Um Belo Errado escrita por Mila Karenina


Capítulo 27
Pontas soltas.


Notas iniciais do capítulo

Aqui mais um capítulo gente linda, esse capítulo não tem muita emoção...
Mesmo assim espero que curtam! Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/621921/chapter/27

"And you can see my heart beating
You can see it through my chest
And I'm terrified but I'm not leaving
Know that I must pass this test
So just pull the trigger

Say a prayer to yourself
He says close your eyes
Sometimes it helps
And then I get a scary thought
That he's here means he's never lost" Rihanna - Russian Roulette.

A porta se abriu rapidamente revelando Peter, que parecia psicologicamente cansado, ele me olhou e em seguida sorriu, como se eu fosse o alívio para todos os seus problemas.

— Eu vou pra reabilitação? — Perguntei e Peter sorriu de lado, aquele seu sorriso que tanto me encatava.

— A sua reabilitação é comigo, na nossa casa e no nosso quarto, que se foda o resto! — Ele falou me levantando da cama, eu estava em seu colo.

Ele me rodou várias vezes e eu me senti uma criancinha em seu colo, eu estava me sentindo ridícula por estar vestida daquela forma, com aquela roupa ridícula de hospital, enquanto Peter vestia uma camisa azul de botões e tinha seu cabelo arrumado.

Então de repente a porta se abriu novamente e uma mulher de cabelos loiros entrou, ela era claramente uma enfermeira, ela sorriu pra mim e em seguida entregou um papel para Peter que assinou rapidamente.

A mulher agradeceu e saiu, ela sorria tanto pra ele que eu senti vontade de socá-la, mas eu sabia que eu deveria deixar as minhas mãos quietas se quisesse continuar fora da reabilitação.

Peter me olhou percebendo meu ciúmes e riu, em seguida se aproximou de mim, eu suspirei e revirei os olhos, odiava que me vessem com ciúmes.

— Então? Podemos sair deste lugar!? — Perguntei e Peter assentiu.

*_________________________________________________*
"And all the glitz and glam and the fashion
And all the pandemonium and all the madness
There comes a time when you fade to the blackness
And when you're starin at the phone in your lap
And you hopin' but them people never call you back
But that's just how the story unfolds
You get another hand soon after you fold
And when your plans unravel in the sand
What would you wish for if you had one chance?
So airplane airplane sorry I'm late
I'm on my way so don't close that gate
If I don't make that then I'll switch my flight and
I'll be right back at it by the end of the night" Airplanes - B.O.B feat Hayley Williams.


Finalmente chegamos em casa e agora eu já não vestia mais aquela ridícula roupa de hospital, agora eu vestia uma calça jeans branca e uma blusa preta com um cachecol bege, roupa escolhida por Peter, ele tinha bom gosto.

Abri a porta e me deparei com várias pessoas, Maria, Jeremy, meus pais, Lauren e surpreendemente Kelly estava ali também, sorri para todos, inclusive para a minha mãe.

Primeiro foi Jeremy, ele se aproximou de mim e me abraçou forte, em seguida tirou meu cachecol de mim e pôs em si mesmo, ele vestia uma camiseta preta com uma jaqueta cinza e uma calça jeans clara, ele sempre teve um estilo rocker, mas agora ele parecia um pouco menos assim.

— Parabéns Jadeline! — Ele disse me provocando, mas eu não briguei, pelo contrário o puxei para mais perto e o abracei novamente, mas com muita força, eu vi que ele se sentiu literalmente espremido e sorri.

— Obrigada, gostei da roupinha nova, coisa da Maria né? — Eu sussurrei em seu ouvido e ele não respondeu apenas balançou a cabeça em negação e se afastou.

Maria me olhou e sorriu maliciosa, eu disfarcei olhando para baixo, Maria vestia uma calça preta apertada e uma camisa larga e branca, nesse momento ela e Jeremy faziam um casal muito bonito.

Lauren parecia de alguma forma desconfortável, ela estava claramente evitando cruzar seu olhar com o meu, mas eu quis provocá-la e me aproximei vagarasomente.

— Não vai me dar parabéns sogrinha? — Perguntei com as mãos na cintura e ela arregalou os olhos e em seguida corou, ficando ainda mais rosa do que o seu blush já a deixava.

Ela então se aproximou e em um rápido movimento me abraçou, sem nenhuma emoção, aquela havia sido o abraço mais rápido da minha vida com toda certeza.

— Felicidades! — Ela exclamou e voltou a se sentar no sofá, eu ri.

Meus pais se aproximaram juntos, papai abraçando a minha mãe que sorria sem graça, quis dar o braço a torcer, eu não iria perdoá-la tão cedo, mas eu não precisava tratá-la mal, então quando ela veio me abraçar, eu aceitei o abraço, ela acariciou meus cabelos e eu encostei minha cabeça em seu ombro por alguns segundos, mas em seguida me recordei de que não estava pronta para perdoá-la, não ainda, e me afastei.

— Parabéns minha filha. — Ela disse e se afastou.

Meu pai então veio em minha direção, me levantou do chão com seu abraço apertado, eu ri, ninguém era como o meu pai, ele com toda certeza era o melhor do mundo, mas em meio a todas aquelas pessoas eu me lembrei de uma pessoa muito importante que eu não via há algum tempo, onde a minha tia louca estava?

— Pai? Cadê a minha tia? — Perguntei pois queria saber seu paradeiro, eu precisava muito de abraçá-la.

Minha mãe e meu pai se entreolharam e em seguida minha mãe voltou a se aproximar de mim.

— Sua tia voltou para o cara da Bélgica. — Minha mãe respondeu e eu fiquei cabisbaixa, mas eu já deveria esperar por isso, a minha tia sempre aparece quando precisamos, ela tem o dom de fazer tudo melhorar, mas assim que se dá conta de que as coisas vão se ajustar, ela se vai, talvez um dia ela volte, talvez não, mas de qualquer forma, ela já havia feito muita coisa por mim.

— Tudo bem... — Respondi ainda sentindo que devia algo a minha tia louca.

Voltei para perto de Peter e novamente percebi a presença de Kelly ali que conversava sem parar com Maria, ela já havia sido cúmplice de Diana, mas eu não conseguia sentir raiva dela, apenas pena.

Assim que percebeu que estava próxima novamente, ela caminhou até mim, Kelly tinha seus cabelos louros escuros presos em um coque e vestia um short jeans claro e uma blusa de paetês prata, ela era fofa de uma forma exótica.

Suas sardas no rosto pareciam mais evidentes sob aquela luz, e ela agora não parecia com raiva ou nada assim, parecia serena de alguma forma, como se houvesse se encontrado.

— Podemos conversar? — Ela perguntou e eu assenti.

Peguei em sua mão e a guiei até o jardim, ganhamos vários olhares curiosos, sobretudo o de Maria, que não mostrava apenas curiosidade como também preocupação.

— Diga. — Eu falei quando finalmente chegamos ao quintal.

Ela andou de um lado para o outro, até que parou na minha frente, eu a olhei confusa e ela voltou a caminhar.

— Eu não sei nem como começar... — Ela falou e eu conti o riso, era divertido ver ela se torturar para conseguir se desculpar.

— Tente! — Eu falei calmamente e ela não pareceu se ofender.

— Eu quero pedir desculpas por todas as babaquices que eu fiz com você, e eu não vou tentar justificar falando que foi por causa disso ou por causa daquilo, apenas me desculpe se achar que mereço, e se não quiser me perdoar eu juro que entendo e não volto a te pertubar. — Ela falou tudo muito rapidamente e eu não consegui segurar, comecei a gargalhar sem parar, quando eu estava chorando de tanto rir e eu estava percebendo que ela estava quase indo embora, eu parei de rir.

— Isso não foi legal. — Ela afirmou e eu revirei os olhos.

— Eu sei que não foi legal, mas tá bom eu te perdoo, só não volte a fazer isso, e um conselho, você é muito bonita, se valorize! Não corra atrás de quem não te quer! — Eu falei voltando para casa e a deixando ali no jardim, não a convidei para entrar.

— Ah e Jade? — Ela me chamou e eu me virei.

— Parabéns! — Ela falou e eu sorri.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Responda nos comentários: Gostando do desenrolar da história?