A Joia do Imperador escrita por Kirol Benson


Capítulo 3
Constantino, o Grande...




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Sherlock observou mais ao seu redor e concluiu que, de fato, se tratava de uma situação interessante. Estavam diante de seus olhos os mais importantes representantes das artes, da política e das ciências do seu país. Ali, naquela mesma sala, se encontravam ganhadores do Nobel, pesquisadores famosos, candidatos à presidência e futuros nomes para o roll da fama. Olhou para Watson e notou que, ao contrário dele, ela não estava apenas impressionada, mas chocada e com medo. Sorriu tentando lhe passar confiança e ambos sentaram.

–Bom, meus amigos, os nossos convidados chegaram.- Roger se dirigiu para a cabeceira da mesa. Todos olharam para ele e, logo depois, para Sherlock e Watson, que se encontravam em lados opostos. – Eles irão nos ajudar com aquele assunto.

–Os senhores são detetives?- Um homem que se encontrava ao lado de Sherlock o interrogou com certo desdém.

– Exatamente por isso que estamos aqui, porque somos detetives. E o senhor, quem é? – Sherlock o encarou. –Alguém que mereça especial atenção?

–Ora, eu sou Johan Louis, futuro ganhador do Nobel de Literatura. Para um detetive, o senhor é bem desenformado.

–Johann Sebastian Louis. Seus pais eram fãs de música clássica. Sua mãe tocava violoncelo na orquestra de Berlim e seu pai era o regente principal. Você começou a aprender piano aos cinco anos, dado o desgaste dos seus dedos, treina cerca de três a quatro horas por dia. Apesar de ter se dedicado a literatura, nunca abandonou seus dotes musicais. Escreveu mais de dez livros, todos ligados a assuntos políticos. Ganhará o Nobel graças a seu mais recente feito. Conseguiu colocar em 750 páginas o mais fiel relato sobre o funcionamento do parlamento Norte Americano. – Sherlock piscou momentaneamente e continuou- Você está separado da sua esposa. Seus filhos- quatro meninos- estudam em Havard. Um deles, o mais velho, está no último ano de direito e já garantiu um cargo em um dos mais importantes escritórios da Filadélfia. Seu orgulho. – O homem o olhava em choque. Os outros, tanto quanto ele, estavam embasbacados com as habilidades do detetive. Obviamente, aquelas informações não foram conseguidas em sites da internet. Pelo menos, não todas elas.

–Como você...

–Sei que se separou porque a descoloração da marca da aliança no seu dedo é recente. Presumo que está morando sozinho, não?? Ainda não encontrou uma passadeira que saiba engomar bem as suas camisas. Quanto aos seus filhos...Bom, a dedicatória dos seus livros ajudou bastante. Uma delas dizia: “Aos meus quatro”. Foi fácil saber que se tratava dos seus quatro filhos. O resto...pesquisei pela internet e de algumas fontes confiáveis.- Sherlock sorriu cinicamente para o homem e voltou seus olhos para Roger, que estava tão chocado quanto os outros.

–Bom, acho que nem preciso dizer que Sherlock é competente o suficiente para essa missão, não é?

–Eu e minha parceira Watson.

–Claro!

Todos os olhos estavam voltados para Sherlock, que parecia bastante confortável. Joan, no entanto, estava observando tudo ao seu redor, tentando entender o que o quadro “ A Virgem das Rochas” de da Vince estava fazendo dependurado junto aos Girassóis de Van Gogh. Estava tentando digerir o fato do Davi estar enfeitando a escada e de uma réplica perfeita da Pietá estar num canto da sala. Parecia que todos os grandes tesouros da humanidade se encontravam ali, naquele ambiente subterrâneo, que se escondia por trás de uma rede de esgoto.

–Meus caros, antes de mais nada, preciso lhes apresentar A Joia do Imperador. – Roger apertou um botão na mesa e um grande telão saiu de detrás de um par de lindas cortinas de linho. – É algo que jamais verão novamente. Se existe raridade, essa joia é a essência da palavra. – No telão, uma pedra preciosa apareceu. O seu corte era tão genuíno, que parecia ter sido talhado por um ourives com poderes mágicos. Ela brilhava com tanta intensidade, que poderia cegar qualquer um. –Essa raridade pertenceu a um bracelete que era utilizado por Constantino, O Grande...

–O mesmo que Constantino que fez do catolicismo religião oficial do Império Romano?- Watson estava pasma.

–Sim, ele mesmo. O bracelete foi herdado por seu filho. No entanto, ele foi roubado e sumiu. Foi reencontrado e estava sob nossa proteção. Até que, não se sabe como, alguém o roubou novamente.

– É uma joia belíssima!- Sherlock afirmou.- Belíssima e perigosa. Quem ousaria roubar um tesouro de tão alto valor se não tivesse qualquer tipo de garantia?? É óbvio que o ladrão conhece a história, sabe de onde ela veio e conhece o seu valor. Não se trata de um ladrão qualquer, meus senhores. A pessoa que roubou essa joia é, sem dúvidas, um membro dessa instituição. Não sei se ele está nessa sala, mas imagino que, de alguma forma, ela está me ouvindo agora. – Todos olharam assustados para Sherlock. Todos gostariam de saber quem era o Judas que os traiu. Olhavam uns para os outros, mas nenhum parecia incriminador. A não ser....


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