo caminho mais a música ficava alta até que pude reconhecer a mesma, se chama Ne me quitte pas, minha música favorita! ita!
'Boa noite, sargento. Estou encarregado em te levar ao seu destino final. Me acompanhe, por favor. ' Falava um homem de cabelo grisalho com um sorriso muito simpático.
Eu balancei a cabeça e o mesmo me levou até uma porta de vidro e disse:
'Curta a sua noite.'
Ele sorriu e sumiu no meio da escuridão que reinava naquele local.
Uma luz fraca se acendeu revelando uma voz e um homem.
'Boa noite, Liv.' O homem disse sorridente e vestido com um terno e que tinha, com toda a certeza, o melhor perfume do mundo.
'O que está acontecendo?' Eu perguntei confusa, olhando ao meu redor.
'Eu disse que essa noite valeria a pena, Olivia.' Eu sorri e ele entrelaçou as mãos na minha cintura e me beijou.
'Bom, vamos ao que interessa porque eu não tenho muita paciência.'
'Claro.' Eu alfinetei e soltei uma risada e veio alguns homens tocando uma música lenta e que eu também conhecia bem.
'Stay with me?'
'Acho que essa música traduz bem o nosso relacionamento e hoje eu quero falar sobre o mesmo.'
Um homem me deu um buquê de rosas e eu fiquei mais gelada do que já estava. Eu apertei, com toda força que tinha no meu ser, a barra do meu vestido tentando liberar um pouco da felicidade que tinha dentro de mim.
'Sabe Benson, nosso amor nunca foi calmo mas você desde a primeira vez que eu te vi, me trouxe paz. Eu não sou calmo mas você me faz ter calma. Você me trouxe o Noah, um menininho tão esperto e que me chama de pai e eu me sinto pai dele a cada dia mais. Você é a primeira mulher que entende os meus horários porque você sabe como é essa vida, você ama o seu trabalho e ajuda gente para caralho e isso me faz te amar mais. Você é uma mulher incrível em todos os sentidos e me faz querer ser incrível pra que ninguém te tire de mim. Então Olivia, eu queria muito saber se você quer passar só o resto da sua vida me ensinando a ser pelo menos um pouquinho incrível como você. '
Ele se ajoelhou e eu levei a mão a boca, ele abriu uma caixinha que continha um anel prateado e que tinha uma pedra grande em cima dele e eu tentei sem sucesso conter as lágrimas que saíam dos meus olhos.
'Vamos Olivia! É só o resto da sua vida! Você aceita? '
'É óbvio que eu aceito, Henry!' Ele colocou o anel em meu dedo e me puxou debaixo para cima me suspendendo no ar e me girando.
'Meu Deus, Hank, me coloca no chão!' Ele acatou o meu pedido e me jogou para o lado e me beijou até ficarmos sem ar.
'Eu amo você, Sra. Voight.' Ele brincou e entrelaçou novamente seus braços em minha cintura.
'Eu também te amo, Henry Voight.' Eu fechei os olhos e senti sua língua quente invadiar minha boca. Aquela noite seria longa, e uma das mais bonitas da minha vida.


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Notas finais do capítulo

O capítulo foi escrito pela minha miga linda que me ajuda sempre: Ayla, I heart you.



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