A plateia estava lotada, as luzes estavam acessas para o jogo principal daquela grande noite. Alguém entrou no grande salão rumo à quadra. Todos os olhares voltaram-se para aquela estranha figura de manto negro e máscara. Muitos ficaram apavorados. No banco de espera, o time da Seirin ficou abismado não tanto quanto ao time da Rakuzan. Uma imensa aura rodeava aquela pessoa de estatura, meramente, baixa.

Kuroko sentiu fortes dores de cabeça - já estava sentindo muito antes daquele jogo. Era a final do torneio de verão. Primeira vez que esses dois times jogaram contra neste torneio, diferente do torneio de inverno. Várias cenas passaram por sua cabeça só como um flashback.

— Aquela pessoa é... – comentou uma colegial ao lado do Midorima enquanto olhava para a quadra. — Não pode ser...

Midorima e seus companheiros olhavam-na, sérios. Todos que conheceram aquilo ficaram assustados e ao mesmo tempo ansiosos com sua aparição um tanto inesperada. Parou. Na lateral da quadra ao lado do banco de espera da Seirin, esta pessoa ficou parada observando a situação.

— Kuroko... Você está bem? – perguntou Kagami, preocupado com a situação de seu companheiro. Não era só ele, todos do time estavam preocupados.

A pessoa de manto deu um passo para frente e levantou seu braço direito rumo ao banco da Seirin. Esperou e esperou sem desistir. Kuroko olhou para aquela figura parada na quadra com a palma da mão à mostra esperando que alguém a pegue. Ele estava suando.

— Wie lange? (Há quanto tempo?) – disse a pessoa encapuzada, abaixando seu braço.

— O quê... Eu consigo entender... – pensou Kuroko, olhando para o encapuzado impressionado. — Kennen Sie mich noch? (Se lembra de mim?)

A pessoa encapuzada levou sua mão até a máscara e, lentamente, retirou-a. Era uma garota de olhos cor de mel, rosto delicado como uma pétala e pelas mechas do cabelo dava para se ter uma noção de qual cor era o seu cabelo. Era prateado, liso e longo. A pessoa logo tirou o capuz e pouco à pouco tirou o manto.

— грехи не могут быть прощены, tetsuya (pecados não podem ser perdoados, Tetsuya) – disse a jovem garota, encarando-o.

Todos da plateia ficaram surpresos momentaneamente, mas a expressão de alguns demonstrava terror e respeito. A garota vestia um uniforme parecido com o de basquete da Rakuzan com alguns traços de diferença. Em seu braço esquerdo apareceu uma marca - uma tatuagem para ser mais exato. Era uma tatuagem do tipo tribal mais nela havia alguns símbolos que representava algo importante para ela. Todos da Seirin ficaram surpresos não pela garota e sim porque no braço do kuroko apareceu, de repente, a mesma tatuagem que a da garota. Neste momento, kuroko sentiu seu peito pesar. Sentiu bastante fadigado, seus batimentos no peito acelerou, tudo ficou escuro. Kuroko havia desmaiado e sua tatuagem havia desaparecido.

A garota hesitou ir no seu socorro, simplesmente, deu às costas a ele e saiu caminhando sem ao menos olhar para trás. Seus amigos foram até ele. Alguns segundos depois, Kuroko foi levado por uma maca com ventilação mecânica móvel diretamente para um hospital próximo.