Elemental Four escrita por TrueB


Capítulo 9
Taição, Bombinha de Asma e uma Marca no Pescoço


Notas iniciais do capítulo

O capítulo demorou por motivos de:
1- Preguiça,
2- Facebook,
3- Um polvo voador.



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– Não acredito que eu estou mesmo viajando com você. – fala Cassie, enquanto Kyle segurava a mão dela e a beijava.

Eles estavam andando em uma pista de um campo florido. Aquele era um dos pontos turísticos mais famosos de BeyView.

– Eu não acredito que eu estou com fome há uma hora e você tá me fazendo andar perto de rosas. – Kyle revirou os olhos.

– Tá bom, você venceu. – disse Cassie, o puxando para um restaurante ali perto. – Vamos comer.

– Isso! – comemora Kyle, em tom baixo.

O restaurante estava mais com cara de barzinho. E por mais sujo que ele pareça, ele estava lotado.

Kyle sentou-se em uma mesa, e quando Cassie viu um homem vendendo mapas dos pontos turísticos da cidade, foi correndo comprar um.

Lá fora estava com um clima bem mais frio, talvez por causa da falta de homens suados e bêbados. Cassie comprou um dos “mapas” e sentou-se em um banco da praça florida. O mapa que custou 20 dólares era na verdade só uma folha de papel A4 com um desenho mal feito da cidade. Mesmo assim, Cassie tentou encontrar a praça que ela estava nele. O virou de um lado, do outro, pra cima, pra baixo, e nada. Passou um bom tempo procurando. Até que ela ouviu uma voz doce e grave dizendo:

– É difícil, né?! Eu também comprei um.

Então ela olhou pra pessoa que estava falando. Ele era muito lindo. A pele perfeitamente bronzeada, boca carnuda, cabelo loiro e olhos castanhos. Ele era, como já dito antes, muito lindo.

– Você vai se surpreender ao saber... – disse, então fez uma pausa e afastou o polegar de Cassie que segurava o papel. O polegar estava exatamente em cima de um desenho com o nome Praça Das Flores. - ...Que nós estamos aqui. – Sorriu.

– O-Obrigado – gaguejou, ainda nauseada pela beleza do rapaz.

– A propósito, meu nome é Jordan – estendeu a mão para cumprimentar a menor. – Eu vim também sou “turista” – respondeu -, eu vim com minha namo... Amiga. – disse, então repetiu. – Vim aqui com minha amiga, Cat.

– Qual o seu nome mesmo? – perguntou Jordan já tirando a camisa.

– Isso importa? – questionou Cassie, só de lingerie, enquanto deitava na cama.

– Deus, não. – então Jordan jogou-se na cama.

Cassie sabia ao certo como tinha ido parar ali. Só sabia que eles tinham conversado muito e agora estavam transando no quarto do Hotel dela.

–Xx-

– Pronto, agora tenta. – disse Conan, entregando a câmera para Cat.

Ela gentilmente pegou a câmera das mãos dele e sorriu. Ajeitou o zoom e tirou a foto que ela queria. Era uma foto linda, de um pássaro olhando para uma amora no chão. Mas tinha alguma coisa faltando. A imagem não estava perfeita. E Cat queria uma imagem perfeita.

Eles estavam sentados na borda de uma fonte de água, em uma praça chamada Praça dos Pássaros. Existiam muitas praças naquela cidade. Jordan, pensou Cat, deveria estar perdido em uma.

Há dias semanas Cat, Conan e Jordan estavam bem amigos. Conan sempre mostrava partes lindas da cidade para eles. Hoje, era o dia dessa praça. Jordan estava atrasado e eles dois estavam fotografando o local.

Conan estava olhando para o pássaro, que agora brincava com a amora. O sol estava bem atrás dele, fazendo uma sombra ao seu redor. Então Cat tirou a foto. Ele imediatamente olhou e sorriu. Cat olhou para a imagem e vi que, finalmente, tinha achado a foto perfeita.

–Xx-

Caleb estava deitado na cama, do quarto de Billy, só de cueca. Ele estava suado e se mechando bastante, mesmo dormindo. Então, acordou em um pulo. Estava sentado na cama, não consegui respirar, e de repente, não estava mais lá.

Caleb agora era uma garotinho de 5 anos, tinha acabado de chagar de viagem com sua família. Ele lembrava perfeitamente. A mãe e o pai de do garoto tinham acabado de brigar no carro, então eles pararam na cidade mais próxima. O pai do garoto expulsou a mãe e o menino do carro. Eles estavam parados na porta de um posto de gasolina. A mãe estava fervendo de raiva, por que mesmo que o marido dela fosse um bêbado ingrato, ela o amava.

Então o garoto teve um ataque de asma. Ele nunca tinha tido aquilo. Estava sem fôlego e não sabia o que fazer. Nem ele, nem a mãe do pobre garotinho. Só quando um menino da mesma idade do garoto apareceu com uma bombinha de asma.

Só quando Caleb voltou a respirar foi que ele descobriu. Ele descobriu que o pai bêbedo era o pai dele, que a mãe brava era a mãe dele, que o posto de gasolina era o posto que o pai de Conan costumava trabalhar antes de ser Senador, que o garotinho que salvou o dia era Conan, e que o garotinho que tinha asma era ele. Era Caleb.

E só quando Billy entrou no quarto, também só de cueca, foi que ele percebeu que boa parte do suor era na verdade lágrimas.

–Xx-

– Posso te mostrar uma coisa? - perguntou Cat, enquanto Conan arrumava a câmera para uma nova dúzia de fotos.

– Claro. – respondeu.

Então ela levantou a cabeça dele com a ponta dos dedos, e com a outra mão, pegou um punhado de água da fonte. Ele observou enquanto a água escorria da mão da menor. Então ela não escorreu mais. Ela apenas se fixou na palma da mão de Cat, formando uma bolha de água.

Conan queria gritar, queria dizer que aquilo era impossível. Mas ele já tinha visto coisas mais impossíveis que essas. Já tinha visto isso com Caleb e até em um sonho. Tudo ligado. Talvez, pensou, Cat também tinha uma ligação com isso. Talvez ela fosse o elemento água. Ele não queria se precipitar, até por que ele sabia como aquilo soava estranho.

Então ela só a observou. Observou o sorriso no rosto ao saber que conseguiu impressioná-lo com isso, observou a forma como a jaqueta dela sobia por causa da mão levantada. Observou o pescoço dela perfeitamente livre de suor. Mas, mais ainda observou uma marca que ela tinha na parte de trás do pescoço. Uma marca estranha que tinha a forma de quatro C’s reunidos, um atrás do outro. Marca essa, que Conan e Caleb tinham em seus pescoços. Mesma marca, no mesmo canto.

Conan limpou a garganta e disse:

– Eu preciso te contar uma coisa.


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