Intuição escrita por TheEpic


Capítulo 11
Quando as coisas não podem ficar piores (certo?). - Parte II de II -


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos. ♥

E aqui está a segunda parte. Eu acabo me incomodando por ter ficado tão pequeno, mas como foi dividido em partes para causar maior impacto, acho que se juntar tudo fica mais ou menos no tamanho costumeiro de sempre. UEHAUEAHUE

No último capítulo eu recebi reviews adoráveis e que me deixaram muito feliz, e os novos leitores me estimularam a escrever mais e deram um impulso na minha inspiração. Muito obrigada a todos ♥. E aos outros leitores fantasmas, por favor, apareçam e deixem seus reviews também! Prometo que leio sempre com muito carinho e que as opiniões de vocês contam demais para mim.

E como sempre, lhes desejo uma boa leitura.



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― Lee-san! ― Sakura correu até o amigo que se banhava em seu próprio sangue. Tobi já havia saído do caminho e voltado para o lado de Deidara, parecendo não se importar com a situação ao todo e até mesmo com o olhar incrédulo do parceiro.

A menina se recusava a acreditar que Lee estava morto. Ela faria o possível para salvá-lo e ninguém conseguiria a impedir.

As mãos trêmulas irradiaram com o brilho esverdeado de chakra direcionado ao pescoço do ninja, porém com o contato inicial sua morte já estava anunciada. Não, aquilo não era possível.

Lee sempre esteve presente para Sakura, demonstrando seu afeto mesmo que de seu jeito estranho. Ele havia a protegido nos exames Chuunin, despertado nela a vontade de ficar mais forte, a apoiado nos momentos mais difíceis e, mesmo assim, ela não foi capaz de protegê-lo ou fazer algo por ele em ambas as vezes que ele precisava dela.

A dor no pescoço da garota passou a ficar mais intensa, mas ela não sairia de perto de Lee. Não, ela preferia morrer.

― Neji-san!! Tenten!! ― gritou o mais alto que conseguiu, sabendo que os seus amigos a ouviriam e viriam logo ao resgate de Lee. O chamado foi terminado com um grunhido de dor, a sensação próxima a que teve quando o selo foi colocado em si.

Deidara, ciente do que causava a dor de Sakura, correu até ela e envolveu sua cintura com os braços em uma tentativa de tirá-la dali, porém sem sucesso. A força daquela menina era imensa!

― Vamos embora, Sakura. Não podemos ficar aqui! ― disse com dificuldade, visto que a iryou-nin se debatia em seus braços, chamando desesperadamente pelo nome de Lee.

A dor estava mais forte do que na hora da aplicação do selo.

Deidara tensionou quando a kunoichi parou de resistir, o corpo se largando em seus braços. Sakura havia desmaiado com a dor que estava sentindo e ele precisava tirá-la rápido dali antes que as coisas ficassem piores. Ele já havia lutado anteriormente com o time daquele menino e, se o seu colega conseguisse ver com o Byakugan o que estava acontecendo ali, seria complicado se livrarem deles.

O bombardeiro não confiou em Tobi para carregar Sakura, então deixou-a no chão por alguns momentos para fazer mais um pássaro. Quando sua criação estava pronta, subiu nela com a garota em braços e foi acompanhado por Tobi. Já voando, viu os colegas de time do sobrancelhudo chegando até o corpo do garoto. Suspirou de alívio e saiu dali rapidamente.

 

~~~~~~~~#~~~~~~~~

 

A garota acordou nos braços de Deidara. O vento batia forte contra ela, Deidara era quente e a cabeça dela doía tanto.

O nukenin, ao ver que Sakura estava acordada, expressou preocupação com o olhar e não se importou ao ver que ela se aconchegou mais em seus braços para então sucumbir ao silêncio e pensamentos até dormir novamente. Ele não a soltou até descerem para a entrada de uma gruta que já conheciam nas redondezas para poderem descansar.

Tobi se manteve estranhamente calado o tempo todo.

Quando Sakura acordou novamente, a noite já havia escurecido todo o céu e ela estava perto de uma fogueira que a aquecia. Deidara estava na entrada, olhando para o céu estrelado e só percebeu sua presença quando ela caminhou até ele e sentou-se ao seu lado.

― Está com sede? ― perguntou para ela, estendendo o seu cantil de água. Viu-a beber com vontade e entregar o objeto de volta com expressão febril.

Antes mesmo que ele pudesse perceber uma mudança de expressão no rosto de Sakura, viu os olhos jade se encherem de lágrimas e retornarem ao choro desamparado de antes.

Droga, o que ele deveria fazer?! Uma menina estava chorando na frente dele por motivos realmente sérios e ele estava lá, parado na frente dela, como um idiota. Garotas precisam de alguém que as conforte quando estão chorando, não é?

Incerto se deveria fazer aquilo, aproximou-se de Sakura e, relutante, conduziu a cabeça dela até o encontro de seu ombro com o pescoço. Surpreendeu-se quando ela envolveu-o em um abraço apertado, as mãos se fechando com força ao apertarem a capa da Akatsuki.

Ele retribuiu o abraço e ficou daquela forma, em silêncio. Ele ficaria pelo tempo que Sakura precisasse.

 

~~~~~~~~#~~~~~~~~

 

― Lee-san está morto?! ― Ino perguntou ofegante ao chegar na frente da porta fechada do escritório da Hokage.

― Fale baixo, Ino. Estamos tentando ouvir o que está acontecendo lá dentro ― Shikamaru resmungou ― o que está vendo, Hinata?

― B-bem... Estão todos muito sérios e eu não consigo entender a linguagem labial da Hokage-sama, ela mal movimenta os lábios ao falar...

― Droga, como isso foi acontecer? Só vamos saber de qualquer coisa quando eles saírem de lá. ― Kiba bufou e viu mais uma figura se juntar aos quatro. ― Soube das notícias, Naruto?

― Eu vim pra cá logo que descobri! O Sobrancelhudo não pode ter morrido mesmo, é brincadeira de todo mundo, né?!

― Quem dera. Lee está morto e eu tenho certeza que isso foi obra da Akatsuki. Ele é muito rápido, não poderia ser pego tão facilmente. Acho que nem mesmo um daqueles criminosos são conseguiria pegar ele, se ele quisesse fugir ― Shikamaru opinou.

― A não ser que ele tenha se distraído com algo. Com alguém ― Ino cogitou.

Antes que alguém pudesse dizer mais algo, a porta se abriu e o time Gai saiu de lá. O Sensei deu um aceno leve com cabeça para todos e saiu sem dizer mais nada e o mesmo fez Tenten, mostrando apenas um sorriso sem vida. Já Neji parou na frente de todos.

― Eu sei que querem saber o que está acontecendo, mas eu estou cansado demais e preciso descansar. Com licença.

Dito isso, ele se retirou e Hinata partiu ao seu lado, sabendo que ele precisava de algum tipo de apoio naquele momento, um apoio que só ela podia dar para ele.

No momento seguinte Tsunade apareceu na porta e apoiou-se em sua lateral, soltando um suspiro pesado.

― Entrem, eu vou contar o que está acontecendo. Kakashi e Sai também foram chamados, então eu preciso que esperem um pouco ― informou.

― Kakashi-sensei e o Sai? Por quê? ― Naruto perguntou, mesmo já sabendo qual seria a resposta.

― Porque a Sakura estava junto.

 

 

~~~~~~~~#~~~~~~~~

 

― Obrigada por ter me ajudado agora há pouco, Deidara ― Sakura agradeceu com um sorriso genuíno. O rapaz ao seu lado sorriu de volta.

― Não precisa agradecer. Eu não sei o que é isso de perder alguém próximo, então eu não entendo a sensação, mas sei que deve doer.

Os dois se olharam de forma cúmplice. Nunca falaram em voz alta, mas juraram em silêncio que não ficariam mais longe um do outro. Depois daquele dia, seria impossível.

Tobi estava dormindo dentro da gruta e roncava sonoramente. Confiante o suficiente de que ninguém os ouviria, passou a sussurrar.

― Por favor, não me deixe mais perto dele. Eu não quero nem pensar na possibilidade de estar sozinha com ele em algum momento ― suplicou.

― Eu não vou deixar, não se preocupe. Não vou sair do seu lado até voltarmos amanhã. ― Ele fez uma pausa. ― Sabe, Sakura, você é muito mais forte do que eu imaginei quando te vi pela primeira vez. Eu não pensei que aguentaria ficar conosco, mas aqui está você. Eu não conseguiria, se estivesse no seu lugar. Eu teria me matado, hm.

― Já tivemos essa conversa, lembra? ― Sakura deu um sorrisinho. ― Eu tenho esperança, por mais que pareça muito idiota. E eu também devo muito a você, Deidara.

― Oi?

― Você me tira um pouco da realidade do mundo. Quando a gente conversa eu esqueço que minha vida está um inferno e penso que tudo ainda tem um lado bom ― explicou um pouco envergonhada.

― Então no caso eu sou o lado bom, hm. Podemos dizer que você, junto com a minha arte, também é o meu. As coisas melhoraram pra mim depois que você chegou na minha vida. É muito egoísta dizer essas coisas, mas eu fico feliz que você tenha ido para a Akatsuki.

Sabendo que ela não poderia dizer o mesmo e que não daria uma resposta, Deidara deu uma leve apertada nas bochechas pálidas da iryou-nin e chamou-a para dentro da gruta para dormirem.

Pouco tempo depois o loiro já estava dormindo, mas Sakura se manteve acordada pelo resto da noite ao perceber que Tobi havia parado de roncar.

~#~

A volta ao esconderijo foi silenciosa.

Como prometido, Deidara não saiu mais do lado de Sakura. Ele a deixou em seu quarto ao chegarem e prometeu que mais tarde apareceria por lá. Feliz pelas coisas entre os dois terem voltado a ser como antes (e talvez estivessem mais carinhosos um com o outro?) e dormiu logo que se limpou no banheiro.

Sonhou com Lee e acordou com o coração tão acelerado que foi necessária muita água para a menina se acalmar.

Ela se encontrou com Kisame na cozinha quando foi jantar algo e ele percebeu que ela estava mais taciturna do que quando se afastou de Deidara. Sem querer, acabou se preocupando e fez peixe frito para comerem e alegrar a garota, se sentindo satisfeito ao ver que ela havia se animado com seu pequeno agrado.

Kisame sabia que Tobi estava metido naquela história. Vez ou outra Itachi dava sinais vagos de que o mascarado podia fazer algo contra a Baixinha e, desde aquela missão onde Itachi sumiu de repente e voltou apenas com o um pedaço de porcelana laranja em mãos, ele sabia que o seu parceiro e Tobi estavam envolvidos em algum problema. Machucar Sakura, a única pessoa que poderia salvar Itachi de sua doença, poderia ser uma carta na manga do nukenin sem vila.

Mas ele não poderia fazer nada por eles. Não era de sua conta, afinal.

Mais tarde, Sakura foi para a enfermaria e ficou lá por algum tempo estudando sobre a doença misteriosa de Itachi. Ela tinha certeza que era uma doença autoimune raríssima, porém o que ela atacava?

Se lembrando de que Deidara havia lhe prometido uma visita, resolveu ir para o seu quarto. Ao abrir a porta da enfermaria, teve que se conter para não gritar e acordar qualquer pessoa que estivesse dormindo durante a madrugada.

Tobi estava apoiado na parede oposta, esperando por ela.

― O que está fazendo aqui tão tarde? ― ele perguntou, a voz grossa como na última vez.

― O que você quer de mim? Você já me torturou o suficiente, me deixa em paz! ― exclamou.

― Ora, Sakura-chan. ― O homem se aproximou rapidamente, prensando Sakura contra a parede. A mão enluvada levantou o rosto pálido pelo queixo com uma delicadeza ameaçadora. ― Eu só quis te dar uma amostra do que pode acontecer com você ou com qualquer pessoa se você continuar se metendo onde não é chamada. Eu sei que você era amiguinha de Sasuke Uchiha e posso fazer o mesmo que eu fiz com o seu colega ontem se você continuar sendo atrevida.

― Não... O Sasuke não. Não toca um dedo sequer no Sasuke.

― Então você sabe o que fazer, não é? Fique quieta no seu canto e nada acontecerá a você.

Tobi soltou-a bruscamente e saiu andando para a direção oposta de onde ela ia. Sakura não sentiu mais as pernas e se deixou cair no chão. Sua mente estava confusa e ela não sabia o que fazer ao certo, mas não confiava nas promessas de Tobi. Sabia que não poderia confiar de forma alguma. Se ele chegou ao ponto de ameaçar ela, alguém que parecia ser extremamente impotente no meio de todos aqueles ninjas rank S, ela o preocupava.

E Akatsukis não deixavam preocupações viverem, mesmo se obedecessem às suas vontades.

Ficou no chão por algum tempo e, ao se levantar, correu o mais rápido que conseguiu até o quarto da única pessoa em quem poderia confiar para contar o que aconteceu, a única pessoa que poderia a proteger.

Hesitou por alguns segundos antes de bater discretamente na porta de Itachi.


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