Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu
Notas iniciais do capítulo
Substituição de última hora: hoje troquei o QF pelo Dr. Estranho. Tive uma súbita inspiração para escrever sobre ele.
Stephen Strange, Linda Carter e Johnny Blaze estavam diante das portas da enorme construção semelhante a um castelo, onde um tridente vermelho chamava a atenção de todos.
— Linda, estamos nos aproximando do fim desta jornada. Encontraremos coisas terríveis lá dentro. Nos últimos anos, os filantropos Steven Grant, Norman Osborn e Wilson Fisk, que costumavam frequentar o Clube do Inferno, deixaram de investir no Clube. Por causa disso, o nível dos clientes desceu muito.
O Motoqueiro Fantasma deu uma risada seca assim que Stephen parou de falar.
— E que queda de nível, Strange.
Isso deixou Linda pensando sobre o que encontrariam do outro lado da porta. Sim, ela se surpreendeu com o que encontraram no momento em que empurraram a porta.
Numas das salas mais altas do Clube do Inferno, Satanna Hellstrom fitava o homem à sua frente, o Rosa.
— Você simplesmente deixou que eles te derrotassem? Nem sequer tentou descobrir o que havia ali?
— Não tentei, Satanna, pois eu já sabia.
— Ah, é? E o que era?
— Os Arquivos. Todos os livros que o Ancião reuniu ao longo de seus anos como Mago Supremo, transformados em fitas K7.
Satanna olhou para ele com raiva.
— Sim, mas e a fita vermelha?
— Seu pai.
Ela gelou.
— O que tem Lúcifer? É algo que possa ser ligado ao meu nome?
— Obviamente.
— Me conte.
Richard riu.
— Adivinhe.
O desespero pareceu surgir nos olhos de Satanna.
— Não brinque comigo, Richard Fisk.
As risadas cessaram.
— Sou uma mulher perigosa — disse Satanna, colocando-o contra a parede vermelha e levando os lábios ao ouvido dele (ainda por cima da máscara).
— Satanna...
Ela arrancou a máscara dele.
— Sabe como demônios agem, Richard? Demônios são criaturas terríveis. São alimentados por pecados e maldade. Eles usam tudo que estiver ao seu dispor para corromper até o mais nobre dos homens. Não há bem sem mal. Não há luz sem trevas. Não há prazer sem luxúria.
— Satanna, por favor...
— Oh, Richard... Você não sabe como sofro aqui. Vejo Emma e a forma como os homens se ajoelham por ela e sinto inveja.
O Rosa se arriscou e empurrou-a.
— Satanna... não!
Ódio tomou conta dela.
— Você sabe onde está sua mãe, Richard?
— O que você fez com ela?
Satanna riu.
— Vanessa é uma boa mulher. Será que agradará meu pai e os outros?
— Ela está...
— Morta? Ainda não. Mas estará em breve, se você não cooperar comigo.
— Certo, eu falo. Stephen virá para cá, Satanna. Aquele arquivo fala sobre os Hellstrom, não sobre Lúcifer. Conta como ele levou sua mãe à loucura e a usou para trazer dois demônios para este mundo, originando a linhagem Hellstrom.
— O que espera conseguir com essas mentiras, Richard? Minha mãe não foi enganada. Ela amou Lúcifer. E você não ninguém para questionar minha família. Diga-me, Richard, como vai o Rei do Crime?
— Não falo com ele faz tempo.
— Oh, eu imagino. Não gosta do Wilson, eu presumo. Como se fosse melhor.
— O que está insinuando?
— Tal pai, tal filho. Vocês não são diferentes, Richard. Vocês matam para chegar aos seus objetivos. São pecadores. São servos dos demônios. São criados do inferno! Não é à toa que seu pai foi membro do Clube. O que acha de entrar para o clube, Richard?
Ela deslizou a língua pelo pescoço dele e mordiscou a região.
— Satanna, pare. Não pode me obrigar a isso.
Satanna ia dizer algo mais, porém parou. Correu até o vidro da janela.
— Ele está aqui. O Mago Supremo.
— Eu te avisei, Satanna.
— Vá. Mate-o, Richard! Se Stephen Strange sobreviver a esta noite, Damon entregará Vanessa Fisk para Lúcifer.
O sorriso de Richard desapareceu. Ele vestiu a máscara rosa e carregou sua arma. Quando as portas se abriram, Satanna prosseguiu.
— Boa sorte, escravo.
As portas se fecharam sozinhas. Richard Fisk ainda sentia o calor de Satanna em seu ombro. Ele se perguntou se ela podia estar blefando. Não. Não havia blefe em sua voz, pensou.
O lugar em que entraram parecia um misto de igreja e castelo, apesar dos corredores inteiramente vermelhos. Ainda assim, não era como Stephen e Johnny a fizeram imaginar.
— Parece tudo normal — ela disse.
— Eu não entendo — disse Johnny. — O lugar está vazio.
— Está — disse Stephen —, pois os Hellstrom andam ocupados demais.
— Como assim? — questionou Linda.
— Diga você, Blaze.
O Motoqueiro Fantasma olhou em volta.
— Este lugar está impregnado por magia demoníaca.
— Bingo — disse Stephen.
Stephen caminhou pelo corredor após ver algo interessante do outro lado dele. Ele chegou ao fim do corredor e encostou na parede vermelha, passando o dedo por ela.
— Interessante.
Ele passou o dedo e se afastou.
— Há uma passagem aqui. Em nome de Agamotto e do Vishanti, eu ordeno que se revele a passagem!
O papel de parede começou a ser consumido por chamas. Um pequeno túnel quadrado se revelou na parede. Stephen enfiou a mão lá dentro e depois tirou. Ele fez uma esfera brilhante surgir em sua mão e liberou-a lá dentro. O túnel se iluminou e ele vislumbrou o quão longo era o túnel.
— Se eu estiver certo, este túnel cruza o prédio e serve para fuga. Nada que nos interesse muito, a não ser, é claro, que sejamos cercados.
Silêncio. Stephen aproveitou-o e olhou para o teto, que estava chamuscado. Levantou voo e tocou aquela superfície frágil.
— Vestígios de batalha.
Ele pousou.
— Algo me diz que estamos sendo observados.
Ele virou à esquerda em um outro corredor. Linda e Johnny seguiram-no e se depararam com o Rosa, o mesmo homem que haviam enfrentado na noite anterior.
— Doutor, enfermeira e motoqueiro, rendam-se.
O Rosa apontou suas armas para eles.
— Nunca — disse Stephen.
Ele disparou. Stephen logo ergueu os braços para cima.
— Eu invoco um escudo de serafim!
Um campo de força surgiu em volta deles. Os tiros foram repelidos. Motoqueiro Fantasma invocou suas correntes, mas Doutor Estranho o parou.
— Eu cuido dele.
Stephen estendeu um braço na direção do Rosa.
— Vácuo Sombrio!
Uma esfera negra atingiu o Rosa, que caiu para trás. Uma luz negra saiu de seus olhos e ele gritou. Quando acabou, se levantou e disparou. Os tiros não faziam efeito algum, apenas no papel de parede.
— Já chega! — gritou uma voz feminina.
A porta do final daquele corredor se abriu e Satanna Hellstrom se revelou.
— Rosa, sua incompetência me decepciona. Eu cuido deles.
O Rosa virou em outro corredor e Satanna parou diante deles. Ela estendeu a mão e um tridente apareceu. Ela cravou-o no escudo de serafim, que foi consumido por chamas e desapareceu.
— Parece que o jogo virou, não é mesmo?
Stephen ia lutar, mas Johnny entrou entre ele e Satanna.
— Você e Linda devem prosseguir. Eu cuido de Satanna.
Linda, protegida por Stephen, passou por Satanna.
— Olá, Motoqueiro Fantasma.
Andares acima, Damon Hellstrom estava em uma sala fechada. Ele lançou chamas no chão à sua frente e elas formaram um símbolo conhecido: um pentagrama. Ele abriu o armário da sala e carregou o homem que lá dentro estava para o centro do pentagrama. Ele retirou o saco da cabeça dele, e o homem sugou o ar, desesperado.
— Olá, Wong — disse Damon.
Em alguma sala do Clube do Inferno, Barão Mordo, Jade e o falso Wong analisavam o cômodo. Junto deles estava Doutor Druída e Emma Frost.
— Tem certeza que é aqui, Anthony? — perguntou Jade.
— Eu não me confundo — disse ele.
— Ele deve estar certo — disse Emma. — Esta sala é conhecida como Sala dos Segredos.
De repente, o falso Wong passou a mão pelo piso.
— Removam o carpete. A entrada está no piso.
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