Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 51
Reconciliações familiares


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bom, semana que vem é a última semana da fic e então teremos "Enquanto houver nós - 10 anos depois" e "Enquanto houver nós - 50 anos depois" e em breve "Felizes Para Sempre" outra fic SpaniColunga, que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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— ... Amanhã seria o dia que teríamos a resposta se seriam presos ou soltos. Eu não queria que nada daquilo tivesse acontecido, eu sinto muito por tudo. Destruíram fotos e lembranças da minha mãe, incendiaram minha casa de infância, tentaram me matar 3 vezes e roubaram Carlos Daniel. A situação realmente estava muito séria e eu temia que ela tentasse fazer algo a meu filho no futuro. Se ela aceitasse o divórcio e fosse para longe tudo seria mais fácil, de qualquer forma Carlos Daniel já teria conseguido o divórcio agora com ela na prisão.

Fomos para a casa pensando no que iria acontecer e Carlos Daniel já sabia com toda a certeza que eles seriam presos. Naquelas três semanas eu tinha falado com meu pai apenas pelo telefone e eu decidi que deveria vê-lo agora que finalmente eu estava totalmente curada, ele poderia ter vindo me visitar mas eu não estava pronta ainda. E eu não me entendia já que eu sempre fui forte, agora era a hora. Sem arrependimentos, só o amor. Comentei com Carlos Daniel que amou a ideia disse que eu deveria ter feito isso há um tempinho, (o tempo que ele diz é desde que saí do hospital) deveria mesmo. Amanhã depois do julgamento eu iria passar na casa de meu pai e então conversar com ele como uma filha que reencontra o pai depois de tanto tempo. Quando chegamos em sua casa sentada ao sofá estava a dona Tatiana que cuidaria do convite do casamento, decoração, música e da igreja, ao chegarmos nos cumprimentamos e nos sentamos na sala principal e ela nos mostrou um modelo de convite muito chamativo e eu logo percebi que Carlos Daniel havia achado exagerado demais, dei uma risada para tentar disfarçar e pedi a ela que fosse um pouco mais simples pois seria uma cerimônia pequena para apenas família e amigos próximos, não passaria de 100 pessoas se contassemos com alguns trabalhadores da fábrica. Tatiana com seu caderno enorme anotou todos os nossos pedidos e disse que dentro de 1 mês deveríamos revê-lá.

A noite Carlos Daniel e eu decidimos finalmente assistir os filmes que combinamos em nossa viajem que fizemos ao Brasil, na qual havia acabado a luz, ele começou demos a noite de folga para as empregadas e fizemos pipoca de microondas e nos sentamos ao sofá com um cobertor e eu segurei firme para não dormir na metade de Indiana Jones, sério quem em plena consciência assiste um filme desse? Somente ele que fica sempre super animado assistindo. Aguentei quase 2 horas de filme, e ele me olhou todo animado. - Não é ótimo? - Eu não sabia o que dizer pois sim era legal ou deveria ser pois em minha mente só passava "Deus, quanto tempo falta para esse filme acabar?" ou "Meu Deus, como ele é lindo olha só isso, que homem é esse!" olhei para ele dei um sorriso. - Nossa, é muito bom mesmo. - Eu respondo e ele me dá um beijo com sua boca com um gosto de manteiga. E eu toda animada levantei e coloquei o meu filme favorito, me sentei e segurei em sua mão e ao meu lado deixei a caixinha de lenços...

Carlos Daniel...

Paulina colocou seu filme toda animada e eu não estava preparado para ver um romance triste no final, mas eu assisti já que ela havia feito por mim com Indiana Jones, o filme mal havia começado e ela já estava chorando ao ver seu casal favorito lutando para ficar mais um dia juntos e isso me lembrou todas as noites que passei ao hospital com ela. Quando o filme acabou com a atriz que eu não sabia o nome cantando, Paulina chorava muito e eu comecei a dar risada, ela olhou para mim "Como você pode dar risada? É tão lindo, a Sam e o Paul" dei ainda mais risada.

— Não estou rindo deles, mas de outra coisa... - Eu digo a ela que toma o refrigerante de seu copo.

— Do que está rindo? - Ela me pergunta e limpa suas lágrimas com a caixa de lenços ao seu lado que estava quase vazia.

— "AIIII QUE FILME LINDO, ELES SÃO TÃO PERFEITOS!" - Eu digo a imitando que tenta não rir mas dá um sorriso e logo me dá um tapa no ombro.

— Ah, é então o que achou do filme? - Ela me pergunta e cruza os seus braços esperando uma resposta, e eu não sabia o que responder já que nem havia prestado muito atenção, fiquei parado ali na maior parte do filme admirando sua beleza, pensando "Deus, que mulher é essa? Tão meiga e perfeita"

— É... Muito bom! - Eu respondo e volto a imita-lá que sorri novamente e logo de repente faz uma cara de brava para mim e eu a puxo para mais perto e a beijo como forma de perdão.

Paulina...

Depois dos filmes arrumamos toda a nossa bagunça e meu Deus já era 23h deveríamos acordar cedo amanhã para a resposta do juiz e então subimos para o nosso quarto, escovamos os nossos dentes e deitamos já que estávamos vestidos para dormir, Carlos Daniel me abraçou e deu um beijo em meu ombro já que eu estava virada para o outro lado. - Boa noite meu amor! - Eu digo a ele. - Boa noite amor meu! - Ele me responde.

No dia seguinte...

Levantamos bem cedo para garantir que não nos atrasaríamos e tomamos um banho rápido e nos arrumamos e descemos tomando um café da manhã mais aproveitador e Carlos Daniel agradeceu mais uma vez Lalinha por ter levado o diário de Elizabeth, logo nos despedimos e entramos ao carro indo direto para o tribunal e mais uma vez esperamos até ás 9h, nossos corações estavam acelerados, contavamos os minutos para entrar na sala e ouvir a decisão do juiz em questão de Elizabeth e Julio. Quando finalmente pudemos entrar, o juiz falou por longos 20 minutos e então foi a hora da decisão. Primeiro decidiram sobre Elizabeth que me olhava furiosa.

"Em questão da réu aqui presente no dia dezesseis de março de 1999, Elizabeth de la Vega acusada de ter planejando o homícidio de Paulina Martins... Acusada - 1 ano. Acusada de ter mandado invadir e incendiar a casa de Paulina Martins 8 meses. Acusada de ser cúmplice com seu álibi e amante Julio Enrique por roubo na fábrica de cerâmicas Bracho 4 meses. Sendo assim ao total sua pena é de 2 anos sem fianças e devendo pagar serviços comunitário" Elizabeth abaixou sua cabeça e começou a chorar foi a primeira vez que a vi daquele jeito, depois que o juiz mandou que a retirassem de lá e chamassem Julio, Carlos Daniel segurou minha mão.

"Em questão do réu aqui presente no dia dezesseis de março de 1999, Julio Enrique acusado de ser o autor para tentar matar Paulina Martins... Acusado 5 anos. Acusado de ter pago para menor de idade invadir a casa de Paulina Martins - 2 anos. Acusado de ter incendiado a casa de Paulina Martins - 4 anos. Acusado de ter roubado a fábrica de cerâmicas Bracho - 3 anos. Acusado de ter matado Douglas Maldonado 10 anos. Sendo assim sua pena máxima é de 24 anos de prisão sem fianças e devendo pagar serviços comunitários. Declaramos ambos os réus culpados" acabou. Eu olhei para Carlos Daniel e o abracei tão forte e ele também que senti meu pulmão se contraindo. Acabou todo aquele pesadelo. Agora eles iriam pagar, finalmente! Meu coração estava mais calmo, minha alma e mente em paz.

Depois que saí de lá eu e Carlos Daniel fomos visitar meu pai, Miguel que não via desde que saí do coma, Carlos Daniel estava tão animado com a notícia e eu super nervosa em encarar o meu pai mas também estava tão melhor depois da notícia que a justiça havia sido feita! Olhei pelo retrovisor do carro e meus machucados já nem dava mais para ser visto. Quando chegamos finalmente a casa de meu pai ao jardim estava Maju brincando com suas bonecas e minha avó Piedade estava sentada ao balanço de frente para as rosas do jardim lendo um livro, Angelica minha madrasta conversava com meu pai perto da beira da piscina até que ao descermos do carro toda a atenção pelo barulho do portão se fechando e Maju se levantou vindo correr ao meu encontro e eu a peguei no colo feliz em vê-la depois de tanto tempo.

— Paulina!!!! Você se lembra de mim agora? - Ela me perguntou e eu passava a mão em seus cabelos longos lisos segurando para minhas lágrimas não caírem.

— Eu nunca me esqueci de você meu amor. - Eu respondi a ela que me deu um outro abraço.

— Sabe, minha mamãe me disse que somos irmãs. - Maju diz envolvendo suas mãos em meu pescoço e logo Miguel se aproxima e cumprimenta Carlos Daniel, eu dou um beijo na bochecha de Maju e a coloco no chão. Piedade ergue seus braços "Filha!!!" ela me diz emocionada.

— Oi... vovó! - Eu digo a ela e a abraço me curvando um pouco. Enquanto Miguel ainda espera que eu fale com ele. Angelica se aproxima me dando um forte abraço. - É tão bom ver você Paulina. Como está? - Ela me pergunta.

— É muito ver a senhora também dona Angelica. Felizmente estou bem e a senhora? - Eu respondo.

— Estou bem, mas não me chame de senhora. Pode me referir como "você" - Ela me responde e me dá um forte abraço. Finalmente olho para Miguel, meu pai que espera ansiosamente para falar comigo. - Oi! - Eu digo a ele.

— Oi. - Ele me responde e abaixa a sua cabeça.

— Podemos conversar? - Eu pergunto.

— Sim, sim claro. Vamos na biblioteca.- Ele me chama e me leva até o quarto e Carlos Daniel fica ao jardim conversando com Piedade, Maju e Angelica. Na biblioteca eu me sento na poltrona e ele se senta na cadeira de sua mesa de trabalho. - Como está filh... Paulina? 

— Estou bem... - Eu respondo e um silêncio toma conta do lugar e então eu decido quebrar e peço perdão a ele. - Eu queria pedir perdão por tudo o que disse naquele dia, estava muito nervosa e confusa. 

— Não precisa pedir perdão, eu entendo quero pedir perdão por ter escondido isso, eu procurei você e sua mãe mas era tarde demais pois me disseram que vocês haviam se mudado. Eu pensei em você todos os dias de minha vida, jamais me esqueci da minha filha pequena e da mulher que amei verdadeiramente... Eu fui muito covarde.

— Tudo bem, está tudo bem. - Eu digo a ele e me levanto colocando minhas mãos sob a dele. - Todos erram e isso já é passado. Não chore papai. - Eu novamente respondo a ele que olha para mim depois e dá um sorriso - Me chamou de papai? - Ele me pergunta e eu dou um sorriso também deixando cair uma lágrima e dou um abraço nele. Meia hora depois quando saímos da sala pedi a todos que prestassem atenção e chamei Carlos Daniel que me deu um beijo na bochecha. - Nós temos uma novidade... Bom, duas. - Eu digo a eles e Carlos Daniel coloca suas mãos em volta da minha cintura.

— O que é? - Maju me pergunta animada sentada ao gramado.

— Eu e Carlos Daniel vamos nos casar. - Eu digo e então todos nos parabenizam.

— Que bom meu amor, quando será a cerimônia? - Angelica me pergunta.

— Daqui há 5 meses. Em Agosto!!! 

— Porque tanto tempo filha? - Piedade me pergunta.

— Não queremos apressar as coisas, e estamos reerguendo a fábrica Bracho e também porque teremos de mandar fazer um vestido porque... Bom, teremos um bebê! - Eu digo. Meu pai fecha o sorriso na hora.

— Que? Engravidou antes de casar, mas isso não é o correto. - Ele diz.

— Com todo o respeito senhor, mas eu e Paulina sabemos que isso não é certo. Mas, eu a amo muito. - Carlos Daniel diz a meu pai que dá um suspiro longo e Angelica passa a mão me seu ombro como uma forma dele se acalmar.

— Sim papai, e eu não me arrependo. - Eu termino e olho para Carlos Daniel que dá um sorriso para mim.

— Filha, essa é uma ótima notícia. É de quanto tempo? - Minha avó me pergunta.

— 1 semana. - Eu respondo e coloco minha mão em minha barriga. Maju ficou mais contente por saber que ganharia um "primo" sem saber que seria tia já com 9 anos... Mas, seria bom que pensasse assim, já que a única irmã dela já tem 25 anos.

Mais tarde quando fomos para casa me sentia a mulher mais feliz do mundo, Carlos Daniel e eu jantamos e então depois ficamos na piscina de seu jardim e nada poderia estragar aquele momento...

5 meses depois...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado, até semana que vem amores. Comentem por favor.