Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 9
Anonimato.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bom, agradeço a vocês pelos comentários e visualizações, quem puder recomendar a história ou favoritar, agradeço ainda mais! Beijos meus amores. Que Deus e a Virgem de Guadalupe os abençoe.



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... Ele me dá novamente um beijo e acabamos dormindo. Ás 07 horas da manhã desperto, daqui a pouco tenho de ir para a cafeteria e Carlos Daniel tem que ir para a fábrica Bracho, olho para o lado, ah como ele é ainda mais lindo quando dorme, seu cabelo um pouco bagunçado e seu cheiro em meus lençóis, dou um beijo em seu rosto e retiro cuidadosamente suas mãos em minha volta indo direto para o banheiro tomar um banho embora estivesse extremamente feliz por ter ficado com Carlos Daniel noite passada, fiquei mal por um lado, me perguntando "Como pude ser tão fraca e me entregar assim a ele?" minha consciência me pegava ás vezes, nunca sabia o que sentir ao certo uma coisa que eu já sabia ser errada e isso me deixava intrigada. Saio do banho, olho-me no espelho ainda não consigo parar de sorrir, que sorriso bobo! Assim que saio para me trocar, vejo Carlos Daniel acordando ele passa a mão sob seu peito e ajeita seu cabelo com a outra mão, finalmente ele abre os olhos encarando a luz do dia, ai droga estou de toalha apenas na frente dele! Espera, mas noite passada estávamos agarrados, como poderia ter tanta vergonha por ficar de toalha em sua frente, tentei relaxar e disfarçar o sorriso perante ele, que levanta finalmente E AINDA PELADO, caminha até a mim, me dá um beijo e entra no meu banheiro, enquanto isso batem na minha porta, peço para ele se esconder para que não se complique ainda mais com Elizabeth e assim ele o faz, assim que vou abrir a porta me dou conta das roupas dele jogadas ao chão, recolhe e jogo no banheiro indo correndo abrir a porta, é a Lalinha, ela entra observando o quarto, estava uma tremenda bagunça eu já sabia, mas não disse nada enquanto ela não dissesse algo relacionado a isso.

– Dona Paulina, o café já está pronto, vai descer agora? - Ela me pergunta ainda olhando ao redor do quarto.

– Sim Lalinha, já irei descer.

– Patroa, posso pergunta algo, me perdoe a ousadia.

– Sim Lalinha.

– A senhora e seu Carlos Daniel ficaram aqui noite passada, sim? - Ela coloca sua mão para trás e sutilmente balança seus pés me olhando dando uma risada de canto. - Por que a pergunta Lalinha? - Eu digo a ela.

– Há dois lugares em dois travesseiros e sua cama está totalmente bagunçada senhorita. E, fui chamar seu Carlos Daniel para o café e não havia ninguém.

– A porta dele estava trancada? - Pergunto.

– Sim patroa, estava.

– Então Lalinha, ele ainda deve estar lá. Agora com licença que eu já irei descer para tomar o café, sim? Muito obrigada por me chamar já vou. - Ela me olha com uma cara de decepcionada e eu tento manter as aparências, mas ainda estou assustada, sim realmente eu nunca teria feito aquela bagunça no quarto sozinha, logo ela sai do quarto e Carlos Daniel do banheiro com sua camisa e cueca preta, peço para que ele se retire e diga que não a ouvir bater na porta pois estava trancada. Ele me olha sem dizer nada, ao abrir a porta ele volta e me dá mais um beijo, ao sair ele olha para um lado, olha para o outro e vai para o seu quarto, fecho a porta e meus pensamentos falam mais alto, lembro-me da noite anterior desejando ela de volta.

Uns minutos depois desço para o café e encontro Carlos Daniel por lá. - Se trocou rápido, não?

– Não iria deixar você ir trabalhar sozinha Lina, bom dia amor. - Ele me diz.

– Bom dia! - Eu respondo.

Após um longo café da manhã cercado de romances entre nós e as olhadas de Lalinha, vamos direto ao trabalho, ele dispensa Pedro de me levar, e vou em seu carro dessa vez, falta apenas dois minutos para o meu turno começar, assim que chego dou mais um beijo de despedida em Carlos Daniel, subindo as escadas, cumprimento Verônica que me espera para começar mais um dia de trabalho, atendo a mesa de Carlos Daniel que espera Rodrigo e Julio, por volta de uns dez minutos os dois chegam e logo vão embora. "Tchau meu amor, até mais tarde." eu digo a ele por pensamento, que Deus o proteja!

Mais tarde, enquanto há muita clientela na cafeteria, observo minha amiga Célia conversando com o meu gerente, fico preocupada e assustada em vê-lá ali naquele momento ela deveria estar com sua mãe ou com a Filomena, dou uma olhada para Verônica que já entendeu tudo, enquanto atendo uma mesa não posso ir até lá e ver o que acontece, anoto o pedido e vou até a cozinha pedir os cafés e bolinhos da mesa, meu gerente me chama olho para os lados procurando por Célia que não está mais por ali ele me chama num canto conversando comigo em sua mão há uma carta.

– Paulina, agora há pouco sua amiga Célia esteve aqui, ela me disse que deixaram isso na porta de sua casa destinada a você. Disse que é muito importante se não, não teria vindo incomodá-lá no trabalho. Tem cinco minutos Paulina. - Meu gerente me diz, o agradeço entrego o pedido e vou para os fundos da cafeteria ler a carta.

Paulina,

Há um tempo venho lhe observando, vasculhei sua vida inteira, procurei por tudo a respeito de você! Soube que agora você vive numa mansão e o susto da sua casa parece não ter te abalado tanto. Queria dizer que eu sei quem fez tudo isso. Mas, estou disposto a receber 100 mil ou então faço mais planos com a pessoa contra você. Não ligo mais para isso, e na verdade isso já nem me importa mais. Sua casa não me importa mais.

O que eu quero dizer é se isso for parar na polícia, destruo sua vida miserável. Você tem 48 horas.

Passar bem.

Após ler, procuro um nome mas não encontro, fico assustada penso em quem poderia ter escrito aquilo, e me vem a mente Elizabeth, "Meu Deus será que ela sabe das coisas entre mim e Carlos Daniel? Será que ela foi quem mandou quebrar as coisas na minha casa?" penso comigo mesma, volto para a cafeteria tudo muda, meu humor acabou na hora, fiquei calada com aquela carta sendo passada na minha cabeça direto, sem querer derrubo uma bandeja e caio ao chão, todos olham para mim e Verônica vem me ajudar, há café por todo lugar, levanto e recolho as xícaras quebradas e a bandeja vou para trás pegar panos para limpar ali o local, após isso acontecer o gerente me chama e pergunta o que aconteceu, não digo nada e ele pede para que eu vá embora dizendo que seria descontado as xícaras, não estou ligando muito para isso. Estou fedendo a café, mas também não ligo para isso e vou direto a igreja, peço para falar com um padre que me atende pedindo que eu vá a polícia ou contrate um advogado que estude o caso, mas não tenho dinheiro para pagar um advogado e nem quero ir a polícia e acabar sabendo que foi Elizabeth sabendo que ela poderia acabar destruindo minha vida ou pior a de Carlos Daniel.

Peço um táxi e vou para a casa de Célia pergunto por quem deixou a carta mas ela não sabe, não viu nem ao menos Filomena, saio de lá indo direto para a casa, assim que chego vou para o meu quarto e escondo a carta, entro no banho para tirar o fedor do café, sento-me de frente para a janela, vejo Carlos Daniel chegando, logo ele sobe para o meu quarto e me cumprimenta, me dá um beijo e pergunta como estou, respondo que estou bem, meus olhos estão baixos, ele encara meus lábios, passa suas mãos em meu rosto sabendo que não estou bem, me dá mais um beijo e me abraça esperando que eu diga algo, só fico ali me sentindo protegida querendo protegê-lo em silêncio, e ele sabendo que não diria nada compartilha meu silêncio. Uns minutos depois ele tenta recompensar tudo e me pede para ir a sala com ela um pouco ou ao jardim, acabo aceitando. Passeamos e conversamos.

– E a fábrica? - Eu pergunto a ele.

– Estamos com um problema, não há tantos pedidos quanto antes. Mas, vamos consertar esse problema. - Ele me responde, enquanto passeamos pelo jardim.

– Como vocês vão consertar, posso saber?

– Bom, isso eu ainda não sei... Mas, eu Rodrigo e Julio vamos pensar.

– Tudo bem meu amor, sei que se saíra muito bem. - Eu respondo a ele. - Olha Carlos Daniel, precisamos conversar sobre o que houve na noite passada.

– Pode falar Paulina... Espera, antes eu quero que você saiba para não ficar arrependida, não é isso é Paulina?

– Não... Bem, mais ou menos, não devíamos você ainda é casado com ela e, pode dar muitos problemas. Nos precipitamos Carlos Daniel.

– Lina, meu amor... Não me contive, queria você a desejo, o que posso fazer? Mas, sim concordo que errei, e eu irei me separar da Elizabeth logo para que possamos ficar juntos. Não fique assim, foi bom não foi?

– Sim... Foi bom Carlos Daniel. Tudo bem meu amor, mas é que não poderá haver mais isso enquanto não houver o divórcio logo entre você e a Elizabeth.

– Eu vou dar entrada nos papéis já. - Ele me responde. - Nos sentamos nos bancos que há por lá, enquanto Chico corta as rosas o observamos, Carlos Daniel se levanta e pede a Chico para cortar uma rosa que a dá de bom grado, e volta para mim com uma rosa, ele a coloca em meu cabelo e me beija!

Mais tarde quando entramos em casa, Elizabeth e Estephanie estão na sala conversando e dando gargalhadas, Elizabeth o chama e eu subo para o meu quarto, no corredor Willy me puxa e me prende na parede. - Boneca, não precisa ter medo de mim!

– Eu não tenho medo, eu tenho nojo. - Eu respondo, o empurrando e correndo para o meu quarto.

No dia seguinte...

Enquanto estou atendendo a mesa de Carlos Daniel, Rodrigo e Julio passo uma dor de cabeça bem grande, vou para os fundos tomar um remédio que Verônica me dá e volto para lá, mas não encontro Carlos Daniel, ele voltou para a casa, Rodrigo me informa.

– Mas, está tudo bem? - Eu pergunto a ele.

– Escuta aqui, você não tem senso menina, não vê que ele é casado? - Julio me diz.

– Que isso Julio, espera ele sair para atacar a Paulina? Por favor nos perdoe Paulina, ele voltou para a casa porque esqueceu seu celular. - Rodrigo me responde.

– Tudo bem, me perdoe Paulina... Estou meio estressado hoje. - Julio me diz.

Depois disso saio da mesa e termino de os atender, minha dor de cabeça não passa e tudo o que eu mais queria era voltar para a casa e ver Carlos Daniel, para piorar a situação por ali um cliente passou a mão em mim, dou distância e ele arma um barraco, sei que ele está bêbado, o gerente tenta tirá-lo de lá o ameaçando dizendo que iria ligar para a polícia, novamente ele passa a mão em meus seios, dou uma bofetada nele e o gerente o expulsa logo depois vindo dar uma bronca em mim, dizendo que eu não poderia ter dado um tapa nele, peço desculpas a ele dizendo que não estou bem, mas satisfeita de ter dado um tapa nele. Vou para a casa, e ainda é cedo mais encontro Carlos Daniel por lá, ele está em meu quarto.

– O que faz por aqui Carlos Daniel? - Pergunto a ele assustada.

– Lalinha encontrou essa carta cheia de café, e eu quero saber por quê você escondeu ela?

– Abriu a carta que não é endereçada a você?

– Não mude de assunto Paulina, sabe que não faria isso, mas ela estava com café e escondida, fiquei preocupado.

– Não importa se está ou não com café, não era para você ler Carlos Daniel...

– Olha, me perdoe por isso. Foi preocupação, agora seja franca, quem lhe enviou essa carta?

– Eu não sei.

– Paulina, isso é muito sério você sabe disso, e amanhã termina o prazo para o dinheiro dessa carta.

– Carlos Daniel, eu não sei mais o que fazer, eu não tenho todo esse dinheiro e estou assustada só consigo pensar no pior.

– Não fique Paulina, mas agora você tem que ir até a polícia.

– O que? Não, não posso. - Eu respondo a ele assustada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram. Espero que tenham gostado. Se puder comentem? Obrigada!!!



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