Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu


Capítulo 7
Clube do Inferno


Notas iniciais do capítulo

Substituição de última hora: hoje troquei o QF pelo Dr. Estranho. Tive uma súbita inspiração para escrever sobre ele.



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Stephen Strange, Linda Carter e Johnny Blaze estavam diante das portas da enorme construção semelhante a um castelo, onde um tridente vermelho chamava a atenção de todos.

— Linda, estamos nos aproximando do fim desta jornada. Encontraremos coisas terríveis lá dentro. Nos últimos anos, os filantropos Steven Grant, Norman Osborn e Wilson Fisk, que costumavam frequentar o Clube do Inferno, deixaram de investir no Clube. Por causa disso, o nível dos clientes desceu muito.

O Motoqueiro Fantasma deu uma risada seca assim que Stephen parou de falar.

E que queda de nível, Strange.

Isso deixou Linda pensando sobre o que encontrariam do outro lado da porta. Sim, ela se surpreendeu com o que encontraram no momento em que empurraram a porta.




Numas das salas mais altas do Clube do Inferno, Satanna Hellstrom fitava o homem à sua frente, o Rosa.

— Você simplesmente deixou que eles te derrotassem? Nem sequer tentou descobrir o que havia ali?

— Não tentei, Satanna, pois eu já sabia.

— Ah, é? E o que era?

— Os Arquivos. Todos os livros que o Ancião reuniu ao longo de seus anos como Mago Supremo, transformados em fitas K7.

Satanna olhou para ele com raiva.

— Sim, mas e a fita vermelha?

— Seu pai.

Ela gelou.

— O que tem Lúcifer? É algo que possa ser ligado ao meu nome?

— Obviamente.

— Me conte.

Richard riu.

— Adivinhe.

O desespero pareceu surgir nos olhos de Satanna.

— Não brinque comigo, Richard Fisk.

As risadas cessaram.

— Sou uma mulher perigosa — disse Satanna, colocando-o contra a parede vermelha e levando os lábios ao ouvido dele (ainda por cima da máscara).

— Satanna...

Ela arrancou a máscara dele.

— Sabe como demônios agem, Richard? Demônios são criaturas terríveis. São alimentados por pecados e maldade. Eles usam tudo que estiver ao seu dispor para corromper até o mais nobre dos homens. Não há bem sem mal. Não há luz sem trevas. Não há prazer sem luxúria.

— Satanna, por favor...

— Oh, Richard... Você não sabe como sofro aqui. Vejo Emma e a forma como os homens se ajoelham por ela e sinto inveja.

O Rosa se arriscou e empurrou-a.

— Satanna... não!

Ódio tomou conta dela.

— Você sabe onde está sua mãe, Richard?

— O que você fez com ela?

Satanna riu.

— Vanessa é uma boa mulher. Será que agradará meu pai e os outros?

— Ela está...

— Morta? Ainda não. Mas estará em breve, se você não cooperar comigo.

— Certo, eu falo. Stephen virá para cá, Satanna. Aquele arquivo fala sobre os Hellstrom, não sobre Lúcifer. Conta como ele levou sua mãe à loucura e a usou para trazer dois demônios para este mundo, originando a linhagem Hellstrom.

— O que espera conseguir com essas mentiras, Richard? Minha mãe não foi enganada. Ela amou Lúcifer. E você não ninguém para questionar minha família. Diga-me, Richard, como vai o Rei do Crime?

— Não falo com ele faz tempo.

— Oh, eu imagino. Não gosta do Wilson, eu presumo. Como se fosse melhor.

— O que está insinuando?

— Tal pai, tal filho. Vocês não são diferentes, Richard. Vocês matam para chegar aos seus objetivos. São pecadores. São servos dos demônios. São criados do inferno! Não é à toa que seu pai foi membro do Clube. O que acha de entrar para o clube, Richard?

Ela deslizou a língua pelo pescoço dele e mordiscou a região.

— Satanna, pare. Não pode me obrigar a isso.

Satanna ia dizer algo mais, porém parou. Correu até o vidro da janela.

— Ele está aqui. O Mago Supremo.

— Eu te avisei, Satanna.

— Vá. Mate-o, Richard! Se Stephen Strange sobreviver a esta noite, Damon entregará Vanessa Fisk para Lúcifer.

O sorriso de Richard desapareceu. Ele vestiu a máscara rosa e carregou sua arma. Quando as portas se abriram, Satanna prosseguiu.

— Boa sorte, escravo.

As portas se fecharam sozinhas. Richard Fisk ainda sentia o calor de Satanna em seu ombro. Ele se perguntou se ela podia estar blefando. Não. Não havia blefe em sua voz, pensou.





O lugar em que entraram parecia um misto de igreja e castelo, apesar dos corredores inteiramente vermelhos. Ainda assim, não era como Stephen e Johnny a fizeram imaginar.

— Parece tudo normal — ela disse.

Eu não entendo — disse Johnny. — O lugar está vazio.

— Está — disse Stephen —, pois os Hellstrom andam ocupados demais.

— Como assim? — questionou Linda.

— Diga você, Blaze.

O Motoqueiro Fantasma olhou em volta.

Este lugar está impregnado por magia demoníaca.

— Bingo — disse Stephen.

Stephen caminhou pelo corredor após ver algo interessante do outro lado dele. Ele chegou ao fim do corredor e encostou na parede vermelha, passando o dedo por ela.

— Interessante.

Ele passou o dedo e se afastou.

— Há uma passagem aqui. Em nome de Agamotto e do Vishanti, eu ordeno que se revele a passagem!

O papel de parede começou a ser consumido por chamas. Um pequeno túnel quadrado se revelou na parede. Stephen enfiou a mão lá dentro e depois tirou. Ele fez uma esfera brilhante surgir em sua mão e liberou-a lá dentro. O túnel se iluminou e ele vislumbrou o quão longo era o túnel.

— Se eu estiver certo, este túnel cruza o prédio e serve para fuga. Nada que nos interesse muito, a não ser, é claro, que sejamos cercados.

Silêncio. Stephen aproveitou-o e olhou para o teto, que estava chamuscado. Levantou voo e tocou aquela superfície frágil.

— Vestígios de batalha.

Ele pousou.

— Algo me diz que estamos sendo observados.

Ele virou à esquerda em um outro corredor. Linda e Johnny seguiram-no e se depararam com o Rosa, o mesmo homem que haviam enfrentado na noite anterior.

— Doutor, enfermeira e motoqueiro, rendam-se.

O Rosa apontou suas armas para eles.

— Nunca ­— disse Stephen.

Ele disparou. Stephen logo ergueu os braços para cima.

— Eu invoco um escudo de serafim!

Um campo de força surgiu em volta deles. Os tiros foram repelidos. Motoqueiro Fantasma invocou suas correntes, mas Doutor Estranho o parou.

— Eu cuido dele.

Stephen estendeu um braço na direção do Rosa.

— Vácuo Sombrio!

Uma esfera negra atingiu o Rosa, que caiu para trás. Uma luz negra saiu de seus olhos e ele gritou. Quando acabou, se levantou e disparou. Os tiros não faziam efeito algum, apenas no papel de parede.

— Já chega! — gritou uma voz feminina.

A porta do final daquele corredor se abriu e Satanna Hellstrom se revelou.

— Rosa, sua incompetência me decepciona. Eu cuido deles.

O Rosa virou em outro corredor e Satanna parou diante deles. Ela estendeu a mão e um tridente apareceu. Ela cravou-o no escudo de serafim, que foi consumido por chamas e desapareceu.

— Parece que o jogo virou, não é mesmo?

Stephen ia lutar, mas Johnny entrou entre ele e Satanna.

Você e Linda devem prosseguir. Eu cuido de Satanna.

Linda, protegida por Stephen, passou por Satanna.

— Olá, Motoqueiro Fantasma.





Andares acima, Damon Hellstrom estava em uma sala fechada. Ele lançou chamas no chão à sua frente e elas formaram um símbolo conhecido: um pentagrama. Ele abriu o armário da sala e carregou o homem que lá dentro estava para o centro do pentagrama. Ele retirou o saco da cabeça dele, e o homem sugou o ar, desesperado.

— Olá, Wong ­— disse Damon.




Em alguma sala do Clube do Inferno, Barão Mordo, Jade e o falso Wong analisavam o cômodo. Junto deles estava Doutor Druída e Emma Frost.

— Tem certeza que é aqui, Anthony? — perguntou Jade.

— Eu não me confundo — disse ele.

— Ele deve estar certo — disse Emma. — Esta sala é conhecida como Sala dos Segredos.

De repente, o falso Wong passou a mão pelo piso.

— Removam o carpete. A entrada está no piso.


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