Entre Exatas e Humanas escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Oie :3 Quero dizer que fiquei muito feliz com os comentários maravilhosos no capítulo anterior, e por isso resolvi antecipar esse aqui .
Enfim, espero que gostem, e desculpem qualquer erro. Beijinhos



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Entre Exatas e Humanas

Capítulo II:

Escorpião.

Ikki suspirou pela trigésima quinta vez, frustrado. Ainda estava com grande difículdades para acreditar que teria de dividir o domirtório com um maldito estudante de humanas. Que ainda por cima roubara sua vista da janela, colocando seus materiais de estudos ali.

Trincou os dentes pensando nisso, enquanto com muita difículdade arrumar algumas roupas na última gaveta da cama. Por que separavam tão pouco espaço para três pessoas? Duas gavetas para cada um era sacanagem! E depois tinha de confirmar sua lista de aulas, sentiu-se mais irritado com isso. Culpa da droga da faculdade que deixava tudo para último hora.

E para completar sua querida desgraça total a merda do celular começou a tocar, com uma musiquinha irritante — provavelmente obra de seu irmão —. Respirou fundo, levantando a cabeça e acabando por bater na madeira do beliche, murmurando inúmeros palavrões, simplesmente iria desligar e fingir que nada aconteceu. Não devia ser importante.

Mas era.

Mudou de ideia ao ver o número tão conhecido, e, mesmo pensando duas vezes antes de atender, o fez.

— O que você quer, Milo? — perguntou, ouvindo uma risadinha gostosa por trás.

Mau humorado como sempre, não é, Amamiya? — a voz do outro saia animada, como sempre, aliás. O grego parecia estar bem feliz. — Mas e aí? Gostou do dormitório?

— Não.

— Ué. Por quê?

— Por que é uma bosta.

Vish, já vi que a galinha de fogo se estressou com alguma coisa. — do outro lado o moreno grunhiu com raiva, o louro, porém, ignorou. — Vai, me conta, o que foi?

— Você falando assim parece uma velhinha fofoqueira, Milo. — respondeu tentando, eu disse tentando, se manter calmo, o que técnicamente era impossível tratando-se do escorpiano imperativo. — E não me chame de 'galinha de fogo', ou eu vou acabar com a tua raça por telefone, bicho venenoso.

Assim você me magoa, Ikki. — tentou fingir estar ofendido, mas sua risadasa incontrolável denunciava tudo. — E escorpiões não tem veneno, tem peçonha.

— É a mesma coisa. — ralhou num grito abafado. Ah, quando pegasse aquele maldito estudante de medicina ele iria ver!

Não é não, Amamiya. — ouvir o amigo irritdo, um dos hobbies favoritos de Milo Aquila. — Mas diga-me, por que não gostou do quarto? Ele está em más condições?

O moreno ficou em silêncio por alguns momentos, pensando se relamente devia contar ao amigo o porquê de estar incomodado com o alojamento. Será que ele acharia muito idiota? Não, Milo era um retardado completo para achar esse tipo de coisa.

Respirou fundo, respondendo:

— Não, mas me colocaram com um estudante de humanas.

O outro lado da linha pareceu ficar mudo por poucos minutos, o que nunca — nunca mesmo — acontecia, fazendo-o cogitar a possibilidade do escorpiano ter desligado, o que seria um milagre. Porém, ao passar de mais um tempo pode ficar preocupado.

No entando, quando ria encerrar a ligação, ouviu um grito estrondoso vindo por parte do louro ao telefone.

Como assim um filho da puta de humanas? — Ikki o xingou mentalmente, depois dessa podia ficar surdo. — Por Zeus, Athena, Hades, Poseidon, Hefesto, Apolo, Artemis e a caralhada toda! Como assim?

— O respeito que você tem pelos seus Deuses me impressiona, venenoso. — o leonino riu sarcático, ignorando os palavrões proferidos via telefone. — E sim, me colocaram com um estudantezinho metido de humanas. Você precisava ver, Milo, ele se achava a última bolacha do pacote. — bufou lembrando-se a forma que o tal indiano o tratara. — Pelo menos tem um carinha de biológicas para não desgraçar mais ainda.

Biológicas? Ele é bonitinho? — o moreno revirou os olhos. As vezes se esquecia que era só falar 'cara' e 'biológicas' na mesma frase que o Aquila jogava tudo pro ar. — Acha que tenho chance?

— Você nem o conhece!

Ikki, o amor é assim.

— Amor? Que caralho amor! Você nem sabe quem ele é!

Isso lá importa Ikki? Mas vamos, me conte mais sobre esse estudante de biológicas.

— Pensei que estávamos falando sobre o metido de humanas.

Ora, conjugou bem o verbo! Quem diria que Ikki Amamiya sabia fazer isso?

— E quem diria que Milo Aquila seria um bom pegador depois que eu arrancar o seu pipi?

Que violência. — resmungou com irônia, ouvindo uma risada baixa por parte do Amamiya. — Isso não tem graça, japonês, não devia dizer esse tipo de coisa.

— Se não quer me ouvir dizendo coisas assim, então não me ligue quando estou irritado, grego. — não pode evitar um sorrisinho de canto, o aspirante a enfermeiro sempre conseguia alegra-lo de alguma forma. Deu de ombros com a constatação, querendo ter logo uma conversa decente que não envolvesse o francês e o indiano oxigenado. — Mas diga, e os seus companheiros de quarto? Como são?

O louro também não evitou um sorriso do outro lado. Percebia as inteções do moreno e compreendia, afinal, cada um queria falar de um assunto completamente diferente. O mais inteligente a se fazer era conversar sobre algo que os dois se interessariam.

Suspirou, refletindo sobre como deveria responder, dando uma pequena olhadela ao seu redor, observando por um breve momento seus novos colegas. Como defini-los ao certo?

— Bom Ikki, me colocaram com um italiano que cursa medicina, e quer ser legista. — um murmuro surpreso veio por parte do quase-físico. Ah, se ele soubesse o resto... Hora de contar! — Só que tipo, o cara é sinistro! Tem até um crânio que fica analisando... Tenho certeza de que roubou se algum cemitério!

— Teu rabo, grego malledeto! — o grisalho gritou, franzindo o cenho. Era a sexta vez só naquele dia. E mal haviam se conhecido.

— ... E é muito mal-educado também, como deve ter visto. — Milo continuou, fazendo pouco caso quanto ao que fora dito pelo outro. — Além do mais, é cânceriano, dá pra acreditar?

Você mereceu. — o tom de Ikki vinha com uma pitada se sarcásmo. Devia estar tirando sarro de si. — E o outro? Como é?

— Bom... O Shura faz turismo 'barra' letras tradutor. — contou, se visse a careta que o morena fizera por não compreender certamente riria alto.

Como? Explica esse negócio de de 'barra' que eu não estou entendendo porra nenhuma! — o leonino pediu, divertido. Milo sempre era o Milo.

— É que ele é tipo um estrangeiro como você, mas ele faz cada semestre em um lugar diferente. Está estudando agora grego, dá pra acreditar? Quem iria querer aprender a falar grego? Eu mesmo nasci aqui e odeia essa lingua, parece que é do cão e... — o rapaz de cabelos cacheados desatou a falar, como era de costume, afinal. E Ikki já se preparava, pois quando o escorpiano começava... Não há quem o faça terminar!

— Você deveria ter sido mais educado com o Amamiya, Shaka. — Camus sorveu lentamente do conteúdo escuro em seu copo, provavelmente alguma bebida alcólica que serviam em um dos bares do campus. O ruivo estava, de certa forma, indignada com a maneira que o amigo tratara o novo colega de quarto. — Ele parece ser um bom jovem.

O indiano por sua parte deixou escapar uma risadinha sarcástica, como sempre fazia ao ouvir comentários desse tipo. Levantou seu copo que parecia conter vinho tinto, como se brindasse á algo naquele lugar que não condizia com sua infinita conta bancária.

— E você devia conhecê-lo antes de me dizer esse tipo de coisa, Camus. E se o garoto for um serial killer? Já penstou nisso? — disse o virginiano em tom de zombaria. — Além de que, ele é apenas mais um bolsista. Não entendo qual a necessidade de misturar pessoas de duas laias diferentes.

— Vou fingir que não ouvi esse final, meu caro. — o ruivo arqueou uma sobrancelha descrente. Desde quando o estudando de filosofia todo certinho agia assim? Só podia ser uma força maior agindo. — Além de que, o Senhor Amamiya me pareceu bem inteligente, Física não é para qualquer um.

— Ora, Camus! Qualquer idiota pode fazer contas de baseando numa fórmula qualquer! — ralhou, franzindo o cenho.

— Você não pode, Shaka. Lembre-se disso. — o francês recrutou, fazendo o amigo e antigo colega de quarto olhá-lo com certa descrença antes de voltar a sua pose inicial.

— Não posso porque não sou um idiota. — Shaka se defendeu tomando mais um gole de sua bebida, parecia realmente não se importar e não gostar do moreno com quem teria de dividir o quarto. — Mas bem, só espero que o japonesinho ao menso tenha modos!

Diante as palavras ditas pelo indiano, Camus apenas suspirou. Pelo jeito o amigo era mais cabeça dura do que imaginava, e aquela rivalidade exatas-humanas também não parecia ajudar muito. Aquele no definitivamente seria complicado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem aí a opinião :3 Beijos na bunda e até o próximo



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