Sim, Ele é Um Mistério escrita por gi_wentz


Capítulo 16
16- Evie blake and the waterfall


Notas iniciais do capítulo

Obrigado mais uma vez pelos comentarios, amey todos eles



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O carro deslizava pelas ruas claras, e a musica o enchia de forma sutil, como se tudo ali fosse feito sob medida para a outra parte se encaixar, o carro, a musica, o clima, o sol e os passageiros.

Era aconchegante estar no carro com Gabriel, ele era gentil e meigo. O silencio não nos atrapalhava, só nos fazia bem era como se falar alguma coisa atrapalhasse nossa cena.

O carro saiu da estrada e entrou em uma rua de terra fazendo o carro balançar muito, arrancando alguns risos de nossa parte.

- Vai me sequestrar? – Perguntei em meio às risadas.

- Não, eu sempre venho aqui, mas andando. Então não balança muito. – Ele disse rindo muito.

- Você anda tudo aquilo? – Perguntei referindo-me a estrada.

- Venho de taxi e ando a parte de terra. – Ele respondeu me olhando.

- Uau, você realmente não é sedentário – Falei rindo e me segurando no banco quando passamos por cima de um “Quase-tronco-de-árvore” fazendo o carro balançar muito. Achei até que íamos capotar com o carro.

- Não, só na frente dos outros eu sou. – Um pulinho do carro. – Não gosto de ficar suado ou melado na frente deles.

- Nem eu. – Outro pulinho do carro, então começamos a rir.

O carro passou por uma linda clareira com grama verde, algumas flores, árvores altas, alguns arbustos e várias flores das mais diversas cores. Mas no fim ele entrou em outra estradinha de terra.

- A clareira passou... – Falei apontando para trás.

- Aham, mas esse lugar é feio e chato, comparado com o lugar que eu vou te levar. – Ele falou sorrindo.

- Sei... – Falei e ri um pouco.

Ficamos mais uns cinco minutos dentro do volvo, sinceramente não me pergunte como esse carro sobreviveu a tanta terra. Gabe desligou a musica e falou:

- O resto agente tem que ir andando. – Então olhou para os meus pés.

- Tudo bem... – Ainda bem que eu não estava de salto e sim sapatilhas.

Saímos do carro e eu escutei um barulho de água caindo, será?

Descemos por uma ladeira de terra estreita e não muito inclinada (ainda bem), e então chegamos ao lugar mais incrível que eu vi em toda minha vida. Pelo menos o lugar natural mais incrível que eu vi em toda minha vida.

As rochas cinza encaixadas perfeitamente umas as outras faziam um “C” largo, a água azul e limpa descia pelas rochas quase que sendo acariciada pelas mesmas. Em uma parte havia uma grande rocha redonda em cima de varias outras rochas, quase que como um altar. Essa rocha redonda tinha uma cavidade no meio fazendo uma piscina natural enorme com a água que vinha das rochas mais altas e fazendo com que a água fluísse pela piscina e passasse dela para as outras mais baixas. A água acumulava-se em uma grande piscina rasa feita por uma única rocha gigante e no seu fundo havia uma areia azulada. No meio desse lago havia algumas rochas altas fazendo uns bancos aquáticos.

Na borda do lago havia mais areia, só que uma quase branca de tão clara. Mais para trás dessa areia havia uma pequena clareira com um cheiro tão forte de rosas que chegava a me embriagar. O sol batia forte em todos os lugares, fazendo com que a areia tivesse uma temperatura agradável, assim como a grama e a água.

Eu estava literalmente boquiaberta.

- E ai, gostou? – Gabe perguntou sentando em uma rocha que estava perto da água.  Ele estava tirando o seu All star e dobrando a barra da sua calça.

- Gostei? Sabe Gabe é o lugar natural mais incrível que eu já vi. – Falei me sentando ao seu lado também tirando minhas sapatilhas.

- Que bom... – Ele sorriu para mim.

- Como descobriu isso tudo? – Falei girando o dedo no ar.

- Não me lembro bem quando que foi, só sei que eu briguei com meu pai, peguei minha bicicleta e sai da cidade. Eu queria fugir na verdade, então eu entrei na estrada de terra e vim pedalando até aquela primeira clareira, só que eu queria ir mais longe, não queria que ninguém me visse, ninguém me escutasse e principalmente que ninguém me achasse. Então continuei pedalando. Eu parei onde eu parei meu carro hoje, fiquei lá chorando e jogando varias “pragas” em todos que eu conhecia. Depois de um tempo eu me acalmei e ouvi o barulho da água. Então eu comecei a andar por perto para saber o que era, então achei isso. – ele falou e girou o dedo no ar como eu tinha feito.

Eu sorri e disse:

 – Bem, que bom que achou o lugar e que ruim por ter brigado com seu pai.

- Tudo bem, a gente sempre briga mesmo. – Ele suspirou, levantou e andou até a água. Ficou parado olhando a cachoeira.

Levantei-me, deixei minhas sapatilhas na rocha em que estávamos sentados, fui até ele e o virei para mim. Eu não sei muito bem o que vou fazer, mas sabe quando bate aquela vontade? Aconteceu isso. Eu não estava muito bem, estava fazendo isso pela segunda vez no dia, estava embriagada por causa do saque que aqueles orientais colocaram na nossa coca, e EU SEI que eles colocaram. O perfume doce e forte das rosas ajudava também para que eu ficasse nesse estado, aponto de fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Bjs.G Wentz



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