A escolhida da paz escrita por one of the Dumas girls


Capítulo 1
O início


Notas iniciais do capítulo

Esse é o começo de tudo pessoal. Essa fic começou a ser escrita em 2013, mas eu nunca consegui acabá-la. Vou tentar fazer isso ainda esse ano. Boa leitura queridos leitores! Espero que gostem.
Com carinho, tia da fanfic.



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Nova York, 10 de outubro de 1998.

Era uma noite chuvosa, mas o topo do Empire State Building brilhava mais do que nunca. Poseidon, sentado em seu trono, esperava ansiosamente para disserem o nome do escolhido. O oráculo de Apolo estava sentado sobre seu banco de três pernas, com os olhos fechados, no centro da sala com os deuses pressionando a sua escolha.

“Vamos, diga quem é a última” Zeus, Poseidon e Hades eram os mais impacientes. “Quem trará paz aos deuses?”

De repente, o oráculo abriu os olhos e anunciou “Alice Pascotti”.

São Paulo, 10 de outubro de 2015.

“Vamos, mãe! Eu não posso me atrasar. Combinei com a Gabi e a Amanda, na livraria, tipo, AGORA.” Essa sou eu, Alice Pascotti.

Sou completamente apaixonada pro mitologia grega. Meu escritor favorito é o tio Rick, óbvio. Ele não é meu tio, mas é como nós do fandom chamamos ele. Minhas amigas e eu íamos à livraria perto da escola quase toda semana.

“Aqui, pode me deixar aqui mãe. Gabriela, Amanda! Finalmente achei vocês.” Elas já estavam na fila há muito tempo, tipo, uns 10 minutos.

“Lice,” elas chamaram ”você demorou, o que aconteceu?”

“Maus, Amandis, eu não estava achando a minha bota. O meu cachorro tinha pegado.”

“Ele adora suas botas, não? E você acha que o Nico vai virar suco?” disse a Gabi rindo.

“NÃO” a Amanda e eu gritamos em uníssono. A fila inteira olhou para o nos três, o que nos deixou completamente sem graça.

Um garoto perto perguntou o porquê ela tinha falado para o Nico virar suco, e ele me lembrava MUITO o Nico, os cabelos escuros, os olhos e as roupas todas pretas. Explicamos para ele “Desde que o Nico ficou preso em uma jarra na Marca de Atena, ela ficou com ideia fixa de que ele tem que virar suco.”

Ele pareceu confuso, o que só me lembrou mais do Nico.

Um garoto de cerca de 20 anos chegou meio saltitando meio mancando.

“Ei, Di o que você esta fazendo? Eu disse para só falar com elas se eu estivesse junto.” Ele estava com dois cachorros-quentes gigantes, e não parecia que ia dar o outro para o Nico-de-verdade. “Dude, por acaso você esta me ouvindo?”

O tal de Di parecia espantado com alguma coisa.

Ficamos conversando por algum tempo até chegarmos ao caixa da livraria.

...

Estava em meu quarto, ouvindo musica e comendo meu bolo de aniversário, diga-se de passagem. Estava conversando com a Amanda e a Gabriela por Skype quando o pai da Amandis gritou alguma coisa.

“Ei garota? O que foi isso?” perguntei curiosa, o pai dela era meio louco.

"Ahhhhhhhhh!" Foi a única coisa que ouvi de resposta. Ela gritava e, por conhecê-la, diria que estava pulando também. Bem a cara dela.

"Gente, vou ter que sair! A gente conversa mais tarde, pode ser?"

"Pode ser..." comentei casualmente, tentando manter a curiosidade quieta.

Algum tempo depois a Gabriela pediu para desligar. Fiquei sozinha no silêncio do meu quarto pensando o que aconteceu com a Amanda para ela gritar e então meus pensamentos foram direto para os garotos da livraria. Pensei no cara que se parecia com Nico...

Aiai... Pena que o Nico fica com o Will Solace no final... Pena nenhuma, ele é gay e feliz com o Solace então tudo bem. sou muito fã de Solangelo.

Mas, sabe, eu sou apaixonada pelo Nico desde, tipo, SEMPRE. Mas acho que eu nunca aprendo, já tive varias desilusões amorosas e continuo me apaixonando por caras aleatórios, pra não dizer estranhos. Não que eu esteja apaixonada por aquele cara. É só que poderia ser ele, sabe? O cara dos meus sonhos. Esse é meu problema. Eu sempre dou a chance para qualquer cara ser o amor da minha vida. Não que eu seja uma vadia, eu não sou, só para deixar claro. Eu só sou estupidamente apaixonada.

Nenhuma das duas se comunicou comigo por alguns dias. O que me deixou muito triste, não gosto quando minhas amigas se mantêm longe. Não gosto de manter as pessoas afastadas. Não gosto de brigar com os meus amigos, mas pelo menos quando brigamos as pessoas tem motivos para se afastar. Dessa vez não tinham. Não tendo o que fazer eu devorava meus livros, alguns deles já tendo lido umas 10 vezes, e seguia os conselhos da minha professora de literatura, escrever, escrever e escrever.

Alguns dias depois a Amanda veio me contar que iria se mudar com o pai para Nova York, nos ESTADOS UNIDOS. Isso é muito longe para uma amiga, uma melhor amiga ir morar. E eu fiquei muito pra baixo com isso, não queria ficar longe da Amanda. O pai dela foi transferido para lá e não tem como recusar a oferta. Ela iria de qualquer jeito.

A Amanda e o pai dela foram para os EUA no mês seguinte. Fiquei mais alguns meses apenas com a Gabi. Mesmo tendo outros amigos, não era a mesma coisa sem a Amanda. Nunca continua a mesma coisa quando alguém vai embora. Depois então quando a Gabi recebeu uma bolsa de estudos em Boston por causa de suas ótimas notas e eu só fiquei mais deprimida. Não sabia mais o que fazer.

Eu passava horas lendo e escrevendo sentada numa mesa na padaria em frente ao meu prédio até que, um dia, jurei ter visto aquele garoto da livraria saindo de trás de uma árvore da minha rua. Deveria ser um sonho, mas eu jurava que ele olhava para a minha direção de vez em quando até que veio andando na minha direção e perguntou se podia se sentar comigo.

“Desculpa, mas nos conhecemos?” respondi.

“Aquele dia, na livraria. Você não se lembra de mim?”

“É claro que eu lembro, mas isso não é motivo para achar que eu te conheço e que pode sentar comigo sem ter sido convidado”, curta e grossa, eu sou assim.

“Me desculpa.”

A voz dele era grave e ele tinha um sotaque meio italiano meio americano. Ele sentou do mesmo jeito.

“Você gosta de ler, né? Já leu Percy Jackson?”

“Sim, já li cinco vezes. Se vai ficar ai, fica quieto.”

“Desculpa, eu só ia perguntar se você acredita? Sabe... em mitologia grega.”

“Não, não acredito. Da pra ficar quieto e me deixar escrever?!”

“Pois deveria.”

“Deveria o que??” respondi irritada.

“Acreditar em mitologia grega... Porque é real.”

“Como assim? Você esta falando sério?”

“Nunca falei tão sério” disse ele “O fato de você acreditar ou não é muito importante”

“Mas são apenas historias”

“Não, não são” respondeu ele a ponto de uma discussão “Eram parte da crença, cultura e religião do povo grego. Esses mitos tem grande importância na sua existência.”

Eu olhei para ele confusa.

“Convença-me.”

“Se você realmente leu, sabe que eu sou Nico di Ângelo, filho de Hades.”

Eu fiquei quieta encarando ele por um tempo. Ele não podia ser o Nico, ele é um personagem fictício, já tinha me conformado com isso quando tinha 14 anos. Mas fazia sentido as semelhanças.

“Nico não é real, é um personagem.”

O garoto cutucou meu braço.

“Sou de carne e osso viu? Talvez um pouco de sombras de vez em quando... Mas continuo sendo real.”

“Espera um pouco... Então você está me dizendo que os deuses, o acampamento, os monstros, TUDO é real?”

“Exatamente.”

“E o que você quer comigo?”

“Pra começar que parasse de me olhar assim, como se eu fosse uma atração de circo. Depois, pra me deixar pedir alguma coisa pra comer. E então eu te conto tudo que quiser.”

Revirei os olhos, ansiosa.

“No dia em que você nasceu o Oráculo de Delfos te escolheu junto com outras duas garotas como as escolhidas para trazer a paz aos deuses, mas eles foram indicados a não se comunicarem com vocês até um ano atrás quando Rachel... você sabe... a Rachel, disse que agora era o momento de irmos atrás de vocês...”

“Agora? Depois da guerra contra Cronos e contra Gaia?” interrompi um pouco indignada.

“Deixa eu continuar? Sim. Marie Claire e Ginger já estão no acampamento, só falta você. Acontece que não podemos levá-la sem inventar alguma coisa para os seus pais e a escola e o governo.”

“Eu ainda não acredito nessa coisa toda não.” respondi receosa. “Não sei se acredito... Se devo acreditar.”

Convenci meus pais a me deixarem ir para uma colônia de férias em Long Island, vulgo Acampamento Meio Sangue, eu iria para lá todas as férias e voltaria para o ano letivo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem: o q vcs acham q vai acontecer?



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