Enquanto houver nós. escrita por sahendy


Capítulo 31
Vazios.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? O que estão achando dos caps? Espero que estejam gostando. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês.



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– Paulina? - Edmundo pergunta olhando para mim desconfiado, logo depois abaixou sua cabeça e perguntou novamente - Tem certeza de que foi Paulina? Essa é uma acusação muito grave. - Ele termina dizendo.

– Claro que é senhor. A prova está bem aqui. - Clementina entra no meio afirmando que eu havia roubado a carteira e o celular de Dóris.

– Não. Não foi. - Douglas afirma, enquanto eu levanto minha cabeça olhando para ele.

– Mas, senhor... - Clementina tenta intervir.

– Como vocês duas ousam acusa-lá de roubo? Quando está claro que as duas sem moral são vocês. Me provem que foi Paulina, andem. Alguém viu Paulina mexendo nas coisas de Dóris? - Ninguém havia se manifestado, Douglas colocou a mão no bolso e caminhou para mais perto de Dóris e Clementina.

– Se não foi a Paulina, quem foi? - Bráulio pergunta encostando suas mãos em meu ombro me consolando.

– Eu juro por Deus e pela Virgem, eu nunca faria isso. Seria incapaz de roubar. Por favor acreditem em mim, isso foi um engano. - Eu digo a elas me aproximando. Edmundo me abraça fazendo com que eu encostasse em seu ombro.

– Como o senhor afirma que não foi a Paulina? - Dóris pergunta a ele.

– Paulina hoje de manhã me pediu para ir ao banco e eu deixei, assim que chegou ficou comigo e meu irmão Edmundo na sala. E eu perguntei a você Dóris se havia sumido hoje de manhã e você disse que sim. Bom, aí vocês me perguntam "Senhor Maldonado, mas e na hora que Paulina acordou e foi tomar seu café?" e eu lhes respondo "Dóris sempre chega ás 8h, não é mesmo Dóris? - Ele pergunta a ela, e não há escolha a não ser dizer a verdade, realmente ela chegava mais tarde. "Sim senhor" ela responde abaixando a cabeça. - Então, essa hora Paulina estava no ônibus indo ao banco. Por que mesmo você chega essa hora Dóris?

– Eu levo meus filhos ao colégio. - Dóris responde.

– Então há de concordar comigo que não foi Paulina e sim outra pessoa, Margarida foi você? - Ele pergunta a uma das faxineiras.

– Não senhor. - Ela responde se afastando.

– Pilar?

– Não senhor.

– Bráulio?

– Não faria isso senhor.

– Hm, talvez o novo cuidador de meus cães. César?

– Não senhor, passo a maior parte de meu tempo lá fora.

– Clementina? - Ele pergunta e um silêncio fica no ar, até que com muita demora ela responde "Não senhor" viu Dóris não foi nenhum dos empregados. Edmundo, você como advogado o que me aconselha a fazer ligar para a polícia e prender imediatamente Paulina, ou mandar todos embora de minha casa?

– Bom... - Edmundo ia começar a falar e foi interrompido por Pilar.

– Senhores? - Ela pergunta dando um passo a frente.

– Diga Pilar, foi você? - Douglas pergunta.

– Não senhor, jamais faria isso com Paulina ou com qualquer um dos empregados, sempre fui muito fiel ao senhor, trabalho aqui há 5 anos. Mas, eu sei quem armou para a Paulina.

– Quem foi? - Edmundo pergunta transtornado com o que estava acontecendo ali.

– Foi Clementina e a própria Dóris. Peço perdão a elas primeiramente por estar entregando elas, eu ouvi elas planejando tudo ontem a noite. E peço perdão também a Paulina e aos senhores por ter me calado, mas eu preciso desse emprego assim como todos os outros. Clementina jamais gostou de Paulina desde que o senhor fez ela limpar e pedir desculpas a ela no dia do incidente na cozinha. E desde então as duas não falam com Paulina. - Pilar termina dizendo e se afasta novamente.

– É senhor, e elas um dia desses derrubaram de propósito a comida de Paulina ao chão para que ela limpasse. - Margarida terminou dizendo.

– Clementina prepara o café da manhã de todos, menos de Paulina. Por isso ela não toma café da manhã pois todos tomamos rapidamente e voltamos a nossas tarefas. Ás vezes Paulina come, ás vezes não por medo de deixa-lo sozinho. - O César responde.

Douglas se aproxima de mim me encarando, mas não era com raiva era por tristeza "Por que não contou a mim?" ele me pergunta, eu abaixo novamente a cabeça.

– Eu não quero ter que entrega-las, eu sei como é difícil emprego por aí. E tampouco quero que elas me odeiem cada vez mais. E não é nada sério para ter que falar a você Douglas. - Eu respondo a ele. Novamente ele se vira para elas e pede para que todos os outros empregados saiam deixando nós sozinhos, eu, Clementina e Dóris e Edmundo.

– Quero que você saem da minha casa hoje. Não se preocupe Dóris, farei um cheque para que você possa cuidar de seus filhos e Clementina não quero ver você aqui mais. As duas receberam seus direitos, mas vão.

– Senhor, por favor não faça isso! - As duas imploram a ele apertando as mãos com forças em constantes lágrimas de desespero.

– Douglas, por favor não. Não permita isso. - Eu tento intervir achando que será inútil.

– Mas, Paulina elas só fazem mal a você... - Ele me diz e logo segura em minhas mãos com um gesto de muito carinho e as acaricia, mas Edmundo me puxa novamente tentando me abraçar.

– Por favor, por favor. Por mim. Eu que imploro agora, não foi nada eu sei que depois disso não acontecerá mais.

– Tudo bem. - Douglas responde. - Mas há uma condição, vocês vão tratar Paulina como se ela fosse dona daqui, ela passará a comer comigo a mesa e vocês irão servi-lá, mais um escândalo desse eu ligo para a polícia e as duas serão demitidas por imediato. - Assim que estamos saindo de meu quarto, ouço Clementina resmungar "Com certeza são amantes" olho para trás e ela me olha com muito ódio, mas não digo nada NOVAMENTE.

Elizabeth.

– Não, eu não sei se Paulina é amante, namorada ou amiguinha de Douglas Maldonado, bom... Amiguinha com certeza não é. Mas, isso pouco me importa quero ela longe de Carlos Daniel, se não meus planos irão por água a baixo. - Eu digo a ele que está sentado na poltrona fumando um cigarro dando longas tragadas.

– Não se preocupe, Paulina não irá mais nos incomodar, sábado você a verá morta.

– Ótimo! É assim que eu gosto. - Me aproximo mais dele com o desejo incontrolável de beija-lo. Atração. Atração era o que sentia por ele e MUITO DESEJO SEXUAL, poderia matar alguém para tê-lo ao meu lado, mas o mataria para ter o dinheiro. - Estou com muita vontade de ir para a cama com você AGORA. - Eu digo nos ouvidos dele dando uma mordida e pego o cigarro em seus dedos e dou uma tragada.

– Você não está grávida? Como pode fumar? - Ele me pergunta.

– Calma, o bebê não vai morrer por causa de uma tragada. Mas, eu vou ficar bem triste se você não for comigo para a cama, quero transar com você. Sinto um enorme tesão quando falamos sobre nossos assuntos...

– Tesão em falar de Paulina Martins?

– Tesão em ver que falta pouco para destruir essa morta de fome. Tesão por ouvir você falar assim. Tesão de saber que você é o melhor amante do mundo.

– Termine com o dono da cafeteria, com o policial Montesinos, Donato e se separe do corno do Carlos Daniel, vamos fique comigo.

– Nem me fale desse idiota apaixonado. Rejeita meus beijos, minhas carícias, e meus desejos a noite.

– Vem aqui. - Ele me pegou ao colo me beijando e me joga na cama...

Carlos Daniel.

Hoje chegarei mais tarde na fábrica não estou a fim de ir trabalhar e o bom de ser dono é isso, por mais que eu saiba das minhas responsabilidades, tirei o dia hoje para ir a outra cidade procurar Paulina.

Mais tarde...

Já estou aqui na cidade há 2 duas horas andei por todos os lugares e a procurei em todos os cantos, ninguém a viu ou a conhece. Não posso crer que perdi Paulina. Como fui estúpido.

Paulina.

Era a hora do jantar, coloquei Douglas a mesa e estava me retirando mas ele me chama pegando em minha mão "Não vai jantar comigo?" ele pergunta e me dá um sorriso.

– Agradeço, mas estou sem fome. - Eu respondo a ele.

– Faça isso por mim. Agora eu quem estou pedindo.

– Tudo bem. - Eu respondo me sentando a cadeira ao lado e logo Clementina chegou na mesa com Bráulio para nos servir, o cheiro estava divino e eu morrendo de fome, mas me comportei como a professora Laura gostaria que eu tivesse feito.

– Não posso crer que Clementina e Dóris não a suportam. - Ele me diz levantando a taça de vinho para que possamos brindar. Eu levanto a taça também e ouço o "Tim Tim" das taças quase se cruzando e tomo um gole do vinho.

– Ninguém conhece meu lado bom, e é por isso que muita gente não me suporta. Ah, eu posso ser uma palhaça, engraçada por uma tarde, mas depois disso todo mundo se enche de mim por um mês. Na verdade, sou aquilo que um filme romântico representa para um pensador profundo — uma simples diversão, um interlúdio cômico, algo a ser logo esquecido: que não é ruim, mas que particularmente não é nada bom.

– Fala por Elizabeth e Estephanie?

– E por Leda, Carlos Daniel...

– Paulina... - Douglas pega novamente em minhas mãos. - Eu nunca jamais irei me encher de você. Você não é ruim, você é boa e muito boa, creio eu que é ainda mais generosa que minha ex esposa amada que descanse em paz agora Noélia. Você ainda não teve sorte com o amor, mas logo terá e será imensamente feliz. - Eu abaixo a minha cabeça e coloco a primeira garfada na boca, mastigando aquela bomba de sensações maravilhosas, mas pensando no que ele havia me dito. - É isso Paulina, você fala de menos e pensa muito.

– Realmente. - É a única resposta que eu consigo dar a ele naquele momento tomando mais um gole de vinho.

– Não a culpo, pois sou igual. As pessoas por aí dizem que sou arrogante, ruim pois despedi dois homens de uma forma que eu mesmo não me reconheci, mas os peguei no meu quarto e de Noélia, um deles falava dela em um tom malicioso e o outro dizia que iria se masturbar pensando nela. Peço perdão pelo meu linguajar, mas aquilo foi a gota, ela havia acabado de falecer. Muita das vezes eu faço as coisas e me arrependo depois, e não entendo... Bom, o que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se entendesse... Você me entende? - Ele me pergunta.

– Queria poder não entender. Mas, somos imperfeitamente perfeitos nisso. - Eu respondo a ele e dou um sorriso a ele.

No dia do baile...

Me levantei bem cedo e comecei a ajudar nos preparativos da festa, mas fui interrompida por Douglas me chamando no salão principal. "Vá se arrumar" ele me disse.

– Mas, eu preciso ajudar todos aqui antes. Mais tarde irei me arrumar.

– Seu vestido chegou e aqui há algumas pessoas prontas para lhe ajudar. Hoje, você será apresentada a todos.

– Eu? Mas por quê senhor Maldonado?

– Eles querem conhecer a nova milionária da sociedade.

– Jura? E quem será ela?

– Você.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam do capítulo? Comentem por favor, obrigada a todos que leram.