Doutor Estranho: O Diário de Agamotto escrita por Larenu


Capítulo 1
Enfermeira Noturna


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Cá estamos nós em mais uma fic derivada de "Marvel: Os Maiores Heróis da Terra". Desta vez, porém, o assunto é Doutor Estranho. Que vilão esperam que apareça na nova fic?



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Stephen Strange fitava o teto do hospital enquanto era levado em uma maca para a sala de cirurgia. Tentava raciocinar sobre os eventos daquela manhã: Wong estava limpando o sótão quando o espelho onde Pesadelo estava aprisionado explodiu. Stephen, que estava no sótão no momento, fora acertado por uma chuva de cacos de vidro.

Ele sabia que agora tinha mais um contratempo em sua vida (Pesadelo estava livre), mas se preocupava mais em reencontrar alguém de seus tempos de cirurgião. Principalmente Linda Carter, aquela enfermeira que fora por muito tempo sua confidente e amiga. Não queria que soubessem quem era agora, nem queria revê-los. Com Linda, porém, as coisas eram diferentes...

Foi levado para uma sala de cirurgia completamente branca. Um médico se aproximou com uma pinça e um bisturi e começou a retirar os cacos de vidro de Strange. Stephen berrou, e uma enfermeira se aproximou com a anestesia em uma agulha. Strange reconheceu Linda Carter assim que ela surgiu em seu campo de vista. Silencioso, apenas observou-a enquanto ela injetava a anestesia geral em seu corpo, o fazendo adormecer.

Quando acordou, um Wong cheio de cortes o empurrava em uma cadeira de rodas. Stephen, ainda incapacitado, observava as pessoas dentro dos quartos do hospital enquanto passava. Elas todas viviam suas vidas e seus problemas normalmente, sem saber que poderiam não acordar nunca mais ao dormir.

Isto é, se Stephen falhasse em derrotar Pesadelo. Por isso, ele não conseguia deixar de se sentir a pressão de ter a vida de todos dependendo dele. Wong já se aproximava da saída quando uma enfermeira loira entrou na frente deles. Linda Carter.

– Stephen, pode me explicar o que aconteceu com você? Desde aquele acidente de carro você nunca mais voltou para o hospital. Tentei te ligar inúmeras vezes, mas você nunca atendeu.

– O senhor Strange não necessita de bens materiais como celulares. Ele partiu para um estado inicial de quase onisciência interdimensional – esclareceu Wong.

– Stephen, você vai mesmo deixar seu mordomo falar assim comigo?!

Strange balbuciou algo incompreensível. Wong arregaçou as mangas, pronto para defender Stephen, quando o Doutor Estranho levantou um dos braços, fazendo-o parar sem magia.

– Deixar... nós... sós... – balbuciou Strange.

Estupefato, Wong se virou rumo ao balcão de atendimento do Hospital Metro-Geral. Linda, sentindo-se vitoriosa, preparou-se para reclamar com Stephen. Antes de ela poder falar, ele gesticulou para que ela parasse.

– Linda, você realmente acha que eu estou incapacitado? Meu corpo e mente não sucumbem mais aos efeitos da anestesia. Sei que devo a você explicações, mas vou resumir tudo em uma frase: me tornei o Mago Supremo.

– O Mago o quê?!

– O Mago Supremo. Herdei esse cargo do segundo mais poderoso mago já existente, o Ancião. Ele abriu mão de seus poderes para que alguém mais jovem pudesse aproveitá-los para fazer o bem.

– Você quer que eu acredite que você faz magia?

– Sim, quero. Sei que é difícil de acreditar, pois eu mesmo demorei muito para crer. Mas é verdade. Não existe apenas a nossa dimensão, Linda. Existem diversas. Os sonhos, por exemplo, nos levam para outra dimensão, onde eles são reais.

– Mas, se existem outras dimensões... Acredito que em todas sejam habitadas por seres bons.

– Exato. Esse é o caso de meu arqui-inimigo, a quem devo a tarefa de realizar um ritual para selar sua prisão, o Lorde da Dimensão Negra, Dormammu.

– Algum, algum deles... Teria algo a ver com sua presença aqui hoje?

– Sim. O único ser mal da Dimensão dos Sonhos, Pesadelo. A fuga dele...

– Oh, Stephen!– Linda Carter estava chorando.

Strange estendeu o braço na direção dela, mas Linda correu antes que ele a alcançasse. Exausto, esperou até Wong voltar e levá-lo para a saída. Lá fora, sua limusine jazia estacionada na frente do hospital.

Quando Wong se aproximou para abrir a porta, um homem vestido completamente de preto saltou das sombras da rua. Ele esticou o braço para o pescoço de Stephen, tentando alcançar o Olho de Agamotto. Quando o pegou, saiu correndo para um beco ao lado do hospital.

– Pegue-o, Wong!

O mordomo levou Stephen de cadeira de rodas até lá, velozmente. O beco estava vazio. De repente, o mesmo homem de preto caiu no chão. Usava uma máscara, como um ninja, só que na testa havia o desenho de um pentagrama. Hellstrom, pensou Strange.

Wong pegou o olho de Agamotto da mão do bandido e o prendeu novamente no pescoço de Stephen. O ninja começou a pegar fogo no chão, e se incendiou até desaparecer. Strange olhou para cima, e uma mulher com roupas de enfermeira saltou no chão. Ela usava uma máscara branca.

– Lembre-se, Mago Supremo. Quando alguém precisar, a Enfermeira Noturna ajudará.

Antes de ela pular, Stephen riu baixo e respondeu:

– Mudou de ideia, Linda?

Ela virou-se na direção do Doutor Estranho. Por um momento pareceu até querer atacá-lo. Wong já se preparava para defender Strange, quando ela respondeu:

– Concluí que era o melhor a fazer.

– Ótimo. Preciso que venha conosco.

Wong se virou para seu patrão.

– Senhor?

–O que está esperando? Esta é Linda Carter. Wong! Vamos logo para Sanctum Sanctorum.



Linda Carter escancarou a boca ao ver o galpão abandonado em frente ao qual pararam. Ou, como ele chamara, Sanctum Sanctorum.

– O que é um Sanctum Sanctorum?

– Não é um, Linda –Stephen sorriu. – É o. O Sanctum Sanctorum é, como o nome sugere, um Santo Santuário. Mais especificamente, o Santo Santuário do Mago Supremo. É uma casa que pode se localizar em qualquer lugar, se você quiser.

– E você escolheu que fosse em um galpão abandonado?

– O disfarce foi colocado com magia, para não atrair ladrões.

Quando a limusine imbicou na entrada do galpão, não havia mais galpão algum. A limusine agora entrava em uma enorme mansão marrom. O mesmo símbolo que havia na camisa de Stephen, linhas cruzadas dentro de um círculo, estava no alto da mansão.

As portas da mansão se abriram, deixando a limusine entrar. Não havia garagem alguma; o carro entrou direto no corredor principal. Era como se ele atravessasse os móveis. Então a limusine desapareceu ao redor deles, e os três (Linda, Stephen e Wong) caíram no chão.

– Chegamos – concluiu Wong.

Stephen levantou-se e passou a mão ppassou a mão pela roupa, como se tirasse o pó. Em seguida, guiou Linda e Wong até o sótão, onde o desenho das linhas cruzadas dentro do círculo estava desenhado no chão.

Ele sentou-se no centro do círculo, como se estivesse meditando, e murmurou algumas palavras. Velas flutuaram e se acenderam em volta do círculo. Um livro voou para o colo de Strange, e suas folhas viraram até uma página. tudo tremeu, e um vórtice se abriu no círculo, abaixo de Strange que agora pairava acima do piso.

– Você vem? – chamou Wong, pulando no vórtice.

Linda o seguiu, e então Stephen entrou junto. De repente, tudo ficou frio.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo se passou antes do início da cronologia principal.



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