Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 42
O paraíso não tão perfeito/O nascimento


Notas iniciais do capítulo

GENTE, CHEGAMOS NA ÚLTIMA TEMPORADA!!! EM BREVE TEREMOS "Enquanto houver nós - 10 anos depois" OBRIGADA A TODOS QUE LERAM, ESPERO QUE GOSTEM E COMENTEM POR FAVOR!!! AH, E SAIU UMA PEQUENA DEMONSTRAÇÃO DO VÍDEO https://vimeo.com/152179057



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TERCEIRA E ÚLTIMA TEMPORADA...

1999 

Paulina...

Eu estou dançando o ballet na qual sempre quis fazer e não tive oportunidade, ás árvores são enormes e as flores estão muito cheirosas, quero continuar rodopiando por aqui. - Mamãe? - Eu paro de rodopiar e encaro minha mãe, Paula. - Paulina, meu amor! - Ela vem ao meu encontro e me dá um abraço muito apertado e nos sentamos debaixo da árvore.

— O que faz aqui mamãe? - Eu pergunto a ela enquanto seguro em sua mão sentada encarando o grande céu azul.

— Filha, você deve lutar. Lute! - Ela me responde e eu a encaro confusa, e logo vejo minha avó por parte de mãe. - Vovó? - Ela se senta ao meu lado e logo não estamos embaixo da árvore, estamos sentadas ao largo do mato onde minha avó cresceu naquela fazenda que eu tanto amava e foi vendida há 18 anos.

— Meu amor, sua mãe tem razão. Lute! - Minha avó me diz.

— Mas, o que vocês estão dizendo? Lutar para que? - Eu volto a perguntar ainda confusa e o reflexo de Carlos Daniel reflete na água ali ao lago. 

— Paulina... Me escute e preste muita atenção. Você ainda tem a chance de voltar. Resista! - Minha mãe me diz olhando fixamente em meus olhos, paro por um momento e espera... minha mãe e minha avó estão de longos vestidos brancos.

— Onde estamos? - Eu pergunto.

— Estamos onde você quiser estar. Agora estamos num de seus lugares favoritos que é a fazenda de sua avó, e agora... - O lugar novamente mudou. - Estamos na lanchonete onde você se encontra com Carlos Daniel. - Minha mãe responde.

— Eu estou morta? - Eu novamente pergunto e tento chorar, estou com vontade mas as lágrimas não saem.

— Você não pode chorar no paraíso, aqui não há dor... - Minha avó responde.

— Então, eu estou morta? - Eu novamente pergunto. - Como aconteceu? - Minha mãe pega em minhas mãos novamente e passa a mão em meu cabelo também. - Paulina, meu amor. Feche os olhos e deseje com todo o coração ver onde está o Carlos Daniel. E assim o fiz, fechei meus olhos e num sopro vi Carlos Daniel sentado a poltrona cochilando num hospital segurando minha mão na cama. Meu braço está machucado e meu rosto ainda um pouco ralado. - Você sofreu um acidente meu amor... E não se deu conta disso ainda. Mas, você pode voltar, você tem que lutar. - Minha mãe me responde, enquanto minha avó passa perto de meu corpo deitado na cama e me observa. 

— Este jovem te ama muito Paulina. Ficou aqui com você desde o dia do acidente e brigou com todos os médicos para lhe darem o melhor tratamento. - Minha avó me diz e eu fico olhando Carlos Daniel dormir, abaixo a minha cabeça numa inesgotável dor.

— Há quanto tempo eu estou aqui? - Eu pergunto e então olho para o meu corpo.

— Está aqui há 1 mês. - Minha mãe me responde. - Você sabe quem foi? - Eu pergunto a ela, e minha mãe abaixa a sua cabeça. 

— Filha, quando você acordar deve dizer a seu namorado que vocês estão cercados por pessoas de muito ódio, desejo de vingança. E esse desejo só cresce... - Minha avó responde! 

— Mas, quem foi? - Eu pergunto novamente, e Carlos Daniel tosse e eu rapidamente olho para ele. Um brilho tremendo passa e eu á não estou em meu quarto, estou novamente embaixo das grandes árvores ouvindo o som dos passarinhos cantando. 

— Não podemos mais ficar, devemos ir rapidamente agora. Mas, filha está não é a nossa primeira conversa, e sim a última pois somente agora você conseguir compreender onde está. Seguiremos nosso caminho e você... lute! - Minha mãe me diz e então sua mão solta a minha sumindo pelo horizonte. 

— MAS, COMO EU DEVO LUTAR? - Eu grito para um imenso vazio, sem ter ninguém mais! E, se eu quiser morrer? Finalmente deixar Carlos Daniel ser feliz? Como eu posso lutar? 

Me duele amarte

Me dói te amar
Sabiendo que ya te perdi

Sabendo que já te perdi
Tan solo quedara la lluvia

Tão só ficará a chuva
Mojando mi llanto

Molhando meu pranto
Y me hablara de ti

E me falará de ti
Me duele amarte

Me dói te amar
Los sueños que eran para ti

Os sonhos que eram para você
Se pierden con cada palabra

Se perdem com cada palavra
Con cada momento que espere vivir

Com cada momento que esperei viver
Me duele mas imaginar

Me dói mais imaginar
Que tu te vas y dejaras

Que se vai e deixará
Detras de ti

Para trás
Tu ausencia en mis brazos

Sua ausência em meus braços
Me duele tanto sospechar

Me dói tanto suspeitar
Que ni tu sombra volvera

Que nem sua sombra voltará
Para abrigar

Para abrigar
Mi alma en pedazos

Minha alma em pedaços
Me duele amarte asi

Me dói te amar assim
Hasta morir

Até morrer
Lanzandome a la nada viendote partir

Lançando me ao nada, te vendo partir

Eu comecei a ouvir a música, era a mesma música que eu dancei com Carlos Daniel em meu aniversário, foi o melhor aniversário de todos, dei um sorriso e observei meu corpo novamente, Carlos Daniel havia colocado fones de ouvido em mim e me deixou ouvindo essa música, e ela tocava em todo o hospital. O aparelho que ligara ao meu coração começou a disparar e Carlos Daniel correu para gritar a um médico. - SOCORRO! SOCORRO!!! - Ele grita, e eu me aproximo de meu corpo assustada, mas o que houve? Paulina lute, lute. Mas, como? 

Carlos Daniel...

Naquela manhã de quinta feira, 24/01 completará um mês que Paulina estava em coma, ela havia batido a cabeça com uma força enorme, e sofreu várias lesões pelo corpo, e logo teve de ser operada as pressas, ficou 2 dias na UTI em observação e teve uma piora tremenda voltando as pressas para a operação, enquanto Célia e Filomena me acusaram de Paulina estar ali naquela hora. 

— Não foi eu, íamos conversar e enquanto ela atravessara a rua só ouvimos o som da buzina do carro e os faróis acesos não conseguimos ver quem era, corri para tentar salva-lá mas Pedro, meu motorista me puxou de volta e ela já havia sido atropelada. - Eu afirmava isso a polícia, a Célia e Filomena, até mesmo a Edmundo Serrano, o suposto namorado de Paulina. Comecei então a investigar junto quem poderia ter feito isso com a Paulina, mas mesmo assim em um mês não chegamos a conclusão nenhuma, procuramos pelas câmeras da rua, a placa do carro. E demorou 20 dias para acharmos o carro que havia sido queimado estando largado perto de um morro muito longe de onde houve o acidente. Os vidros que eram escuros não conseguimos ver quem poderia ter sido... 

Hoje que faz 1 mês, Paulina teve outra piora seu coração acelerado estava a 130 batimentos por minuto, os médicos concluíra que estava tendo um ataque cardíaco. Os médicos rapidamente com um aparelho tentaram reanima-la com o aparelho de choque, quanto mais tentavam reanima-la mas eu sentia que morria um pouco. 

Uma hora depois quando pude entrar ao quarto, trocaram a bolsa de soro que estava em seu braço, e o cardiologista de Paulina entrou ao quarto para verificar como ela estaria.

— E então doutor, como minha noiva está? - Eu pergunto ao doutor que respira fundo e olha para a ficha em sua mão. 

— Vou ser sincero. Talvez ela não volte mais. - Ele me responde e meus olhos na hora se enchem de lágrimas, o que eu poderia fazer? Eu quero a Paulina salva. Quando saí da sala pude observar que o senhor Miguel a esperava para saber como ela estava, ele visitava todas as tardes Paulina por 2 horas... E Maria Julia a garota que Paulina tanto amava todos os dias trazia flores para decorar o lugar. 

Quando entrei em meu carro para ir embora tomar um banho, já estava na hora do jantar e eu não consegui comer pois estava com uma dor na alma. Quando finalmente saí do meu banho desci para ir a biblioteca e Elizabeth estava ali dentro e não entrei pois ela estava ao telefone.

— Você deve fugir para que não saibam que fomos nós que quase matamos a inútil da Paulina Martins... - Ela falava ao telefone, meu coração se acelerou e meus nervos ficaram a flor da pele.

— QUE HISTÓRIA É ESSA ELIZABETH? - Eu grito a ela batendo na porta e entrando, ela se assusta e desliga o telefone.

— Que história meu amor? - Num tom sarcástico ela me responde e quando tenta se aproximar de mim eu me afasto.

— Você quem planejou a morte de Paulina? Quem mais planejou? Você é um ser humano horrível. Satanás ao seu lado fica parecendo uma criança de colo. - Eu respondo a ela que se afasta segurando sua barriga, e logo uma água escorre entre suas pernas.

— Carlos Daniel... Minha bolsa estourou. - Elizabeth me diz e logo grita de dor.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam??? Comentem por favor...