O Segredo de Lenovicch escrita por Gmilani


Capítulo 3
Descobertas! Descobertas?! Descobertas?




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Ela levantou rapidamente, a dor ainda resistia, mas já não era tão forte, poderia ajudar... Não adiantava ela concluir seu pensamento, já não estava mais em casa, estava em um lugar totalmente estranho, que aos poucos, ela foi entendendo o que era.

- Lorena!

Apollo, que estava na porta, agora vinha correndo até ela, com cara de alívio, Diego vinha logo atrás.

- Cadê a Clara?

- Lorena...

Diego tentou falar calmamente com ela.

- Cadê a Clara? -- Lorena falava gritando – Por que eu estou em um hospital? O que aconteceu?

Uma enfermeira agora apareceu sobre os pés da cama.

- Senhorita, é melhor você se manter a calma.

- Por que vocês não estão me respondendo?

Apollo olhou pra ela com cara de compreensão.

- Acho melhor eu explicar pra ela.

Ele disse para Diego e depois olhando para enfermeira, que logo entendeu que era para deixá-los a sós. Não demorou até que estivessem apenas os dois no quarto.

- Me explicar o quê, Apollo?

Lorena falava com medo na voz.

- Bom, ontem à noite, o seu orfanato pegou fogo. Não se sabe ao certo o que aconteceu, o mais óbvio é dizer que os cabos do poste em frente estouraram e então começou a pegar fogo. Todos já haviam saído, só faltava você e...

- Eu e a Clara.

- Como?

- Eu e a Clara, eu não saí porque ela estava presa.

- Não.

- Como não?

Lorena estava começando a realmente não entender o que estava se passando.

- As crianças viram que você ia sair só que você voltou, provavelmente para sair pela porta dos fundos, em uma atitude desesperada a Clara entrou novamente dentro da casa para te salvar...

- Como assim? Não! A Clara estava presa, eu voltei porque ouvi alguém me chamando e depois eu vi que era ela e que ela estava presa, ela até me pediu para pegar uma caixa no armário!

- Essa?

Apollo mostrou a caixa que Lorena havia resgatado do fogo na noite passada, agora que Lorena percebeu como aquela caixa era linda. Tinha um vermelho intenso, de veludo, com decorações em dourado por toda sua volta. Lorena não respondeu a pergunta de Apollo, apenas pegou delicadamente a caixa de suas mãos. Ela a analisou por longos segundos.

- O que aconteceu com Clara?

Apollo olhou diretamente nos olhos se Lorena, os azuis dos olhos deles pareciam terem sido feitos exatamente para se combinarem. Ele com os olhos azuis como o céu de um dia ensolarado, e ela com os olhos azuis também, mas num tom muito mais escuro. Ele passou a mão por sobre o machucado que a incomodou na noite passada.

- Você deve estar meio confusa por causa do machucado.

- Não – Ela passou a mão perto da dele, também no machucado – Eu tenho certeza do que aconteceu.

- Lo – Era a primeira vez que ele a chamava desse jeito – A última vez que viram Clara foi fora da casa correndo desesperada para te ajudar, depois disso, ninguém mais a viu. Nem de noite, nem de manhã, nada.

A emoção tomou conta de Lorena, ela deixou que as lágrimas caíssem e não conseguiu dizer nada. Apollo fez um carinho em Lorena e saiu do quarto. Diego quis entrar quando Apollo saiu, porém ele não deixou, Lorena precisava ficar sozinha. Ela fixou os olhos na caixa que havia resgatado na noite passada, depois de longos segundos ela limpou as lágrimas que ainda escorriam dos seus olhos e sentiu um arrepio, ela respirou fundo e abriu a caixa.

                Ela estava até a borda cheia de cartas e alguns delicados objetos. Algo invadia uma pequena parte da caixa, estava envolvido por jornal e um pequeno rasgo por ele mostrava algo brilhante, que contrastava com o fundo dourado da caixa. Lorena resgatou o objeto de dentro da caixa e foi tirando inseguramente o jornal. Aos poucos, aquele pequeno objeto amarrotado dentro daquela pequenina caixa, foi se transformando em um anel fino que por toda volta tinha pedras brilhantes, quase transparentes, mas lindas, o anel não era muito grande mas era magnífico.

                As pedras brilhavam com os primeiros raios do sol que invadiam o quarto. Lorena analisou o anel e por fim, colocou em seu quarto dedo da mão esquerda. Um sorriso invadiu o rosto dela.

  Ela pegou a carta do topo do maior bolo de cartas que poderia caber por dentro daquela caixa. A data não tinha endereço, nem remetente, tinha apenas uma frase escrita por sobre o envelope.

Mantenha sigilo sobre isso e abra apenas se estiver sozinho.

Lorena procurou por algo a mais no envelope, algum nome, mas não tinha nada, não era para ninguém específico. Ela olhou na porta de seu quarto, ninguém estava pretendendo entrar. O lacre já tinha sido aberto, alguém já havia lido a carta, provavelmente Clara já havia lido. Lorena começou a abrir sigilosamente a carta. 

 


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Notas finais do capítulo

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