O babaca do amigo do meu irmão 1ª temporada escrita por Lailla


Capítulo 6
Um fim de semana e tudo de novo


Notas iniciais do capítulo

Tomara que gostem *-----*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/621455/chapter/6

Eu encarava aqueles traidores, furiosa. Não acredito que eles me enganaram e eu teria de ficar um fim de semana inteiro com aquele idiota me perturbando sem parar!

– Comecem. – Disse com raiva, cruzando os braços.

Ellie ficou nervosa.

– Micael descolou a casa pra gente. – Du disse.

– Se a gente falasse você não ia nem querer ouvir. – Ellie disse.

– Vocês mentiram pra mim! – Exclamei – Disseram que ele não estaria aqui. Du, você disse que ele ia estar ocupado! – Apontei pra ele.

– E ele estava! – Du disse já rindo – Arrumando e adiantando algumas coisas antes da gente chegar.

Bufei.

– Vocês dois são mentirosos!

– A gente não é nada. Você perguntou se ele não ia com a gente. – Ele deu risada – Eu interpretei de não ir com a gente no carro.

– Ellie, por que não disse nada?!

– Você não perguntou pra mim.

Fiquei boquiaberta.

– Dois traíras! – Disse indo para a porta – Eu vou embora.

– Ah, não vai não! – Du disse ficando na frente – Estamos a quatro horas de casa e você não vai voltar sozinha. Vai ficar aqui e se divertir muito! – Ele disse apontando o dedo pra mim.

Bufei, apertando os olhos em sua direção.

– Seu quarto é a terceira porta à esquerda. Vai arrumar as coisas. – Du disse, sério.

Bufei de raiva e fui, pegando minha mala do chão com raiva. Micael ria. Se inclinou enquanto eu passava por ele.

– Se divertindo?

– Cala a boca.

– Por que está reclamando? Vai ter um quarto só seu. – Ele disse me seguindo.

– Fica aí embaixo! – Gritei enquanto nós dois subíamos a escada.

– Você não vai fazer nada mesmo. – Ele riu.

Du e Ellie ficaram assistindo. Ela olhou para Du.

– Será que vai ficar tudo bem? Estou com medo de ela entrar no quarto dele e matá-lo enquanto dorme. – Ela riu.

– Ah, vai sim. – Ele deu de ombro – Felícia não é tão doida assim. Vai ser legal.

– Hum... – Ellie pensava, preocupada.

De repente eu gritei com raiva e um abajur voou pela janela, parando no quintal. Du e Ellie se viraram assustados, vendo aquilo com os olhos arregalados.

– Porra, sua maluca! Quase me acertou! – Micael gritou do segundo andar.

– Era isso mesmo que eu queria! – Gritei.

Os dois escutavam do andar de baixo, fitando o teto. Olharam um para o outro, abismados.

– Vai ser... Complicado. – Ellie disse.

Du torceu o rosto, achando o mesmo.

...

Os garotos foram para a praia. Ellie e eu nos vestíamos. Quando descemos a escadaria, os dois tarados viam algumas garotas de biquíni fio dental tomando sol. Nós duas reviramos os olhos. Eles podiam ser discretos pelo menos!

– Du, está babando. – Eu disse.

Ele despertou e fechou a boca.

– Vocês são dois tarados. – Ellie disse tirando a saída de praia.

– A culpa não é nossa se vocês não tem corpão que nem... Elas. – Micael dizia, mas começou a gaguejar enquanto eu tirava minha saída de praia.

Meu biquíni era azul turquesa de bojo e embaixo era amarrado dos lados. Realmente, eu tinha peito e meu corpo não era de se jogar fora com aquele quadril e bunda, mas ele não precisava ter ficado daquele jeito. E principalmente me olhando daquele jeito!

Ignorei e me sentei na toalha. Meu irmão o cutucou com o cotovelo.

– Ei. – Ele disse rindo – Qual é!

– Foi mal. – Micael o olhou e abaixou o olhar, ainda estático.

Micael ficou inquieto por alguns minutos. Quando deitei de costas pra tomar sol, ele levantou de repente e foi para a água. Como era natural para mim ignorá-lo, não vi. Du riu, ele sabia que quando eu ficava de biquíni, Micael ficava doido.

No meio da minha adolescência meu corpo começou a se desenvolver muito rápido. Micael, safado como era e ainda é, reparava bastante, mas como melhor amigo do meu irmão, ele me respeitava. Mesmo com as palhaçadas de apertar minha bunda. Ele pelo menos não passava daquilo.

Du foi para a água e nos deixou na areia. Não havia muitas pessoas na praia, e por isso ele e Micael perceberam quando dois caras passaram por nós e quase torceram o pescoço nos olhando. Du ficou com raiva, mas já sabia que era normal. Afinal, ele mesmo fazia aquilo!

Micael voltou e quando se aproximou jogou areia em cima de mim com o pé.

– Ai, garoto! Tá maluco?!

– Tampa essa porra. – Ele disse deitando na toalha.

Bufei e fui para a água me limpar. Ellie riu, ela percebeu.

– Está rindo de que, magrela?

– Você gosta dela. – Ela cantarolou.

– Quê?!

Ela deu uma risadinha deitando o rosto para o outro lado.

– Tsc. – Ele reclamou.

O resto do dia, até à tarde de sábado foi assim: Praia, Du e Micael babando enquanto olhavam as garotas de fio dental, eu indo pra água e deitando na tolha de costas, Micael indo pra água de repente, Du e Ellie rindo, outros caras nos olhando, Micael me jogando areia até eu começar a correr atrás dele tentando bater nele e Ellie rindo.

À noite, íamos para a cidade, comer fora. Enquanto saíamos, recebi uma mensagem de texto de Derek. Sorri e comecei a digitar. Ellie se aproximou.

– Por que não o chamou pra vir?

Du e Micael estavam na porta, esperando. Estávamos na cozinha, que era logo na entrada, assim como a sala. Micael nos fitou.

– Eu chamei, mas ele disse que tinha dois casos em aberto e que precisaria ficar no escritório fim de semana.

– Hum... – Ela reclamou – Que chato.

Eu ri. Micael veio até mim e pegou o celular da minha mão.

– Ei! – Gritei.

– Hum. – Ele cantarolou – “Está sendo legal, seria melhor se você estivesse aqui”. Vamos mudar uma coisa.

– Me dá! – Exclamei.

Ele digitava. Eu tentava pegar, mas ele levantava os braços.

– Assim fica bom? “Você é um babaca, seu otário”.

Pulei pra tentar pegar o telefone, mas ele desviou e mandou a mensagem. Bufei, queria esganá-lo. Du riu. Peguei meu celular de volta com muito esforço e liguei pra Derek. Ele atendeu sem entender a mensagem.

– Ai, desculpa! Aquele babaca pegou o telefone da minha mão. – Eu disse fuzilando Micael.

Ele veio até mim.

– A conta vai ficar cara, desliga. – Ele disse no meu ouvido para Derek ouvir.

– Sai daqui! – Gritei.

Subi para o quarto e comecei a conversar com Derek. Ele disse que foi bom Micael ter mandado aquela mensagem. Assim nós estávamos falando ao telefone e ele escutando minha voz. Sorri. Ele disse que estava com saudades, mas que os casos conseguiam distraí-lo um pouco. Sorri de novo, mordendo o lábio, ele era romântico e sua voz era boa de ouvir ao telefone. Derek disse que queria me ver logo, que eu estava devendo um beijo de despedida a ele. Eu ri, mordendo o lábio de novo. Eu disse que da próxima vez que nos encontrássemos, eu daria um beijo nele. Tive que desligar quando Du apareceu na porta do meu quarto.

Estávamos num restaurante. Eu apreciava mais que tudo meu macarrão ao molho branco! Meu telefone vibrou. Micael revirou os olhos quando me viu sorrir e digitar. Era Derek.

– Guarda essa porra, Fê. – Du reclamou – Eu hein. Até quando come!

Dei língua pra ele, rindo.

Ficamos conversando normalmente até Micael e eu começarmos a discutir por qualquer coisa. Normal! Levantei irritada.

– Aonde vai? – Ellie perguntou.

– Pra casa da praia.

– Agora? Qual é! – Ela reclamou.

Baguncei o cabelo dela e saí. Micael bufou, irritado.

– Por que você tem que perturbar tanto ela? – Ellie perguntou irritada – Estava tudo bem!

– É meu hobbie. – Ele riu.

Ele levantou rindo.

– Aonde vai? – Du perguntou.

– Uma garota saiu logo depois que Fê foi embora. Vou ver se ela não quer companhia. – Ele deu um tapa no ombro de Du, que riu.

Micael saiu e Ellie ficou olhando para Du com cara de tédio. Ele virou o rosto de volta e levou um susto.

– Vocês não prestam. – Ela disse.

Ele riu.

...

Eu estava caminhando tranquilamente observando os lugares por onde passava. Começou a chover fraco e eu reclamei por estar sem guarda-chuva. A rua logo ficou vazia e parecia mais escura. Um cara do outro lado da rua, que estava parado, começou a andar olhando pra mim. Comecei a ficar nervosa. Eu apressava o passo, mas ele fazia o mesmo. Respirava, em pânico.

Quando ele ia atravessar a rua, comecei a chorar de nervoso. Já me via numa vala, morta. Ouvi passos rápidos e Micael pondo o braço em volta de mim. Nunca fiquei tão feliz em ver aquele idiota!

– Oi amor. – Ele disse alto.

Virei a cabeça discretamente, o cara parou. Respirei aliviada. Micael percebeu que eu tremia de nervoso um pouco.

Chegamos na casa de praia correndo. A chuva agora estava muito forte. Entrei primeiro e Micael fechou a porta logo atrás de mim. Eu estava encharcada, assim como ele.

Tentava recuperar o fôlego. Olhei para ele e me endireitei.

– Obrigada.

Ele sorriu.

– Você é muito idiota.

– Quê? – Disse espantada.

– Você dá muito mole. Se eu não tivesse lá... – Ele disse, mas parou ao imaginar o pior.

Abaixei o olhar. Ele tinha razão.

– Por que estava lá?

– Eu sabia que alguma merda ia acontecer. Você nunca presta atenção na rua. Acho que não aconteceu nada até hoje porque sempre está acompanhada.

Respirava, o olhando. Ele não sabia o quanto eu estava agradecida.

– Hum... – Eu fui até a bancada da cozinha. Pus a bolsa em cima dela e apoiei as mãos – Obrigada.

Ele me olhou e se aproximou de mim. Pôs as mãos na bancada, atrás de mim, me prendendo. Engoli em seco por ele estar tão perto. Ele apoiou a cabeça em mim, encaixando-a na parte de trás do meu pescoço.

– O que você está fazendo? – Perguntei nervosa.

Ele levantou levemente a cabeça e tirou o meu cabelo encharcado da frente do pescoço. Começou a beijá-lo devagar enquanto abaixava a mão gentilmente pelo meu ombro e depois o braço.

– Agora... Estou beijando seu pescoço.

– Por quê? – Perguntei fechando os olhos e apertando-os.

Ele parou e pensou. Meu celular começou a vibrar dentro da bolsa. Peguei rapidamente tentando escapar daquela situação. Era Derek me mandando mensagem. Micael viu o nome no visor e pegou o celular.

– Ei! – Disse fracamente.

Ele foi até a gaveta do armário e guardou o telefone nela. Virou pra mim.

– Por que fez isso?

– Precisa mesmo falar com ele?

– Ele me mandou mensagem, eu...

Micael se aproximou de mim e me encostou na bancada, pondo uma das mãos no meu quadril. Eu olhava para aqueles olhos.

– Quer mesmo falar com ele? – Ele disse se aproximando do meu rosto.

– Pára com isso... – Pedi como uma criança.

– Então me faz parar. – Ele disse gentilmente – Que nem você fez no seu quarto. Me faz parar... Se não quer mesmo.

Ele se aproximou mais, fiquei ofegante. Ele me olhava esperando que eu o parasse. Encostou lentamente os lábios nos meus e nos beijamos. Eu tremia por estar beijando-o de novo, mas pus os braços ao redor do pescoço dele e o beijo ficou mais intenso quando ele me abraçou, apertando minha cintura. Não fazia ideia do que eu estava fazendo! Eu era realmente maluca.

Micael me pegou no colo e subiu comigo para o quarto dele. Fechou a porta com o pé e me pôs gentilmente na cama continuando a me beijar. Ele tirou a blusa encharcada e jogou no chão. Quando ia me beijar de novo eu comecei a desabotoar o vestido lentamente. Ele me olhava ofegante, perguntando com o olhar se era aquilo mesmo que eu queria. Peguei em seu pescoço e ergui levemente o tronco para beijá-lo.

Eu estava tirando o cinto dele enquanto o beijava quando ouvimos alguém entrar e bater a porta. Du me chamou, perguntando se eu estava lá. Paramos o beijo e fechei os olhos, apertando-os.

– Droga... – Cochichei.

Tirei Micael de cima de mim e peguei meu vestido no chão, vestindo-o rapidamente. Ele riu me olhando da cama.

– Está com vergonha de mim?

Abotoava o vestido, atrapalhada.

– Não.

Ele riu. Se levantou e me pôs contra o guarda-roupa. Me beijou intensamente me pegando no colo, segurando minhas coxas.

– Quer continuar depois? – Ele disse ofegante com rosto colado no meu.

Eu ri e assenti mordendo o lábio. Ele sorriu e me largou. Peguei minhas sandálias e corri para o meu quarto. Ele ficou rindo.

Quando saí, Ellie estava subindo as escadas e me viu com uma muda de roupas. Eu disse que ia tomar banho porque fiquei encharcada com a chuva. Ela também estava e foi para o quarto dela pegar uma muda de roupas também. Eu tomei banho e fui dormir.

...

Era mais de meia noite e ouvi a porta do quarto se abrir. Sentei na cama e acendi o abajur. Micael sentou na cama. Eu ri e nos beijamos. Ele apoiou os braços me deitando lentamente. Tirou sua blusa e se cobriu comigo.

Dessa vez eu não pensava em nada, apenas nele e em mim... Juntos. Era bom e parecíamos perfeitos um para o outro. Acho que pensando desse jeito, não estávamos só fazendo sexo. Tinha alguma coisa a mais no que fazíamos.

Ele apertava minha coxa, me aproximando mais contra ele.

– Por que quer fazer isso comigo? – Perguntei ofegante.

Ele me beijou de novo e passou para o pescoço, chegando perto da minha orelha.

– Seria muito idiota se eu dissesse que gosto de você? – Ele riu.

Suspirei e sorri.

– Acho que seria irônico.

Mordi o lábio. Ele tirou meu short e subia a mão pela minha cintura. O virei, ficando por cima. Ele sorriu pondo as mãos nas minhas costas, descendo até a cintura. Apoiei os braços e o beijei.

Duas pessoas num clima intenso + um lugar incrível resulta em...

...

Acordei, e mesmo sem abrir os olhos já sorria. Sentei na cama e vi que Micael não estava. Deitei de novo passando a mão no cabelo e sorrindo. Lembrava como a noite foi incrível!

Levantei eufórica, como nunca estive, e me vesti. Desci e dei de cara com os três na cozinha. Eu estava ofegante por correr rindo. Ellie olhou pra mim querendo rir.

– Que cara é essa?

– Hã? – Ri – Nada não.

Sentei num banco em frente à bancada e Du me deu um prato. Ele lavou o prato dele, assim como Ellie e os dois foram para a praia me avisando que iríamos embora à tarde. Micael ficou me fitando, rindo.

– Que é? – Perguntei rindo, deixando minha voz um pouco esganiçada.

Ele bebeu o suco na caneca e veio até mim. Me abraçou por trás.

– Pelo visto sua noite foi ótima.

Eu ri e me virei, beijando-o. Micael beijou meu pescoço e começou a chupá-lo. Eu dei gargalhada, fazendo-o parar.

– Vai me deixar marcada.

– Era esse o propósito. – Ele riu – Vai pra praia?

– Vou.

– Vê se não fica de bunda pra cima tá? – Ele disse com a mão na bancada. A expressão dele foi cômica.

– Eu estava tomando sol. – Disse rindo.

– É, mas eu sei o que os outros queriam de verdade. – Ele riu.

– Fica do meu lado. A culpa não é minha se você fica na água o tempo todo. – Dei de ombros comendo um morango.

– Eu tenho que esfriar a cabeça de alguma forma.

– Como assim? De... Raiva?

– Não. – Ele riu – É que... Eu...

– Que foi? – Não entendi.

– É que eu fico todo duro quando te vejo de biquíni. – Ele falou rápido.

Engasguei rindo. Quando me recompus olhei pra ele. Pus os dedos na testa e pensei, ainda rindo.

– Isso é...

– Um elogio. – Ele riu.

– Você tão sutil. – Disse comendo outro morango.

– Vou pra praia. – Ele me beijou.

– Vou terminar aqui e já vou.

– Tá.

Micael saiu e eu fiquei rindo. Pela primeira vez o achei engraçado. Se fosse antes eu sentiria uma completa repulsa por ele, mas agora eu me sentia elogiada. Que estranho... De uma maneira até engraçada.

Suspirei enquanto terminava de comer. Quando ia lavar a louça, ouvi algo vibrando. Olhava para os lados procurando o que era. Abri a gaveta do armário e vi meu celular dentro. Esqueci que Micael o colocara ali na noite anterior. Vi o visor e apertei os olhos pondo a mão na testa, lembrando. Era Derek.

– Merda...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O babaca do amigo do meu irmão 1ª temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.