Os Implacáveis escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 2
Capítulo I - O Desafio


Notas iniciais do capítulo

esse primeiro cap é muito legal, espero que vocês curtam ele tanto quanto eu! ele serviu mas como uma apresentação da personalidade dos personagens e o inicio da aventura deles!



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–Quem pegou a minha bolsa Chanel?

Celeritate respira fundo, fechando os olhos.

–Quantas vezes terei que te lembrar que você é A ÚNICA mulher desse lugar? – ele pergunta, não movendo um músculo e com os olhos de volta ao livro. –Por que diabos alguém pegaria sua bolsa Chanel? – ele caçoa de Íris, imitando sua voz.

–E por que diabos você é tão idiota, Pé-de-chumbo? E fala sério... que nome ridículo...

–Lenz colocou esse apelido em mim! O meu nome é Celeritate.

–Ah! Melhorou muito!

–Tanto faz! Eu não peguei sua bolsa, e pare de ficar gritando toda vez que você perde alguma coisa!

–Idiota! – ela diz batendo o pé, saindo da sala.

–Qual motivo da gritaria, dessa vez? – pergunta FahrenKelvin, preparando um sanduíche.

–Minhas coisas sumindo. Outra vez. – Íris suspira, se apoiando no balcão para ficar ao lado do amigo. – Aposto que é o idiota do Pé-de-Chumbo. Ele me odeia. – a garota choraminga, roubando sorrateiramente uma azeitona do prato FahrenKelvin.

Ele suspira e finalmente tira os olhos do sanduíche para olhar para Íris.

–Tenha paciência com ele. Se ele é assim, é por que a vida lhe deu muitos nocautes.

Ela revira os olhos com desdém.

–A minha mãe também morreu, Fahren.

–A mãe dele foi assassinada na frente dele, Íris. – um silêncio se instaurou na cozinha, a garota olhava para a unha dos pés. –Não precisa gostar dele – FahrenKelvin finalmente diz, quebrando a quietude. – Só tente entendê-lo.

Íris rouba mais uma azeitona e levanta o olhar para o herói. Em seguida, dá de ombros.

–Você vai tentar, pelo menos?

Ela suspira.

–Tudo bem. – FahrenKelvin comemora. – Mas, por favor: converse e peça para ele para deixar de ser babaca!

Ele ri, dando um soco de leve no ombro da garota.

– EU SOU ÍRIS! A MAIS LINDA DAS HEROÍNAS! OLHEM SÓ MEU LINDO CABELO LOIRO E MEUS OLHOS ARCO-ÍRIS!

–O que... – Íris e FahrenKelvin olham em direção a sala, de onde vinha a voz masculina que continuava gritando.

–Será que...

–Lenz. – os dois falam ao mesmo tempo, se entreolhando.

–Eu vou matá-lo. – ela diz com raios de sol surgindo em sua pele, cada um de seus poros se iluminando.

–Ah, céus... – FahrenKelvin lamenta, prevendo mais uma briga.

– O que acha do meu lindo bumbum, Pé-de-Chumbo?

–Mais bonito que o da Mulher-Maravilha! – ele responde, finalmente sorrindo.

Quando pequenas gotículas de chuva começam a cair na sala, Lenz percebe que havia se metido em confusão.

–Ops... – ele engole em seco. – Oi... Íris. – dá um riso sem graça, tirando rapidamente a peruca loira e a blusa cor-de-rosa, sumida há mais de dois dias.

–Essa blusa, essa saia, esse salto e principalmente, essa bolsa pertencem a mim.

–Jura? – Lenz pergunta ironicamente.

Celeritate olhava aquilo do sofá, se segurando para não rir, e FahrenKelvin observava apreensivo, pronto para apartar qualquer briga.

–Não me irrite, Lenz... você não vai querer enfrentar uma semideusa com TPM...

–Eu acho que eu fiquei ótima com esse Labortim. – o garoto diz, olhando para os sapatos caríssimos de sola vermelha.

–Você pode roubar minhas roupas... me ridicularizar... e até colocar uma peruca ridícula e dizer que sou eu. Mas chamar meus lindos Louboutin de Labortim... bem, você merece isso.

Depois disso, foi uma loucura.

Íris tentava atingir Lenz com raios de sol enquanto ele movia com a força do pensamento mesas e cadeiras para servir de escudo. Pé-de-Chumbo ria alto, e atirava todo tipo de objetos em cima de Lenz, tentando atingi-lo também. FahrenKelvin tinha medo de tentar congelá-los, com receio de machucar permanentemente alguém, então ficava gritando em vão, para pararem. No meio de tudo, chovia sem parar na sala devido ao temperamento de Íris.

“Isso é um hospício!” FahrenKelvin pensava. “Eu tenho que intervir nisso... agora.”

Mas o herói não pôde intervir.

De repente, tudo parou.

Não havia mais gritos ou raios de sol na sala, não havia mais objetos voando, pois na verdade, eles flutuavam.

Íris tentou se mover, mas continuava com uma mão na cintura e outra erguida em direção a Lenz.

Lenz tentou se mover, mas continuava com as duas mãos erguidas segurando com a mente uma grande mesa de madeira e metal, se protegendo de um castiçal que Pé-de-Chumbo estava prestes a jogar nele.

Pé-de-Chumbo tentou se mover, mas continuava em um só pé, segurando um castiçal e olhando para FahrenKelvin.

FahrenKelvin tentou se mover, mas continuava com as mãos no rosto, seu corpo congelado e sua mente aterrorizada. “É o Minutus!” estalou em seu pensamento, única coisa que não estava estática em seu eu.

Os olhos dos heróis percorriam a sala, enquanto eles não se moviam ou falavam. Num silêncio perturbador, a sala gritava socorro.

–Eu não... acredito... no que vejo... - indaga lentamente Minutus a Secunda.

–Sãotodosunsbocós! – Secunda fala num ritmo tão acelerado que seria complicado de entendê-la, se Minutus não a conhecesse tão bem.

–Veja só... irmã... Esses jovens... com tanto... poder... e os desperdiçam... brigando entre si....

–Sãotodosunsbocós! – Secunda repete, observando a cena com olhos semicerrados.

Minutus tinha aparência velha, cabeça branca, pele enrugada, calvo, óculos fundo de garrafa e túnica branca, e Secunda era seu oposto. Cabelos vermelhos cor de fogo, jovial, roupa de motoqueira e tatuagens em todas as partes do corpo.

Minutus representava o tempo em minutos. Sua fala lenta e demorada e sua aparência o denunciavam, tinha o poder de congelar o tempo ou a quem quisesse.

Secunda representava o tempo em segundos, e era rápida em tudo o que fazia. Principalmente falar. Seu poder era de avançar o tempo em minutos, horas, ou eras. O poder da mulher era o mais perigoso, afinal, uma vez o tempo adiantado, não dava para voltar. Nunca mais.

Os jovens sabiam o quão encrencados estavam.

Minutus e Secunda, irmãos gêmeos, eram os mentores mais antigos dos heróis. Os pais, avós, bisavós e toda linhagem da família de heróis, todos treinados pelos gêmeos.

“Essa não... eu não acredito que os Gêmeos me pegaram brigando... tudo por causa desse idiota do Lenz! Meu pai vai me matar quando souber disso...” Íris pensava.

“Uau... é a primeira vez que fico totalmente parado. O que vou dizer a eles? Esse castiçal vai me incriminar! Por que eu não fiquei só de platéia olhando a briga?” Pé-de-Chumbo pensava, arrependido.

“Não acredito que eu estou nessa equipe... os gêmeos vão pensar que eu também sou irresponsável.” FahrenKelvin pensava, já irritado.

“Legal. Primeira vez que vejo o velhote e a acelerada pessoalmente e estou usando saia e Labortins!” Pensava Lenz.

Minutus os observa lentamente, caminhando pela sala. Olha para Secunda, que mexia freneticamente em seu smartphone.

–Secunda... irmã...

– O que? Ah, claro.

A mulher estala os dedos e a mesa de madeira e ferro caem no chão, assim como o castiçal.

–Por favor... Deixem-me explicar toda a situação. – FahrenKelvin toma iniciativa.

Minutus ergue o dedo indicador lentamente, sinal de que era para todos ficarem em silêncio. Os jovens só olhavam os gêmeos, apreensivos.

–Não... digam nada...

–Éissoaíbocós! – Secunda indaga.Lenz cobre a boca para não rir da forma engraçada que a mulher falava. –Ora, ora. Temos um engraçadinho aqui! - ela abre um sorriso perturbador para o garoto e se aproxima dele, tocando sua longa unha acima do umbigo de Lenz. –Heygaroto. Fique esperto. Eu posso fazer envelhecer seus órgãos em mil anos, enquanto aqui fora permanece jovem. Isso não seria muito prazeroso e divertido? – seus olhos estavam arregalados e sua unha cravava cada vez mais sobre a pele do menino. Todos ficaram chocados, menos Minutus, que já tinha visto essa cena se repetir ao longo dos anos. Sempre há alguém para rir de sua irmã.

–Me perdoe, Secunda. Eu não queria te ofender. – Lenz fala baixo, com muito medo.

–Irmã... já chega... de joguinhos...

Ela dá de ombros, e vira. Assim que ela se desencosta de Lenz, ele volta a respirar de novo. Foi por pouco.

–Isso é... inaceitável! Vocês... nós os escolhemos não pelos seus pais... ou pelo legado ... de suas famílias... mas pelo potencial... de cada um...

Secunda boceja desagradavelmente alto.

–O que meu irmão quer dizer é: deixemdeserbocós! Vocêssãobons! Ma se continuar assim vamosjogarvocêsnoolhodarua.

–Vocês tem que se unir... para proteger o mundo dos perigos... Você são a futura geração... dos melhores heróis da história...

–Massecontinuarassim... VÃO PARA O OLHO DA RUA!

Minutus suspira.

–Perdoem minha irmã... ela não gosta de... brigas.

–Naverdadeeugosto. E muito!

–Secunda...

–Não vou mais interromper.

–Obrigada... Jovens heróis...! Nada melhor que uma dificuldade... para aproximar uma equipe... Então que tal um...

–Super vilão? – Lenz pergunta, não escondendo o entusiasmo.

–Uma pessoa desprovida de luz... Lenz... que anda dizimando e aterrorizando uma vasta... população... Ajude essas pessoas... para que... não haja mais... sangue, para ser derramado.

Pé-de-Chumbo dá um passo à frente, se pronunciando pela primeira vez desde a chegada dos gêmeos. Limpa a garganta e faz a pergunta.

–E quando começamos?


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Notas finais do capítulo

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